usabilidade do portal de periódicos da capes - DSpace/UFPB (REI ...
usabilidade do portal de periódicos da capes - DSpace/UFPB (REI ...
usabilidade do portal de periódicos da capes - DSpace/UFPB (REI ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS<br />
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO<br />
LUCIANA FER<strong>REI</strong>RA DA COSTA<br />
USABILIDADE DO<br />
PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES<br />
João Pessoa<br />
2008
LUCIANA FER<strong>REI</strong>RA DA COSTA<br />
USABILIDADE DO<br />
PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES<br />
Dissertação apresenta<strong>da</strong> ao Programa <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação em Ciência <strong>da</strong> Informação <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong><br />
Ciências Sociais Aplica<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong><br />
Paraíba, como requisito final à obtenção <strong>do</strong> título <strong>de</strong><br />
Mestre em Ciência <strong>da</strong> Informação.<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA<br />
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS<br />
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO<br />
Mestra<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong> Informação<br />
Área <strong>de</strong> concentração: Informação, Conhecimento e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Linha <strong>de</strong> pesquisa: Memória, Organização, Acesso e Uso <strong>da</strong> Informação<br />
Orienta<strong>do</strong>ra: Prof.ª Dra. Francisca Arru<strong>da</strong> Ramalho<br />
João Pessoa<br />
2008
LUCIANA FER<strong>REI</strong>RA DA COSTA<br />
USABILIDADE DO PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES<br />
Dissertação apresenta<strong>da</strong> ao Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ciência <strong>da</strong> Informação <strong>do</strong> Centro<br />
<strong>de</strong> Ciências Sociais Aplica<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba, como requisito final à<br />
obtenção <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> Mestre em Ciência <strong>da</strong> Informação.<br />
Área <strong>de</strong> concentração: Informação, Conhecimento e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Linha <strong>de</strong> pesquisa: Memória, Organização, Acesso e Uso <strong>da</strong> Informação<br />
Aprova<strong>da</strong> em 26 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008.<br />
BANCA EXAMINADORA<br />
Profª. FRANCISCA ARRUDA RAMALHO (<strong>UFPB</strong>)<br />
Dra. em Ciências <strong>da</strong> Informação, Universi<strong>da</strong>d Complutense <strong>de</strong> Madrid, Espanha<br />
Orienta<strong>do</strong>ra<br />
Prof. GUILHERME DE ATAÍDE DIAS (<strong>UFPB</strong>)<br />
Dr. em Ciências <strong>da</strong> Comunicação, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
Prof. MARCELO ALVES DE BARROS (UFCG)<br />
Dr. em Informática, Université Paris Sud, França<br />
Profª. DULCE AMÉLIA DE BRITO NEVES (<strong>UFPB</strong>)<br />
Dra. em Ciência <strong>da</strong> Informação, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais<br />
Suplente
Dedico<br />
A Deus, meu Senhor, minha fortaleza.<br />
À minha mãe, sempre presente em to<strong>do</strong>s os momentos <strong>da</strong> minha vi<strong>da</strong>,<br />
oran<strong>do</strong> por minhas conquistas, meu eterno amor e minha gratidão.
AGRADECIMENTOS<br />
Este é o cantinho reserva<strong>do</strong> para expressar a minha gratidão, o que faço com o coração repleto<br />
<strong>de</strong> emoção e alegria.<br />
Agra<strong>de</strong>ço a Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, na pessoa <strong>da</strong> Santíssima Trin<strong>da</strong><strong>de</strong> por<br />
me conduzir <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ingresso no mestra<strong>do</strong> até sua conclusão. Por me fortalecer nos momentos<br />
mais difíceis <strong>de</strong>sta caminha<strong>da</strong> acadêmica.<br />
Minha gratidão à minha mãezinha <strong>do</strong> céu, Nossa Senhora, por to<strong>da</strong>s as vezes que interce<strong>de</strong>u<br />
por mim e me acalentou nos momentos mais difíceis.<br />
Aos meus pais por me criarem com tanto amor. Pessoas a quem Deus confiou a minha criação<br />
e educação neste mun<strong>do</strong>. Juntos nós enfrentamos as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s na saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> vocês, neste ano,<br />
com amor e união, perceben<strong>do</strong> o quanto a vi<strong>da</strong> é um <strong>do</strong>m precioso.<br />
Agra<strong>de</strong>ço à minha irmã, a Deinha, menina-mulher batalha<strong>do</strong>ra, por suas palavras <strong>de</strong> fé e força,<br />
além <strong>de</strong> suas orações. Você é uma irmã muito especial.<br />
Minha gratidão ao Alan, com to<strong>da</strong> a minha admiração, por seu exemplo <strong>de</strong> sapiência,<br />
competência, generosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e humil<strong>da</strong><strong>de</strong>. Um professor nato e encanta<strong>do</strong>r que ama o que faz.<br />
Obriga<strong>da</strong> por seu carinho, estímulo e colaboração essenciais nesta empreita<strong>da</strong> chama<strong>da</strong><br />
Mestra<strong>do</strong>.<br />
Meu profun<strong>do</strong> obriga<strong>da</strong> à minha orienta<strong>do</strong>ra, mestra e amiga, professora Dra. Francisca<br />
Arru<strong>da</strong> Ramalho, por sua brilhante e competente orientação. Sou grata por minha caminha<strong>da</strong><br />
acadêmica contar com a experiência <strong>de</strong> uma professora fascinante e admirável como a<br />
senhora, que vem me ensinan<strong>do</strong> o quanto é encanta<strong>do</strong>r ser “conta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> estórias”. Que Deus<br />
a retribua imensamente o quanto fez e faz não só por mim, mas por to<strong>do</strong>s em sua volta!<br />
Agra<strong>de</strong>ço aos professores Dr. Marcelo Alves <strong>de</strong> Barros e Dr. Guilherme Ataí<strong>de</strong> Dias,<br />
membros <strong>da</strong> banca, por suas disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sugestões, discussões e colaborações<br />
enriquece<strong>do</strong>ras ao projeto <strong>de</strong> pesquisa, principalmente, quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> exame <strong>de</strong> qualificação.<br />
Aos professores <strong>do</strong> PPGCI, Eliane Alvarenga <strong>de</strong> Araújo (pela simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> e entusiasmo<br />
contagiantes), Mirian Aquino (pelo brilhantismo intelectual), Carlos Xavier (pela frase<br />
inesquecível: “to<strong>do</strong> castigo pra aluno é pouco”) e a Dulce Amélia (pelas pistas <strong>da</strong><br />
interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>), enfim sou grata a ca<strong>da</strong> professor <strong>de</strong>ste programa que me conce<strong>de</strong>u a<br />
oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> compartilhar seus conhecimentos.<br />
Agra<strong>de</strong>ço ao Antônio, Secretário <strong>do</strong> PPGCI, por seu carinho, por sua atenção e gentileza no<br />
atendimento aos mestran<strong>do</strong>s.<br />
A to<strong>do</strong>s os colegas <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong>, em especial, à maranhense bibliotecária Dirlene, aos<br />
jornalistas Cristina e Marcos “Morin Júnior”. Também às paraibanas bibliotecárias Ilsa, Deise<br />
e Meriane, ao paulista Sociólogo Roberto, à bibliotecária potiguar Jacqueline e às recifenses<br />
bibliotecárias Patrícia, Celly, Vil<strong>de</strong>ane e Edilene. E a última e não menos importante, a
Psicóloga Ana Virgínia, por sua atuação e conquistas como representante <strong>do</strong>s mestran<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
processo seletivo 2007. Foi muito bom reencontrar uns e conhecer outros! Agra<strong>de</strong>ço, ain<strong>da</strong>, ao<br />
aluno ouvinte Henrique França e aos alunos especiais Ednal<strong>do</strong> e Denise.<br />
Minha eterna gratidão ao Dr. Márcio Henrique, jovem e competente Advoga<strong>do</strong>, que me<br />
permitiu cursar as disciplinas <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong>, ausentan<strong>do</strong>-me <strong>do</strong> trabalho nas manhãs <strong>de</strong> aulas.<br />
Jamais esquecerei este gesto, que me possibilitou alçar vôos almeja<strong>do</strong>s. Recor<strong>do</strong>-me que<br />
participei <strong>do</strong> processo seletivo <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong>, sem saber se conseguiria liberação no trabalho<br />
para cursar, caso fosse aprova<strong>da</strong>. No entanto, quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> aprovação no mestra<strong>do</strong>, ao contar ao<br />
Dr. Márcio que fui aprova<strong>da</strong> recebi a permissão para fazer o mestra<strong>do</strong>. Os dias <strong>de</strong> aula eram<br />
corri<strong>do</strong>s para mim, pois eu <strong>de</strong>veria estar no escritório às 13h00min. Mas tu<strong>do</strong> isso valeu a<br />
pena! Obriga<strong>da</strong> mesmo Dr. Márcio por me aju<strong>da</strong>r na concretização <strong>de</strong>ste sonho.<br />
Agra<strong>de</strong>ço também ao Dr. Miguel, Advoga<strong>do</strong> amigo, sempre gentil, meu companheiro <strong>de</strong> café<br />
no escritório, que sempre me perguntava o an<strong>da</strong>mento <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong>.<br />
Às professoras Maria <strong>da</strong> Graças Miran<strong>da</strong> e Martha Rejane <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Serviço Social<br />
e à professora Ana Paula Romão <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Educação por me permitirem vivenciar a<br />
prática <strong>do</strong>cência em suas disciplinas. Também agra<strong>de</strong>ço aos discentes concluintes <strong>de</strong> Serviço<br />
Social (2007.1) e aos feras <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia (2008.1) pela acolhi<strong>da</strong>.<br />
Agra<strong>de</strong>ço às minhas primas Ana Maria, Lili e Lala, as “Três Irmãs”, à minha prima Elaine,<br />
minha confi<strong>de</strong>nte e vice-versa e, também, à minha prima Risonety.<br />
Às minhas amigas especiais, Beth (RJ), Andréa Lisboa, Ana Clei<strong>de</strong>, Márcia Baby, Adriana<br />
Valéria e Leonila. Obriga<strong>da</strong> pela presença <strong>de</strong> vocês em minha vi<strong>da</strong> e pelos laços <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong><br />
que nos unem. Também aos meus amigos Giovanni e Clemilson, tenham certeza <strong>da</strong> minha<br />
gratidão.<br />
Agra<strong>de</strong>ço à Susete que colaborou com seu dinamismo na fase <strong>da</strong> seleção <strong>do</strong> mestra<strong>do</strong>. E<br />
quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> minha aprovação me presenteou com a música Deus <strong>de</strong> Promessas, que tocou<br />
profun<strong>da</strong>mente o meu coração. “Posso enfrentar o que for, eu sei quem luta por mim, meus<br />
olhos vão ver o impossível acontecer”.<br />
Agra<strong>de</strong>ço aos irmãos e às irmãs <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica Salve Maria.<br />
Às senhoras Célia e Consuelo Abath por sua generosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, amiza<strong>de</strong> e carinho.<br />
Por fim, agra<strong>de</strong>ço à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Ensino Superior<br />
(CAPES) pela i<strong>de</strong>alização e concretização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos e a to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes que se<br />
disponibilizaram em participar <strong>de</strong>sta pesquisa, ce<strong>de</strong>n<strong>do</strong> um pouco <strong>de</strong> seu precioso tempo, além<br />
<strong>da</strong>s bibliotecárias Sônia Suely e Edilene Galdino, sem as quais esta pesquisa faltaria um<br />
pe<strong>da</strong>ço.<br />
Minha gratidão a to<strong>do</strong>s que direta ou indiretamente colaboraram com esta pesquisa.
Criar um ponto <strong>de</strong> vista pessoal. Uma reação à era <strong>do</strong><br />
computa<strong>do</strong>r. O consumi<strong>do</strong>r quer uma atenção<br />
individualiza<strong>da</strong>, volta<strong>da</strong> para o eu.<br />
Bill Gates
RESUMO<br />
Reconhecen<strong>do</strong> o relevante papel <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento<br />
<strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior (CAPES) para o Brasil, na promoção <strong>da</strong> disseminação <strong>do</strong><br />
conhecimento científico, esta investigação objetivou analisar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES com base nos atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Jakob Nielsen: Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Aprendiza<strong>do</strong>, Eficiência <strong>de</strong> Uso, Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização, Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros e<br />
Satisfação Subjetiva. Caracteriza-se enquanto um Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Usuários no âmbito <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong><br />
Informação em diálogo interdisciplinar com as Ciências <strong>da</strong> Computação/Engenharia <strong>de</strong><br />
Software/Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> quan<strong>do</strong> trata <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, além <strong>da</strong>s<br />
Ciências <strong>do</strong> Comportamento. Tem como <strong>de</strong>scritiva a natureza <strong>da</strong> pesquisa, utilizan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong><br />
méto<strong>do</strong> direto, sob abor<strong>da</strong>gem meto<strong>do</strong>lógica qualitativa com aporte quantitativo. Como lastro<br />
teórico, apresenta a evolução <strong>da</strong>s Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação (TIC’s) e a sua<br />
relação com as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e conhecimento. Discute as origens, as <strong>de</strong>finições e as<br />
abor<strong>da</strong>gens <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários e <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Conceitua e levanta a<br />
função <strong>do</strong>s portais <strong>de</strong> informação no processo <strong>de</strong> comunicação <strong>da</strong> informação científica. Tem<br />
como sujeitos <strong>da</strong> pesquisa usuários <strong>da</strong> área <strong>do</strong> conhecimento que mais utiliza o Portal na<br />
<strong>UFPB</strong>, a área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, <strong>de</strong>limita<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong><br />
Pós-Graduação <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba (<strong>UFPB</strong>),<br />
no total <strong>de</strong> 94% (F=48) <strong>do</strong> universo investiga<strong>do</strong> (F=53). Utilizamos os seguintes méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s: pesquisa bibliográfica, pesquisa <strong>do</strong>cumental, questionário e entrevista. Como<br />
méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, utilizamos a análise <strong>de</strong>scritiva por categorias gerais e específicas,<br />
a partir <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> análise construí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a escala <strong>de</strong> Likert <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong><br />
concordância. Como resulta<strong>do</strong>s, evi<strong>de</strong>nciamos o contexto <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal fora <strong>da</strong> Biblioteca<br />
Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, local <strong>de</strong> promoção <strong>do</strong> acesso ao Portal na instituição, através <strong>do</strong> acesso local<br />
ou <strong>do</strong> acesso remoto pelos <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s, que se caracterizam enquanto uma<br />
população madura, experiente no uso <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informações computa<strong>do</strong>riza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong><br />
pre<strong>do</strong>mínio feminino. Sobre a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal, to<strong>do</strong>s os atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
estão qualifica<strong>do</strong>s em níveis acima <strong>da</strong> média, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s bons, com exceção <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>da</strong> taxa regular <strong>de</strong> erros. Dos cinco atributos, a Satisfação Subjetiva figurou como a mais<br />
satisfatória, uma vez que recebeu média 3,9, numa escala <strong>de</strong> 0,0-5,0 pontos. Concluímos que o<br />
Portal apresenta boa <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> qualifica<strong>da</strong> através <strong>da</strong> evi<strong>de</strong>nciação <strong>do</strong> bom <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong><br />
boa satisfação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s, reverten<strong>do</strong>-se a investigação em um mo<strong>de</strong>lo<br />
prospectivo exploratório <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> sistemas interativos.<br />
Palavras-chave: Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ciência <strong>da</strong> Informação. Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários. Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES.
ABSTRACT<br />
The Scientific Journals Portal owned by CAPES (Coordination of Personnel’s of Superior<br />
Level Improvement) plays a relevant role in the promotion and dissemination of scientific<br />
knowledge in Brazil. This investigation aimed to analyze the Portal’s usability based in Jakob<br />
Nielsen’s usability attributes: Easiness of Learning, Efficiency of Use, Easiness of<br />
Memorization, Low Tax of Mistakes, and Subjective Satisfaction. The base theory presents<br />
the evolution of the Information and Communication Technologies (ICT's) and its relationship<br />
with the communication nets and knowledge. Discusses origins, <strong>de</strong>finitions and approaches of<br />
Users' Studies and of Usability Studies. It consi<strong>de</strong>rs and points out the function of information<br />
<strong>portal</strong>s in the process of communication of scientific information. It is characterized while a<br />
User’s Study, in the extent of Information Science, in an interdisciplinary dialogue with<br />
Computational Sciences/Software Engineering/Usability Engineering when it treats of<br />
Usability Studies, besi<strong>de</strong>s Behavior Sciences. Characterized as a <strong>de</strong>scriptive research, uses the<br />
direct method, un<strong>de</strong>r qualitative metho<strong>do</strong>logical approach with quantitative contribution. The<br />
studied sample is composed by permanent faculty of Post Graduate Program in Health<br />
Sciences of Fe<strong>de</strong>ral University of Paraíba (<strong>UFPB</strong>), 94% (F=48) of the investigated (F=53)<br />
universe. The <strong>da</strong>ta collection took place through bibliographical and <strong>do</strong>cumental research,<br />
questionnaire, and interview. The analysis for general and specific categories ruled in<br />
parameters built in agreement with the Likert´s scale of agreement type. The results point that<br />
the access to the <strong>portal</strong> feels through institutional local access and remote access and not<br />
through the Central Library of <strong>UFPB</strong> local of promotion to this access. The investigated<br />
researchers have prevalence in the feminine gen<strong>de</strong>r characterized as an experienced population<br />
in the use of automated systems of information. Regarding to the quality of use, the usability<br />
attributes analyzed are qualified in levels above the average, consi<strong>de</strong>red good, except for the<br />
tax of mistakes that interferes in the regular level. Of the five attributes, the Subjective<br />
Satisfaction represented as the most satisfactory, once it received average 3,9 (in scale 0,0-<br />
5,0). The Portal presents good usability, qualified through the verification of the good acting<br />
and researchers’ good satisfaction, being the investigation reverted in an exploratory<br />
contextual mo<strong>de</strong>l of usability analysis of interactive systems.<br />
Keywords: Usability. Information Science. Users' Studies. Scientific Journals Portal CAPES.
LISTA DE FIGURAS<br />
FIGURA 1 - Trinômio Situação-Lacuna-Uso ..........................................................................58<br />
FIGURA 2 - Concepção <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> ISO 9241-11.........................................................66<br />
FIGURA 3 – Conteú<strong>do</strong> Geral <strong>do</strong>s Periódicos Científicos........................................................80<br />
FIGURA 4 – Acesso à Informação Científica através <strong>de</strong> Bases <strong>de</strong> Periódicos Científicos .....82<br />
FIGURA 5 - O Portal Web enquanto Cosmopédia...................................................................85<br />
FIGURA 6 - Conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Informação Científica.....................................................89<br />
FIGURA 7 - Acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES .........................................................97<br />
FIGURA 8 - Conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES .....................................................99<br />
FIGURA 9 - Página principal <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES ........................................100<br />
FIGURA 10 - Página <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> textos completos...............................................................101<br />
FIGURA 11 - Página <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> resumo por áreas <strong>de</strong> conhecimento ..................................102<br />
FIGURA 12 - Página <strong>da</strong> base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s PubMed....................................................................103<br />
FIGURA 13 - Critério <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> concordância <strong>da</strong> escala <strong>de</strong> Likert......................................113<br />
LISTA DE FOTOS<br />
FOTO 1 – Sala <strong>de</strong> Acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong> (1).........................134<br />
FOTO 2 – Sala <strong>de</strong> Acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong> (2).........................134
LISTA DE QUADROS<br />
QUADRO 1 – Categorização <strong>do</strong>s temas segun<strong>do</strong> características sociais e tecnológicas.........23<br />
QUADRO 2 – Trabalhos acerca <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES...............29<br />
QUADRO 3 - Saltos tecnológicos ............................................................................................40<br />
QUADRO 4 - Classificação <strong>do</strong>s Usuários <strong>da</strong> Informação........................................................51<br />
QUADRO 5 - Evolução <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários....................................................................52<br />
QUADRO 6 - Principais abor<strong>da</strong>gens alternativas ....................................................................55<br />
QUADRO 7 - Definições <strong>do</strong> termo Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ..............................................60<br />
QUADRO 8 - Critérios <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> um sistema segun<strong>do</strong> Nielsen..................................70<br />
QUADRO 9 - Gerações <strong>do</strong>s portais públicos ...........................................................................86<br />
QUADRO 10 - Gerações <strong>do</strong>s portais corporativos...................................................................87<br />
QUADRO 11 - Programas contempla<strong>do</strong>s na pesquisa ...........................................................110<br />
QUADRO 12 - Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Docentes Permanentes por Programa....................................114<br />
QUADRO 13 - Calendário <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> Pré-Teste ...........................................................115<br />
QUADRO 14 - Determinação <strong>do</strong> universo <strong>da</strong> pesquisa .........................................................118<br />
QUADRO 15 - Universo e amostra <strong>da</strong> pesquisa por Programa..............................................119<br />
QUADRO 16 - Méto<strong>do</strong>s/técnicas <strong>de</strong> análises <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s utiliza<strong>da</strong>s .........................................121<br />
QUADRO 17 – Categorias <strong>de</strong> análise utiliza<strong>da</strong>s ....................................................................122<br />
QUADRO 18 - Parâmetros <strong>de</strong> análise análogos à escala <strong>de</strong> concordância ............................125<br />
QUADRO 19 - Parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros........126<br />
QUADRO 20 – Parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>...........................................................127<br />
QUADRO 21 – Descrição <strong>do</strong>s itens <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong> usuário.......................................................139
QUADRO 22 - Atributo A<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> Aprendizagem .........................................................150<br />
QUADRO 23 - Atributo Eficiência <strong>de</strong> Uso ............................................................................157<br />
QUADRO 24 – Atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização ...........................................................166<br />
QUADRO 25 - Atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros........................................................................172<br />
QUADRO 26 - Atributo Satisfação Subjetiva........................................................................177<br />
QUADRO 27 - Associação <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao contexto <strong>da</strong> investigação ..........184<br />
QUADRO 28 - Quadro referencial acerca <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> ..............186<br />
QUADRO 29 - Médias <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e satisfação <strong>do</strong>s usuários .........................................187<br />
QUADRO 30 - Média <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES............................188<br />
QUADRO 31 – Perfil <strong>de</strong> formação acadêmica <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s ............................223
LISTA DE GRÁFICOS<br />
GRÁFICO 1 - Gênero e Faixa Etária......................................................................................140<br />
GRÁFICO 2 - Vinculação com a <strong>UFPB</strong> .................................................................................141<br />
GRÁFICO 3 – Tempo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência na <strong>UFPB</strong> .........................................................................141<br />
GRÁFICO 4 - Tempo que usa sistemas informacionais automatiza<strong>do</strong>s.................................142<br />
GRÁFICO 5 - Como se consi<strong>de</strong>ra enquanto usuário <strong>de</strong> sistemas automatiza<strong>do</strong>s...................143<br />
GRÁFICO 6 - Locais que utiliza computa<strong>do</strong>r ........................................................................143<br />
GRÁFICO 7 - Freqüência <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> Internet .........................................................................144<br />
GRÁFICO 8 - Recursos mais acessa<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Internet...............................................................144<br />
GRÁFICO 9 - Freqüência <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES .........................145<br />
GRÁFICO 10 - Locais <strong>de</strong> acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES....................................146<br />
GRÁFICO 11 - Contexto <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES...........................146<br />
GRÁFICO 12 - Bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s acessa<strong>da</strong>s através <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES .........147<br />
GRÁFICO 13 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><br />
textual <strong>do</strong> Portal pelo usuário ...................................................................................................151<br />
GRÁFICO 14 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> lições passo a passo pelo<br />
Portal ao usuário .......................................................................................................................152<br />
GRÁFICO 15 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> busca<br />
pelo Portal segun<strong>do</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário...............................................................................154<br />
GRÁFICO 16 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> superação <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s encontra<strong>da</strong>s<br />
pelo usuário durante o acesso ao Portal....................................................................................154<br />
GRÁFICO 17 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> apresentação <strong>de</strong> funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
não excessivas pelo Portal ao usuário.......................................................................................155
GRÁFICO 18 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> módulo <strong>de</strong> exercícios pelo<br />
Portal como estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> ao usuário....................................................................156<br />
GRÁFICO 19 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> recomen<strong>da</strong>ção pelo usuário <strong>do</strong> uso<br />
<strong>do</strong> Portal aos seus pares............................................................................................................158<br />
GRÁFICO 20 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> opções pelo Portal para<br />
recuperação <strong>da</strong> informação ao usuário .....................................................................................159<br />
GRÁFICO 21 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta pelo Portal <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>do</strong> usuário copiar e salvar resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa......................................................................159<br />
GRÁFICO 22 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> suficiência <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>periódicos</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s pelo Portal ao usuário ..................................................................160<br />
GRÁFICO 23 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal à exploração<br />
<strong>de</strong> suas ferramentas pelos usuários...........................................................................................161<br />
GRÁFICO 24 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>da</strong> recuperação <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> Portal ao usuário..............................................................................................163<br />
GRÁFICO 25 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> eficiência <strong>do</strong> Portal quanto ao seu<br />
uso.............................................................................................................................................163<br />
GRÁFICO 26 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta pelo Portal <strong>de</strong> opção <strong>de</strong><br />
idioma para recuperação <strong>de</strong> informação pelo usuário ..............................................................163<br />
GRÁFICO 27 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> eficiência <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> aju<strong>da</strong><br />
<strong>do</strong> Portal ao usuário ..................................................................................................................164<br />
GRÁFICO 28 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> consulta <strong>do</strong> usuário ao mecanismo<br />
<strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal .....................................................................................................................165<br />
GRÁFICO 29 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta pelo Portal <strong>de</strong> linguagem<br />
compreensível para sua memorização pelo usuário .................................................................167<br />
GRÁFICO 30 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> na localização <strong>da</strong> barra<br />
<strong>de</strong> menus <strong>do</strong> Portal pelo usuário...............................................................................................167<br />
GRÁFICO 31 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> retornar ao<br />
Portal após perío<strong>do</strong> sem uso .....................................................................................................168<br />
GRÁFICO 32 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> memorização <strong>da</strong>s seqüências <strong>de</strong><br />
ações <strong>do</strong> Portal associa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> tarefa executa<strong>da</strong> pelo usuário.............................................169
GRÁFICO 33 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> visualização <strong>da</strong> estrutura<br />
navegacional <strong>do</strong> Portal pelo usuário.........................................................................................170<br />
GRÁFICO 34 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para<br />
proteger a interação com o usuário contra o acionamento involuntário <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s.............173<br />
GRÁFICO 35 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>do</strong> alerta <strong>do</strong> usuário pelo Portal com<br />
mensagem <strong>de</strong> erro, caso este ocorra .........................................................................................174<br />
GRÁFICO 36 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para<br />
informar erros <strong>de</strong> digitação na entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s ao usuário.....................................................174<br />
GRÁFICO 37 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> condução <strong>do</strong> usuário pelo Portal na<br />
realização <strong>de</strong> suas tarefas com o menor número <strong>de</strong> erros possíveis.........................................175<br />
GRÁFICO 38 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> correção automática pelo Portal <strong>de</strong><br />
erros <strong>do</strong> usuário com aviso <strong>da</strong> correção realiza<strong>da</strong> ....................................................................176<br />
GRÁFICO 39 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> Portal enquanto<br />
ferramenta <strong>de</strong> apoio didático e <strong>de</strong> atualização para o usuário ..................................................178<br />
GRÁFICO 40 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> atualização constante <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><br />
informacional <strong>do</strong> Portal ............................................................................................................179<br />
GRÁFICO 41 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> satisfação no tempo <strong>de</strong> resposta <strong>do</strong><br />
Portal às expectativas <strong>do</strong> usuário..............................................................................................179<br />
GRÁFICO 42 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> segurança transmiti<strong>da</strong> pelo Portal<br />
ao usuário no momento <strong>da</strong> pesquisa.........................................................................................180<br />
GRÁFICO 43 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> acesso fácil e rápi<strong>do</strong> pelo<br />
Portal ao conteú<strong>do</strong> informacional <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelo usuário .........................................................181<br />
GRÁFICO 44 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> atenção <strong>do</strong> Portal às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> usuário..............................................................................................................181<br />
GRÁFICO 45 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interface <strong>do</strong><br />
Portal ao usuário .......................................................................................................................182<br />
GRÁFICO 46 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> informação pelo Portal <strong>de</strong> assuntos<br />
correlatos quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> não localização <strong>do</strong> assunto solicita<strong>do</strong>.....................................................183
LISTA DE SIGLAS<br />
ANVISA – Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária<br />
ARIST - Annual Review of Information Science and Tecnology<br />
BC – Biblioteca Central<br />
Bireme – Centro Latino Americano e <strong>do</strong> Caribe <strong>de</strong> Informação em Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong><br />
BVS – Biblioteca Virtual em Saú<strong>de</strong><br />
CAPES – Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior<br />
CD-ROM – Compact Disk Read Only Memory<br />
CI – Ciência <strong>da</strong> Informação<br />
CNPq – Conselho Nacional <strong>de</strong> Pesquisa Científica e Tecnológica<br />
CRUS - Centre for Research on Users Studies<br />
DAU – Departamento <strong>de</strong> Assuntos Universitários<br />
DDC – Divisão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Coleções<br />
DPT – Divisão <strong>de</strong> Processos Técnicos<br />
DSU – Divisão <strong>de</strong> Serviços aos Usuários<br />
FAP – Fun<strong>da</strong>ção Antônio Pru<strong>de</strong>nte<br />
FAPESP – Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Apoio à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
FIOCRUZ – Fun<strong>da</strong>ção Oswal<strong>do</strong> Cruz<br />
GEORGIA TECH - Georgia Institute of Tecnology<br />
GYM – Google, Yahoo! e MSN<br />
ICT – Informação Científica e Tecnológica<br />
IEC – International Eletrotechnical Commission
IES – Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior<br />
IFES – Instituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Ensino Superior<br />
IHC – Interação Homem-Computa<strong>do</strong>r<br />
IP – Internet Protocol<br />
ISO - International Organization for Stan<strong>da</strong>rdization<br />
ITA – Instituto Tecnológico <strong>da</strong> Aeronáutica<br />
MEC – Ministério <strong>da</strong> Educação<br />
NBR – Norma Brasileira<br />
NTI – Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia <strong>da</strong> Informação<br />
PAAP – Programa <strong>de</strong> Apoio à Aquisição <strong>de</strong> Periódicos<br />
PAP – Programa <strong>de</strong> Aquisição Planifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> Periódicos<br />
PC – Personal Computer<br />
PROBE – Programa Biblioteca Eletrônica<br />
PRPG – Pró-Reitoria <strong>de</strong> Pesquisa e Pós-Graduação<br />
PubMed – Publicações Médicas<br />
RCS - Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Colaboração Solidária<br />
RNP – Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Pesquisa<br />
SID – Serviço <strong>de</strong> Informação e Documentação<br />
SISTEMOTECA – Sistema <strong>de</strong> Bibliotecas<br />
UEL – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Londrina<br />
UFBA – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Bahia<br />
UFMG – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais<br />
<strong>UFPB</strong> – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba
UFRGS – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul<br />
UFRJ – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />
UFSC – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina<br />
UFSCar – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Carlos<br />
UNESCO – Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para a Educação, a Ciência e a Cultura<br />
UNESP – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual Paulista<br />
UNICAMP – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas<br />
UNIFESP – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo<br />
UNISIST – UNESCO´s World Scientific Information Programme<br />
UPA – Usability Professionals Association<br />
USP – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo<br />
WIMP – win<strong>do</strong>ws, icons, menus and pointing <strong>de</strong>vices<br />
WWW – World Wi<strong>de</strong> Web
SUMÁRIO<br />
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................20<br />
2 OBJETIVOS ............................................................................................................33<br />
2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................................34<br />
2.2 Objetivos Específicos..........................................................................................................34<br />
3 COM-TEXTOS E ESTUDOS DE USO DA INFORMAÇÃO ............................35<br />
3.1 Evolução <strong>da</strong>s Tecnologias <strong>da</strong> Informação e Comunicação .............................................36<br />
3.2 Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação e <strong>de</strong> Conhecimento .....................................................................43<br />
3.3 Dos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários ....................................................................................................49<br />
3.3.1 Usuário <strong>da</strong> Informação .........................................................................................................49<br />
3.3.2 Abor<strong>da</strong>gens <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários ....................................................................................52<br />
3.4 Dos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>...............................................................................................59<br />
3.4.1 Visão <strong>da</strong> ISO.........................................................................................................................64<br />
3.4.2 Visão <strong>de</strong> Jakob Nielsen ........................................................................................................68<br />
4 A INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E OS PORTAIS DE INFORMAÇÃO.........72<br />
4.1 Disseminação <strong>da</strong> Informação Científica...........................................................................73<br />
4.1.1 Periódicos Científicos...........................................................................................................77<br />
4.2 Portais <strong>de</strong> Informação........................................................................................................83<br />
4.2.1 Definição <strong>de</strong> Portais <strong>de</strong> Informação .....................................................................................83<br />
4.2.2 Tipologia <strong>do</strong>s Portais <strong>de</strong> Informação....................................................................................86<br />
4.2.3 Os Portais <strong>de</strong> Informação Científica.....................................................................................88<br />
5 A COSMOPÉDIA DA CAPES: AMBIÊNCIA DA PESQUISA.........................91<br />
5.1 A Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior (CAPES) ..............92<br />
5.2 “O Portal Brasileiro <strong>de</strong> Informação Científica”..............................................................94
6 CAMINHO METODOLÓGICO .........................................................................105<br />
6.1 Natureza <strong>da</strong> pesquisa .......................................................................................................106<br />
6.2 Sujeitos <strong>da</strong> pesquisa..........................................................................................................108<br />
6.3 Procedimentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s...................................................................................111<br />
6.4 Procedimentos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s .................................................................................120<br />
7 TECENDO A QUALIDADE COSMOPÉDICA ................................................128<br />
7.1 A Cosmopédia <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong> ...............................................................................129<br />
7.2 Perfil <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s ......................................................................................139<br />
7.3 A Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Cosmopédia <strong>da</strong> CAPES .....................................................................148<br />
7.3.1 Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong> .................................................................................................149<br />
7.3.2 Eficiência <strong>de</strong> Uso................................................................................................................156<br />
7.3.3 Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização................................................................................................165<br />
7.3.4 Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros ...........................................................................................................170<br />
7.3.5 Satisfação Subjetiva............................................................................................................176<br />
7.3.6 Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Geral ...............................................................................................................183<br />
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................189<br />
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................196<br />
APÊNDICES .....................................................................................................................209<br />
ANEXOS............................................................................................................................224
20<br />
1 INTRODUÇÃO
21<br />
Então ocorre alguma mu<strong>da</strong>nça na experiência <strong>do</strong> usuário<br />
– a “manipulação direta” <strong>do</strong> mouse, talvez, ou a<br />
resolução <strong>da</strong> imagem – e <strong>de</strong> repente ele se sente em casa<br />
com a máquina, tão aclimata<strong>do</strong> ao ambiente que não<br />
precisa mais brigar com o software.<br />
Steven Johnson<br />
A revolução informacional potencializa<strong>da</strong> pelas tecnologias tem, mundialmente,<br />
assumi<strong>do</strong> um significativo papel no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Na compreensão <strong>de</strong>ssa afirmativa surge a Ciência <strong>da</strong> Informação, dita por Barreto<br />
(2002) ser uma senhora cinqüentenária, preocupa<strong>da</strong> justamente com seu objeto, a informação,<br />
em duas perspectivas epistemológicas: uma perspectiva social <strong>da</strong> informação e uma<br />
perspectiva tecnológica <strong>da</strong> informação, entretanto complementares, dialéticas entre si, e sob<br />
uma constituição basilar interdisciplinar 1 como natureza (PINHEIRO, 1997).<br />
A gênese <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação tem como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> as conferências <strong>do</strong><br />
Georgia Institute of Tecnology (Georgia Tech), como assim consi<strong>de</strong>ra os autores nacionais<br />
como Pinheiro (1998), e internacionais como Shera (1968) e Taylor (1966) (GARCIA, 2002).<br />
A primeira conferência <strong>do</strong> Georgia Tech, começa em março <strong>de</strong> 1961, como fruto <strong>da</strong><br />
reflexão <strong>do</strong>s profissionais <strong>da</strong> biblioteconomia e <strong>de</strong> outras áreas nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s acerca <strong>do</strong><br />
tratamento <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o tipo <strong>de</strong> informação. Nesta conferência evi<strong>de</strong>ncia-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
treinamento para estu<strong>da</strong>ntes, com o fito <strong>de</strong> manuseio <strong>da</strong> informação técnica, portanto as<br />
discussões se pautam sobre processos <strong>de</strong> treinamento <strong>de</strong> curta duração e longa duração. Os<br />
estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s participantes se voltavam ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> treinamento para bibliotecários<br />
em ciência e para os cientistas, treinamento em informação, enfocan<strong>do</strong> nestes conceitos,<br />
curriculum, habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e recrutamento.<br />
1 Esclarecemos aqui o conceito <strong>de</strong> interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>, haja vista que o mesmo é aceito comumente como a<br />
natureza <strong>da</strong> construção teórica <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação. Segun<strong>do</strong> Neves e Cruz (2001, p. 186), “[a] abor<strong>da</strong>gem<br />
interdisciplinar possibilita que áreas teóricas façam uso, nos limites <strong>de</strong> seus objetivos epistemológicos, <strong>de</strong><br />
conceitos liga<strong>do</strong>s a outras áreas, por meio <strong>de</strong> uma relação <strong>de</strong> alteri<strong>da</strong><strong>de</strong> entre o arcabouço teórico <strong>de</strong> uma<br />
<strong>de</strong>termina<strong>da</strong> área, e os conceitos <strong>de</strong> outras. A prática interdisciplinar faz uso <strong>de</strong> conceitos <strong>de</strong> outras áreas,<br />
reconhecen<strong>do</strong> a diferença entre as disciplinas”.
Em 1962 ocorreu a segun<strong>da</strong> conferência <strong>do</strong> Georgia Tech que contou com a<br />
participação <strong>de</strong> cientistas, bibliotecários, pesquisa<strong>do</strong>res e especialistas em informação, entre<br />
outros, muitos <strong>do</strong>s quais participantes também <strong>da</strong> primeira conferência.<br />
Garcia (2002) em seu artigo intitula<strong>do</strong> “Conferências <strong>do</strong> Georgia Institute of<br />
Technology e a Ciência <strong>da</strong> Informação: <strong>de</strong> volta para o futuro” aponta os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s duas<br />
conferências ressaltan<strong>do</strong> três pontos:<br />
1- o crescimento <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong> área;<br />
2- o reconhecimento e a distinção <strong>de</strong> três tipos <strong>de</strong> profissionais atuan<strong>do</strong> no<br />
campo; 2<br />
3- o reconhecimento <strong>de</strong> que o pessoal necessita, para sua qualificação,<br />
dispor <strong>de</strong> programas varia<strong>do</strong>s, e que, portanto, <strong>de</strong>ve-se formulá-los.<br />
As conferências <strong>do</strong> Georgia Tech <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam outros eventos com a mesma<br />
finali<strong>da</strong><strong>de</strong>, ou seja, intensificação <strong>da</strong> educação, mesmo ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> relativisa<strong>da</strong> por autores<br />
como Crosland (1962) e consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s relevantes por Taylor (1966). Este último ressalta quatro<br />
pontos relevantes <strong>da</strong>s conferências <strong>do</strong> Georgia Tech, <strong>de</strong>ntre os quais o aparecimento <strong>de</strong> uma<br />
<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação como “ciência que investiga as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s e o<br />
comportamento <strong>da</strong> informação, as forças que governam o fluxo <strong>da</strong> informação e os meios <strong>de</strong><br />
processar a informação para ótimo acesso e uso.” (GARCIA, 2002) Assim, Garcia ratifica que:<br />
A Ciência <strong>da</strong> Informação surge por necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s técnicas <strong>de</strong> recuperação<br />
<strong>da</strong>s informações que haviam si<strong>do</strong> gera<strong>da</strong>s em proporções geométricas<br />
principalmente durante a segun<strong>da</strong> guerra mundial, o que pressupõe<br />
organização, espaço para armazenagem, disseminação e uso para gerar<br />
novas informações.<br />
Em um trabalho, muito referen<strong>da</strong><strong>do</strong>/cita<strong>do</strong> pela área <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação,<br />
Saracevic (1996, p. 42) aponta a razão <strong>da</strong> existência e <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> informação<br />
mediante três características, ressaltan<strong>do</strong> seus enfoques tecnológico e social:<br />
1- A CI é por natureza interdisciplinar;<br />
2- A CI está inexoravelmente liga<strong>da</strong> à tecnologia <strong>da</strong> informação;<br />
2 Bibliotecário <strong>de</strong> ciência; Analista <strong>de</strong> literatura técnica e Cientista <strong>da</strong> informação.<br />
22
3- A CI é, juntamente com muitas outras disciplinas, uma participante ativa<br />
e <strong>de</strong>libera<strong>da</strong> na evolução <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação.<br />
Em relação à interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong>, o autor sublinha que há a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> fenômeno<br />
informacional, mediante suas práticas dinâmicas e enquanto fenômeno <strong>da</strong> comunicação<br />
humana, não ser trata<strong>do</strong> apenas por uma única área <strong>de</strong> conhecimento, mas comungar com<br />
outras áreas, culminan<strong>do</strong> por tornar a interdisciplinari<strong>da</strong><strong>de</strong> inerente à Ciência <strong>da</strong> Informação.<br />
As tecnologias <strong>da</strong> informação se configuram enquanto fator significante na evolução<br />
<strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, bem como sobre outras áreas <strong>do</strong> conhecimento, que juntas, atuan<strong>do</strong><br />
no fenômeno informacional, tornam-se elemento essencial no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
contemporânea.<br />
Seguin<strong>do</strong> a perspectiva <strong>de</strong>stas três características aponta<strong>da</strong>s por Saracevic, po<strong>de</strong>mos<br />
visualizar no quadro em seqüência elabora<strong>do</strong> por Pinheiro (1997, p. 221) a produção científica<br />
<strong>do</strong> mais conceitua<strong>do</strong> periódico <strong>da</strong> área, o Annual Review of Information Science and<br />
Tecnology (ARIST), nas penúltimas três déca<strong>da</strong>s, categorizan<strong>do</strong> os temas segun<strong>do</strong><br />
características sociais e tecnológicas:<br />
Enfoque tecnológico Freqüência Enfoque social Freqüência<br />
1. Sistemas <strong>de</strong> informação 43 1. Disseminação <strong>da</strong> informação 27<br />
2. Tecnologias <strong>da</strong> informação 28 2. Políticas <strong>de</strong> informação 23<br />
3. Sistemas <strong>de</strong> recuperação 20 3. Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e usos 22<br />
4. Computa<strong>do</strong>res e programas 19 4. Representação 16<br />
5. Automação <strong>de</strong> biblioteca 15 5. Formação profissional 14<br />
6. Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação 14 6. Administração <strong>da</strong> informação 12<br />
7. Bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s 13 7. Teoria <strong>da</strong> CI 11<br />
8. Organização e processamento 13 8. Economia <strong>da</strong> informação 8<br />
9.Processamento automático <strong>da</strong> linguagem 9<br />
Total 174 (56%) Total 133 (43,32%)<br />
QUADRO 1 – Categorização <strong>do</strong>s temas segun<strong>do</strong> características sociais e tecnológicas<br />
Fonte: PINHEIRO, 1997, p. 221<br />
Pinheiro, acerca <strong>do</strong> quadro acima, objetivou analisar a duali<strong>da</strong><strong>de</strong>/complementari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>s enfoques social e tecnológico <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação através <strong>da</strong>s publicações <strong>do</strong><br />
23
ARIST, verifican<strong>do</strong> se o mesmo tendia a ser mais social ou tecnológico na sua abor<strong>da</strong>gem. Em<br />
suas análises, a autora percebeu uma maior tendência às abor<strong>da</strong>gens <strong>de</strong> cunho tecnológico,<br />
contu<strong>do</strong>, a autora concluiu que “uma tecnologia po<strong>de</strong> ser estu<strong>da</strong><strong>da</strong> sob um enfoque social,<br />
[entretanto e] enfim, muitas vezes as características tecnológicas e sociais convivem entre si.”<br />
(PINHEIRO, 1997, p. 222). É esta convivência que enfatizamos na constituição <strong>da</strong> natureza<br />
interdisciplinar <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação.<br />
Por sua natureza interdisciplinar e perspectivas epistemológicas social/tecnológica,<br />
tem-se a interseção <strong>de</strong> pelo menos a Ciência <strong>da</strong> Computação com a Ciência <strong>da</strong> Informação<br />
como uma <strong>da</strong>s mais visíveis e <strong>de</strong> preocupação acadêmica contemporânea, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> como<br />
base a aplicação <strong>da</strong> computação para o campo <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, em primeiro plano,<br />
no armazenamento <strong>da</strong> informação e, em segun<strong>do</strong> plano, na recuperação <strong>da</strong> informação,<br />
<strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se áreas como a inteligência artificial e a Interação Homem-Computa<strong>do</strong>r.<br />
Saracevic (1996) assim já nos tinha eluci<strong>da</strong><strong>do</strong> a questão <strong>do</strong> armazenamento, que surgiu em<br />
virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong> fenômeno <strong>da</strong> explosão informacional (a partir <strong>da</strong> produção informacional –<br />
principalmente científica e tecnológica – potencializa<strong>da</strong> pelo advento <strong>da</strong>s novas tecnologias no<br />
perío<strong>do</strong> pós-guerra no século XX), e que a recuperação <strong>da</strong> informação veio a surgir mais tar<strong>de</strong><br />
como solução encontra<strong>da</strong> pela socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em face <strong>de</strong>sse fenômeno, ain<strong>da</strong> em <strong>de</strong>senvolvimento<br />
na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Diante <strong>de</strong>ssa natureza interdisciplinar <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação e suas “conexões<br />
inexoráveis à tecnologia”, conforme eluci<strong>do</strong>u Saracevic (1996), esta dissertação relata a<br />
conclusão <strong>de</strong> uma pesquisa que buscou investigar uma temática singular e atual: a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
na web 3 .<br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é um conceito muito relevante, isto porque está diretamente liga<strong>da</strong> aos<br />
conceitos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas e produtos, como software 4 , em relação à mensuração <strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho e satisfação <strong>do</strong>s seus usuários quanto às suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação e<br />
comunicação nas mais diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas, através <strong>da</strong> re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res.<br />
Assim, permitimo-nos estabelecer uma relação entre os clássicos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários <strong>da</strong> área<br />
3 “Recurso ou serviço ofereci<strong>do</strong> na Internet (re<strong>de</strong> mundial <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res), e que consiste num sistema<br />
distribuí<strong>do</strong> <strong>de</strong> acesso a informações, as quais são apresenta<strong>da</strong>s na forma <strong>de</strong> hipertexto, com elos entre<br />
<strong>do</strong>cumentos e outros objetos (menus, índices), localiza<strong>do</strong>s em pontos diversos <strong>da</strong> re<strong>de</strong>.” (FER<strong>REI</strong>RA, 2004).<br />
4 “Em um sistema computacional, o conjunto <strong>do</strong>s componentes que não fazem parte <strong>do</strong> equipamento físico<br />
propriamente dito e que incluem as instruções e programas (e os <strong>da</strong><strong>do</strong>s a eles associa<strong>do</strong>s) emprega<strong>do</strong>s durante a<br />
utilização <strong>do</strong> sistema.” (FER<strong>REI</strong>RA, 2004)<br />
24
<strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação (estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>queles que usam informação na perspectiva <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> conhecimento) e Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação.<br />
Pela <strong>de</strong>finição internacional <strong>do</strong> Centre for Research on Users Studies (CRUS) Estu<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> Usuários são:<br />
[...] uma área interdisciplinar <strong>de</strong> conhecimento e abrange o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
comportamento <strong>do</strong>s usuários e não usuários <strong>da</strong> informação e <strong>do</strong>s sistemas e<br />
serviços <strong>de</strong> informação, ten<strong>do</strong> por objetivo básico a interação usuário<br />
/informação. Entre outros objetivos, os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários visam conhecer<br />
as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s usuários e se as mesmas estão sen<strong>do</strong> satisfeitas <strong>de</strong><br />
maneira a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> ou não 5 .<br />
Por outra <strong>de</strong>finição também internacional, a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> é compreendi<strong>da</strong> enquanto “a<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um produto ser usa<strong>do</strong> por usuários específicos para atingir objetivos específicos<br />
com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico <strong>de</strong> uso.” (ISO 9241-11, 1998)<br />
Daí, <strong>de</strong>finimos nosso objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> enquanto a própria <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> um sistema<br />
disponibiliza<strong>do</strong> na web, especificamente <strong>de</strong> um <strong>portal</strong> <strong>de</strong> informação, <strong>de</strong> caráter público com<br />
relação ao contexto <strong>de</strong> sua utilização, o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, que se constitui no<br />
maior <strong>portal</strong> brasileiro <strong>de</strong> informação científica e tecnológica, quiçá o mais importante <strong>portal</strong><br />
brasileiro <strong>de</strong> informação.<br />
O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES é forneci<strong>do</strong> pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral ao Sistema <strong>de</strong><br />
Educação <strong>do</strong> Brasil e promovi<strong>do</strong> pela Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível<br />
Superior (CAPES), instituição manti<strong>da</strong> pelo Ministério <strong>de</strong> Educação (MEC) sen<strong>do</strong> responsável<br />
pela avaliação <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> pós-graduação stricto sensu no país, além <strong>de</strong> fomento à pesquisa<br />
científica <strong>de</strong> nível superior.<br />
Apesar <strong>de</strong> ter caráter público, o acesso livre é limita<strong>do</strong>. Somente instituições<br />
convenia<strong>da</strong>s têm acesso completo ao Portal. Nota<strong>da</strong>mente, a maior parte <strong>da</strong>s instituições<br />
convenia<strong>da</strong>s que promovem o acesso ao conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse Portal são universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, e assim o<br />
fazem, institucionalmente e <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, através, principalmente, <strong>de</strong> suas bibliotecas<br />
universitárias ou uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação a elas vincula<strong>da</strong>s.<br />
5 Cf. texto didático elabora<strong>do</strong> pela Professora Dra. Francisca Arru<strong>da</strong> Ramalho, utiliza<strong>do</strong> no Curso <strong>de</strong> Graduação<br />
em Biblioteconomia <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> no semestre letivo 1999.1.<br />
25
Por motivos <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ação <strong>de</strong>sta pesquisa, esta se <strong>de</strong>u a partir <strong>de</strong> sua vinculação com um<br />
programa <strong>de</strong> pós-graduação <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba (<strong>UFPB</strong>), nossa origem<br />
acadêmica <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a graduação, universi<strong>da</strong><strong>de</strong> esta caracteriza<strong>da</strong> enquanto a primeira e a maior<br />
instituição fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ensino superior <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, portanto, <strong>de</strong>finimos tal instituição<br />
como o próprio contexto <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES para realização <strong>da</strong><br />
pesquisa.<br />
A <strong>UFPB</strong> é uma <strong>da</strong>s 194 instituições <strong>de</strong> ensino superior e pesquisa que promove o<br />
acesso ao conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> maneira irrestrita aos seus usuários, sob responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>de</strong> sua Biblioteca Central, além <strong>da</strong> promoção <strong>do</strong> acesso remoto quan<strong>do</strong><br />
permiti<strong>do</strong> pela mesma, exterior a esta biblioteca.<br />
Eis que surge, assim, nossa inquietação enquanto questão-problema: como se configura<br />
a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na perspectiva <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong>s programas<br />
<strong>de</strong> pós-graduação <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>?<br />
A palavra-chave é quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> no uso <strong>do</strong> sistema por parte <strong>do</strong>s seus usuários,<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interação 6 entre o usuário e o sistema <strong>de</strong> informação. Analisamos<br />
qualitativamente a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interação entre o usuário e o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES,<br />
a partir <strong>da</strong> perspectiva <strong>do</strong> usuário na evi<strong>de</strong>nciação <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sempenho e <strong>de</strong> sua satisfação.<br />
Definimos os sujeitos <strong>da</strong> pesquisa a partir <strong>de</strong> uma in<strong>da</strong>gação à Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, uni<strong>da</strong><strong>de</strong> responsável pela promoção <strong>do</strong> Portal na <strong>UFPB</strong>, acerca<br />
<strong>da</strong>queles usuários que mais vêm utilizan<strong>do</strong> o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES nesta<br />
universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Como resposta obti<strong>da</strong>, estes seriam os usuários <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Procuran<strong>do</strong> <strong>de</strong>limitar, portanto, em face <strong>de</strong>sta resposta, os usuários especialistas no<br />
intuito <strong>da</strong> análise <strong>da</strong> interface <strong>do</strong> Portal na perspectiva <strong>da</strong> sua <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, e ten<strong>do</strong> em vista os<br />
objetivos <strong>do</strong> mesmo direciona<strong>do</strong>s a priori à pós-graduação, <strong>de</strong>finimos enquanto sujeitos <strong>da</strong><br />
pesquisa os <strong>do</strong>centes permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> área <strong>de</strong><br />
Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> que realmente utilizam o Portal, caracterizan<strong>do</strong>-se enquanto<br />
usuários <strong>do</strong> Portal. To<strong>do</strong>s os sujeitos investiga<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ssa maneira, estão vincula<strong>do</strong>s ao Centro<br />
<strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>.<br />
6 “Ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais coisas, ou duas ou mais pessoas; ação recíproca.”<br />
(FER<strong>REI</strong>RA, 2004)<br />
26
Primeiramente, pensamos em investigar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>sse Portal a partir <strong>da</strong><br />
disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> acesso institucional <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> via sua Biblioteca Central, seu órgão<br />
responsável, na tentativa <strong>de</strong> acompanhar/contemplar o momento <strong>de</strong> transição entre a busca e o<br />
uso <strong>da</strong> informação científica pela presença <strong>do</strong>s usuários na Biblioteca Central, <strong>do</strong> contato<br />
físico com a instituição e a máquina <strong>de</strong> acesso ao contato virtual <strong>de</strong> interação com o Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
Contu<strong>do</strong>, diante <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que enfrentamos na execução <strong>da</strong> pesquisa, referentes<br />
às especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> perfil e à disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s, bem como <strong>do</strong><br />
contexto <strong>de</strong> seu uso <strong>do</strong> Portal, conforme <strong>de</strong>talhamos nesta dissertação em seu capítulo<br />
intitula<strong>do</strong> Caminho Meto<strong>do</strong>lógico, optamos por nos <strong>de</strong>bruçar sobre o objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> através<br />
<strong>do</strong> contexto geral <strong>de</strong> interação quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu uso, a partir <strong>do</strong> relato <strong>de</strong>scritivo <strong>do</strong>s próprios<br />
sujeitos, sob uma análise <strong>de</strong> prospecção <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, conforme indica Cybis (2003).<br />
Enquanto relevância científica consi<strong>de</strong>ramos o estu<strong>do</strong> relaciona<strong>do</strong> à Ciência <strong>da</strong><br />
Informação e às Ciências <strong>do</strong> Comportamento, além <strong>da</strong> Engenharia <strong>de</strong> Software circunscrita à<br />
área <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação, tratan<strong>do</strong> especificamente <strong>da</strong> Engenharia <strong>da</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, em<br />
contributo ao diálogo interdisciplinar <strong>de</strong>ssas áreas e outros saberes, por focalizar a questão <strong>do</strong><br />
uso <strong>da</strong> informação, na Interação Homem-Máquina, e a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> sistema relaciona<strong>da</strong> a<br />
usuários específicos, para alcançar objetivos específicos com alto <strong>de</strong>sempenho e satisfação <strong>de</strong><br />
suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s concretas em um contexto <strong>de</strong> uso específico, não esquecen<strong>do</strong> os objetivos<br />
<strong>de</strong> relação institucional social <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong>sses mesmos usuários (relaciona<strong>do</strong>s à<br />
CAPES e à <strong>UFPB</strong>).<br />
A<strong>de</strong>mais, como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES,<br />
na <strong>UFPB</strong>, <strong>de</strong>cidimos nos pautar nos conceitos <strong>do</strong> estudioso Jakob Nielsen 7 , relacionan<strong>do</strong>-os ao<br />
status quo tanto <strong>da</strong> área <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários quanto <strong>da</strong> área <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Esses conceitos se referem, especificamente, aos <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s “atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>” tal<br />
como Nielsen <strong>de</strong>senvolveu e vem <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> e publican<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> suas pesquisas 8 .<br />
7 Jakob Nielsen, pesquisa<strong>do</strong>r reconheci<strong>do</strong> mundialmente, precursor e difusor <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, é Ph.D<br />
em Interação Homem-Máquina pela Technical University of Denmark em Copenhagen, Dinamarca. É um <strong>do</strong>s<br />
sócios-diretores <strong>da</strong> Nielsen Norman Group (empresa especializa<strong>da</strong> em consultoria e treinamento em <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>).<br />
8 Cf. suas publicações: NIELSEN, Jakob. Usability Engineering. San Diego: Aca<strong>de</strong>mic Press, 1993.;<br />
___________. Projetan<strong>do</strong> web sites. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 2000.; __________. Changes in web usability<br />
since 1994. Dec. 1997. Disponível em . Acesso em: 18 nov. 2007.;<br />
27
Nielsen <strong>de</strong>screve, em seu livro Usability Engineering (1993, p. 26), os cinco atributos<br />
<strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>: facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>, eficiência <strong>de</strong> uso, facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização, baixa<br />
taxa <strong>de</strong> erros e satisfação subjetiva.<br />
Escolhemos, portanto, trabalhar os atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Nielsen, revisan<strong>do</strong> as<br />
normas <strong>da</strong> International Organization for Stan<strong>da</strong>rdization (ISO), ISO 9241, e <strong>da</strong> Associação<br />
Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas (ABNT), NBR 9241, justamente pela possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
contribuição à reflexão interdisciplinar para com a Ciência <strong>da</strong> Informação, partin<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
compreensão <strong>da</strong> importância <strong>do</strong> usuário por meio <strong>do</strong>s atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> e <strong>de</strong> seu<br />
relacionamento com os sistemas <strong>de</strong> informação.<br />
Nesse contexto, atentamos ao fato <strong>de</strong> que a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> é um tema mundialmente<br />
explora<strong>do</strong> na Engenharia <strong>de</strong> Software, enquanto que na Ciência <strong>da</strong> Informação alguns estu<strong>do</strong>s<br />
estão surgin<strong>do</strong>, ain<strong>da</strong> que <strong>de</strong> maneira tími<strong>da</strong> e, mais especificamente no Brasil, no contexto<br />
principalmente <strong>da</strong>s pós-graduações stricto sensu.<br />
Um estu<strong>do</strong> recente <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, realiza<strong>do</strong> por Paiva e Ramalho<br />
(2006) em instituições universitárias <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil, <strong>de</strong>monstra essa timi<strong>de</strong>z,<br />
concluin<strong>do</strong> a inexistência <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> em suas bibliotecas, no que se refere à<br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> software <strong>de</strong> automação <strong>de</strong> biblioteca.<br />
E quan<strong>do</strong> tratamos, especificamente, <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
no campo <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação nos <strong>de</strong>paramos com uma primeira situação crítica<br />
levanta<strong>da</strong> por Cendón (2008) em sua, também, recente pesquisa <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> literatura<br />
acadêmica publica<strong>da</strong> sobre o Portal, além <strong>de</strong> uma segun<strong>da</strong> situação crítica concluí<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
análise <strong>de</strong>ssa pesquisa trazi<strong>da</strong> ao nosso contexto.<br />
A primeira situação crítica se refere à constatação <strong>da</strong> escassez <strong>de</strong> pesquisas sobre este<br />
Portal, conforme comenta a autora:<br />
Da<strong>da</strong> a sua importância, relevância e porte, o Portal <strong>de</strong>veria ser objeto <strong>de</strong><br />
atenção e estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> profissionais e pesquisa<strong>do</strong>res. Entretanto, repeti<strong>da</strong>mente,<br />
publicações sobre o Portal (Araújo, 2006; Cendón, 2006; Od<strong>do</strong>ne e<br />
Meireles, 2006; Martins et al., 2006) mencionam a escassez <strong>de</strong> pesquisas<br />
sobre o mesmo (CENDÓN, 2008, p. 157).<br />
__________. Desingning web usability. Indianápolis. New Ri<strong>de</strong>rs, 1999.; e NIELSEN, Jakob; LORANGER,<br />
Hoa. Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> na web: projetan<strong>do</strong> websites com quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Editora Campus, 2007.<br />
28
A segun<strong>da</strong> situação crítica levanta<strong>da</strong> se refere a uma escassez maior <strong>de</strong> pesquisas sobre<br />
a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, especificamente. No mapeamento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s<br />
os trabalhos científicos realiza<strong>do</strong>s no país acerca <strong>do</strong> Portal até o ano <strong>de</strong> 2008, Cendón (2008,<br />
p. 163) apresenta seis trabalhos como os únicos realiza<strong>do</strong>s acerca <strong>da</strong> categoria “análise <strong>de</strong><br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>” relaciona<strong>da</strong> ao Portal, enquanto “categoria complementar à <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uso e<br />
satisfação”, conforme apresentamos no quadro que segue:<br />
TRABALHOS<br />
PUBLICADOS<br />
TRABALHOS<br />
NÃO<br />
PUBLICADOS<br />
TÍTULO DOS TRABALHOS<br />
CURTY, Renata Gonçalves; CURTY, Marlene Gonçalves. Arquitetura <strong>da</strong><br />
informação e <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal Capes: a avaliação <strong>do</strong> usuário. In: SEMINÁRIO<br />
NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 14; 2006, Salva<strong>do</strong>r. [Anais<br />
eletrônicos...] Disponível em: http://www.snbu.2006.ufba.br/soac/viewabstract.php<br />
GRIEBLER, Ana Cristina <strong>de</strong> Freitas; MATTOS, Ana Maria. Aprimoran<strong>do</strong> a interface<br />
com o usuário para escolha <strong>de</strong> base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s ou <strong>periódicos</strong> no Portal Periódicos<br />
Capes: uma proposta. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS<br />
UNIVERSITÁRIAS, 14; 2006, Salva<strong>do</strong>r. [Anais eletrônicos...] Disponível em:<br />
http://www.snbu.2006.ufba.br/soac/viewabstract.php<br />
ODDONE, Nanci; MEIRELLES, R. F. O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES e os<br />
indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> informação eletrônica. Datagramazero, Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, v. 7, n. 3, 2006.<br />
ODDONE, Nanci Elizabeth. Política nacional <strong>de</strong> informações científica e<br />
tecnológica: avaliação <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. Salva<strong>do</strong>r, 2005. 9 p.<br />
(Projeto <strong>de</strong> Bolsa <strong>de</strong> Iniciação Científica). [Trabalho não publica<strong>do</strong>]<br />
CENDÓN, Beatriz Vala<strong>da</strong>res. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> uso <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> eletrônicos: Portal<br />
Periódicos Capes em Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais. Belo Horizonte, 2005. (Projeto <strong>de</strong><br />
Pesquisa submeti<strong>do</strong> ao CNPQ). [Trabalho não publica<strong>do</strong>]<br />
FRANCISCO, Suely; CARNEIRO, Rosinéia Aguiar. Portal <strong>de</strong> Periódicos Capes:<br />
avaliação institucional <strong>da</strong> fun<strong>da</strong>ção Antônio Pru<strong>de</strong>nte. São Paulo, 2006. 89 p.<br />
(Trabalho Submeti<strong>do</strong> ao Prêmio CAPES 2006). [Trabalho não publica<strong>do</strong>]<br />
QUADRO 2 – Trabalhos acerca <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> CENDÓN, 2008, p. 174-176<br />
29<br />
INSTITUIÇÃO<br />
DE ORIGEM<br />
UEL<br />
UFRGS<br />
UFBA<br />
UFBA<br />
UFMG<br />
Como po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong>, advertimos que <strong>de</strong>sses seis trabalhos científicos, três não<br />
foram publica<strong>do</strong>s, reduzin<strong>do</strong>-se efetivamente o número <strong>de</strong> publicações acerca <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
FAP
<strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES para uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> três pesquisas publica<strong>da</strong>s até este<br />
ano <strong>de</strong> referência.<br />
Tal situação evi<strong>de</strong>ncia o não esgotamento <strong>do</strong> assunto, exigin<strong>do</strong> <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong><br />
Informação a promoção <strong>de</strong> novas pesquisas e o seu aprofun<strong>da</strong>mento, diante <strong>da</strong> importância <strong>do</strong><br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES para a produção científica e tecnológica <strong>do</strong> país, além <strong>do</strong> que<br />
ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s três trabalhos publica<strong>do</strong>s retrata a temática em um contexto <strong>de</strong> uso específico.<br />
Ressaltamos, <strong>da</strong>í, que nenhum <strong>de</strong>sses artigos, respeitan<strong>do</strong> seus méritos, refere-se a uma<br />
pesquisa realiza<strong>da</strong> no âmbito <strong>da</strong> pós-graduação stricto sensu, que se diferencia pela sua<br />
natureza e profundi<strong>da</strong><strong>de</strong>, o que nos propomos, realizamos e ora apresentamos nesta<br />
dissertação.<br />
Eis aí o cerne <strong>de</strong> nossa justificativa teórico-social. Ela se refere ao contributo à Ciência<br />
<strong>da</strong> Informação em face <strong>de</strong>ssas duas situações críticas levanta<strong>da</strong>s, como uma leitura necessária<br />
acerca <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. E sobre nosso contexto específico,<br />
esta investigação contribui para a compreensão <strong>da</strong> dinâmica <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> um<br />
sistema <strong>de</strong> informação científica a partir <strong>da</strong> análise <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong> satisfação <strong>do</strong>s seus<br />
usuários, referin<strong>do</strong>-nos aos usuários <strong>do</strong>centes <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> na interação com o<br />
Portal, apresentan<strong>do</strong>-se, também, enquanto mo<strong>de</strong>lo avaliatório institucional.<br />
Assim, pelo contributo à Ciência <strong>da</strong> Informação em face <strong>da</strong>s situações críticas<br />
levanta<strong>da</strong>s, esta investigação se reverte em contributo, também, à própria CAPES e à<br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica.<br />
Sobre as nossas justificativas pessoais acerca <strong>da</strong> realização <strong>de</strong>sta pesquisa, estas<br />
perpassam pelo conhecimento que temos nos <strong>de</strong>bruça<strong>do</strong> em nossos estu<strong>do</strong>s, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
acadêmicas e práticas profissionais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o nosso ingresso no Curso <strong>de</strong> Graduação em<br />
Biblioteconomia, ressaltan<strong>do</strong> a nossa i<strong>de</strong>ntificação com a disciplina Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários.<br />
A participação na disciplina Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários nos possibilitou vivenciar<br />
experiências e repensar teorias (clássicas e mo<strong>de</strong>rnas) sobre a informação e sua correlação<br />
com o sujeito-usuário na construção <strong>de</strong> suas estruturas cognitivas e inteligências intervenientes<br />
em seu <strong>de</strong>senvolvimento e o <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e instituições <strong>da</strong>s quais participa.<br />
Quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> término <strong>da</strong> graduação, realizamos o nosso trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso<br />
(monografia) através <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> pesquisa intitula<strong>da</strong> (In)Formação Profissional:<br />
investigan<strong>do</strong> buscas e usos <strong>de</strong> informação <strong>do</strong>s estu<strong>da</strong>ntes em processo <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> Curso<br />
30
<strong>de</strong> Graduação em Biblioteconomia <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, pesquisa esta caracteriza<strong>da</strong> enquanto um estu<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> usuários.<br />
A nossa trajetória inclui, ain<strong>da</strong>, a publicação <strong>de</strong> três artigos: 1. Pela (In)formação<br />
Profissional; e 2. Déficit Informacional: obstáculos no uso <strong>de</strong> canais (in)formacionais por<br />
Docentes <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Economia – PPGE/<strong>UFPB</strong>, ambos publica<strong>do</strong>s<br />
no periódico Informação & Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: Estu<strong>do</strong>s 9 , pertencente à área <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação<br />
<strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>; além <strong>do</strong> artigo 3. Para on<strong>de</strong> vai a tecnologia: ensaio social sobre Tecnologia,<br />
Informação e Conhecimento, publica<strong>do</strong> em respeita<strong>do</strong> periódico europeu, a Biblioteca On-line<br />
<strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Comunicação (BOCC) 10 , <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> a nossa preocupação em contribuir<br />
com a área a partir <strong>de</strong> nossa instituição <strong>de</strong> origem.<br />
Ressaltamos, ain<strong>da</strong>, acrescentan<strong>do</strong> a nossa experiência <strong>de</strong> ensino superior e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
prossegui-la, a experiência ímpar acerca <strong>da</strong> nossa participação no Programa <strong>de</strong> Estágio<br />
Docência <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, nos perío<strong>do</strong>s letivos 2007.1 e 2007.2, através <strong>da</strong> disciplina Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Usuário, vincula<strong>da</strong> ao Departamento <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação e ministra<strong>da</strong> no Curso <strong>de</strong><br />
Graduação em Biblioteconomia, e no perío<strong>do</strong> letivo 2007.2, através <strong>da</strong> disciplina Elaboração<br />
e Comunicação <strong>do</strong> Trabalho Científico, vincula<strong>da</strong> ao Departamento <strong>de</strong> Serviço Social e<br />
ministra<strong>da</strong> no Curso <strong>de</strong> Graduação em Serviço Social.<br />
O Programa <strong>de</strong> Estágio Docência tem como objetivos principais: envolver os cursos e<br />
Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> na melhoria <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> graduação; e<br />
promover uma maior integração entre graduação e pós-graduação <strong>de</strong>sta universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por tais<br />
objetivos, <strong>de</strong>stacamos a relevância <strong>do</strong> Estágio Docência para a nossa formação humana e<br />
acadêmico-profissional na tendência para a almeja<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>cente enquanto profissão.<br />
Com gran<strong>de</strong> esforço, preten<strong>de</strong>mos <strong>da</strong>r continui<strong>da</strong><strong>de</strong> a essa trajetória intelectual,<br />
buscan<strong>do</strong> o aprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong> compreensão <strong>do</strong> fenômeno informacional no seu contexto <strong>de</strong><br />
uso, em contribuição à área <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, chegan<strong>do</strong> ao término <strong>de</strong>sta investigação<br />
aqui relata<strong>da</strong> como uma etapa em conclusão <strong>de</strong>ssa trajetória.<br />
Por fim, apresentamos a estrutura que compõe esta dissertação, enquanto relato <strong>de</strong><br />
nossa investigação.<br />
9 Periódico publica<strong>do</strong> pelo Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ciência <strong>da</strong> Informação <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, classifica<strong>do</strong> com o<br />
conceito A Nacional pela Avaliação Qualis <strong>da</strong> CAPES. ISSN: 0104-0146.<br />
10 Periódico publica<strong>do</strong> pelo Laboratório <strong>de</strong> Comunicação <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Beira-Interior (Covilhã-Portugal).<br />
ISSN: 1646-3137<br />
31
Iniciamos esta dissertação por esta Introdução, on<strong>de</strong> traçamos o panorama/contexto <strong>da</strong><br />
proposta e <strong>da</strong> execução <strong>da</strong> investigação, segui<strong>da</strong> <strong>do</strong>s Objetivos, on<strong>de</strong> apresentamos os<br />
objetivos geral e específicos que ora alcançamos.<br />
Em seqüência, no terceiro e quarto capítulos, apresentamos o referencial teórico,<br />
composto por <strong>do</strong>is blocos: o primeiro intitula<strong>do</strong> Com-textos e estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> informação,<br />
on<strong>de</strong> tratamos <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong>s Tecnologias <strong>da</strong> Informação e Comunicação, <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
comunicação e conhecimento por elas instaura<strong>da</strong>s e <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários no contraste <strong>do</strong>s<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>; além <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> bloco, o qual relacionamos com A informação<br />
científica e os portais <strong>de</strong> informação.<br />
No quinto capítulo, Ambiência <strong>da</strong> Pesquisa, apresentamos o cria<strong>do</strong>r e a criação, ou<br />
seja, a CAPES e o seu Portal <strong>de</strong> Periódicos, respectivamente.<br />
No sexto capítulo, Caminho Meto<strong>do</strong>lógico, traçamos a meto<strong>do</strong>logia <strong>da</strong> pesquisa,<br />
apresentan<strong>do</strong>: a natureza <strong>da</strong> pesquisa, os sujeitos <strong>da</strong> pesquisa e os procedimentos <strong>de</strong> coleta e<br />
análise <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s.<br />
No sétimo capítulo, Tecen<strong>do</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> cosmopédica, apresentamos os resulta<strong>do</strong>s<br />
obti<strong>do</strong>s na pesquisa e sua análise, fazen<strong>do</strong> relação com o referencial teórico e observan<strong>do</strong><br />
to<strong>da</strong>s as etapas <strong>da</strong> pesquisa para análise <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES a<br />
partir <strong>do</strong>s atributos <strong>de</strong> Jakob Nielsen.<br />
No oitavo capítulo apresentamos as Consi<strong>de</strong>rações Finais <strong>de</strong>sta investigação.<br />
Para finalizar, apresentamos os elementos pós-textuais <strong>da</strong> dissertação: as referências<br />
consulta<strong>da</strong>s e cita<strong>da</strong>s quan<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua elaboração, os apêndices e os anexos.<br />
32
33<br />
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral<br />
• Analisar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES com base nos atributos<br />
<strong>de</strong> Jakob Nielsen.<br />
2.2 Objetivos Específicos<br />
a) Descrever o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES no seu contexto geral <strong>de</strong> uso;<br />
b) Traçar o perfil <strong>do</strong>s usuários <strong>do</strong> Portal;<br />
c) I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s usuários acerca <strong>do</strong> uso <strong>do</strong><br />
Portal;<br />
d) I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal pelos usuários;<br />
e) I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização <strong>do</strong>s usuários acerca <strong>do</strong> uso <strong>do</strong><br />
Portal;<br />
f) I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>da</strong> baixa taxa <strong>de</strong> erros <strong>do</strong>s usuários acerca <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal;<br />
g) I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> satisfação subjetiva <strong>do</strong>s usuários acerca <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal; e<br />
h) Avaliar o <strong>de</strong>sempenho e a satisfação <strong>do</strong>s usuários em relação ao uso <strong>do</strong> Portal.<br />
34
3 COM-TEXTOS E ESTUDOS DE USO<br />
35<br />
DA INFORMAÇÃO
3.1 Evolução <strong>da</strong>s Tecnologias <strong>da</strong> Informação e Comunicação<br />
Na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong> urge, ca<strong>da</strong> vez mais, buscar compreen<strong>de</strong>r as peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />
fenômeno técnico, bem como sua implicação na história <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tal afirmativa po<strong>de</strong> ser<br />
confirma<strong>da</strong> nas palavras <strong>de</strong> Benakouche (1999, p. 1), conforme transcrevemos:<br />
Se existe um consenso a respeito <strong>da</strong>s principais características <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
contemporânea, este se refere à presença ca<strong>da</strong> vez maior <strong>da</strong> tecnologia na<br />
organização <strong>da</strong>s práticas sociais, <strong>da</strong>s mais complexas às mais elementares.<br />
Reforçan<strong>do</strong> a constatação acima, Lemos (2002, p. 27) nos diz que a trajetória <strong>do</strong><br />
homem em socie<strong>da</strong><strong>de</strong> é marca<strong>da</strong> por inventos, cultivo <strong>da</strong> terra, implemento <strong>de</strong> indústrias,<br />
conquista <strong>do</strong> espaço-cósmico e viagens às fronteiras <strong>do</strong> espaço-tempo. Ain<strong>da</strong> para esse autor,<br />
“durante esse trajeto, a tecnologia ganhou significações e representações diversas, em um<br />
movimento <strong>de</strong> vaivém com a vi<strong>da</strong> social”.<br />
Compreen<strong>de</strong>-se, portanto, hoje, por tecnologia, o avanço material mo<strong>de</strong>rno <strong>da</strong> técnica,<br />
bem como to<strong>do</strong>s e quaisquer objetos técnicos, as máquinas e seus respectivos processos <strong>de</strong><br />
fabricação e manipulação no vaivém com a vi<strong>da</strong> social. A tecnologia, assim, tem sua<br />
compreensão na sua própria construção conceitual sócio-histórica, a partir <strong>de</strong> outro termo,<br />
intrínseco a ela mesma, a partir <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> técnica (LEMOS, 2002).<br />
Para Lemos, na sua acepção original e etimológica, técnica vem <strong>do</strong> grego tekhné, que<br />
po<strong>de</strong> ser traduzi<strong>da</strong> preliminarmente por arte. A tekhné compreen<strong>de</strong> as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s práticas,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a elaboração <strong>da</strong>s leis e habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s para contar e medir, passan<strong>do</strong> pela arte <strong>do</strong> artesão, <strong>do</strong><br />
médico ou <strong>da</strong> confecção <strong>do</strong> pão, até as artes plásticas ou belas artes, estas últimas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s<br />
a mais alta expressão <strong>da</strong> tecnici<strong>da</strong><strong>de</strong> humana. Tekhné é um conceito filosófico que visou<br />
<strong>de</strong>screver as artes práticas, o saber fazer humano.<br />
A tecnologia mo<strong>de</strong>rna vai se caracterizar pela instauração <strong>de</strong> máquinas e sistemas<br />
maquínicos que vão, pouco a pouco, afastan<strong>do</strong> o homem <strong>do</strong> que até então caracterizava a<br />
relação homem-técnica: a manipulação <strong>de</strong> instrumentos e ferramentas (LEMOS, 2002).<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico, <strong>de</strong>ssa forma, sempre esteve imerso no imaginário e na<br />
ação social. Lemos (2002, p.56-57) divi<strong>de</strong> a história <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>senvolvimento em três gran<strong>de</strong>s<br />
36
fases: primeiro a fase <strong>da</strong> indiferença (até a I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média); segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> fase <strong>do</strong> conforto<br />
(Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>); até a presente fase <strong>da</strong> ubiqüi<strong>da</strong><strong>de</strong> (Pós-Mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>), as quais são<br />
apresenta<strong>da</strong>s a seguir:<br />
A primeira fase é caracteriza<strong>da</strong> pela mistura entre arte, religião, ciência e<br />
mito. A vi<strong>da</strong> social é um to<strong>do</strong> corrente que gira em torno <strong>de</strong> um universo<br />
sagra<strong>do</strong>. A técnica e a ciência não têm estatuto privilegia<strong>do</strong> porque estão<br />
imersas na dimensão global. Nesta fase, o olhar em relação à técnica está<br />
próximo <strong>da</strong> indiferença. A técnica não é uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> em si, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>s<br />
outras esferas <strong>da</strong> cultura.<br />
A fase <strong>do</strong> conforto é localiza<strong>da</strong> no princípio <strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong>. A natureza é<br />
<strong>de</strong>ssacraliza<strong>da</strong>, controla<strong>da</strong>, explora<strong>da</strong> e transforma<strong>da</strong>. A mente está separa<strong>da</strong><br />
<strong>do</strong> corpo. A mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> é a fase <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ologia em substituição a <strong>do</strong> mito,<br />
sen<strong>do</strong> a i<strong>de</strong>ologia um discurso que atua como promessa <strong>de</strong> transformação e<br />
controle <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social.<br />
A fase <strong>da</strong> ubiqüi<strong>da</strong><strong>de</strong> vivi<strong>da</strong> na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>, é a fase <strong>da</strong> simulação, a<br />
fase <strong>da</strong> cultura tecnológica, <strong>do</strong> virtual, <strong>da</strong> assim dita cibercultura. As<br />
i<strong>de</strong>ologias <strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rni<strong>da</strong><strong>de</strong> per<strong>de</strong>m forças e são substituí<strong>da</strong>s na fase <strong>da</strong><br />
ubiqüi<strong>da</strong><strong>de</strong> pela ênfase no presente, numa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> vez mais refratária<br />
às falas futuristas, ca<strong>da</strong> vez mais submergi<strong>da</strong> em jogos <strong>de</strong> linguagem, <strong>de</strong><br />
informação e comunicação, por meios <strong>do</strong>s processos e produtos<br />
tecnológicos.<br />
Na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>, por esse contexto, a informação se torna instaura<strong>do</strong>ra e<br />
tradutora numa dialética ativa<strong>da</strong> para elaboração e compreensão <strong>da</strong> própria tecnologia.<br />
O termo informação tem si<strong>do</strong> conceitua<strong>do</strong> <strong>de</strong> inúmeras formas por diversas expressões<br />
<strong>de</strong> saberes. Dessa forma, tal termo tem si<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> nos diversos campos <strong>de</strong> conhecimento, o<br />
que se leva a afirmar que significações, compreensões e estu<strong>do</strong>s sobre informação estão longe<br />
<strong>de</strong> se esgotar.<br />
Corroboran<strong>do</strong> com Morin (1991, p. 32) por essa perspectiva em comentário, “a<br />
informação é um conceito problemático, não um conceito-solução. É um conceito<br />
indispensável, mas não é ain<strong>da</strong> um conceito eluci<strong>da</strong><strong>do</strong> e eluci<strong>da</strong>tivo”. Diante <strong>de</strong> tal afirmação,<br />
Morin consi<strong>de</strong>ra que esta é uma razão para se aprofun<strong>da</strong>r tal conceito, visto que o mesmo<br />
apresenta, ain<strong>da</strong>, lacunas e incertezas.<br />
Etimologicamente, a palavra informação possui duas origens, uma origem grega,<br />
através <strong>do</strong>s três termos typos, i<strong>de</strong>a e morphe, significan<strong>do</strong> palavra, idéia e forma, e uma<br />
origem latina, pelo verbo informare, que significa <strong>da</strong>r forma, criar, porém também representa<br />
37
construção <strong>de</strong> idéia ou noção. Wurman (1991, p. 42) nos <strong>de</strong>monstra essa ambigüi<strong>da</strong><strong>de</strong> original<br />
<strong>do</strong> termo informação:<br />
A palavra informação sempre foi ambígua e liberalmente emprega<strong>da</strong> para<br />
<strong>de</strong>finir diversos conceitos [...] A <strong>de</strong>finição mais comum é “a ação <strong>de</strong><br />
informar, formação ou mol<strong>da</strong>gem <strong>da</strong> mente ou <strong>do</strong> caráter, treinamento,<br />
instrução, ensinamento, comunicação <strong>de</strong> conhecimento instrutivo”.<br />
Na sua concepção filosófica, a informação é entendi<strong>da</strong> como matéria cria<strong>da</strong> e ativa<strong>da</strong><br />
pelo pensamento, ou matéria em que o sujeito e o objeto <strong>do</strong> pensamento se unem na prática<br />
social, resolven<strong>do</strong> a contradição entre a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a idéia através <strong>do</strong> ato. Já popularmente, a<br />
informação é compreendi<strong>da</strong> como esclarecimento que se dá a alguém sobre <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />
assunto ou <strong>de</strong>sconhecimento.<br />
A informação estaria, portanto, associa<strong>da</strong> à redução <strong>da</strong> ignorância e <strong>da</strong> incerteza, já que<br />
quan<strong>do</strong> assimila<strong>da</strong> tem a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir conhecimento e beneficiar quem a busca e<br />
usa, sen<strong>do</strong> para Barreto (2002, p. 1):<br />
[...] qualifica<strong>da</strong> como um instrumento modifica<strong>do</strong>r <strong>da</strong> consciência e <strong>da</strong><br />
socie<strong>da</strong><strong>de</strong> como um to<strong>do</strong>. Aqui a informação é qualifica<strong>da</strong> como um<br />
instrumento modifica<strong>do</strong>r <strong>da</strong> consciência <strong>do</strong> homem e <strong>do</strong> seu grupo.<br />
Po<strong>de</strong>mos, então, constatar que a informação somente se realiza como gera<strong>do</strong>ra <strong>de</strong><br />
conhecimento quan<strong>do</strong> é percebi<strong>da</strong> e aceita como tal, contribuin<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong><br />
indivíduo, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> particular e coletivo.<br />
O fato é que, na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>, a base material que constitui o contexto<br />
informacional está mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> profun<strong>da</strong>mente com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s tecnologias mais<br />
relaciona<strong>da</strong>s à manipulação <strong>da</strong> informação, origina<strong>da</strong>s estas <strong>de</strong> uma revolução social que se<br />
iniciou no século XX, com base na revolução industrial. Trata-se <strong>da</strong> revolução tecnológica,<br />
assim como <strong>de</strong>nomina Castells (2000), uma revolução <strong>de</strong> aparelhamento tecnológico<br />
relaciona<strong>do</strong> aos processos <strong>de</strong> informação e comunicação, uma revolução <strong>de</strong> instrumentação<br />
humana singular pós segun<strong>da</strong> guerra mundial. Aliás, para o próprio Castells, a segun<strong>da</strong> gran<strong>de</strong><br />
guerra é ti<strong>da</strong> como a “mãe” <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as tecnologias, agora compreendi<strong>da</strong>s <strong>da</strong> informação e<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> outro mo<strong>do</strong> por “novas”.<br />
38
Em si, as novas tecnologias carregaram em sua gênese a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> malefício<br />
humano, <strong>do</strong> extermínio, <strong>da</strong> guerra, por uma materni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição, porém provocativa <strong>de</strong><br />
evolução. Esse <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> título <strong>de</strong> “mãe” se pauta muito ao fato <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à elaboração, ao uso<br />
e avanço <strong>de</strong> tecnologias através <strong>do</strong> impulso e fins bélicos durante a segun<strong>da</strong> guerra mundial,<br />
como, por exemplo, a própria computação/informática. Essa tecnologia foi cria<strong>da</strong> e utiliza<strong>da</strong>, a<br />
princípio, como aparelhagem estratégica <strong>de</strong> processamento e <strong>de</strong>cifração <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, referentes a<br />
códigos <strong>de</strong> guerra, a posicionamento <strong>de</strong> alvos <strong>de</strong> ataques e à elaboração <strong>de</strong> estratégias<br />
militares, que migrou para fins sociais no pós-guerra, <strong>do</strong> governo para organizações<br />
bancárias/financeiras, até permear as mais diversas esferas sociais com o advento <strong>do</strong><br />
evolucionário personal computer – PC, e mais, atualmente, <strong>da</strong>s suas mais diversas<br />
conseqüentes máquinas híbri<strong>da</strong>s, ca<strong>da</strong> vez mais miniaturiza<strong>da</strong>s, com maior capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
armazenamento, processamento, recuperação manipulação e transferência <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, como<br />
celulares, palm tops, notebooks, hand helds, i-pods, pendrives, bips, global positioning<br />
systems (GPS), etc.<br />
A revolução tecnológica, para Targino (2006, p. 39) ocasionou significativas alterações<br />
na configuração social <strong>do</strong> oci<strong>de</strong>nte: <strong>de</strong>scentralização <strong>da</strong> economia; modificação <strong>de</strong> práticas<br />
culturais; novas formas <strong>de</strong> organização e relações <strong>de</strong> trabalho; e popularização <strong>da</strong> informação.<br />
A autora enfatiza, ain<strong>da</strong>, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios o homem gera o processo tecnológico ao<br />
tentar <strong>do</strong>minar a natureza por meio <strong>de</strong> recursos rudimentares para garantir a sua sobrevivência.<br />
Nesse contexto, Targino (2006) apresenta três metáforas para compreensão <strong>do</strong> que<br />
seriam “novas” tecnologias e suas aplicações nas socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s em suas épocas, enquanto<br />
fotografias <strong>de</strong> saltos tecnológicos: o moinho <strong>de</strong> vento configura a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> feu<strong>da</strong>l; a máquina<br />
a vapor fortalece a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> capitalista; similarmente, a escrita, a imprensa, o rádio, a<br />
televisão, causaram impactos e viveram seus momentos <strong>de</strong> “nova tecnologia”.<br />
Dessa forma, uma representação <strong>de</strong>sses saltos tecnológicos po<strong>de</strong>ria ser também<br />
visualiza<strong>da</strong> por outra referência, como no quadro <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> em seqüência, referin<strong>do</strong>-se a<br />
perío<strong>do</strong>s compreendi<strong>do</strong>s entre a revolução industrial e a revolução tecnológica em suas<br />
caracterizações.<br />
39
CICLOS OU<br />
MOMENTOS<br />
TECNOLOGIAS E<br />
MATÉRIAS-PRIMAS<br />
APLICAÇÕES REDES<br />
1º - 1790 Vapor Máquina a vapor Re<strong>de</strong>s comerciais<br />
2º - 1845<br />
3º - 1890<br />
4º - 1945<br />
5º - 1990<br />
Aço<br />
Carvão<br />
Eletrici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Química<br />
Petróleo<br />
Eletrônica<br />
Tecnologia nuclear<br />
Tecnologias <strong>de</strong> informação e<br />
comunicação<br />
Biotecnologia e genética<br />
QUADRO 3 - Saltos tecnológicos<br />
Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> REVISTA DEUTSCHLAND, 2002<br />
Ferrovia Re<strong>de</strong>s viárias<br />
Iluminação<br />
Cinema<br />
Motores<br />
Automóvel<br />
Telefone<br />
Televisão<br />
Computa<strong>do</strong>r<br />
Software<br />
Multimídias<br />
Serviços<br />
Re<strong>de</strong>s elétricas<br />
Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação<br />
Re<strong>de</strong>s globais <strong>de</strong><br />
conhecimento<br />
Seguin<strong>do</strong> essa tendência histórico-conceitual, na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong> se configuram<br />
como tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação, ou apenas tecnologias <strong>de</strong> informação ou<br />
novas tecnologias, a eletrônica 11 , a microeletrônica 12 , a optoeletrônica 13 , a computação 14 , a<br />
microcomputação 15 , a radiodifusão 16 , as telecomunicações 17 , e como convergência <strong>de</strong> várias<br />
11 “Parte <strong>da</strong> física <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong> circuitos elétricos que contenham válvulas,<br />
semicondutores, transdutores, etc., ou à fabricação <strong>de</strong> tais circuitos.” (FER<strong>REI</strong>RA, 2004)<br />
12 “Designação genérica <strong>de</strong> investigações, técnicas, processos e equipamentos que envolvem circuitos <strong>de</strong> esta<strong>do</strong><br />
sóli<strong>do</strong> miniaturiza<strong>do</strong>s.” (FER<strong>REI</strong>RA, 2004)<br />
13 Refere-se aos dispositivos eletrônicos que interagem com a luz. Com o avanço <strong>da</strong> optoeletrônica, a utilização<br />
<strong>da</strong> fibra ótica possibilitou o avanço <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação conduzi<strong>da</strong> através <strong>de</strong>ste dispositivo. Muitos<br />
<strong>de</strong>stes dispositivos são feitos <strong>de</strong> semicondutores. (DICWEB, 2008)<br />
14 Po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como a busca <strong>de</strong> uma solução para um problema, a partir <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>s (inputs) e através <strong>de</strong><br />
um algoritmo, referin<strong>do</strong>-se à aplicação <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação e Informática. (DICWEB, 2008)<br />
15 Processos referentes à produção <strong>de</strong> suprimentos e equipamentos computacionais na perspectiva <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r<br />
<strong>de</strong> pequeno porte. (DICWEB, 2008)<br />
16 “Emissão e transmissão <strong>de</strong> som e <strong>de</strong> imagens por meio <strong>de</strong> on<strong>da</strong>s radioelétricas; radiocomunicação.”<br />
(FER<strong>REI</strong>RA, 2004)<br />
17 “Processo <strong>de</strong> comunicação a longa distância que utiliza como meio <strong>de</strong> transmissão linhas telegráficas,<br />
telefônicas, satélites ou microon<strong>da</strong>s.” (FER<strong>REI</strong>RA, 2004)<br />
40
<strong>de</strong>ssas tecnologias, temos a internet 18 , além <strong>da</strong> mais nova e mais discuti<strong>da</strong>, entre arenas<br />
políticas e éticas/moralistas nas mais diversas esferas sócio-institucionais e regulamenta<strong>do</strong>ras<br />
<strong>da</strong> própria vi<strong>da</strong> social, a biotecnologia 19 , inclu<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> tecnologia genética.<br />
No fim <strong>do</strong> último milênio, Castells (2000) afirma que um novo mun<strong>do</strong> tomou forma,<br />
origina<strong>do</strong> mais ou menos no fim <strong>do</strong>s anos 60 e mea<strong>do</strong>s <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70 <strong>do</strong> século XX, ou seja,<br />
no perío<strong>do</strong> pós-guerra, na coincidência histórica <strong>de</strong> três processos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes: a revolução<br />
<strong>da</strong> tecnologia <strong>da</strong> informação, aqui em discussão; a crise econômica <strong>do</strong> capitalismo e <strong>do</strong><br />
estatismo e a conseqüente reestruturação <strong>de</strong> ambos; e o apogeu <strong>de</strong> movimentos sociais<br />
culturais, tais como libertarismo, direitos humanos, feminismo e ambientalismo. A interação<br />
entre tais processos e as reações por eles suscita<strong>da</strong>s fizeram surgir uma nova estrutura social<br />
<strong>do</strong>minante, a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em re<strong>de</strong>; uma nova economia, a economia informacional/global; e<br />
uma nova cultura <strong>da</strong> virtuali<strong>da</strong><strong>de</strong> real, a cibercultura. A partir <strong>de</strong>ste momento, estaríamos<br />
viven<strong>do</strong> a Era <strong>da</strong> Informação.<br />
Essa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em re<strong>de</strong> <strong>da</strong> era <strong>da</strong> informação se caracteriza, segun<strong>do</strong> Castells, pela<br />
pre<strong>do</strong>minância <strong>da</strong> forma organizacional <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação e conhecimento em to<strong>do</strong>s os<br />
campos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social. (CASTELLS, 1999; 2000; 2001) De acor<strong>do</strong> com a interpretação <strong>de</strong>sse<br />
autor, os grupos a<strong>da</strong>ptam-se <strong>de</strong> maneira ca<strong>da</strong> vez melhor às novas condições <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
informação, utilizan<strong>do</strong> as novas potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s abertas pela globalização e pelo acesso às<br />
novas tecnologias.<br />
Lastres (1999, p.42-43) analisa o valor <strong>de</strong>ssas tecnologias <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em re<strong>de</strong> como<br />
padrão tecno-econômico para o próprio crescimento econômico. Daí acrescenta que<br />
“informação e conhecimento ao assumirem papel estratégico na nova or<strong>de</strong>m mundial<br />
18 “Qualquer conjunto <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res liga<strong>da</strong>s entre si por rotea<strong>do</strong>res e gateways, como, p. ex., aquela<br />
<strong>de</strong> âmbito mundial, <strong>de</strong>scentraliza<strong>da</strong> e <strong>de</strong> acesso público, cujos principais serviços ofereci<strong>do</strong>s são o correio<br />
eletrônico, o chat e a Web, e que é constituí<strong>da</strong> por um conjunto <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res interconecta<strong>da</strong>s por<br />
rotea<strong>do</strong>res que utilizam protocolos <strong>de</strong> transmissão.” (FER<strong>REI</strong>RA) A internet é um conjunto <strong>de</strong> re<strong>de</strong> situa<strong>da</strong>s em<br />
to<strong>da</strong>s as partes <strong>do</strong> globo, compostas por computa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tipos conectan<strong>do</strong> pessoas <strong>da</strong>s mais diversas<br />
origens, etnias, cre<strong>do</strong>s e culturas. No início <strong>do</strong>s anos 90 <strong>do</strong> século XX, a internet ultrapassou a marca <strong>de</strong> um<br />
milhão <strong>de</strong> usuários e teve início a utilização comercial <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong> e a propagação social. A internet, assim, é<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> por muitos como um <strong>do</strong>s mais importantes e revolucionários <strong>de</strong>senvolvimentos <strong>da</strong> história <strong>da</strong><br />
humani<strong>da</strong><strong>de</strong>. Pela primeira vez um ci<strong>da</strong>dão comum ou uma pequena empresa po<strong>de</strong> (facilmente e a um custo<br />
muito baixo) não só ter acesso a informações localiza<strong>da</strong>s nos mais distantes pontos <strong>do</strong> globo como também - e é<br />
isso que torna a coisa revolucionária - criar, gerir e distribuir informações em larga escala, no âmbito mundial.<br />
19 “Aplicação <strong>de</strong> processos biológicos à produção <strong>de</strong> materiais e substâncias para uso industrial, medicinal,<br />
farmacêutico e etc.” (FER<strong>REI</strong>RA, 2004), via o uso <strong>da</strong>s tecnologias <strong>de</strong> ponta, incluin<strong>do</strong> aqui a manipulação<br />
genética.<br />
41
econômica estabeleci<strong>da</strong>, transformam-se em fontes <strong>de</strong> maior produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong> crescimento”.<br />
O que a autora trata, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, é <strong>do</strong>s novos insumos basilares <strong>de</strong>ssa nova economia<br />
<strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> informacional que surge, o insumo informação e o insumo conhecimento. A<br />
informação e o conhecimento, portanto, vêm a possuir valor monetário, valor <strong>de</strong> troca, valor<br />
<strong>de</strong> mensuração. Nessa economia informacional, os processos econômicos <strong>de</strong> relacionamento<br />
<strong>do</strong>s espaços transfronteiriços ou <strong>do</strong>s sem fronteiras, <strong>do</strong> global, <strong>do</strong> regional, ao local, são<br />
regi<strong>do</strong>s agora também por um novo capital relaciona<strong>do</strong> à informação e ao conhecimento, o<br />
capital intelectual ou o capital cognitivo, seja individual ou sob corruptela <strong>de</strong>sse para o<br />
institucional.<br />
Devemos trazer, ain<strong>da</strong>, um terceiro conceito referente ao terceiro processo <strong>de</strong><br />
coincidência histórica <strong>da</strong> era <strong>da</strong> informação, além <strong>da</strong> revolução tecnológica e <strong>da</strong> economia<br />
informacional sobre as quais tratou Castells. Tem-se agora em referência a perspectiva cultural<br />
<strong>da</strong> era <strong>da</strong> informação, ou seja, a compreensão <strong>da</strong> cultura erigi<strong>da</strong> nessa era, a cibercultura. Para<br />
Lemos (2002, p. 282-283):<br />
A cibercultura tem suas raízes no surgimento <strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong><br />
massa, mas ganha contornos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s na atuali<strong>da</strong><strong>de</strong> com o computa<strong>do</strong>r<br />
pessoal, a micro-eletrônica <strong>de</strong> massa e as re<strong>de</strong>s telemáticas.<br />
Denomina<strong>da</strong> por Johnson (2001) <strong>de</strong> cultura <strong>da</strong> interface, a cibercultura, na perspectiva<br />
<strong>de</strong> Lévy (1999), é a própria cultura <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> contemporânea quan<strong>do</strong> tratamos <strong>do</strong>s novos<br />
espaços virtuais, promovi<strong>do</strong>s e constituí<strong>do</strong>s pelas novas tecnologias, ou seja, é a cultura <strong>do</strong><br />
ciberespaço. A cibercultura, portanto, é a cultura i<strong>de</strong>ntitária <strong>do</strong> real ao virtual, é a cultura <strong>da</strong><br />
interconectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong> interação em re<strong>de</strong>, <strong>da</strong> digitalização, <strong>da</strong> nova navegação, promotora <strong>da</strong>s<br />
mais diversas e complexas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação e comunicação, via novas tecnologias ou por<br />
elas influencia<strong>da</strong>s. Para Johnson, esta seria a cultura em que as novas tecnologias transformam<br />
a nossa maneira <strong>de</strong> criar e comunicar. 20<br />
Através <strong>de</strong>ssas três referências <strong>da</strong> era <strong>da</strong> informação, po<strong>de</strong>mos compreen<strong>de</strong>r como vem<br />
se reconfiguran<strong>do</strong> a vi<strong>da</strong> social, como esta socie<strong>da</strong><strong>de</strong> metaforicamente <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> em re<strong>de</strong> se<br />
20 Parafrasean<strong>do</strong> o subtítulo <strong>de</strong> JOHNSON, Steven. Cultura <strong>da</strong> interface: como o computa<strong>do</strong>r transforma nossa<br />
maneira <strong>de</strong> criar e comunicar. Trad. Maria Luisa X. <strong>de</strong> A. Borges. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar, 2001.<br />
42
utiliza, conceitual e propriamente, <strong>de</strong>sse termo re<strong>de</strong>. Não po<strong>de</strong>mos mais imaginar a vi<strong>da</strong> social<br />
unidimensional em suas relações, a vi<strong>da</strong> agora se configura multidimensional. A vi<strong>da</strong> se dá em<br />
conexão, a vi<strong>da</strong> se dá em interação, a vi<strong>da</strong> se dá em re<strong>de</strong>.<br />
3.2 Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Comunicação e <strong>de</strong> Conhecimento<br />
Algumas práticas humanas, como a interconectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, por exemplo, começaram a ser<br />
integra<strong>da</strong>s às novas condições suscita<strong>da</strong>s pelo atual ambiente <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em re<strong>de</strong>.<br />
(SILVEIRA, 2001)<br />
A interconectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas/instituições e conteú<strong>do</strong>s nessa socie<strong>da</strong><strong>de</strong> por meio <strong>da</strong>s<br />
novas tecnologias, contu<strong>do</strong>, é apenas uma <strong>de</strong>ssas práticas, engendran<strong>do</strong>-se, ain<strong>da</strong>, vários<br />
emaranha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> interações sociais, culturais e materiais <strong>do</strong> real ao virtual nessa integração.<br />
Tais emaranha<strong>do</strong>s ou teias sociais e tecnológicas vêm a constituir novas formas <strong>de</strong> ser,<br />
agir e pensar <strong>do</strong>s próprios indivíduos sociais e seus grupos, instituições, quaisquer cama<strong>da</strong>s<br />
sociais <strong>da</strong>s quais pertençam, ou seja, vêm a constituir as diversas re<strong>de</strong>s <strong>da</strong> Era <strong>da</strong> Informação.<br />
As re<strong>de</strong>s transformam as dimensões <strong>de</strong> tempo e espaço <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social, seja pela<br />
tecnologia ou não ou por sua influência. Pelas re<strong>de</strong>s <strong>da</strong> contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>, informações são<br />
transmiti<strong>da</strong>s em tempo real e se po<strong>de</strong> estabelecer contatos imediatos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong><br />
distância espacial.<br />
Chocam-se culturas, i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, conteú<strong>do</strong>s informacionais, fundin<strong>do</strong>-se ou não,<br />
reelaboran<strong>do</strong>-se, surgem novas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong> criação, expressão e<br />
inovação humana, compartilham-se saberes, outros são <strong>de</strong>struí<strong>do</strong>s ou reconstruí<strong>do</strong>s, criam-se<br />
novos imaginários, novas tribos, novas estratégias <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conhecimento.<br />
Assim, as re<strong>de</strong>s se tornam possibilita<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> promoção <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> conhecimentos<br />
e <strong>de</strong> propagação <strong>de</strong> suas aplicações através <strong>da</strong>s novas tecnologias e <strong>da</strong>s práticas sociais<br />
contemporâneas.<br />
Existe, nesse contexto, uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, as quais Silveira (2001, p. 86-93) cita<br />
propriamente três tipos em especial <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s organiza<strong>da</strong>s, contextuais <strong>da</strong> própria socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />
43
e<strong>de</strong>: as re<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong>dãs; as re<strong>de</strong>s digitais ou re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transferência e troca <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s e<br />
informações; e as re<strong>de</strong>s empresariais:<br />
As re<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong>dãs se referem, sobretu<strong>do</strong>, a um grupo intitula<strong>do</strong> Re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
Colaboração Solidária (RCS), que objetiva ser uma alternativa ao regime<br />
econômico neoliberal. Tais re<strong>de</strong>s pautam sua existência na <strong>de</strong>pendência <strong>da</strong>s<br />
tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação, além <strong>de</strong> suscitarem uma outra<br />
consciência em torno <strong>do</strong> consumo, <strong>do</strong> que necessariamente <strong>de</strong> qualquer ação<br />
estatal. Contu<strong>do</strong>, não <strong>de</strong>scartam o auxílio <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público.<br />
As re<strong>de</strong>s digitais ou re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transferência e troca <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s e informações se<br />
configuram pelo esforço <strong>de</strong> promover o acesso ao conhecimento ao maior<br />
número possível <strong>de</strong> pessoas. Tais re<strong>de</strong>s objetivam reduzir a exclusão social,<br />
através inclusive <strong>da</strong> possível diminuição <strong>da</strong> exclusão ou <strong>do</strong> não acesso<br />
digital e <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s dissemina<strong>do</strong>s via novas tecnologias.<br />
As re<strong>de</strong>s empresariais, por outro mo<strong>do</strong>, são extremamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong>s<br />
mais mo<strong>de</strong>rnas tecnologias <strong>de</strong> informação e conhecimento, pois há um fator<br />
<strong>de</strong> relevância ímpar para as mesmas: a segurança <strong>do</strong>s sistemas nos quais se<br />
realizam as trocas informacionais que vão garantir a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e sucesso<br />
<strong>do</strong>s projetos e empreendimentos empresariais a partir <strong>do</strong> agrupamento <strong>de</strong><br />
pessoas com fins <strong>de</strong> suas satisfações <strong>de</strong> sobrevivência, geração <strong>de</strong> riquezas e<br />
reconhecimentos. Por essas re<strong>de</strong>s, as mais diversas instituições e pessoas se<br />
comunicam e produzem conhecimentos e riquezas, <strong>da</strong>s empresas aos seus<br />
fornece<strong>do</strong>res, clientes, financia<strong>do</strong>res, proprietários, gestores e colabora<strong>do</strong>res,<br />
até concorrentes. As tecnologias <strong>de</strong> informação vêm a provocar, <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong><br />
re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong> distribuição, <strong>de</strong> relacionamentos, <strong>de</strong> informação, re<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> interação social nessa nova economia configura<strong>da</strong>.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o exposto acima, po<strong>de</strong>mos inferir que a matéria é a informação mol<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
pelo meio tecnológico. Castells (1999) afirma, <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong>, que são tecnologias para agir<br />
sobre a informação e não apenas informação para agir sobre a tecnologia.<br />
O progresso <strong>da</strong>s tecnologias <strong>da</strong> informação e sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> favorecer à<br />
constituição <strong>de</strong> uma inteligência coletiva, nesta perspectiva, é vista com naturali<strong>da</strong><strong>de</strong> por Levy<br />
(2000), fazen<strong>do</strong>-o afirmar que o <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong>ssas tecnologias, agora compreendi<strong>da</strong>s enquanto<br />
intelectuais quan<strong>do</strong> utiliza<strong>da</strong>s por essa inteligência coletiva, dá uma vantagem consi<strong>de</strong>rável<br />
aos grupos e aos contextos humanos que as utilizam, ain<strong>da</strong> mais quan<strong>do</strong> a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e seus<br />
indivíduos em estruturação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação à instauração e vivência <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> conhecimento.<br />
Mas o que está por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong>ssas re<strong>de</strong>s? O que as sustenta?<br />
Os sistemas as sustentam.<br />
44
Os sistemas se caracterizam por conjuntos <strong>de</strong> elementos ou componentes que<br />
interagem para atingir objetivos (STAIR, 1998).<br />
Os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> sistemas evoluíram <strong>da</strong>s ciências <strong>da</strong> natureza e biológicas aos sistemas<br />
humanos e sociais, até aos mo<strong>de</strong>rnos sistemas tecnológicos, apesar <strong>de</strong> sua acepção etimológica<br />
ter origem na Grécia Antiga, sen<strong>do</strong> utiliza<strong>da</strong>, primeiramente, pelos filósofos pré-socráticos e<br />
Aristóteles.<br />
A partir <strong>da</strong> compreensão <strong>da</strong> importância <strong>do</strong> termo sistema, em 1968 Von Bertalanffy<br />
publicou a obra Teoria Geral <strong>do</strong>s Sistemas, anuncian<strong>do</strong> uma teoria que se caracterizou<br />
enquanto um pensamento que veio a influenciar a ciência nas suas estruturas mais<br />
fun<strong>da</strong>mentais. Por esta teoria, tal pensamento foi <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> <strong>de</strong> sistêmico. O pensamento<br />
sistêmico, <strong>de</strong>sta forma, permite uma abor<strong>da</strong>gem epistemológica a qualquer objeto ou<br />
fenômeno científico, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-o enquanto um sistema, ou seja, para compreen<strong>de</strong>r um objeto<br />
ou fenômeno, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>bruçar sobre as partes que o compõe, suas interações múltiplas, bem<br />
como suas funções ou objetivos (VON BERTALANFFY, 1975).<br />
Para Pinheiro (2002), a Teoria Geral <strong>de</strong> Sistemas ressoa na Ciência <strong>da</strong> Informação<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> as suas origens, principalmente, quan<strong>do</strong> esta trata <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e sistemas <strong>de</strong> informação.<br />
Vale ressaltar, contu<strong>do</strong>, que esta teoria contribuiu para uma visão mecanicista <strong>da</strong> área <strong>da</strong> CI,<br />
pesan<strong>do</strong> aí críticas ao sistemismo, ten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à perspectiva mais tecnológica <strong>do</strong> que a social<br />
<strong>de</strong>sta ciência. Da mesma forma, esta teoria não só ressoa, como está nas bases <strong>da</strong> construção<br />
<strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação.<br />
Na perspectiva <strong>de</strong>stas duas ciências, incluin<strong>do</strong>-as no contexto gerencial, <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong><br />
Administração, Stair (1998, p. 11) <strong>de</strong>fine sistema <strong>de</strong> informação como “uma série <strong>de</strong><br />
elementos ou componentes inter-relaciona<strong>do</strong>s que coletam, manipulam e armazenam,<br />
disseminam informações [...]”.<br />
Na atuali<strong>da</strong><strong>de</strong>, o conceito <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> informação migrou quase que,<br />
inexoravelmente, para os meios tecnológicos. Logo, tal conceito foi atrela<strong>do</strong> ao uso <strong>do</strong><br />
computa<strong>do</strong>r. Temos, assim, o sistema <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong> em computa<strong>do</strong>r, que conforme<br />
Stair é composto por seis elementos: hardware, software, banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, telecomunicações<br />
(re<strong>de</strong>s), pessoas (usuários) e procedimentos, como <strong>de</strong>scrito por ele em seqüência:<br />
45
O hardware consiste no equipamento <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r usa<strong>do</strong> para executar as<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>, processamento e saí<strong>da</strong>. Os dispositivos <strong>de</strong> entra<strong>da</strong><br />
incluem o tecla<strong>do</strong>, dispositivos <strong>de</strong> escaneamento automático, equipamento<br />
que po<strong>de</strong> ler caracteres em tinta magnética e muitos outros dispositivos. Os<br />
dispositivos <strong>de</strong> processamento incluem uni<strong>da</strong><strong>de</strong> central <strong>de</strong> processamento,<br />
memória e armazenagem. Há muitos dispositivos <strong>de</strong> saí<strong>da</strong>, incluin<strong>do</strong> as<br />
impressoras e as telas <strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res.<br />
O software consiste nos programas e nas instituições <strong>da</strong><strong>da</strong>s ao computa<strong>do</strong>r e<br />
ao usuário [...].<br />
Um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s é uma coleção organiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> fatos e informações [...].<br />
As telecomunicações permitem ligar os sistemas <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r em<br />
ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iras re<strong>de</strong>s [...]. As re<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m conectar computa<strong>do</strong>res e<br />
equipamentos <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r em um prédio, num país inteiro e no mun<strong>do</strong>.<br />
As pessoas são o elemento mais importante na maior parte <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong><br />
informação basea<strong>do</strong>s em computa<strong>do</strong>r [...].<br />
Os procedimentos incluem as estratégias, políticas, méto<strong>do</strong>s e regras usa<strong>da</strong>s<br />
pelo homem para operar o sistema <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong> em computa<strong>do</strong>r<br />
[...](STAIR, 1998, p.13).<br />
Segun<strong>do</strong> Pressman (1995, p. 179), os sistemas <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong>s em computa<strong>do</strong>r<br />
combinam seus elementos <strong>de</strong> muitas maneiras com o objetivo final <strong>de</strong> transformar <strong>da</strong><strong>do</strong>s em<br />
informações e, numa outra perspectiva convergente a <strong>de</strong> Stair, acrescenta a <strong>do</strong>cumentação<br />
enquanto mais um elemento <strong>de</strong>sses sistemas, referin<strong>do</strong>-se a “manuais, formulários e outras<br />
informações <strong>de</strong>scritivas que retratam o uso e/ou operação <strong>do</strong> sistema”. E sobre as pessoas,<br />
Pressman ain<strong>da</strong> as discriminam em usuários e opera<strong>do</strong>res, estas últimas tanto <strong>de</strong> hardware<br />
quanto <strong>de</strong> software.<br />
Por tais elementos, os sistemas <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong>s em computa<strong>do</strong>r não só incluem<br />
como elemento o próprio homem, como também se disponibilizam enquanto janela <strong>de</strong><br />
interação <strong>da</strong> própria máquina com o mesmo.<br />
O homem interage com sistemas basea<strong>do</strong>s em computa<strong>do</strong>r, conforme afirma Pressman<br />
(1995, p. 606), para realizar melhor, mais rápi<strong>da</strong>, eficiente e precisamente ou menos<br />
dispendiosamente” suas tarefas. Quanto aos sistemas <strong>de</strong> informação especificamente, as<br />
tarefas se referem às práticas informacionais 21 que este já vinha executan<strong>do</strong> manualmente ou<br />
por outros mo<strong>do</strong>s. Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, um sistema <strong>de</strong> informação interativo permite que o homem<br />
realize as seguintes tarefas genéricas:<br />
21 A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> práticas informacionais se refere à ação, seja individual ou social, <strong>de</strong> geração, armazenamento,<br />
recuperação, acesso, busca e uso, disseminação, controle, transferência e gestão <strong>da</strong> informação. (ARAÚJO, 1998)<br />
46
Tarefas <strong>de</strong> comunicação. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que possibilitam que as interações<br />
sejam transferi<strong>da</strong>s <strong>do</strong> produtor para o consumi<strong>do</strong>r.<br />
Tarefas <strong>de</strong> diálogo. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que o usuário dirija e controle a interação<br />
com o sistema basea<strong>do</strong> em computa<strong>do</strong>r.<br />
Tarefas <strong>de</strong> controle. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que possibilitam que o usuário controle as<br />
informações e a cognição por meio <strong>da</strong>s quais outras tarefas genéricas<br />
ocorrem (PRESSMAN, 1995, p. 606).<br />
O termo Interação Homem-Máquina, por esta compreensão, surge propon<strong>do</strong>-se como<br />
harmonia na ação exerci<strong>da</strong>, mutuamente, entre <strong>do</strong>is fenômenos: um humano e outro artificial.<br />
A Interação Homem-Máquina, também <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> Interação Homem-Computa<strong>do</strong>r (IHC),<br />
caracteriza-se por ser um “estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> pessoas por um la<strong>do</strong> e tecnologia <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res por<br />
outro, e as maneiras como um exerce influência sobre o outro [...]”(BARANAUSKAS;<br />
ROCHA, 2000).<br />
Para Rocha e Baranauskas (2000), a IHC é um assunto interdisciplinar, <strong>da</strong>í a<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contribuição <strong>de</strong> perspectivas <strong>da</strong>s diferentes disciplinas. O estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> IHC<br />
compreen<strong>de</strong> as áreas <strong>de</strong> Psicologia e Ciência Cognitiva, Sociologia, Lingüística, Ciência <strong>da</strong><br />
Computação, Engenharia <strong>de</strong> Software, entre outras, e seus resulta<strong>do</strong>s vêm mostran<strong>do</strong><br />
procedimentos a serem segui<strong>do</strong>s para garantir uma ótima comunicação e interação entre<br />
usuários e sistemas <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong>s em computa<strong>do</strong>r a partir <strong>de</strong> interfaces ca<strong>da</strong> vez<br />
mais atraentes e eficientes.<br />
Pressman (1995, p. 608) explica que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70 <strong>do</strong> século XX, as interfaces<br />
entre usuários-sistemas foram <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s pela comunicação e interação entre ambos através <strong>do</strong>s<br />
seguintes atributos <strong>de</strong> interface: janelas (win<strong>do</strong>ws), ícones(icons), menus (menus) e<br />
dispositivos <strong>de</strong> indicação (pointing <strong>de</strong>vice), associa<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última déca<strong>da</strong>, com o<br />
hipertexto 22 e a multitarefa 23 . De mo<strong>do</strong> específico, a interface que utiliza apenas os primeiros<br />
quatro atributos <strong>de</strong> interface foi <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong> interface basea<strong>da</strong> em janelas ou WIMP<br />
(win<strong>do</strong>ws, icons, menus and pointing <strong>de</strong>vice), a mais difundi<strong>da</strong>. A interface, portanto, dá-se na<br />
utilização <strong>do</strong> sistema pelo usuário a partir <strong>de</strong> tais atributos.<br />
22 “Conjunto <strong>de</strong> textos estrutura<strong>do</strong>s ou organiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssa forma, e geralmente implementa<strong>do</strong> em meio eletrônico<br />
computa<strong>do</strong>riza<strong>do</strong>, no qual as remissões correspon<strong>de</strong>m a coman<strong>do</strong>s que permitem ao leitor passar diretamente aos<br />
elementos associa<strong>do</strong>s”. (FER<strong>REI</strong>RA, 2004)<br />
23 Para Pressman (1995, p. 608), multitarefa é “a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> executar uma série <strong>de</strong> diferentes tarefas<br />
simultaneamente (a partir <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> usuário)”.<br />
47
Uma instigante reflexão acerca <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> interface é encontra<strong>da</strong> em Johnson<br />
(2001). O autor adverte que “alguns críticos ten<strong>de</strong>m a achar a <strong>de</strong>finição estreita <strong>de</strong>mais, ou<br />
ampla <strong>de</strong>mais [mas que, <strong>de</strong> maneira geral, a <strong>de</strong>finição acaba se reduzin<strong>do</strong> às] janelas aponte-e-<br />
-clique e ícones” (JOHNSON, 2001, p. 4-5).<br />
De mo<strong>do</strong> diferente e poético, Johnson difere sua <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> interface <strong>da</strong>s <strong>de</strong>finições<br />
mais pragmáticas, conforme transcrevemos abaixo:<br />
[...] a interface é na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> imaginário <strong>de</strong> alavancas, canos,<br />
cal<strong>de</strong>iras, insetos e pessoas conecta<strong>do</strong>s – amarra<strong>do</strong>s entre si pelas regras que<br />
governam esse pequeno mun<strong>do</strong>. Isso, para mim, é uma interface em seu<br />
mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> arte eleva<strong>da</strong>. (JOHNSON, 2001, p. 5).<br />
A interface veio ao mun<strong>do</strong> sob o manto <strong>da</strong> eficiência, e está agora<br />
emergin<strong>do</strong> – tal uma crisáli<strong>da</strong> – como forma <strong>de</strong> arte genuína. Tu<strong>do</strong> isso em<br />
menos <strong>de</strong> meio século <strong>de</strong> inovação. Quem po<strong>de</strong> dizer o que nos espera nos<br />
próximos 50 anos? [...] Nossas interfaces são histórias que contamos para<br />
nós mesmos para afastar a falta <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, palácios <strong>de</strong> memória construí<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> silício e luz. Elas vão continuar a transformar o mo<strong>do</strong> como imaginamos<br />
a informação, e, ao fazê-lo irão nos transformar também – para melhor e<br />
para pior. Como po<strong>de</strong>ria ser diferente? (JOHNSON, 2001, p. 174).<br />
Por sua vez, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> profético e instigante, a compreensão <strong>de</strong> interface futura <strong>de</strong><br />
Hawking também <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>:<br />
Dentro <strong>de</strong> duas déca<strong>da</strong>s, um computa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> mil dólares po<strong>de</strong>rá ser tão<br />
complexo quanto o cérebro humano. Processa<strong>do</strong>res paralelos po<strong>de</strong>riam<br />
imitar o funcionamento <strong>de</strong> nosso cérebro e fazer os computa<strong>do</strong>res agirem <strong>de</strong><br />
forma inteligente e consciente. Implantes neurais po<strong>de</strong>rão permitir uma<br />
interface muito mais rápi<strong>da</strong> entre o cérebro e os computa<strong>do</strong>res, eliminan<strong>do</strong> a<br />
distância entre a inteligência biológica e a eletrônica. (HAWKING, 2002, p.<br />
170).<br />
Acolhen<strong>do</strong> <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> interface ou mais estreitas ou mais amplas, como as <strong>de</strong><br />
Pressman, Johnson ou Hawking, o fato é que a interface implica na IHC, na interação usuário-<br />
sistema, implica tanto no <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> usuário quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> sistema quanto na<br />
satisfação <strong>do</strong> próprio usuário.<br />
As interfaces mo<strong>de</strong>rnas tornam a IHC “mais fácil e amistosa, mas somente se um<br />
cui<strong>da</strong><strong>do</strong>so projeto <strong>de</strong> interface for leva<strong>do</strong> a efeito” (PRESSMAN, 1995, p. 611).<br />
Pressman (1995, p. 611), apoian<strong>do</strong>-se em Shnei<strong>de</strong>rman (1987), ressalta que to<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> interface, nesse senti<strong>do</strong>, “<strong>de</strong>ve iniciar-se com um entendimento <strong>do</strong>s usuários a<br />
48
que se <strong>de</strong>stina, inclusive perfis <strong>de</strong> sua i<strong>da</strong><strong>de</strong>, sexo, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas, educação, background<br />
cultural ou étnico, motivação, metas e personali<strong>da</strong><strong>de</strong>.”<br />
Numa IHC, a interface entre usuários-sistemas parte <strong>do</strong>s senti<strong>do</strong>s humanos <strong>da</strong> visão, <strong>do</strong><br />
tato e <strong>da</strong> audição, aqui pre<strong>do</strong>minantes, possibilitan<strong>do</strong> que os usuários <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong><br />
informação basea<strong>do</strong> em computa<strong>do</strong>r recebam as informações (percepção humana <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong><br />
reali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>do</strong> ambiente), organizem elas na memória (processo mnemônico humano <strong>de</strong><br />
registro e confronto <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s e informações pré-existentes) e as processem (transformação <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s em informações), utilizan<strong>do</strong> o raciocínio e a imaginação.<br />
Atualmente, a IHC é um tema em voga, haja vista o crescente e acelera<strong>do</strong> uso <strong>do</strong><br />
computa<strong>do</strong>r em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, projeta<strong>do</strong> com fun<strong>da</strong>mento em pesquisas e estu<strong>do</strong>s que tem<br />
como foco os fatores humanos, objetivan<strong>do</strong> que sejam <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s interfaces volta<strong>da</strong>s às<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s mais varia<strong>do</strong>s tipos ou grupos <strong>de</strong> usuários, que não mais se constituem<br />
apenas por usuários <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> área <strong>de</strong> informática, mas sim por usuários<br />
<strong>do</strong>mésticos, estu<strong>da</strong>ntes, <strong>do</strong>centes, administra<strong>do</strong>res, políticos, profissionais liberais, entre<br />
outros <strong>do</strong>s mais diversos (DIAS, 2005).<br />
O diagnóstico <strong>do</strong> perfil e <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s usuários, com suas características<br />
cognitivas, culturais e físicas diferentes, bem como a compreensão <strong>da</strong>s características <strong>do</strong>s<br />
usuários a que se <strong>de</strong>stinam como, por exemplo, i<strong>da</strong><strong>de</strong>, sexo, educação, motivação, busca e uso<br />
<strong>de</strong> informação, na interação com os diversos sistemas <strong>de</strong> informação, é para a Ciência <strong>da</strong><br />
Informação tarefa <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, já para a Ciência <strong>da</strong> Computação, e áreas afins por<br />
elas origina<strong>da</strong>s, como a Engenharia <strong>de</strong> Software e conseqüente Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, é<br />
tarefa <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
3.3 Dos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários<br />
3.3.1 Usuário <strong>da</strong> Informação<br />
De acor<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>finição <strong>do</strong> Novo Dicionário Aurélio Eletrônico <strong>da</strong> Língua<br />
Portuguesa (FER<strong>REI</strong>RA, 2004), usuário é “aquele que usa ou <strong>de</strong>sfruta algo”.<br />
Com o passar <strong>do</strong> tempo, o termo adquire maior visibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em consonância ao que é<br />
suscita<strong>do</strong> pela atual socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação, socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong><br />
49
conhecimento ou <strong>da</strong> aprendizagem, passan<strong>do</strong> assim a ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> por autores nacionais e<br />
internacionais.<br />
Apresentamos algumas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> usuários <strong>da</strong> informação:<br />
Aqueles que utilizam, habitualmente, um ou mais serviços <strong>da</strong> biblioteca [...]<br />
(BUONOCORE, 1963, p. 420).<br />
Pessoa que utiliza os serviços que po<strong>de</strong> prestar uma biblioteca, centro <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>cumentação ou arquivo (SOUSA, 1993, p. 801).<br />
Indivíduo, grupo ou comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> favoreci<strong>do</strong> com os serviços <strong>da</strong> biblioteca,<br />
sistemas ou centros <strong>de</strong> informação e <strong>do</strong>cumentação (MORAIS, 1994, p.<br />
219).<br />
Aquele indivíduo que necessita <strong>de</strong> informação para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s (SANZ CASADO, 1994, p. 19).<br />
É o elemento fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os sistemas <strong>de</strong> informação<br />
(GUINCHAT; MENOU, 1994, p. 481).<br />
A verificação <strong>da</strong>s <strong>de</strong>finições acima permite concluir que o termo é, ain<strong>da</strong>, enfoca<strong>do</strong><br />
com uma íntima vinculação aos sistemas tradicionais <strong>de</strong> informação. Apenas a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />
Sanz Casa<strong>do</strong> atribui relevância ao fato <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> informação ser para alguma finali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Segun<strong>do</strong> Currás (1996) ca<strong>da</strong> indivíduo por si só é um caso que requer uma atenção<br />
especial. O certo é que não é possível estu<strong>da</strong>r um a um to<strong>do</strong>s os indivíduos. Assim tem-se que<br />
reunir pequenos grupos com características similares.<br />
Esta autora, assim como Guinchat e Menou e Sanz Casa<strong>do</strong>, estabeleceu uma<br />
classificação para os usuários <strong>da</strong> informação que, para melhor visualização <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s elas,<br />
dispomo-las no Quadro 4.<br />
50
CLASSIFICAÇÃO DOS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO<br />
CURRAS GUINCHAT; MENOU SANZ CASADO<br />
Usuários conheci<strong>do</strong>s Estu<strong>da</strong>ntes<br />
O pesquisa<strong>do</strong>r e o <strong>do</strong>cente<br />
Usuários <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s<br />
Usuários individuais Pessoal técnico<br />
Pesquisa<strong>do</strong>res A indústria<br />
O administra<strong>do</strong>r, o planeja<strong>do</strong>r e o<br />
político<br />
Usuários coletivos Planeja<strong>do</strong>res<br />
O ci<strong>da</strong>dão-comum<br />
Usuários cientistas<br />
Usuários técnicos<br />
Administra<strong>do</strong>res<br />
Políticos<br />
Usuários particulares Professores<br />
Usuários investiga<strong>do</strong>res Ci<strong>da</strong>dãos<br />
Usuários técnicos-industriais<br />
QUADRO 4 - Classificação <strong>do</strong>s Usuários <strong>da</strong> Informação<br />
Fonte: elabora<strong>do</strong> com base em GUINCHAT; MENOU (1994, p. 484); CURRÁS (1996); SANZ<br />
CASADO (1994, p. 38)<br />
Curras classificou os tipos <strong>de</strong> usuários que <strong>de</strong>vem ser atendi<strong>do</strong>s nas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
informação segun<strong>do</strong> a relação <strong>de</strong>stes com a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação, segun<strong>do</strong> o número,<br />
segun<strong>do</strong> o tema <strong>de</strong> trabalho e, por fim, segun<strong>do</strong> o tipo <strong>de</strong> trabalho. Já Guinchat e Menou<br />
classificaram os usuários com relação às suas atitu<strong>de</strong>s frente à informação e o tipo <strong>de</strong><br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s usuários. E não diferin<strong>do</strong> <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais classificações, Sanz Casa<strong>do</strong> engloba os<br />
usuários em quatro gran<strong>de</strong>s grupos.<br />
Por muito tempo tentou-se estabelecer categorias <strong>de</strong> usuários pela pergunta:<br />
informação, para quem? Entretanto, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as várias ocupações <strong>do</strong>s usuários e seus<br />
vários papéis frente à informação, a pergunta, evolutivamente, passou a ser: informação, para<br />
fazer o quê?<br />
Esta pergunta refere-se ao fato <strong>da</strong>s recentes compreensões <strong>de</strong> que um indivíduo po<strong>de</strong><br />
estar incluso em várias categorias <strong>de</strong> usuários, <strong>de</strong>sempenhan<strong>do</strong> vários papéis nos diversos<br />
momentos <strong>de</strong> sua vi<strong>da</strong>, enquanto um ator social. Vem sen<strong>do</strong> preferível, assim, perguntar para<br />
que se <strong>de</strong>stina a informação e não para quem.<br />
51
3.3.2 Abor<strong>da</strong>gens <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários<br />
Os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> usuários remontam à déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1940, a partir <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> Bernal e<br />
Urquhart, apresenta<strong>do</strong> na Conferência <strong>de</strong> Informação Científica <strong>da</strong> Royal Society, bem como<br />
<strong>de</strong> outros trabalhos que vieram contribuir para gerar preocupação para estu<strong>do</strong>s orienta<strong>do</strong>s às<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s usuários. Esses estu<strong>do</strong>s consistem em um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> investigação objetiva<br />
que compreen<strong>de</strong> o estu<strong>do</strong> <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação e os usos <strong>da</strong> informação (WILSON,<br />
1981; FER<strong>REI</strong>RA, 2002; CHOO, 2003).<br />
De acor<strong>do</strong> com Ferreira (2002), os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários passaram por diversas e<br />
diferentes fases na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XX, que apresentamos no Quadro 5,<br />
acrescentan<strong>do</strong> nossa perspectiva <strong>de</strong> tais estu<strong>do</strong>s como vêm sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s nessa primeira<br />
déca<strong>da</strong> <strong>do</strong> século XXI:<br />
EVOLUÇÃO DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS NO SÉCULO XX<br />
LINHA DO TEMPO FASES DOS ESTUDOS DE USUÁRIOS<br />
Final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 40 Os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários tinham como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> agilizar e aperfeiçoar serviços e<br />
produtos presta<strong>do</strong>s pelas bibliotecas. Tais estu<strong>do</strong>s eram restritos à área <strong>de</strong> Ciências<br />
Exatas.<br />
Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 50 Intensificam-se os estu<strong>do</strong>s acerca <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> informação entre grupos específicos <strong>de</strong><br />
usuários, agora abrangen<strong>do</strong> as Ciências Aplica<strong>da</strong>s.<br />
Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60 Os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários enfatizam agora o comportamento <strong>do</strong>s usuários; surgem<br />
estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> fluxo <strong>da</strong> informação, canais formais e informais. Os tecnólogos e educa<strong>do</strong>res<br />
começam a ser pesquisa<strong>do</strong>s.<br />
Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70 Os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários passam a preocupar-se com mais proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> com o usuário e a<br />
satisfação <strong>de</strong> suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> outras áreas <strong>do</strong><br />
conhecimento como: humani<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ciências sociais e administrativas. Os primeiros<br />
trabalhos na literatura especializa<strong>da</strong> sobre o tema <strong>da</strong>tam <strong>de</strong>ssa déca<strong>da</strong>.<br />
Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80 Os estu<strong>do</strong>s estão volta<strong>do</strong>s à avaliação <strong>de</strong> satisfação e <strong>de</strong>sempenho<br />
Déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90 Os estu<strong>do</strong>s estão volta<strong>do</strong>s ao comportamento informacional, que <strong>de</strong>fine como as<br />
pessoas necessitam, buscam, fornecem e usam a informação em diferentes contextos,<br />
incluin<strong>do</strong> o espaço <strong>de</strong> trabalho e a vi<strong>da</strong> diária.<br />
1ª Déca<strong>da</strong> <strong>do</strong> Século XXI Os estu<strong>do</strong>s estão volta<strong>do</strong>s tanto para o comportamento informacional, quanto para a<br />
avaliação <strong>de</strong> satisfação e <strong>de</strong>sempenho, enfatizan<strong>do</strong> a relação entre usuários e sistemas<br />
<strong>de</strong> informação interativos, no contexto social <strong>da</strong>s TIC’s.<br />
QUADRO 5 - Evolução <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários<br />
Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> FER<strong>REI</strong>RA, 2002<br />
52
O status quo <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários vem crescen<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1960 na literatura<br />
internacional, mediante estu<strong>do</strong>s que analisam os vários e diferentes aspectos <strong>de</strong> busca e uso <strong>da</strong><br />
informação, que teve seu crescimento reforça<strong>do</strong> pela seção especial sobre Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />
Usos <strong>da</strong> Informação na publicação <strong>do</strong> ARIST, seção esta inicia<strong>da</strong> em 1966.<br />
déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 70.<br />
Na literatura especializa<strong>da</strong> brasileira sobre a área, os primeiros estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong>tam <strong>da</strong><br />
É importante registrar, <strong>da</strong><strong>da</strong> a evolução histórica <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, que o termo<br />
apareceu em 1960, “antes ele estava incluí<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> assunto <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong><br />
levantamento bibliotecário” (CUNHA, 1982, p. 6).<br />
Foi no início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 60 que o termo Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários começou a ser<br />
in<strong>de</strong>xa<strong>do</strong> no Library Literature, on<strong>de</strong> foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s referências bibliográficas sobre o<br />
tema, sen<strong>do</strong> 293 estu<strong>do</strong>s norte-americanos e 184 estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outros países (CUNHA, 1982).<br />
.Neste contexto, a literatura apresenta uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições, algumas <strong>de</strong>las diferem<br />
entre si, outras apresentam pontos em comum.<br />
Para Wilson-Davis (1977), esses estu<strong>do</strong>s se referem a quem <strong>de</strong>man<strong>da</strong> (ou necessita ou<br />
recebe) o que <strong>de</strong> alguém e para que. É relevante explicar que os termos quem, que, alguém e<br />
para que se referem, respectivamente, a usuários, informação, bibliotecário, e finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uso <strong>da</strong> informação.<br />
Conceitualmente, Figueire<strong>do</strong> (1979, p. 79) consi<strong>de</strong>ra que:<br />
Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> usuários são investigações que se fazem para se saber o que os<br />
indivíduos precisam, em matéria <strong>de</strong> informação, ou então, para saber se as<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação, por parte <strong>do</strong>s usuários <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong><br />
informação estão sen<strong>do</strong> satisfeitas <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>.<br />
Estes estu<strong>do</strong>s, para a referi<strong>da</strong> autora, são canais <strong>de</strong> comunicação que se abrem entre os<br />
sistemas <strong>de</strong> informação e a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> a qual eles servem.<br />
Sanz Casa<strong>do</strong> (1994), inspira<strong>do</strong> na meto<strong>do</strong>logia científica, <strong>de</strong>fine Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários<br />
como “o conjunto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s que trata <strong>de</strong> analisar, qualitativa e quantitativamente, os hábitos<br />
<strong>de</strong> informação <strong>do</strong>s usuários” [...].<br />
Por essas <strong>de</strong>finições clássicas, percebemos que o elemento fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> to<strong>do</strong> e<br />
qualquer sistema <strong>de</strong> informação é o usuário (GUINCHAT; MENOU, 1994).<br />
53
Assim, enfocamos as abor<strong>da</strong>gens <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, pautan<strong>do</strong>-nos em Ferreira<br />
(2002, p. 7) e Figueire<strong>do</strong> (1979, p. 80), que abor<strong>da</strong>m essa temática com bastante proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Eis as duas abor<strong>da</strong>gens aplica<strong>da</strong>s aos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários:<br />
a) abor<strong>da</strong>gem tradicional ou paradigma clássico – estu<strong>do</strong>s direciona<strong>do</strong>s sob a ótica <strong>do</strong> sistema<br />
<strong>de</strong> informação;<br />
b) abor<strong>da</strong>gem alternativa ou paradigma mo<strong>de</strong>rno – estu<strong>do</strong>s direciona<strong>do</strong>s sob a ótica <strong>do</strong><br />
usuário.<br />
A abor<strong>da</strong>gem tradicional, como <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> por Ferreira (2002), compreen<strong>de</strong> os<br />
estu<strong>do</strong>s sobre como as bibliotecas e os centros <strong>de</strong> informação são utiliza<strong>do</strong>s. Estes estu<strong>do</strong>s<br />
concebem o usuário apenas como informante, ou seja, em momento algum é foco <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />
Tal abor<strong>da</strong>gem não verifica os fatores que ocasionam o encontro <strong>do</strong> usuário com os sistemas<br />
<strong>de</strong> informação ou o efeito <strong>de</strong> tal confronto, “limita-se à tarefa <strong>de</strong> localizar fontes <strong>de</strong><br />
informação, não levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração as tarefas <strong>de</strong> interpretação, formulação e<br />
aprendizagem envolvi<strong>da</strong>s no processo <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> informação” (FER<strong>REI</strong>RA, 2002, p. 3). O<br />
aumento no acesso à vasta quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação requer, entretanto, serviços que se<br />
centrem no significa<strong>do</strong> <strong>da</strong> busca mais <strong>do</strong> que meramente na localização <strong>da</strong> fonte, sobretu<strong>do</strong>,<br />
em uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> marca<strong>da</strong> pelo constante fenômeno informacional e por necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
informacionais diversifica<strong>da</strong>s, surge a exigência <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça no paradigma <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong><br />
informação quanto ao seu foco <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, para sistemas que <strong>de</strong>diquem atenção aos estu<strong>do</strong>s<br />
dirigi<strong>do</strong>s às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s usuários (FER<strong>REI</strong>RA, 2002).<br />
O paradigma clássico, como <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> por Figueire<strong>do</strong> (1999) engloba estu<strong>do</strong>s<br />
volta<strong>do</strong>s às organizações (bibliotecas, empresas, governos, etc) e seus sistemas <strong>de</strong> informação.<br />
A abor<strong>da</strong>gem alternativa compreen<strong>de</strong> os estu<strong>do</strong>s centra<strong>do</strong>s nos usuários. Nesta<br />
abor<strong>da</strong>gem o foco é o problema individual <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> usuário, ou seja, o comportamento <strong>de</strong><br />
busca e uso <strong>de</strong> informação para satisfação <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. A abor<strong>da</strong>gem alternativa visualiza<br />
o usuário em incessante processo <strong>de</strong> construção, livre para criar o que <strong>de</strong>sejar junto aos<br />
sistemas ou aos contextos em que se situam, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s cognitivas,<br />
afetivas e fisiológicas próprias que atuam <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> esquemas que são parte <strong>de</strong> um ambiente<br />
com restrições socioculturais, políticas e econômicas (FER<strong>REI</strong>RA, 2002).<br />
54
Como <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> por Figueire<strong>do</strong> (1999), o paradigma mo<strong>de</strong>rno enfatiza o usuário,<br />
colocan<strong>do</strong> o mesmo numa posição ativa, fazen<strong>do</strong> com que as organizações e os sistemas <strong>de</strong><br />
informação se a<strong>da</strong>ptem às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s particulares <strong>do</strong>s usuários na tentativa <strong>de</strong> atendê-los.<br />
A abor<strong>da</strong>gem alternativa ou paradigma mo<strong>de</strong>rno tem si<strong>do</strong> trabalha<strong>da</strong> em diferentes<br />
vertentes, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> contribuir com argumentos conceituais e teóricos profun<strong>do</strong>s<br />
para este paradigma em Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, as quais Miran<strong>da</strong> (2006) nos apresenta as<br />
principais, segun<strong>do</strong> o Quadro 6.<br />
Para a autora cita<strong>da</strong> existem pontos em comum entre as abor<strong>da</strong>gens, visto que to<strong>da</strong>s<br />
elas ten<strong>de</strong>m a isolar o que o usuário percebe como dimensão fun<strong>da</strong>mental <strong>de</strong> uma situação-<br />
problema, bem como o que po<strong>de</strong> ser expresso por diferentes estratégias cognitivas utiliza<strong>da</strong>s<br />
pelos usuários, para especificarem que tipo <strong>de</strong> informação lhes será útil.<br />
ABORDAGEM<br />
AUTORES QUE<br />
UTILIZARAM<br />
Valor Agrega<strong>do</strong> Taylor, MacMullin,<br />
Hall, Ford, Garvey,<br />
Mohr, Paisley,<br />
Farra<strong>da</strong>ne<br />
Construção <strong>de</strong> Senti<strong>do</strong> Dervin, Fraser,<br />
E<strong>de</strong>lstein, Grunig,<br />
Stamm, Atwood,<br />
Palmor, Palmour,<br />
Carter, Dewdney,<br />
Waner, Chen, Burger,<br />
Hernon<br />
Anomalia Cognitiva Belkin, Oddy, Ofori-<br />
Dwumfuo<br />
QUADRO 6 - Principais abor<strong>da</strong>gens alternativas<br />
Fonte: MIRANDA, 2006, p. 100.<br />
CARACTERÍSTICAS DA ABORDAGEM<br />
55<br />
Foco na percepção <strong>da</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> e valor que o usuário traz para o<br />
sistema. Preten<strong>de</strong> fazer <strong>do</strong> problema <strong>do</strong> usuário o foco central,<br />
i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> diferentes classes <strong>de</strong> problemas e ligan<strong>do</strong>-os aos<br />
diferentes traços que os usuários estão dispostos a valorizar quan<strong>do</strong><br />
enfrentam problemas. É um trabalho <strong>de</strong> orientação cognitiva em<br />
processamento <strong>da</strong> informação.<br />
(problema> valores cognitivos> soluções)<br />
Conjunto <strong>de</strong> premissas conceituais e teóricas para analisar como<br />
pessoas constroem senti<strong>do</strong> nos seus mun<strong>do</strong>s e como elas usam a<br />
informação e outros recursos nesse processo. Procura lacunas<br />
cognitivas e <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> expressas em forma <strong>de</strong> questões que po<strong>de</strong>m<br />
ser codifica<strong>da</strong>s e generaliza<strong>da</strong>s a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s diretamente úteis para<br />
a prática <strong>da</strong> comunicação e informação. (situação > lacuna cognitiva e<br />
<strong>de</strong> senti<strong>do</strong> >uso)<br />
Foco nas pessoas em situações problemáticas, em visões <strong>da</strong> situação<br />
como incompletas ou limitas <strong>de</strong> alguma forma. Usuários são vistos<br />
como ten<strong>do</strong> um esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conhecimento anômalo, no qual é difícil falar<br />
ou mesmo reconhecer o que está erra<strong>do</strong>, e enfrentam lacunas, faltas,<br />
incertezas e incoerências, sen<strong>do</strong> incapazes <strong>de</strong> especificar o que é<br />
necessário para resolver a anomalia. (situação anômala > lacunas<br />
cognitiva > estratégias <strong>de</strong> busca)
Miran<strong>da</strong>, basea<strong>da</strong> em Dervin e Nilan (1986), apresenta três vertentes <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem<br />
alternativa, enquanto Ferreira (1995) i<strong>de</strong>ntifica que a mesma tem si<strong>do</strong> trabalha<strong>da</strong> em quatro<br />
diferentes vertentes, na área <strong>da</strong> CI, sen<strong>do</strong> que três <strong>de</strong>stas abor<strong>da</strong>gens foram abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s pela<br />
primeira autora cita<strong>da</strong>, conforme transcrevemos:<br />
a) Abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong> valor agrega<strong>do</strong>, <strong>de</strong> Robert Taylor (User-Values ou<br />
Value-Ad<strong>de</strong>d, 1984);<br />
b) Abor<strong>da</strong>gem <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conhecimento anômalo, <strong>de</strong> Belkin e Oddy<br />
(Anomalous States-of- Knowledge, 1978);<br />
c) Abor<strong>da</strong>gem <strong>do</strong> processo construtivista, <strong>de</strong> Carol Kuhlthau<br />
(Constructive Process Approach, 1992);<br />
d) Abor<strong>da</strong>gem Sense-Making, <strong>de</strong> Bren<strong>da</strong> Dervin (1977, 1983, 1993,<br />
1994).<br />
Segun<strong>do</strong> Ferreira, as três primeiras abor<strong>da</strong>gens trazem contribuições conceituais e<br />
teóricas para um paradigma alternativo em Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, já a Abor<strong>da</strong>gem Sense-<br />
Making vai mais além ao apresentar um méto<strong>do</strong> para mapear as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação<br />
sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> usuário (FER<strong>REI</strong>RA, 1997, p. 5).<br />
Figueire<strong>do</strong>, ain<strong>da</strong>, aponta duas vertentes <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem alternativa, ou, como ela<br />
<strong>de</strong>nomina, <strong>do</strong> paradigma mo<strong>de</strong>rno <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, uma cognitiva e outra holística. A<br />
vertente cognitiva se utiliza <strong>de</strong> pressupostos teórico-meto<strong>do</strong>lógicos <strong>da</strong> Ciência Cognitiva,<br />
enfatizan<strong>do</strong> os seguintes processos: “aprendiza<strong>do</strong>, memória, entendimento, solução <strong>de</strong><br />
problemas, toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.” (FIGUEIREDO, 1999, p. 15) Por sua vez, a vertente holística<br />
“consi<strong>de</strong>ra não somente os aspectos cognitivos <strong>da</strong> busca por informação, mas também os<br />
aspectos afetivos e psicomotores” (FIGUEIREDO, 1999, p. 15), referin<strong>do</strong>-se a <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong><br />
estu<strong>do</strong>s:<br />
[...] o primeiro, o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio afetivo, concentra-se nos aspectos<br />
afetivos <strong>da</strong>s buscas, ou nos interesses, nas atitu<strong>de</strong>s, nos valores e nas<br />
emoções que ocorrem durante a busca. O segun<strong>do</strong> focaliza as habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong><br />
usuário no “fazer senti<strong>do</strong>” (sense making) <strong>do</strong> meio existente, basea<strong>do</strong> na<br />
premissa <strong>de</strong> que os usuários não po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s típicos, pois<br />
recebem a informação através <strong>de</strong> uma perspectiva subjetiva.<br />
(FIGUEIREDO, 1999, p. 15)<br />
56
A Abor<strong>da</strong>gem Sense-Making foi inicia<strong>da</strong> pela Professora Bren<strong>da</strong> Dervin 24 em 1972,<br />
mas somente em 1983 é publica<strong>do</strong> o <strong>do</strong>cumento que apresenta sua base filosófica, conceitual,<br />
teórica e meto<strong>do</strong>lógica, durante a International Communications Association Annual Meeting<br />
em Dallas, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.<br />
Esta abor<strong>da</strong>gem consiste em pontuações <strong>de</strong> premissas teóricas e conceituais<br />
e outras tantas <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logias relaciona<strong>da</strong>s para avaliar como<br />
pacientes/audiências/ usuários/ clientes/ ci<strong>da</strong>dãos percebem, compreen<strong>de</strong>m,<br />
sentem suas interações com instituições, mídias, mensagens e situações e<br />
como usam a informação e outros recursos neste processo (FER<strong>REI</strong>RA,<br />
1997, p. 13).<br />
O foco <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem é <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> por Dervin <strong>de</strong> fenômeno <strong>do</strong> sense-making 25 ,<br />
compreendi<strong>do</strong> como ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> humana <strong>de</strong> observação, interpretação e compreensão <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
externo, atribuin<strong>do</strong>-lhe senti<strong>do</strong>s lógicos, provenientes <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> esquemas interiores.<br />
Esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> abrange tanto um comportamento interno (cognitivo), como externo<br />
(atitu<strong>de</strong>s, reações face ao meio social) que possibilita ao indivíduo construir e planejar seus<br />
movimentos, suas ações através <strong>do</strong> tempo e espaço. Assim, o cerne <strong>de</strong>sta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> é a busca e<br />
o uso <strong>da</strong> informação.<br />
Pessoas buscan<strong>do</strong> e usan<strong>do</strong> informação são as que po<strong>de</strong>m estar queren<strong>do</strong><br />
reduzir incertezas, informar-se, instruir-se, escapar <strong>de</strong> uma situação,<br />
constatar uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, obter suporte social, fazer progresso em uma<br />
situação difícil, ou mesmo compreen<strong>de</strong>r suas ações no tempo e no espaço.<br />
Busca e uso <strong>de</strong> informação são vistos como forma <strong>de</strong> processo construtivo<br />
<strong>de</strong> compreensão individual e pessoal (FER<strong>REI</strong>RA, 1997, p. 15).<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> este cenário, Bren<strong>da</strong> Dervin apresenta a metáfora <strong>do</strong> Sense-Making para<br />
representar o esta<strong>do</strong> cognitivo <strong>do</strong> ser humano como o movimento contínuo, sempre em frente,<br />
como em uma estra<strong>da</strong>, ou seja, no tempo e no espaço. A i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong>screve<br />
os indivíduos como criaturas inteligentes e criativas capazes <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o senti<strong>do</strong> <strong>da</strong>s<br />
coisas, mediante acréscimo <strong>de</strong> conhecimento tanto advin<strong>do</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> exterior, como <strong>de</strong> si<br />
24<br />
Ph.D em Ciências <strong>da</strong> Comunicação, <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Comunicações <strong>da</strong> Ohio State University, na<br />
ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Columbus, EUA.<br />
25<br />
Cf. e-mail envia<strong>do</strong> por Dervin à Ferreira, a autora informa que seu grupo <strong>de</strong> segui<strong>do</strong>res instituiu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final<br />
<strong>de</strong> 1994, o uso <strong>de</strong> letras maiúsculas para se referir à abor<strong>da</strong>gem e minúscula para o fenômeno.<br />
57
mesmo. Os indivíduos se movem continuamente em direção aos seus objetivos, quan<strong>do</strong> não<br />
têm dúvi<strong>da</strong>s ou in<strong>de</strong>cisões quanto às suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. No entanto, frequentemente, aparecem<br />
lacunas. A ponte necessária para transpô-las é função <strong>da</strong>s estratégias que os indivíduos<br />
empregam para buscar e utilizar as fontes <strong>de</strong> informação, isto é, solucionar o problema.<br />
(FER<strong>REI</strong>RA, 1997)<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Dervin, conheci<strong>do</strong> como mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> três pontas é constituí<strong>do</strong> sobre o<br />
trinômio situação-lacuna-uso, conforme <strong>de</strong>monstramos:<br />
Situação<br />
Ciclo <strong>da</strong><br />
experiência<br />
Lacuna Uso<br />
FIGURA 1 - Trinômio Situação-Lacuna-Uso<br />
Fonte: FER<strong>REI</strong>RA, 1997, p. 18<br />
Pela inovação <strong>da</strong> construção conceitual <strong>de</strong> Dervin, cabe apresentar uma breve<br />
<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> elemento que compõe o trinômio.<br />
A situação compreen<strong>de</strong> o contexto temporal e espacial no qual o usuário tem<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação, estabelecen<strong>do</strong> o momento em que a busca e o uso <strong>da</strong> informação<br />
vai ocorrer e se chega (ou não) a compreensão <strong>do</strong> problema. A lacuna interrompe o caminho<br />
<strong>do</strong> indivíduo no contexto <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> situação. Assim, para transpor este vazio que o<br />
indivíduo se <strong>de</strong>parou, faz-se necessário o uso <strong>de</strong> qualquer estratégia, que se configura pelo uso<br />
<strong>do</strong> conhecimento recém-adquiri<strong>do</strong>, tornan<strong>do</strong> a informação útil.<br />
[...] ao se tentar estu<strong>da</strong>r e compreen<strong>de</strong>r como <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pessoa percebe<br />
sua condição, esta abor<strong>da</strong>gem assume ser imprescindível avaliar esses três<br />
ponto básicos _ situação-lacuna-uso _ como uma base mínima para autoorientação.<br />
Somente assim se estará respeitan<strong>do</strong> o fato que pessoas<br />
percebem o mun<strong>do</strong> diferente (FER<strong>REI</strong>RA, 1997, p. 18).<br />
58
Em resumo, a teoria <strong>do</strong> Sense-Making é emprega<strong>da</strong> para estu<strong>da</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, os<br />
pontos <strong>de</strong> vista e a satisfação <strong>do</strong>s usuários <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação ou o que os usuários<br />
querem <strong>do</strong>s sistemas, o que obtém e o que pensam (FIGUEIREDO, 1999).<br />
Encerra<strong>da</strong>s, mas não esgota<strong>da</strong>s, as consi<strong>de</strong>rações acerca <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários,<br />
caracterizamos a seguir uma outra face <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> usuários <strong>da</strong> informação, os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
3.4 Dos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Engenharia, <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>do</strong> latim ingenerare, que significa conceber, planejar, criar,<br />
construir. Nunca um termo foi tão disputa<strong>do</strong> à apropriação/<strong>de</strong>nominação prática <strong>de</strong> suas<br />
especializações como a Engenharia na segun<strong>da</strong> meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XX, com exceção <strong>da</strong><br />
Medicina até os dias atuais.<br />
Dessa forma, a recente Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> surge como uma nova área <strong>de</strong><br />
investigação, resultante <strong>de</strong> uma déca<strong>da</strong> e meia <strong>de</strong> amadurecimento e sistematização <strong>da</strong>s suas<br />
pesquisas <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, visan<strong>do</strong> direcionar o processo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> produtos interativos (QUEIROZ, 2001).<br />
Segun<strong>do</strong> Cybis (2007, p. 17) a Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> emerge como “esforço<br />
sistemático <strong>da</strong>s empresas e organizações para <strong>de</strong>senvolver programas <strong>de</strong> software interativo<br />
com <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>”. Nesse senti<strong>do</strong>, ela emerge <strong>da</strong> Engenharia <strong>de</strong> Software, que, por sua vez:<br />
[...] é um rebento <strong>da</strong> engenharia <strong>de</strong> sistemas e <strong>de</strong> hardware. Ela abrange um<br />
conjunto <strong>de</strong> três elementos fun<strong>da</strong>mentais – méto<strong>do</strong>s, ferramentas e<br />
procedimentos – que possibilita ao gerente o controle <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> software e oferece ao profissional uma base para a<br />
construção <strong>de</strong> software <strong>de</strong> alta quali<strong>da</strong><strong>de</strong> produtivamente (PRESSMAN,<br />
1995, p. 31).<br />
Na literatura <strong>da</strong> área, encontramos diferentes <strong>de</strong>finições para o termo Engenharia <strong>de</strong><br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> que algumas <strong>de</strong>las foram apresenta<strong>da</strong>s por Queiroz (2001) em sua Tese <strong>de</strong><br />
Doutora<strong>do</strong>, as quais ressaltamos no quadro, em seqüência, que elaboramos:<br />
59
AUTORES DEFINIÇÕES DO TERMO ENGENHARIA DE USABILIDADE<br />
Good et al (1986) A Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma abor<strong>da</strong>gem emprega<strong>da</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
software através <strong>da</strong> qual a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> um produto é especifica<strong>da</strong> em termos<br />
quantitativos e esta especificação antece<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> produto.<br />
Tyl<strong>de</strong>sley (1988) A Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é o processo através <strong>do</strong> qual a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> um produto é<br />
especifica<strong>da</strong> quantitativamente, permitin<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>monstre se um produto final atinge ou<br />
não os níveis exigi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>.<br />
Lecerof e Paternò<br />
(1998)<br />
A Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma área no <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> interação usuário-computa<strong>do</strong>r,<br />
cujo objetivo essencial é o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas usáveis a partir <strong>da</strong> aplicação, <strong>de</strong><br />
forma estrutura<strong>da</strong> e sistemática, <strong>de</strong> diferentes méto<strong>do</strong>s nos diferentes estágios <strong>do</strong> projeto e<br />
<strong>do</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, assim como <strong>da</strong> integração <strong>de</strong> iniciativas <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong><br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os estágios iniciais <strong>do</strong> projeto.<br />
Mayhew (1999) A Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> é o processo através <strong>do</strong> qual são aplica<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s<br />
estrutura<strong>do</strong>s no projeto <strong>de</strong> interface usuário-computa<strong>do</strong>r visan<strong>do</strong> à <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> produto<br />
final.<br />
QUADRO 7 - Definições <strong>do</strong> termo Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Queiroz, 2001<br />
Segun<strong>do</strong> Queiroz (2001, p. 47), engenharia <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> é “uma área <strong>do</strong><br />
conhecimento na qual os pesquisa<strong>do</strong>res e <strong>de</strong>senvolve<strong>do</strong>res procuram <strong>de</strong>senvolver e<br />
implementar técnicas que sistematicamente tornem os produtos <strong>de</strong> software mais usáveis,<br />
otimizan<strong>do</strong> os produtos através <strong>da</strong> otimização <strong>do</strong> processo”.<br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>?<br />
Mas qual a origem e qual a importância <strong>de</strong>sse objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>da</strong> Engenharia <strong>da</strong><br />
Para Pressman (1995), a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> é uma tentativa <strong>de</strong> se medir a user friendliness<br />
enquanto uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, que, traduzi<strong>da</strong> ao português, significa amigabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao<br />
usuário, ou quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser amigável ao usuário. “Se um programa não for user friendly<br />
frequentemente estará <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao fracasso, mesmo que as funções que ele execute sejam<br />
valiosas” (PRESSMAN, 1995, p. 71).<br />
O termo <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> começou a ser usa<strong>do</strong> na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80 <strong>do</strong> século XX, como um<br />
substituto <strong>da</strong> expressão user-friendly traduzi<strong>da</strong> ao português, sobretu<strong>do</strong> nas áreas <strong>de</strong> Psicologia<br />
e Ergonomia.<br />
O porquê <strong>de</strong>ssa substituição está na constatação <strong>de</strong> que os usuários não precisam que as<br />
máquinas sejam amigáveis e sim que as mesmas não interfiram nas tarefas que eles querem<br />
60
ealizar. Mesmo porque um sistema po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> amigável para um usuário e não tão<br />
amigável para outro, ten<strong>do</strong> em vista que as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s diferem <strong>de</strong> um usuário para outro<br />
(DIAS, 2003).<br />
Na diferenciação <strong>do</strong>s usuários, Pressman (1995, p. 611) inclusive os classificam como:<br />
• Principiantes: sem conhecimento sintático 26 <strong>do</strong> sistema e pouco<br />
conhecimento semântico 27 <strong>da</strong> aplicação ou uso <strong>do</strong> computa<strong>do</strong>r em<br />
geral.<br />
• Usuários instruí<strong>do</strong>s e intermitentes: razoável conhecimento semântico<br />
<strong>da</strong> aplicação, mas relativamente pouca lembrança <strong>de</strong> informações<br />
sintáticas para usar a interface.<br />
• Usuários instruí<strong>do</strong>s e freqüentes: bom conhecimento semântico e<br />
sintático, o que frequentemente leva à “síndrome <strong>de</strong> usuários com<br />
po<strong>de</strong>r”, ou seja, indivíduos que procuram atalhos e mo<strong>do</strong>s abrevia<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> interação.<br />
Trazemos, assim, o pensamento <strong>de</strong> Dias (2003, p. 29) quan<strong>do</strong> diz que “<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> é<br />
uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um sistema, diretamente associa<strong>da</strong> ao seu contexto operacional e aos<br />
diferentes tipos <strong>de</strong> usuários, tarefas, ambientes físicos e organizacionais”. Em outra<br />
perspectiva, a autora acrescenta que a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> está liga<strong>da</strong>, também, <strong>de</strong>sta vez <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />
indireto, ao diálogo na interface com a máquina e à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alcance <strong>do</strong>s usuários acerca<br />
<strong>de</strong> seus objetivos <strong>de</strong> interação com o sistema.<br />
Cybis (2003) apresenta três tipos <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> análise ou <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>:<br />
• Técnicas <strong>de</strong> análises prospectivas – buscam a opinião <strong>do</strong> usuário sobre a interação com o<br />
sistema. Baseia-se na aplicação <strong>de</strong> questionários e realização <strong>de</strong> entrevistas com o usuário<br />
para verificar seu <strong>de</strong>sempenho e sua satisfação quanto à interação com o sistema.<br />
• Técnicas <strong>de</strong> análises preditivas ou diagnósticas – buscam prever os erros <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />
interface sem participação direta <strong>do</strong>s usuários. Baseia-se na <strong>de</strong>composição e na<br />
organização hierárquica <strong>da</strong> estrutura <strong>da</strong> tarefa interativa <strong>do</strong> sistema.<br />
• Técnicas <strong>de</strong> análises empíricas – buscam evi<strong>de</strong>nciar os problemas <strong>de</strong> interação a partir <strong>da</strong><br />
observação e controle <strong>do</strong>s usuários no momento <strong>da</strong> interação com o sistema. Baseia-se em<br />
testes empíricos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, utilizan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> avaliação heurística.<br />
26<br />
Neste contexto, conhecimento sintático refere-se à mecânica <strong>de</strong> interação exigi<strong>da</strong> para usar a interface<br />
eficientemente.<br />
27<br />
Conhecimento semântico refere-se a uma percepção subjacente <strong>da</strong> aplicação – uma compreensão <strong>da</strong>s funções<br />
que são executa<strong>da</strong>s, <strong>do</strong> significa<strong>do</strong> <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> e saí<strong>da</strong> e <strong>da</strong>s metas e objetivos <strong>do</strong> sistema.<br />
61
Ao analisar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, po<strong>de</strong>mos afirmar que ao fazê-la pensamos no usuário, no<br />
início, no fim e sempre, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> à criação ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema, pois a interface<br />
entre usuário-sistema implica na <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>. Acerca <strong>de</strong>ssa afirmação, lembramos aqui <strong>de</strong><br />
Moraes (2001, p. 17), quan<strong>do</strong>, tratan<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> software, explica-nos que:<br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> diz respeito à habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> software em permitir que o usuário<br />
alcance facilmente suas metas <strong>de</strong> interação com o sistema. Desta forma,<br />
problemas <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> estão relaciona<strong>do</strong>s com o diálogo <strong>da</strong> interface.<br />
Especificamente no caso <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> informatização <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação, os<br />
avanços tecnológicos, em conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com as exigências <strong>do</strong>s usuários, direcionam para<br />
seleção <strong>de</strong> software ou sistemas <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong>s em computa<strong>do</strong>r com características<br />
que permitam a melhor IHC, ou uma integração usuário-máquina <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pensan<strong>do</strong> no<br />
<strong>de</strong>sempenho e na satisfação <strong>do</strong> usuário.<br />
Voltan<strong>do</strong> aos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, se Figueire<strong>do</strong> (1999) enfoca que tais estu<strong>do</strong>s<br />
objetivam enten<strong>de</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, preferências e opiniões <strong>do</strong>s usuários a respeito <strong>do</strong>s<br />
serviços que a eles são ofereci<strong>do</strong>s ou po<strong>de</strong>m vir a ser ofereci<strong>do</strong>s, enten<strong>de</strong>-se, então, que os<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> convergem para os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários, pois ambos têm a<br />
preocupação com uma melhor interação <strong>do</strong> usuário com o sistema e, principalmente, com a<br />
satisfação <strong>do</strong> primeiro e a<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> segun<strong>do</strong>.<br />
Por isso, frente à automação ca<strong>da</strong> vez maior <strong>da</strong>s bibliotecas, centros e as <strong>de</strong>mais<br />
uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação, e <strong>da</strong> disponibilização <strong>de</strong> serviços via web, os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>m se constituir num forte alia<strong>do</strong> ou promotor <strong>de</strong> uma reconfiguração <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Usuários.<br />
Se em uma biblioteca, centro ou uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação tradicional os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Usuários estão volta<strong>do</strong>s ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas que permitam conhecer os hábitos<br />
<strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> a que se <strong>de</strong>stina, <strong>de</strong>ntre outros, em uma biblioteca, centro ou uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
informação automatiza<strong>da</strong>, os estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>vem ser realiza<strong>do</strong>s também <strong>de</strong>s<strong>de</strong> on<strong>de</strong> se dá a<br />
interação <strong>do</strong> usuário com os recentes e diversos sistemas <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong>s em<br />
computa<strong>do</strong>r, atentan<strong>do</strong> também à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> seu uso.<br />
62
É claro que os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, por questões <strong>de</strong> alto<br />
financiamento/investimento econômico acerca <strong>do</strong>s produtos tecnológicos mo<strong>de</strong>rnos ou<br />
comercializa<strong>do</strong>s através <strong>da</strong>s tecnologias, vêm ten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> às aplicações mais coorporativas e<br />
comerciais, <strong>de</strong> maneira diferente <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> têm se volta<strong>do</strong> ao e-commerce/e-business,<br />
jogos <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r, software <strong>de</strong> gestão, TV digital e, mais recentemente, à interação móvel<br />
(<strong>de</strong> telefones celulares, pagers, palmtops, laptops, handhelds, wireless <strong>de</strong>vices, até wearables,<br />
ou computa<strong>do</strong>res pequenos e leves o bastante para serem usa<strong>do</strong>s no corpo <strong>do</strong> usuário como se<br />
fosse uma peça <strong>de</strong> roupa) (CYBIS, 2007, p. 217-226).<br />
A esse respeito Dias (2003, p. 38) corrobora:<br />
Por essa preocupação crescente com a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> e a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong>s<br />
produtos ofereci<strong>do</strong>s ao público, vários fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> software<br />
intensificaram as inspeções e os testes com usuários em seus programas <strong>de</strong><br />
avaliação <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> produtos e sistemas, assim como várias<br />
instituições, usuárias <strong>da</strong> informática, começaram a aplicar esses mesmos<br />
méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> avaliação antes <strong>de</strong> contratarem novos produtos.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, portanto, é provocativo <strong>de</strong> uma<br />
(r)evolução <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários. Nesse contexto Bohmerwald (2005, p. 95) afirma que se<br />
uma pesquisa acerca <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação e seus usuários abor<strong>da</strong>sse características<br />
tanto <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários (mais especificamente <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong> busca) quanto <strong>do</strong>s<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, isto apontaria para a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se conseguir uma análise mais<br />
completa.<br />
Por fim, como contraste <strong>de</strong> compreensão <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, apresentamos<br />
duas perspectivas conceitual-meto<strong>do</strong>lógicas: uma <strong>de</strong> normalização internacional, acerca <strong>da</strong><br />
International Organization for Stan<strong>da</strong>rdization (ISO); e outra <strong>de</strong> um reconheci<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r<br />
internacional <strong>do</strong> tema, Jakob Nielsen.<br />
63
3.4.1 Visão <strong>da</strong> ISO<br />
A primeira norma internacional que <strong>de</strong>finiu o termo <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> foi a International<br />
Organization for Stan<strong>da</strong>rdization ISO/IEC 9126 <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 1991, sobre quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> software.<br />
Esta norma conceitua a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> “como um conjunto <strong>de</strong> atributos <strong>de</strong> software relaciona<strong>do</strong><br />
ao esforço necessário para seu uso e para o julgamento individual <strong>de</strong> tal uso por <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />
conjunto <strong>de</strong> usuários”. Vale ressaltar que embora a norma verse sobre software, suas<br />
orientações po<strong>de</strong>m traçar o caminho <strong>de</strong> estruturação aos sistemas <strong>de</strong> informação via web<br />
(CURTY, 2006).<br />
A norma ISO 9126, em sua parte 1, apresenta as características <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
software, que :<br />
• Funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>: capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> software <strong>de</strong> prover funções que<br />
aten<strong>de</strong>m a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s expressas e implícitas, quan<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> nas condições<br />
especifica<strong>da</strong>s.<br />
• Confiabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> software <strong>de</strong> manter seu nível <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho, quan<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> nas condições especificas.<br />
• Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> software <strong>de</strong> ser compreendi<strong>do</strong>, aprendi<strong>do</strong>,<br />
usa<strong>do</strong> e aprecia<strong>do</strong> pelo usuário, quan<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> nas condições especifica<strong>da</strong>s.<br />
• Eficiência: capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> software <strong>de</strong> operar no nível <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
requeri<strong>do</strong>, em relação à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos emprega<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> usa<strong>do</strong><br />
nas condições especifica<strong>da</strong>s.<br />
• Possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manutenção: capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> software <strong>de</strong> ser<br />
modifica<strong>do</strong>. Modificações po<strong>de</strong>m abranger correções, melhorias ou<br />
a<strong>da</strong>ptações <strong>do</strong> software. Mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> ambiente ou nas especificações<br />
funcionais e <strong>de</strong> requisitos.<br />
• Portabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> software <strong>de</strong> ser transferi<strong>do</strong> <strong>de</strong> um<br />
ambiente a outro.<br />
Essas características nos permitem dizer que o software <strong>de</strong>ve “falar” a língua <strong>do</strong><br />
usuário, com palavras, frases e conceitos familiares, ao invés <strong>de</strong> termos técnicos relaciona<strong>do</strong>s<br />
à tecnologia. Os usuários ao utilizarem um software não esperam encontrar qualquer tipo <strong>de</strong><br />
problema nem cometer erros induzi<strong>do</strong>s pela má quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> mesmo.<br />
O termo <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, a partir <strong>de</strong>ssa norma, passou a fazer parte <strong>de</strong> outras áreas <strong>do</strong><br />
conhecimento, que antes era limita<strong>do</strong> à Psicologia e Ergonomia, ten<strong>do</strong> como conseqüência a<br />
fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> Usability Professionals Association (UPA), constituí<strong>da</strong> por uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
64
profissionais, pesquisa<strong>do</strong>res e empresas com participação em pesquisas e testes <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
(DIAS, 2003).<br />
A partir <strong>da</strong>s discussões <strong>da</strong> UPA e como evolução <strong>da</strong> norma ISO 9126, numa<br />
perspectiva mais <strong>do</strong> usuário que <strong>do</strong> sistema/produto, surge, então, a ISO 9241, enquanto<br />
norma <strong>de</strong> padrão internacional <strong>do</strong> estabelecimento <strong>de</strong> requisitos ergonômicos para o trabalho<br />
empresarial com terminais <strong>de</strong> visualização.<br />
Este padrão <strong>de</strong>stina-se aos profissionais incumbi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> garantir segurança e efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
ao trabalho <strong>de</strong> escritório com computa<strong>do</strong>res. Assim, a promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e <strong>da</strong> segurança <strong>do</strong>s<br />
usuários <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res são seus objetivos, incluin<strong>do</strong> também que os usuários operem os<br />
equipamentos com eficiência e conforto.<br />
A ISO 9241 está organiza<strong>da</strong> em um conjunto <strong>de</strong> 17 partes, sen<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> parte referente a<br />
diferentes aspectos <strong>do</strong> trabalho empresarial informatiza<strong>do</strong>:<br />
Parte 1: Introdução geral;<br />
Parte 2: Condução quanto aos requisitos <strong>da</strong>s tarefas;<br />
Parte 3: Requisitos <strong>do</strong>s terminais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o;<br />
Parte 4: Requisitos <strong>do</strong>s tecla<strong>do</strong>s;<br />
Parte 5: Requisitos posturais e <strong>do</strong> posto <strong>de</strong> trabalho;<br />
Parte 6: Requisitos <strong>do</strong> ambiente;<br />
Parte 7: Requisitos <strong>do</strong>s terminais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o quanto às reflexões;<br />
Parte 8: Requisitos <strong>do</strong>s terminais <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o quanto às cores;<br />
Parte 9: Requisitos <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>, que não sejam os tecla<strong>do</strong>s;<br />
Parte 10: Princípios <strong>de</strong> diálogo;<br />
Parte 11: Orientações sobre <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>;<br />
Parte 12: Apresentação <strong>da</strong> informação;<br />
Parte 13: Orientações ao usuário;<br />
Parte 14: Diálogos por menu;<br />
Parte 15: Diálogos por linguagem <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s;<br />
Parte 16: Diálogos por manipulação direta;<br />
Parte 17: Diálogos por preenchimento <strong>de</strong> formulário.<br />
Atemo-nos, especificamente, a parte 11 <strong>da</strong> ISO 9241 que se refere à <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong><br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> sistemas. Esta parte a conceitua como “aquelas características que permitem<br />
que o usuário alcance seus objetivos e satisfaça suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto <strong>de</strong><br />
utilização <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>.”<br />
Sublinhamos, com base em Cybis (2003), que esta parte <strong>da</strong> norma assevera que a<br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong> uso, que compreen<strong>de</strong> os usuários, as tarefas, o<br />
65
equipamento, bem como os ambientes físico e social capazes <strong>de</strong> influenciar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />
um produto. São observa<strong>do</strong>s e medi<strong>do</strong>s, ain<strong>da</strong>, o <strong>de</strong>sempenho e a satisfação <strong>do</strong>s usuários<br />
concernentes à eficácia <strong>da</strong> interação, eficiência <strong>do</strong>s recursos aloca<strong>do</strong>s e o nível <strong>de</strong> aceitação <strong>do</strong><br />
produto pelo usuário.<br />
Ain<strong>da</strong> pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ssa norma, em sua parte 11, “<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> é a extensão na qual<br />
um produto po<strong>de</strong> ser usa<strong>do</strong> por usuários específicos para alcançar objetivos específicos com<br />
efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, eficiência e satisfação em um contexto <strong>de</strong> uso específico”.<br />
Apresentamos, a seguir, a Figura 2 se refere aos conceitos relaciona<strong>do</strong>s à <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>,<br />
trata<strong>do</strong>s pela ISO 9241-11:<br />
Usuário<br />
Usuário<br />
Tarefa Tarefa<br />
Equipamentos<br />
Ambiente<br />
Ambiente<br />
Produto<br />
Resulta<strong>do</strong><br />
almeja<strong>do</strong><br />
Resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> uso<br />
FIGURA 2 - Concepção <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong> ISO 9241-11<br />
Fonte: QUEIROZ, 2001, p. 58<br />
Como síntese, eis os conceitos <strong>da</strong> norma em questão:<br />
Efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Eficiência<br />
Satisfação<br />
ISO 9241<br />
Metas<br />
Medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
• Usuário – pessoa que interage com o produto;<br />
• Contexto <strong>de</strong> uso – usuários, tarefas, equipamentos (hardware, software<br />
e materiais), ambiente físico e social em que o produto é usa<strong>do</strong>;<br />
• Eficácia – precisão e completeza com que os usuários atingem<br />
objetivos específicos, acessan<strong>do</strong> a informação correta ou geran<strong>do</strong> os<br />
resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s. A precisão é uma característica associa<strong>da</strong> à<br />
correspondência entre a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> e o critério especifica<strong>do</strong>,<br />
enquanto a completeza é a proporção <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>-alvo que foi atingi<strong>da</strong>.<br />
• Eficiência – precisão e completeza com que os usuários atingem seus<br />
objetivos, em relação à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos gastos.<br />
66
• Satisfação – conforto e aceitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> produto, medi<strong>do</strong>s por meio <strong>de</strong><br />
méto<strong>do</strong>s subjetivos e/ou objetivos. As medi<strong>da</strong>s objetivas <strong>de</strong> satisfação<br />
po<strong>de</strong>m se basear na observação <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> usuário (postura e<br />
movimento corporal) ou no monitoramento <strong>de</strong> suas respostas fisiológicas.<br />
As medi<strong>da</strong>s subjetivas, por sua vez, são produzi<strong>da</strong>s pela quantificação <strong>da</strong>s<br />
reações, atitu<strong>de</strong>s e opiniões expressas subjetivamente pelos usuários (ISO<br />
9241-11).<br />
A<strong>de</strong>mais, <strong>de</strong>vemos esclarecer os significa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> precisão e completeza, sobre os quais<br />
se referem aos conceitos <strong>de</strong> eficácia e eficiência <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> pela ISO 9241:<br />
A precisão é uma característica associa<strong>da</strong> à correspondência entre a<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> e o critério especifica<strong>do</strong>, enquanto a completeza é a<br />
proporção <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>-alvo que foi atingi<strong>da</strong> (ISO 9241-11, 1998).<br />
No Brasil, há uma norma específica que segue os conceitos/<strong>de</strong>terminações <strong>da</strong> ISO<br />
9241. Trata-se <strong>da</strong> NBR 9241, edita<strong>da</strong> pela Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas<br />
(ABNT), organismo <strong>de</strong> normalização nacional associa<strong>do</strong> à ISO.<br />
Na NBR 9241, três informações pauta<strong>da</strong>s na ISO 9241 são aponta<strong>da</strong>s para que se possa<br />
medir/especificar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> forma mais apropria<strong>da</strong>:<br />
- Uma <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s objetivos pretendi<strong>do</strong>s;<br />
- Uma <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong> uso, incluin<strong>do</strong> usuários,<br />
tarefas, equipamento e ambientes. Esta po<strong>de</strong> ser uma <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> um<br />
contexto existente ou uma especificação <strong>do</strong>s contextos pretendi<strong>do</strong>s. Os<br />
aspectos relevantes <strong>do</strong> contexto e o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes requeri<strong>do</strong>s irão<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>do</strong> escopo <strong>da</strong>s questões apresenta<strong>da</strong>s. A <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> contexto<br />
precisa ser suficientemente <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que aqueles aspectos que<br />
possam ter uma influência significativa sobre a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> possam ser<br />
reproduzi<strong>do</strong>s;<br />
- Valores reais ou <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>s <strong>de</strong> eficácia, eficiência e satisfação para os<br />
contextos pretendi<strong>do</strong>s. [...] (ASSOCIAÇÃO..., 2002, p.4).<br />
Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a ABNT reproduz a norma <strong>da</strong> ISO quanto ao conteú<strong>do</strong> em comento,<br />
com, inclusive, a mesma numeração <strong>de</strong> norma, 9241, por ser a representante brasileira<br />
associa<strong>da</strong> internacionalmente à instituição.<br />
67
3.4.2 Visão <strong>de</strong> Jakob Nielsen<br />
Iniciaremos <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> que você saiba um segre<strong>do</strong>: não há segre<strong>do</strong>s para fazer<br />
bons estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>. É simplesmente uma questão <strong>de</strong> saber como e<br />
on<strong>de</strong> procurar e então <strong>do</strong>cumentar suas observações. A <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> funciona<br />
porque revela como o mun<strong>do</strong> funciona (NIELSEN; LORANGER, 2007, p.<br />
3).<br />
Como precursor e reconheci<strong>do</strong> estudioso <strong>da</strong> Engenharia <strong>da</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, Jakob Nielsen<br />
(1993), <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ser a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> um conceito que busca <strong>de</strong>finir as características <strong>de</strong><br />
utilização, <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong> satisfação <strong>do</strong>s usuários, na interação e na leitura <strong>da</strong>s e nas<br />
interfaces computacionais, na perspectiva <strong>de</strong> um bom sistema interativo. Dessa forma, enten<strong>de</strong><br />
a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> como a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que caracteriza o uso <strong>de</strong> um sistema interativo.<br />
No Prefácio <strong>do</strong> seu livro Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> na Web: projetan<strong>do</strong> websites com quali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
Nielsen e Loranger (2007) evi<strong>de</strong>nciam a importância <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> na contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
Há <strong>de</strong>z anos a Web era algo diferente para as pessoas. Hoje ela é uma rotina,<br />
é uma ferramenta. Se for <strong>de</strong> fácil acesso, elas a utilizarão, <strong>do</strong> contrário, não.<br />
Com <strong>de</strong>z vezes mais sites e provavelmente centenas <strong>de</strong> páginas na Web, os<br />
usuários estão menos tolerantes a sites complexos. Portanto um projeto falho<br />
significa negócios perdi<strong>do</strong>s. Nunca a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> foi tão importante.<br />
A <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, assim, garante a própria continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e afirmação competitiva <strong>de</strong> um<br />
site, <strong>de</strong> um software ou <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação na perspectiva <strong>da</strong> interação com o<br />
usuário. É pela interação com o usuário, a partir <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong> sua satisfação, que se<br />
evi<strong>de</strong>ncia a sobrevivência <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, Nielsen indica que um bom sistema interativo <strong>de</strong>ve proporcionar cinco<br />
fatores em relação aos seus usuários: facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>, eficiência <strong>de</strong> uso, facili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> memorização, suporte a erros e satisfação <strong>do</strong>s usuários.<br />
Com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90 <strong>do</strong> século<br />
XX, esses cinco fatores <strong>de</strong> um bom sistema interativo se tornaram referencial <strong>de</strong> diversos<br />
trabalhos/pesquisas <strong>da</strong> área, sen<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s e difundi<strong>da</strong>s por seu i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>r como “os<br />
cinco atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>”.<br />
68
Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, Cybis (2007, 23) adverte que existem diversas configurações <strong>de</strong> base ou<br />
critérios <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> para Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, propostas por diversos autores e<br />
instituições nas últimas déca<strong>da</strong>s. Contu<strong>do</strong>, ressalta o ponto convergente <strong>de</strong> preocupação <strong>de</strong><br />
to<strong>do</strong>s:<br />
A construção <strong>de</strong> um sistema com <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> análise cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sa<br />
<strong>do</strong>s diversos componentes <strong>de</strong> seu contexto <strong>de</strong> uso e <strong>da</strong> participação ativa <strong>do</strong><br />
usuário nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> interface, visto como o processo <strong>de</strong><br />
configuração <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s internas e externas ao sistema (CYBIS, 2007, p.<br />
23).<br />
Dessa forma, <strong>de</strong>stacamos os cinco atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Nielsen, não por se<br />
caracterizarem enquanto as melhores configurações <strong>de</strong> base para Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, se é<br />
que elas existam, entretanto, muito mais pelo autor se apresentar enquanto precursor e<br />
reconheci<strong>do</strong> estudioso <strong>da</strong> Engenharia <strong>da</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, além <strong>da</strong> ratificação <strong>de</strong> seus critérios<br />
enquanto uma meto<strong>do</strong>logia amplamente reconheci<strong>da</strong> nesta área, por sua citação e a<strong>do</strong>ção<br />
como meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> pesquisa. Mesmo Cybis (2007, p. 23), pesquisa<strong>do</strong>r brasileiro, cria<strong>do</strong>r e<br />
diretor <strong>do</strong> primeiro laboratório <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Brasil, o LabIUtil <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
<strong>de</strong> Santa Catarina (UFSC), consi<strong>de</strong>ra Jakob Nielsen “um <strong>do</strong>s maiores especialistas em<br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s”.<br />
Trazemos, assim, os cinco atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>scritos por Nielsen em seu livro<br />
Usability Engineering (1993, p. 26):<br />
• Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>: o sistema <strong>de</strong>ve ser o mais simples<br />
possível e <strong>de</strong> fácil aprendizagem para que o usuário tenha a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>,<br />
sem <strong>de</strong>mora, conhecer o sistema e <strong>de</strong>senvolver suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />
• Eficiência <strong>de</strong> uso: o sistema <strong>de</strong>ve ser hábil o suficiente para permitir<br />
que o usuário, ten<strong>do</strong> aprendi<strong>do</strong> a interagir com ele, atinja altos níveis <strong>de</strong><br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />
• Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização: aptidão <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> regressar ao<br />
sistema e realizar suas tarefas mesmo ten<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> sem fazer uso <strong>de</strong>le por<br />
um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tempo;<br />
• Baixa taxa <strong>de</strong> erros: em um sistema com poucos índices <strong>de</strong> erros, o<br />
usuário é capaz <strong>de</strong> realizar suas tarefas sem gran<strong>de</strong>s problemas, recuperan<strong>do</strong><br />
erros, caso aconteçam.<br />
• Satisfação subjetiva: o usuário acha agradável a interação com o<br />
sistema e se sente particularmente satisfeito com ele.<br />
69
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os atributos <strong>de</strong> Nielsen, enquanto um conjunto <strong>de</strong> critérios operacionais<br />
a serem emprega<strong>do</strong>s para esclarecer a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente o conceito <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, Queiroz (2001,<br />
p. 57) os con<strong>de</strong>nsou em um quadro referencial, comentan<strong>do</strong> as suas especificações, que ora<br />
apresentamos como síntese <strong>da</strong> perspectiva <strong>de</strong> avaliação <strong>do</strong> autor:<br />
CRITÉRIO ESPECIFICAÇÃO<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Aprendiza<strong>do</strong><br />
(Learnability)<br />
Eficiência <strong>de</strong> uso<br />
(Efficiency)<br />
Memorabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
(Memorability)<br />
Taxa <strong>de</strong> erros<br />
(Errors)<br />
Satisfação Subjetiva<br />
(Satisfaction)<br />
Refere-se à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s principiantes <strong>de</strong> atingirem rapi<strong>da</strong>mente um nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />
razoável. Consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> por Nielsen como o critério mais básico <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> produtos, visto que<br />
a maioria <strong>de</strong>les precisa ser fácil <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r para que possam ser aceitos no merca<strong>do</strong>, é<br />
fun<strong>da</strong>mental nas primeiras experiências <strong>de</strong> qualquer usuário com sistemas interativos. Alguns<br />
sistemas com interfaces difíceis <strong>de</strong> usar procuram superar tal dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> com um bom treinamento.<br />
Associa<strong>da</strong> ao grau <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário, após haver aprendi<strong>do</strong> a manipular o sistema <strong>de</strong><br />
informação consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>. Estreitamente relaciona<strong>da</strong> ao <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> usuário experiente, se<br />
enquadra<strong>do</strong> em contexto interpretativo subjetivo e complexo que exigem <strong>de</strong> seus usuários vários<br />
anos <strong>de</strong> uso, para que atinjam o <strong>de</strong>sempenho e a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> típicos <strong>de</strong> um usuário experiente. Além<br />
<strong>do</strong> mais, enquanto alguns usuários prosseguem in<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>mente o aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s sistemas, a<br />
maioria normalmente estaciona em um nível <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> que consi<strong>de</strong>ra “suficiente” para<br />
<strong>de</strong>sempenhar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s cotidianas.<br />
Refere-se à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização <strong>do</strong>s procedimentos <strong>de</strong> acesso às facili<strong>da</strong><strong>de</strong>s ofereci<strong>da</strong>s por<br />
um sistema consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>, evitan<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> re-aprendiza<strong>do</strong>, mesmo quan<strong>do</strong> se trata <strong>do</strong><br />
uso esporádico <strong>do</strong> sistema. Tal atributo valoriza não apenas a experiência anterior <strong>do</strong> contingente<br />
<strong>de</strong> usuários em retorno <strong>de</strong> qualquer condição temporária que haja interrompi<strong>do</strong> seu contato<br />
cotidiano com o sistema com o qual operam.<br />
Associa<strong>da</strong> ao cometimento <strong>de</strong> erros pelo usuário ao utilizar um sistema computacional, assim como<br />
aos mecanismos <strong>de</strong> prevenção contra a ocorrência <strong>de</strong> erros e à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> correção <strong>de</strong> tais erros,<br />
caso sejam cometi<strong>do</strong>s. Neste contexto, um erro é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> comumente como qualquer ação que<br />
impe<strong>de</strong> o usuário <strong>de</strong> atingir a meta <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>.<br />
Refere-se ao fato <strong>de</strong> quão agradável é usar o sistema ou, dito <strong>de</strong> outro mo<strong>do</strong>, quão satisfeito o<br />
sistema <strong>de</strong>ixa o usuário ao executar tarefas por este impostas.<br />
QUADRO 8 - Critérios <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> um sistema segun<strong>do</strong> Nielsen<br />
Fonte: QUEIROZ, 2001, p. 57.<br />
Devemos ressaltar aqui que, diante <strong>do</strong>s avanços tecnológicos, a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> na web<br />
também vem evoluin<strong>do</strong>. E nesse senti<strong>do</strong>, Nielsen faz uma recente advertência aos seus<br />
critérios <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, quanto à possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seu uso, contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong> maneira agora<br />
atualiza<strong>da</strong>:<br />
No início <strong>da</strong> Web, éramos os únicos a conduzir testes sistemáticos com<br />
usuários <strong>de</strong> sites, assim nossas <strong>de</strong>scobertas iniciais receberam muita atenção<br />
e foram amplamente cita<strong>da</strong>s. Isto foi bom, mas tornou-se um problema<br />
70
porque algumas pessoas acreditam que nossas diretrizes não mu<strong>da</strong>ram <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1994. [...] As diretrizes que <strong>de</strong>senvolvemos <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 2000 ten<strong>de</strong>m a ser<br />
aplica<strong>da</strong>s aos estu<strong>do</strong>s que realizamos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então e, normalmente, apenas as<br />
suplementamos com algumas novas que refletem o recente <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>da</strong> Web (NIELSEN; LORANGER, 2007, p. xvii).<br />
Dessa forma, qualquer projeto, pesquisa ou estu<strong>do</strong> que seja referente à <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> com<br />
base nos atributos <strong>de</strong> Jakob Nielsen <strong>de</strong>ve suplementar tais atributos com novas referências em<br />
face <strong>da</strong> revolução tecnológica, conforme alerta o autor. Diante <strong>de</strong>ssa revolução, Nielsen nos<br />
dá a resposta para uma questão que vem a propósito: o que mu<strong>do</strong>u?<br />
O que mu<strong>do</strong>u foi: a tecnologia na Web é mais confiável, e conexões<br />
disca<strong>da</strong>s extremamente lentas são ca<strong>da</strong> vez mais raras, portanto, várias<br />
diretrizes cujo objetivo era atenuar as restrições técnicas iniciais estão sen<strong>do</strong><br />
substituí<strong>da</strong>s por diretrizes equivalentes (mas diferentes) que abor<strong>da</strong>m as<br />
restrições humanas correspon<strong>de</strong>ntes. [...] Mas, no geral, a Web melhorou.<br />
Agora somos capazes <strong>de</strong> incluir muitas capturas <strong>de</strong> tela <strong>de</strong> <strong>de</strong>signs que<br />
funcionam bem. Além disso, a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> medi<strong>da</strong> aumentou<br />
substancialmente em termos <strong>da</strong> rapi<strong>de</strong>z e <strong>da</strong> maneira como os usuários<br />
po<strong>de</strong>m fazer coisas nos Websites. [...] Em outras palavras, o movimento <strong>da</strong><br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> teve resulta<strong>do</strong>s mensuráveis em termos <strong>da</strong> aprimora<strong>da</strong><br />
experiência <strong>do</strong> usuário (NIELSEN; LORANGER, 2007, p. xviii-xix).<br />
Agora, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> se tornou exigência enquanto quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong><br />
produtos e sistemas que interagimos cotidianamente e ca<strong>da</strong> vez mais. Seus estu<strong>do</strong>s são<br />
imprescindíveis para criação, compreensão e alimentação <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação e<br />
conhecimento pela IHC na socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e cultura contemporâneas. A boa <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> implica na<br />
promoção <strong>de</strong> novas relações sócio-técnicas e na sobrevivência <strong>de</strong> pessoas e instituições,<br />
através <strong>de</strong>: ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s/jogos/simulações interativas; relacionamentos afetivos/pessoais;<br />
relações <strong>de</strong> serviços/comerciais; e/ou relações informacionais/cognitivas. A má <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
po<strong>de</strong> implicar, por sua vez, na construção <strong>de</strong> imagens ruins <strong>de</strong> pessoas e instituições, em sua<br />
<strong>de</strong>sarticulação/ineficiência ou até falência.<br />
Dessa forma, <strong>de</strong>dican<strong>do</strong>-se a compreen<strong>de</strong>r o comportamento humano, tanto os Estu<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> Usuários quanto os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong>m incorrer/contribuir para a própria<br />
promoção <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano.<br />
71
4 A INFORMAÇÃO CIENTÍFICA E OS<br />
PORTAIS DE INFORMAÇÃO<br />
72
4.1 Disseminação <strong>da</strong> Informação Científica<br />
Informação científica, informação técnico-científica ou informação técnica e científica,<br />
vêm <strong>de</strong>signan<strong>do</strong>, enquanto sinônimos, um mesmo tipo <strong>de</strong> construção informacional,<br />
apresenta<strong>do</strong> em 1979 na II Conferência Intergovernamental <strong>da</strong> UNISIST (UNESCO´s World<br />
Scientific Information Programme) sob a <strong>de</strong>nominação consensual <strong>do</strong> termo Informação<br />
Científica e Tecnológica (ICT) (MARTINS, 2006).<br />
Tal termo refere-se às contribuições na área justamente <strong>da</strong> informação científica e<br />
tecnológica <strong>de</strong> maneira relacional:<br />
É constituí<strong>do</strong> <strong>de</strong> elementos simbólicos utiliza<strong>do</strong>s para comunicar o<br />
conhecimento científico e técnico, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> seu caráter (numérico,<br />
textual, icônico, etc.), <strong>do</strong>s suportes materiais, <strong>da</strong> forma <strong>de</strong> apresentação.<br />
Refere-se tanto à substância ou conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos quanto à sua<br />
existência matéria. Também se emprega este termo ICT para <strong>de</strong>signar tanto<br />
a mensagem (conteú<strong>do</strong> e forma) quanto sua comunicação (ação). Quan<strong>do</strong><br />
necessário, distingue-se entre informação bruta (fatos, conceitos,<br />
representações) e os <strong>do</strong>cumentos em que se acha registra<strong>da</strong>.<br />
(INTERGOVERNAMENTAL…, 1979, anexo i, p. 3).<br />
Não obstante, quaisquer sinônimos indica<strong>do</strong>s <strong>do</strong> termo vêm a se referir acerca <strong>da</strong><br />
mesma construção informacional, conforme seu uso pelos diversos autores <strong>da</strong>s áreas em<br />
questão.<br />
A importância <strong>de</strong>ssa construção informacional é percebi<strong>da</strong> por Allen (1969, p. 14) ao<br />
afirmar que a “informação científica é a própria essência <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> científica”.<br />
Segun<strong>do</strong> Aguiar (1991, p. 10), por sua vez, a informação científica é “to<strong>do</strong><br />
conhecimento que resulta (ou está relaciona<strong>do</strong> com o resulta<strong>do</strong>) <strong>de</strong> uma pesquisa científica”.<br />
Esta autora apresenta, ain<strong>da</strong>, as três funções <strong>da</strong> informação científica:<br />
a) Divulgação <strong>de</strong> novo conhecimento;<br />
b) Geração <strong>de</strong> insumo para novas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa científica<br />
permitin<strong>do</strong>, assim, a evolução <strong>da</strong> ciência;<br />
c) Explicitação <strong>da</strong> meto<strong>do</strong>logia usa<strong>da</strong> na pesquisa.<br />
73
Relacionan<strong>do</strong> a informação científica com a tecnologia em senti<strong>do</strong> amplo, Aguiar<br />
(1991) a coloca como insumo básico para alcançar os processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
científico, tecnológico, industrial, econômico e social.<br />
Já pela <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Le Coadic (1994), este a consi<strong>de</strong>ra como fonte <strong>do</strong> processo <strong>de</strong><br />
criação científica e técnica, discutin<strong>do</strong> a importância e a função <strong>da</strong> comunicação formal no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento científico.<br />
As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s científicas e técnicas são o manancial <strong>de</strong> on<strong>de</strong> fluem os<br />
conhecimentos científicos e técnicos que se transformarão, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
registra<strong>do</strong>s, em informações científicas e técnicas. Mas, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> inverso,<br />
essas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s só existem, só se concretizam, mediante essas informações.<br />
A informação é a seiva <strong>da</strong> ciência. Sem informação, a ciência não po<strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>senvolver e viver. Sem informação a pesquisa seria inútil e não haveria o<br />
conhecimento. Flui<strong>do</strong> precioso, continuamente produzi<strong>do</strong> e renova<strong>do</strong>, a<br />
informação só interessa se circula, e, sobretu<strong>do</strong>, se circula livremente (LE<br />
COADIC, 1994, p. 27).<br />
On<strong>de</strong>, contu<strong>do</strong>, as informações científicas são produzi<strong>da</strong>s? Em instituições <strong>de</strong> pesquisa<br />
e <strong>de</strong>senvolvimento, órgãos governamentais e, principalmente, instituições <strong>de</strong> ensino superior,<br />
ain<strong>da</strong> mais quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> pós-graduação. Aliás, ensino, pesquisa e extensão... a tría<strong>de</strong><br />
complementar <strong>da</strong>s principais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Tais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s têm em comum o<br />
fato <strong>de</strong> li<strong>da</strong>rem com o conhecimento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua geração até a sua disseminação através <strong>da</strong><br />
informação científica (CASTELLANI; ZWOCKER, 2000).<br />
A ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> científica tem como objetivos principais a comunicação <strong>da</strong> informação e a<br />
disseminação <strong>do</strong>s conhecimentos produzi<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong> em vista o próprio <strong>de</strong>senvolvimento e<br />
progresso <strong>da</strong> ciência (LOPES; SILVA, 2007).<br />
Segun<strong>do</strong> Mea<strong>do</strong>ws (1999, p. vii) a comunicação científica “situa-se no próprio coração<br />
<strong>da</strong> ciência. É para ela tão vital quanto a própria pesquisa [...]”.<br />
A comunicação, portanto, é o fim <strong>da</strong> ciência. Somente a partir <strong>da</strong> comunicação a<br />
ciência libera seu potencial <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> humani<strong>da</strong><strong>de</strong>. A ciência <strong>de</strong>ve ser<br />
dissemina<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ve-se promover a disseminação <strong>da</strong> informação científica.<br />
O conhecimento científico e sua aplicação humano-social advêm <strong>de</strong>ssa disseminação.<br />
Dessa forma, promover a disseminação <strong>da</strong> informação científica através <strong>da</strong> comunicação<br />
74
científica é possibilitar a construção e aplicação <strong>do</strong> conhecimento científico, diante <strong>da</strong><br />
exigência ética e <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> sócio-ambiental <strong>da</strong> própria ciência.<br />
Há <strong>de</strong> ressaltar, entretanto, que pela ética e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ciência, a comunicação<br />
científica se apresenta também como filtro avalia<strong>do</strong>r, contribuinte e vali<strong>da</strong><strong>do</strong>r <strong>da</strong> informação<br />
científica. O papel <strong>da</strong> comunicação científica é inegável.<br />
Para Targino (2006, p. 192) “a comunicação científica fun<strong>da</strong>menta-se na informação<br />
científica. Esta gera o conhecimento científico”. Assim, a autora afirma que o conhecimento<br />
científico representa um incremento ao entendimento universal até então existente sobre uma<br />
reali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o seu caráter evolutivo e mutável, “a ciência faz <strong>da</strong> pesquisa<br />
científica o seu instrumento mor e <strong>da</strong> comunicação científica o seu elemento básico”.<br />
A pesquisa, nesse contexto, torna-se legítima após sua publicação em meios aceitos<br />
pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica. (MAIA, 2005) Sen<strong>do</strong> assim i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> como um <strong>do</strong>s elementos<br />
que compõem a base <strong>da</strong> comunicação científica.<br />
Oliveira et al (2004) enumera os elementos necessários para uma comunicação<br />
científica <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, pois apenas a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> e a vali<strong>da</strong>ção <strong>do</strong>s pares não bastam para<br />
garantir tal quali<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
a) Instituições fortes e estáveis para abrigar os grupos <strong>de</strong> pesquisa, o que<br />
<strong>de</strong>man<strong>da</strong> recursos;<br />
b) Recursos humanos qualifica<strong>do</strong>s para exercer a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />
c) Canais <strong>de</strong> comunicação para fluir a produção científica.<br />
Segun<strong>do</strong> este autor, a ausência <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sses elementos gera condições <strong>de</strong>sfavoráveis à<br />
institucionalização <strong>da</strong> ciência.<br />
Para Mikailov, Chernyi e Giliareyskii (1984) a comunicação científica é forma<strong>da</strong> por<br />
vários processos realiza<strong>do</strong>s pelos cientistas, como: o diálogo direto entre estes e especialistas<br />
sobre pesquisas ou <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s em que estejam envolvi<strong>do</strong>s; as visitas à<br />
colegas ou a laboratórios científicos; as apresentações orais para cientistas e especialistas; a<br />
troca <strong>de</strong> cartas; a permuta <strong>de</strong> pré-prints e off-prints; a preparação <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisas e<br />
<strong>de</strong>senvolvimentos para editoração, publicação; os aspectos relativos à distribuição <strong>da</strong>s<br />
publicações científicas; e, também, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s vincula<strong>da</strong>s à informação científica, ou seja,<br />
aquelas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s volta<strong>da</strong>s à disseminação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos científicos.<br />
75
Des<strong>de</strong> o advento <strong>da</strong> ciência, a comunicação científica se utiliza <strong>de</strong> canais, que, na<br />
prática po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s tradicionalmente por <strong>do</strong>is tipos, segun<strong>do</strong> afirmam diversos<br />
autores: canais <strong>de</strong> comunicação informais e canais <strong>de</strong> comunicação formais. Tais canais se<br />
configuram enquanto os meios (suportes ou mídias) nos quais a informação científica é<br />
transmiti<strong>da</strong>, dissemina<strong>da</strong> ou transferi<strong>da</strong>.<br />
Os canais informais são usa<strong>do</strong>s geralmente no início <strong>da</strong> pesquisa e se estabelece por<br />
meio <strong>da</strong> orali<strong>da</strong><strong>de</strong> que se dá em contatos face-a-face ou interpessoal, utilizan<strong>do</strong> recursos que<br />
não exijam certa formali<strong>da</strong><strong>de</strong>, por exemplo, os colégios invisíveis, as reuniões científicas, os<br />
telefonemas, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> também a troca informal mediante recursos escritos como cartas,<br />
faxes, e-mails, entre outros (MEADOWS, 1999).<br />
Crespo (2005) apresenta as vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>do</strong>s canais informais. O uso <strong>de</strong>ste<br />
tipo <strong>de</strong> canal possibilita a rapi<strong>de</strong>z <strong>da</strong> disseminação <strong>da</strong> informação, bem como agili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
atualização <strong>da</strong> informação, configuran<strong>do</strong>-se, estas enquanto vantagens. Já a <strong>de</strong>svantagem se dá<br />
<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às características próprias <strong>de</strong> sua origem e <strong>de</strong> sua forma efêmera, pois não possui valor<br />
comprobatório.<br />
Os canais formais seguem padrões e regras pré-<strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s, além <strong>de</strong> possuir maior rigor e<br />
critérios. Estes tipos <strong>de</strong> canais são usa<strong>do</strong>s para divulgação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> finaliza<strong>do</strong> o<br />
processo <strong>de</strong> pesquisa, através <strong>do</strong>s recursos informacionais em forma <strong>de</strong> publicações, como<br />
livros, relatórios e <strong>periódicos</strong> científicos.<br />
A comunicação formal utiliza-se <strong>de</strong> canais formais, como são geralmente<br />
chama<strong>da</strong>s as publicações com divulgação mais ampla, como <strong>periódicos</strong> e<br />
livros. Dentre esses últimos o mais importante para a ciência são os artigos<br />
publica<strong>do</strong>s em <strong>periódicos</strong> científicos (MUELLER, 2000, p. 23).<br />
Em Araújo (1998, p. 29-31), encontramos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, uma outra classificação<br />
mais ampla <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação acerca <strong>do</strong>s canais comunicacionais que<br />
objetivam estabelecer as condições para troca ou veiculação <strong>de</strong> informação, conforme<br />
expomos a seguir, relacionan<strong>do</strong>-os à comunicação científica:<br />
a) canais informais: são aqueles caracteriza<strong>do</strong>s “por contatos realiza<strong>do</strong>s entre os sujeitos<br />
emissores e receptores <strong>de</strong> informação”, configuran<strong>do</strong>-se em contatos interpessoais.<br />
76
Exemplos: reuniões, trocas <strong>de</strong> correspondências institucionais/técnicas/científicas, visitas<br />
técnicas, etc.<br />
b) canais formais: são aqueles que “veiculam informações já estabeleci<strong>da</strong>s ou comprova<strong>da</strong>s<br />
através <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s”. Exemplos: <strong>do</strong>cumentos institucionais/técnicos/científicos, livros,<br />
<strong>periódicos</strong> científicos, obras <strong>de</strong> referência, etc.<br />
c) canais semi-formais: configuram-se pelo uso simultâneo <strong>do</strong>s canais formais e informais.<br />
Exemplos: eventos acadêmicos, eventos técnico-científicos e profissionais,<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas científicas, etc. (utilizan<strong>do</strong> ao mesmo tempo textos,<br />
conversa face a face, palestras, mesas-re<strong>do</strong>n<strong>da</strong>s, exposição <strong>de</strong> trabalhos, livros, <strong>periódicos</strong>,<br />
<strong>de</strong>ntre outros).<br />
d) canais supra-formais: configuram-se nos mais atuais canais <strong>de</strong> comunicação, os canais <strong>de</strong><br />
comunicação eletrônica, ou seja, canais plurais <strong>de</strong> comunicação científica através <strong>do</strong> uso<br />
<strong>da</strong>s tecnologias <strong>da</strong> informação e comunicação – TIC’s. Exemplos: <strong>do</strong>cumentos eletrônicos,<br />
livros eletrônicos, <strong>periódicos</strong> eletrônicos, a própria internet, sites especializa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> busca,<br />
<strong>do</strong>cumentos wiki construí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> maneira livre e compartilha<strong>da</strong> via internet, bases <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s, bibliotecas digitais, portais <strong>de</strong> informação científica, trocas <strong>de</strong> e-mails<br />
institucionais/técnicos/científicos, etc.<br />
De acor<strong>do</strong> com Araújo (1998, p. 30), o processo <strong>de</strong> comunicação através <strong>do</strong>s canais<br />
ditos supra-formais está basea<strong>do</strong> em quatro proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s fun<strong>da</strong>mentais: veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> eletrônica,<br />
processamento <strong>da</strong> informação, interconexão <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e comunicação assíncrona (on<strong>de</strong> não se<br />
necessita <strong>da</strong> presença simultânea <strong>do</strong>s agentes/usuários <strong>da</strong> informação comunica<strong>da</strong>).<br />
4.1.1 Periódicos Científicos<br />
Para Mueller (2000, p. 23), as publicações em <strong>periódicos</strong> científicos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu<br />
aparecimento, são os mais importantes canais <strong>de</strong> comunicação para a ciência, apontan<strong>do</strong>,<br />
nesse caso, a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s artigos científicos publica<strong>do</strong>s em <strong>periódicos</strong>.<br />
Ten<strong>do</strong> como pano <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> a fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s científicas na França e na<br />
Inglaterra, surge no século XVII um <strong>do</strong>s mais importantes canais <strong>da</strong> comunicação científica, o<br />
77
periódico científico, como uma evolução <strong>do</strong> papel <strong>da</strong>s cartas pessoais, troca<strong>da</strong>s entre<br />
pesquisa<strong>do</strong>res, cientistas <strong>da</strong> época, e <strong>da</strong>s atas <strong>de</strong> registro <strong>de</strong> reuniões científicas (BOORSTIN,<br />
1989).<br />
Em janeiro <strong>de</strong> 1665 foi edita<strong>do</strong> pela primeira vez na França o Journal <strong>de</strong>s Sçavants,<br />
composto por 10 artigos, objetivan<strong>do</strong> informar os livros publica<strong>do</strong>s na Europa, os quais eram<br />
resumi<strong>do</strong>s, tornan<strong>do</strong> conheci<strong>da</strong>s as experiências realiza<strong>da</strong>s nas áreas <strong>de</strong> física, química e<br />
anatomia (PESSANHA, 1998).<br />
No mesmo ano, em março, foi lança<strong>do</strong> o Philosophical Transactions of Royal Society<br />
of Lon<strong>do</strong>n na Inglaterra, cujo objetivo, foi exposto no editorial, refere-se ao progresso e à<br />
compreensão <strong>da</strong>s questões filosóficas para o bem comum universal (BOORSTIN, 1989).<br />
Vale ressaltar que esses <strong>periódicos</strong> que surgiram na França e na Inglaterra, <strong>de</strong>ram-se<br />
em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> disputa <strong>de</strong>stes países pela soberania acadêmica, haja vista serem consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s<br />
os centros <strong>de</strong> excelência <strong>da</strong> ciência <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os séculos XVII a XIX (BOORSTIN, 1989). Era a<br />
disputa histórica entre os iluministas franceses e os ilustra<strong>do</strong>res ingleses.<br />
O Journal <strong>de</strong>s Sçavants e o Philosophical Transactions of Royal Society of Lon<strong>do</strong>n<br />
aparecem no momento em que a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> é marca<strong>da</strong> por significativas mu<strong>da</strong>nças, sobretu<strong>do</strong>,<br />
no campo científico.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> periódico científico começou a ser reproduzi<strong>do</strong>/propaga<strong>do</strong> na Europa,<br />
propician<strong>do</strong> o crescente número <strong>de</strong> publicações, bem como sua disseminação. Tais <strong>periódicos</strong><br />
tinham vínculo direto com as instituições científicas e visavam disseminar os feitos <strong>de</strong> seus<br />
membros (STUMPF, 1996).<br />
No Brasil, a história <strong>do</strong> periódico começa em 1839 quan<strong>do</strong> é lança<strong>da</strong> a Revista <strong>do</strong><br />
Instituto Histórico e Geográfico <strong>do</strong> Brasil. A revista foi distribuí<strong>da</strong> a 136 socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
estrangeiras e sua periodici<strong>da</strong><strong>de</strong> ininterrupta lhe valeu um prêmio internacional no Congresso<br />
<strong>de</strong> História <strong>de</strong> Veneza no ano <strong>de</strong> 1881 (VAINFAS, 2002).<br />
Ain<strong>da</strong> no século XIX, a Medicina no Brasil começa a assumir o novo paradigma<br />
científico e, além <strong>da</strong> criação <strong>de</strong> instituições científicas acerca <strong>de</strong>ssa área, passa a necessitar <strong>de</strong><br />
seus recursos <strong>de</strong> disseminação.<br />
Surge, então, um relevante veículo <strong>de</strong> pesquisa e disseminação <strong>do</strong> conhecimento: os<br />
<strong>periódicos</strong> médicos. O primeiro periódico médico brasileiro foi a Gazeta Médica <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong><br />
78
Janeiro, cria<strong>do</strong> em 1862. Quatro anos <strong>de</strong>pois, surgem a Gazeta Médica <strong>da</strong> Bahia e o Brasil<br />
Médico <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (SANTOS FILHO, 1991).<br />
É possível, <strong>de</strong>ssa forma, atestar que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as suas origens, o periódico científico em<br />
qualquer lugar <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> se configura como um veículo imprescindível <strong>de</strong> comunicação <strong>da</strong><br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica, pois exerce a função <strong>de</strong> disseminar o conhecimento científico.<br />
Esta afirmação esta comprova<strong>da</strong> nas palavras <strong>de</strong> Ziman (1968, p. 81) ao salientar que o<br />
periódico científico:<br />
ciência.<br />
Tem um papel importantíssimo na disseminação <strong>da</strong> literatura científica, por<br />
seu caráter <strong>de</strong> publicação regular, proporcionan<strong>do</strong> divulgação rápi<strong>da</strong> e<br />
garanti<strong>da</strong> <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um número maior <strong>de</strong> pesquisas que, se toma<strong>da</strong>s<br />
separa<strong>da</strong>mente, não teriam gran<strong>de</strong> significação, mas que, ao serem reuni<strong>da</strong>s<br />
umas as outras, são capazes <strong>de</strong> estimular novos trabalhos e promover<br />
avanços científicos.<br />
Também Pinheiro (2001, p. 3) assevera a importância <strong>do</strong> periódico científico:<br />
Aos <strong>periódicos</strong> científicos é <strong>da</strong><strong>da</strong> maior ênfase por ser canal mais relevante<br />
para a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica, pois neles são dissemina<strong>da</strong>s as pesquisas mais<br />
recentes <strong>de</strong> uma área, sob a forma <strong>de</strong> artigos, enquanto nos livros estão os<br />
conhecimentos mais consoli<strong>da</strong><strong>do</strong>s [...] No mun<strong>do</strong> contemporâneo e com as<br />
tecnologias <strong>de</strong> informação, estes <strong>periódicos</strong> ain<strong>da</strong> mantêm sua estrutura<br />
básica, nos seus mais <strong>de</strong> 300 anos <strong>de</strong> existência.<br />
Daí, Mueller o consi<strong>de</strong>rar como o mais importante canal <strong>de</strong> comunicação para a<br />
Historicamente, inúmeras modificações permearam a existência <strong>do</strong> periódico científico<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu advento, mas foi a partir <strong>do</strong> século XX que a publicação <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> científicos<br />
cresceu em significativa proporção.<br />
A razão que justifica o aumento <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> publicação <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> científicos<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século passa<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Soares (2004, p. 12):<br />
Reflete o crescimento <strong>da</strong> população acadêmica, o crescimento <strong>da</strong> pressão<br />
<strong>de</strong>sta população para publicar os seus trabalhos, e a subdivisão e<br />
especialização <strong>do</strong> conhecimento, com crescente autonomia <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> subárea,<br />
que <strong>de</strong>man<strong>da</strong>m um ou mais <strong>periódicos</strong> especializa<strong>do</strong>s.<br />
79
Com o passar <strong>do</strong>s anos, os <strong>periódicos</strong> científicos passaram a ser compostos não só mais<br />
pelos artigos científicos e seus resumos, enquanto conteú<strong>do</strong>s tradicionais, to<strong>da</strong>via por outros<br />
textos completos, outros resumos e outras informações, tão importantes quanto os primeiros<br />
no subsídio <strong>da</strong>s pesquisas científicas.<br />
Como ilustração <strong>do</strong> potencial <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> científicos em termos <strong>de</strong> seu conteú<strong>do</strong>,<br />
apresentamos a figura em seqüência que elaboramos:<br />
TEXTOS<br />
COMPLETOS<br />
ARTIGOS<br />
RELATOS DE<br />
PESQUISA<br />
RESENHAS<br />
OPINIÕES<br />
ENTREVISTAS<br />
EDITORIAIS<br />
PERIÓDICOS<br />
CIENTÍFICOS<br />
RESUMOS<br />
ARTIGOS<br />
RELATOS DE<br />
PESQUISAS<br />
TESES,<br />
DISSERTAÇÕES,<br />
MONOGRAFIAS<br />
OUTRAS<br />
INFORMAÇÕES<br />
FIGURA 3 – Conteú<strong>do</strong> Geral <strong>do</strong>s Periódicos Científicos<br />
INFORMAÇÕES<br />
INSTITUCIONAIS E<br />
CORPO EDITORIAL<br />
EVENTOS<br />
PUBLICAÇÕES<br />
RECENTES<br />
NORMAS EDITORIAIS<br />
E INFORMAÇÕES<br />
BIBLIOGRÁFICAS<br />
INFORMAÇÃO SOBRE<br />
INDEXAÇÃO EM<br />
BASES DE DADOS<br />
ESTATÍSTICAS,<br />
ANÚNCIOS,<br />
ETC…<br />
Pelo potencial crescente <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> científicos, segun<strong>do</strong> Maia (2005, p. 37), a<br />
partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 80 <strong>do</strong> século XX diversos editores e bibliotecas se interessaram na<br />
construção/conversão <strong>de</strong>stes em formatos digitais, em face <strong>do</strong> avanço <strong>da</strong>s TICs quanto à<br />
80
ecuperação eletrônica <strong>de</strong> informação. Naquela época, o principal obstáculo era a mídia física<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos, ou seja, o formato papel.<br />
Somente a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90 <strong>do</strong> século XX, com o advento e popularização <strong>da</strong><br />
Internet, afirmaram-se os <strong>periódicos</strong> científicos publica<strong>do</strong>s no formato eletrônico.<br />
Maia (2005), pauta<strong>do</strong> em Arms (2000, p. 49), ain<strong>da</strong> lembra que, durante essa déca<strong>da</strong>,<br />
as editoras <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> científicos se mostravam temerosas quanto à publicação on-line em<br />
face <strong>de</strong> um possível prejuízo <strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> no formato tradicional.<br />
No entanto, diante <strong>da</strong> continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> avanço tecnológico, o meio eletrônico veio<br />
facilitar o trabalho <strong>de</strong> busca <strong>do</strong>s usuários especializa<strong>do</strong>s quanto ao conteú<strong>do</strong> informacional,<br />
conforme narra<strong>do</strong> por Dias (2002, p. 21). Daí, soma<strong>do</strong> ao potencial comercial <strong>da</strong> Internet,<br />
expandiu-se a publicação <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> científicos eletrônicos.<br />
Várias são as vantagens que vêm se acumulan<strong>do</strong> quanto à publicação <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong><br />
eletrônicos, conforme indicam diversos autores como Dias (2002), Crespo (2005), Maia<br />
(2005): menor custo; facilitação <strong>da</strong> avaliação <strong>de</strong> trabalhos para publicação (avaliação ad hoc<br />
no formato on line); maior divulgação; proteção <strong>do</strong> acervo; agili<strong>da</strong><strong>de</strong> na publicação; facili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> acesso; apresentação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> novos padrões; diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
formatos/mídias (sons, imagens, ví<strong>de</strong>os, hipertexto, etc.); e recuperação <strong>da</strong> informação,<br />
referin<strong>do</strong>-se <strong>da</strong> in<strong>de</strong>xação à busca e localização <strong>de</strong> informações.<br />
Em face <strong>da</strong> melhoria <strong>da</strong> recuperação <strong>da</strong> informação, bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s aparecem reunin<strong>do</strong><br />
diversos <strong>periódicos</strong> eletrônicos. Desta forma, o que se po<strong>de</strong> recuperar quanto às informações<br />
científicas em meio eletrônico vem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> que existe principalmente nas bases <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s e a forma como nelas estão estrutura<strong>da</strong>s as informações.<br />
A esse respeito, Wormell (1998, p. 211) comenta que:<br />
O valor sofistica<strong>do</strong> <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> informação online, hoje, está no uso <strong>de</strong><br />
bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s não somente para recuperar informações, mas também para<br />
analisar / sintetizar os resulta<strong>do</strong>s e combiná-los com outras informações<br />
(garimpo <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s).<br />
Comumente, existem <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> científicos eletrônicos:<br />
• Bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s referenciais – que remetem ou encaminham os usuários a outra fonte para<br />
que este obtenha a informação <strong>de</strong>seja<strong>da</strong> (resumo, texto completo, <strong>do</strong>cumentos, etc.); e<br />
81
• Bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> fontes – que congregam em si os <strong>da</strong><strong>do</strong>s originais <strong>da</strong> informação<br />
Apresentamos, como segue, a representação que elaboramos <strong>da</strong> estrutura genérica <strong>de</strong><br />
conteú<strong>do</strong> <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> científicos eletrônicos:<br />
FIGURA 4 – Acesso à Informação Científica através <strong>de</strong> Bases <strong>de</strong> Periódicos Científicos<br />
As Bibliotecas Digitais aparecem nesse contexto, enquanto novas bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
coleções <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos/bibliografias digitais ou digitaliza<strong>da</strong>s, incluin<strong>do</strong> os <strong>periódicos</strong><br />
científicos eletrônicos e seus conteú<strong>do</strong>s.<br />
Para Dias (2001), as Bibliotecas Digitais se constituem, na metáfora <strong>da</strong> biblioteca<br />
tradicional, como repositório digital <strong>de</strong> artefatos, conhecimentos e práticas disponibiliza<strong>da</strong>s à<br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> usuária, sob a tutela <strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong> informação e analistas <strong>de</strong> sistemas.<br />
Há que apontar, ain<strong>da</strong>, um último recurso <strong>de</strong> comunicação <strong>da</strong> informação científica<br />
com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> convergência, inclusive, <strong>de</strong> diversas bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s. Aliás, um canal <strong>de</strong><br />
convergência <strong>de</strong> várias ferramentas, software, módulos, linguagens <strong>de</strong> programação e sistemas<br />
(CRUZ, 2002).<br />
TEXTOS<br />
COMPLETOS<br />
PERIÓDICOS<br />
ELETRÔNICOS<br />
RESUMOS<br />
BASES DE<br />
PERIÓDICOS<br />
ELETRÔNICOS<br />
OUTRAS<br />
PUBLICAÇÕES<br />
OUTRAS<br />
INFORMAÇÕES<br />
Trata-se <strong>do</strong> <strong>portal</strong> <strong>de</strong> informação, sobre o qual nos <strong>de</strong>teremos como segue.<br />
82
4.2 Portais <strong>de</strong> Informação<br />
4.2.1 Definição <strong>de</strong> Portais <strong>de</strong> Informação<br />
O senso comum <strong>de</strong>fine <strong>portal</strong> como um único local on<strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as informações sobre<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> assunto po<strong>de</strong>m ser encontra<strong>da</strong>s (VILELLA, 2003) Atrela-se, na<br />
contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong>, tal <strong>de</strong>finição às novas tecnologias, pela sua representação/dimensão <strong>de</strong><br />
aplicação através <strong>da</strong> web, comprovan<strong>do</strong> ser um canal supra-formal <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Os portais web, por essa maneira assim compreendi<strong>do</strong>s/<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s, ain<strong>da</strong> como um<br />
termo recente, configuram-se em recursos inova<strong>do</strong>res, que, para Dias (2003), facilitam o<br />
acesso às informações conti<strong>da</strong>s em inúmeros <strong>do</strong>cumentos espalha<strong>do</strong>s pela Internet ou nas<br />
re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res institucionais.<br />
Alguns textos apontam o Yahoo! e a America On Line (AOL) como os primeiros sites<br />
<strong>de</strong> busca, isto é, como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para a estruturação <strong>do</strong>s portais <strong>de</strong> informação<br />
(VILELLA, 2003; DIAS, 2003).<br />
Evolutivamente, estes sites se transformaram em portais, pois passaram a oferecer<br />
outros serviços além <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> busca, atrain<strong>do</strong>, assim, um público muito maior. Nesse<br />
contexto, como exemplos atuais <strong>do</strong>s mais utiliza<strong>do</strong>s portais web, temos “os três gigantes”,<br />
Google, Yahoo! e MSN, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s, também, pelo acrônimo GYM, conforme lembram<br />
Nielsen e Loranger (2007, p. 138).<br />
Antes <strong>de</strong> serem conheci<strong>do</strong>s pelo nome <strong>de</strong> portais web, portanto, os portais eram<br />
conheci<strong>do</strong>s como “máquinas <strong>de</strong> busca”, cuja finali<strong>da</strong><strong>de</strong> era a promoção <strong>do</strong> acesso às<br />
informações conti<strong>da</strong>s em <strong>do</strong>cumentos espalha<strong>do</strong>s pela Internet (DIAS, 2003).<br />
Daí, a evolução <strong>do</strong> <strong>portal</strong> web percorrer um caminho, segun<strong>do</strong> Reynolds e Koulopoulos<br />
(1999), atravessan<strong>do</strong> as seguintes fases relaciona<strong>da</strong>s à sua dimensão <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> informação:<br />
1ª fase – basea<strong>da</strong> na pesquisa booleana 28 ;<br />
2ª fase – basea<strong>da</strong> na navegação por categorias;<br />
28 Refere-se à lógica utiliza<strong>da</strong> por to<strong>do</strong>s os programas <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> disseminação seletiva <strong>de</strong><br />
informação, que leva o nome <strong>do</strong> seu i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>r, George Boole, consistin<strong>do</strong> na utilização <strong>de</strong> simples opera<strong>do</strong>res<br />
algébricos: E, OU e NÃO. (LONGO, 1978) Quan<strong>do</strong> tratamos <strong>da</strong> recuperação eletrônica <strong>de</strong> informação, ain<strong>da</strong><br />
po<strong>de</strong>mos utilizar aspas (“ “) e o sinal +.<br />
83
3ª fase – basea<strong>da</strong> na personalização; e, por fim, a atual<br />
4ª fase – basea<strong>da</strong> nas funções expandi<strong>da</strong>s para outras áreas <strong>da</strong>s esferas informacionais e<br />
comerciais.<br />
Os portais web seriam uma espécie <strong>de</strong> “cosmopédia” enquanto também mega-self-<br />
services virtuais, dispostos aos seus consumi<strong>do</strong>res-usuários para tal auto-serviço, auto-uso,<br />
auto-consumo, auto-busca, auto-pesquisa, ou seja, interação por autonomia (ou liber<strong>da</strong><strong>de</strong>) e<br />
direcionamento <strong>do</strong> usuário, parafrasean<strong>do</strong> o popular, a gosto <strong>do</strong> usuário.<br />
Pautan<strong>do</strong>-se em Michel Serres e com contribuição <strong>de</strong> Michel Authier, Pierre Lévy<br />
<strong>de</strong>fine cosmopédia enquanto “um novo tipo <strong>de</strong> organização <strong>do</strong>s saberes [...] espaço<br />
multidimensional <strong>de</strong> representações dinâmicas e interativas”, como local on<strong>de</strong> “não só põe à<br />
disposição <strong>do</strong> intelectual coletivo o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos que lhe é disponível e<br />
pertinente em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> momento, mas também se apresenta como um lugar central <strong>de</strong><br />
discussão, <strong>de</strong> negociação e <strong>de</strong> elaboração coletiva.” (LÉVY, 2000, p. 182-183)<br />
A metáfora <strong>de</strong> self-service, aqui também utiliza<strong>da</strong> para nossa <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> portais web,<br />
é trazi<strong>da</strong> na perspectiva <strong>de</strong> analogia <strong>do</strong>s portais web aos restaurantes <strong>de</strong>ste tipo e <strong>do</strong>s usuários<br />
aos clientes-consumi<strong>do</strong>res, fazen<strong>do</strong>-nos acrescentar aqui o termo mega, referin<strong>do</strong>-nos não só à<br />
dimensão <strong>de</strong> potencial <strong>de</strong>sses portais, mas principalmente às cita<strong>da</strong>s “mega-máquinas<br />
híbri<strong>da</strong>s” <strong>de</strong> Lévy (2000), enquanto as construções sociais e tecnológicas híbri<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s novos<br />
espaços <strong>do</strong> saber no tempo presente, <strong>da</strong> cibercultura. Os portais evoluíram, assim, <strong>de</strong> máquinas<br />
<strong>de</strong> busca para a sua nova configuração <strong>de</strong> mega-máquinas híbri<strong>da</strong>s.<br />
Por essas metáforas, compreen<strong>de</strong>mos que não seria à toa que saber e sabor <strong>de</strong>rivam <strong>da</strong><br />
mesma origem etimológica latina, sapere, ou ter gosto. A interação <strong>do</strong> usuário com os portais<br />
web, portanto, baseia-se no sabor no intuito <strong>do</strong> saber, <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação à sua<br />
busca e uso.<br />
Encontramos, <strong>da</strong>í, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Detlor (2002) acerca <strong>do</strong>s portais também se basean<strong>do</strong><br />
na interação via web, relacionan<strong>do</strong> usuários, sistema e informação, configuran<strong>do</strong>-se, conforme<br />
o autor, em um ponto <strong>de</strong> interface usa<strong>do</strong> pelos seus usuários na busca, no compartilhamento,<br />
na disseminação <strong>de</strong> informação e na provisão <strong>de</strong> serviços para os mesmos e suas comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
84
Esta última <strong>de</strong>finição também corrobora com a construção <strong>da</strong> nossa <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />
portais web enquanto espécies <strong>de</strong> cosmopédias e, para melhor compreensão, construímos a sua<br />
representação pictórica apresenta<strong>da</strong> abaixo:<br />
busca, compartilhamento e<br />
disseminação<br />
INFORMAÇÕES<br />
MEGA-SELF-SERVICE<br />
VIRTUAL<br />
FIGURA 5 - O Portal Web enquanto Cosmopédia<br />
Os portais web, assim, se caracterizam enquanto uma nova reali<strong>da</strong><strong>de</strong> tecnológica,<br />
enquanto espaços multidimensionais <strong>de</strong> representações dinâmicas e interativas <strong>de</strong> organização<br />
<strong>de</strong> saberes, por novos mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> busca e uso <strong>de</strong> informações e construção <strong>de</strong> conhecimentos,<br />
na perspectiva justamente <strong>da</strong> IHC. Tal reali<strong>da</strong><strong>de</strong> tecnológica já contabiliza uma gran<strong>de</strong><br />
varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> portais existentes na web, emergin<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa situação a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> classificá-<br />
los para melhor compreendê-los. E acerca <strong>de</strong>ssa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>teremo-nos na sequência.<br />
WEB<br />
IHC<br />
INTERAÇÕES<br />
comunicação e provisão <strong>de</strong><br />
serviços<br />
COMUNIDADES<br />
85
4.2.2 Tipologia <strong>do</strong>s Portais <strong>de</strong> Informação<br />
Os portais <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>do</strong>s, segun<strong>do</strong> Dias (2001), sob diversas<br />
formas, contu<strong>do</strong>, uma forma levanta<strong>da</strong> pela autora nos chama atenção, a classificação <strong>do</strong><br />
portais em relação ao contexto <strong>de</strong> sua utilização, enquanto portais público e portais<br />
corporativo.<br />
Com relação ao contexto <strong>de</strong> sua utilização, apesar <strong>da</strong>s similari<strong>da</strong><strong>de</strong>s tecnológicas, a<br />
autora afirma que “os portais públicos e os portais corporativos aten<strong>de</strong>m a grupos <strong>de</strong> usuários<br />
diversos e têm propósitos completamente diferentes” (DIAS, 2001, p. 53).<br />
Conheci<strong>do</strong>, também, como <strong>portal</strong> Internet, <strong>portal</strong> web ou <strong>portal</strong> <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res, o<br />
<strong>portal</strong> público provê ao consumi<strong>do</strong>r uma interface única à vasta re<strong>de</strong> <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res que<br />
compõem a Internet. Tem como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> atrair para seu site o público em geral que navega<br />
na Internet (DIAS, 2001).<br />
evolução:<br />
Apresentamos, em sequência, as gerações <strong>do</strong>s portais públicos, retratan<strong>do</strong> sua<br />
GERAÇÃO CATEGORIA<br />
CARACTERÍSTICAS DAS GERAÇÕES DOS<br />
PORTAIS PÚBLICOS<br />
Primeira Referencial Máquina <strong>de</strong> busca, com catálogo hierárquico <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> web. Ca<strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />
catálogo contém uma <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> e um link.<br />
Segun<strong>da</strong> Personaliza<strong>do</strong> O usuário, por meio <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>r e uma senha, po<strong>de</strong> criar uma visão<br />
personaliza<strong>da</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>portal</strong>, conheci<strong>da</strong> como “Minha Página”. Essa<br />
visão mostra apenas as categorias que interessam a ca<strong>da</strong> usuário. O <strong>portal</strong> po<strong>de</strong><br />
avisar ao usuário sempre que um novo conteú<strong>do</strong> for adiciona<strong>do</strong> às categorias por<br />
ele assinala<strong>da</strong>s.<br />
Terceira Interativo O <strong>portal</strong> incorpora aplicativos, tais como correio eletrônico, chat, listas <strong>de</strong><br />
discussão, cotação <strong>da</strong> bolsa, comércio eletrônico, leilões, permitin<strong>do</strong> ao usuário<br />
interagir com o <strong>portal</strong> e com seu prove<strong>do</strong>r <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>. Os usuários po<strong>de</strong>m<br />
selecionar essas aplicações para suas páginas pessoais.<br />
QUADRO 9 - Gerações <strong>do</strong>s portais públicos<br />
Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> DIAS, 2001, p. 54<br />
O <strong>portal</strong> corporativo, que surgiu na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90 <strong>do</strong> século XX, no ambiente<br />
institucional se configura por expor e fornecer informações específicas <strong>de</strong> negócio, num<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> contexto, auxilian<strong>do</strong> os usuários que utilizam sistemas informatiza<strong>do</strong>s<br />
corporativos a encontrar as informações (DIAS, 2001).<br />
86
Apresentamos, também, as gerações <strong>do</strong>s portais corporativos, retratan<strong>do</strong> sua evolução:<br />
GERAÇÃO CATEGORIA CARACTERÍSTICAS DAS GERAÇÕES DOS PORTAIS CORPORATIVOS<br />
Primeira Referencial Máquina <strong>de</strong> busca, com catálogo hierárquico <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> web. Ca<strong>da</strong> entra<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />
catálogo contém uma <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> e um link. Essa geração enfatiza<br />
mais a gerência <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>, disseminação em massa <strong>da</strong>s informações<br />
corporativas e o suporte à <strong>de</strong>cisão.<br />
Segun<strong>da</strong> Personaliza<strong>do</strong> O usuário, por meio <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>r e uma senha, po<strong>de</strong> criar uma visão<br />
personaliza<strong>da</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>portal</strong>, conheci<strong>da</strong> como “Minha Página”. Essa visão<br />
mostra apenas as categorias que interessam a ca<strong>da</strong> usuário. O <strong>portal</strong> po<strong>de</strong> avisar<br />
ao usuário sempre que um novo conteú<strong>do</strong> for adiciona<strong>do</strong> às categorias por ele<br />
assinala<strong>da</strong>s. Os usuários po<strong>de</strong>m publicar <strong>do</strong>cumentos no repositório corporativo<br />
para que esses sejam também visualiza<strong>do</strong>s por outros usuários. Essa geração<br />
privilegia a distribuição personaliza<strong>da</strong> <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>.<br />
Terceira Interativo O <strong>portal</strong> incorpora aplicativos que melhoram a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s pessoas e<br />
equipes, tais como correio eletrônico, calendários, agen<strong>da</strong>s, fluxos <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
gerência <strong>de</strong> projeto, relatórios <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas, viagens, indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
etc. Essa geração adiciona o caráter corporativo ao <strong>portal</strong>, proven<strong>do</strong> múltiplos<br />
tipos <strong>de</strong> serviços interativos.<br />
Quarta Especializa<strong>do</strong> Portais basea<strong>do</strong>s em funções profissionais, para gerência <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
específicas na instituição, tais como ven<strong>da</strong>s, finanças, recursos humanos etc.<br />
Essa geração envolve a integração <strong>de</strong> aplicativos corporativos com o <strong>portal</strong>, <strong>de</strong><br />
forma que os usuários possam executar transações, ler, gravar e atualizar os<br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s corporativos e, ain<strong>da</strong>, incorpora outras possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s como comércio<br />
eletrônico, por exemplo.<br />
QUADRO 10 - Gerações <strong>do</strong>s portais corporativos<br />
Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> DIAS, 2001, p. 54<br />
Vale ressaltar que, assim como os portais públicos, os portais corporativos passaram,<br />
também, por fases evolutivas, porém em um intervalo <strong>de</strong> tempo bem menor (DIAS, 2001).<br />
Para Dias, tais portais apresentam semelhanças tecnológicas, mas aten<strong>de</strong>m a grupos <strong>de</strong><br />
usuários diversos e têm finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s completamente diferentes, e isso também influenciou <strong>de</strong><br />
maneira diferencia<strong>da</strong> as suas evoluções.<br />
Cruz (2002), por sua vez, apresenta outra classificação <strong>de</strong> portais, enquanto <strong>de</strong>finições<br />
que po<strong>de</strong>m, algumas vezes, ain<strong>da</strong> se complementar:<br />
a) <strong>portal</strong> generalista ou horizontal: possui gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, informações e<br />
conhecimento coleta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fontes, com o objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r ao<br />
maior número possível <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
87
) <strong>portal</strong> vertical ou vortal: serve para criar e disponibilizar ca<strong>de</strong>ias produtivas verticaliza<strong>da</strong>s<br />
por ramo <strong>de</strong> negócio, setor econômico ou processos <strong>de</strong> trabalho, sen<strong>do</strong> especializa<strong>do</strong>s em<br />
sistemas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> bens e/ou serviços.<br />
c) <strong>portal</strong> <strong>de</strong> conhecimento: <strong>portal</strong> especializa<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> não existem <strong>da</strong><strong>do</strong>s e informações, mas<br />
conhecimento, ou seja, nele os <strong>da</strong><strong>do</strong>s e as informações já estão contextualiza<strong>do</strong>s.<br />
d) <strong>portal</strong> <strong>de</strong> negócio ou comerciais: po<strong>de</strong> se apresentar, ao mesmo tempo, enquanto vertical e<br />
horizontal, conten<strong>do</strong> apenas uma <strong>da</strong>s pontas <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia produtiva ou uma ca<strong>de</strong>ia completa,<br />
por exemplo: fornece<strong>do</strong>res-parceiros-empresa-clientes-acionistas.<br />
e) <strong>portal</strong> composto: quan<strong>do</strong> congrega características <strong>da</strong>s classificações anteriores.<br />
Cruz (2002) assevera, ain<strong>da</strong>, que ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> <strong>portal</strong> implica, como já indicamos antes,<br />
na existência <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> ferramentas, software, módulos, linguagens <strong>de</strong> programação e<br />
sistemas que são a base <strong>da</strong>s funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s cria<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les. Enquanto isso, sob o<br />
ponto <strong>de</strong> vista técnico, Terra e Gor<strong>do</strong>n (2002) ressaltam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os portais<br />
apresentarem infra-estrutura que possibilite o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos componentes, além<br />
<strong>de</strong> permitir a disponibilização <strong>de</strong> informações relevantes aos usuários, com eficiência e<br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
4.2.3 Os Portais <strong>de</strong> Informação Científica<br />
Pela sua evolução, encontramos diversos tipos <strong>de</strong> portais web disponíveis à busca,<br />
acesso, compartilhamento e disseminação <strong>de</strong> informações <strong>da</strong>s mais varia<strong>da</strong>s. Desta forma, os<br />
portais <strong>de</strong> informação vêm, enquanto cosmopédias, a constituir/promover as diversas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
comunicação e conhecimento na atual cibercultura, ain<strong>da</strong> mais quan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s portais <strong>de</strong><br />
conhecimento, ou seja, <strong>da</strong>queles nos quais os <strong>da</strong><strong>do</strong>s e as informações já são encontra<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
maneira contextualiza<strong>da</strong>.<br />
Ressaltam-se <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os possíveis portais classifica<strong>do</strong>s enquanto <strong>de</strong> conhecimento<br />
aqueles portais referentes à informação científica.<br />
Os portais <strong>de</strong> informação científica se configuram em novos canais supra-formais<br />
especializa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> informação. Nesse senti<strong>do</strong>, é inegável a sua<br />
88
contribuição para a produção e evolução <strong>da</strong> ciência e <strong>da</strong> tecnologia, utilizan<strong>do</strong>-se <strong>da</strong>s TIC’s,<br />
através <strong>da</strong> comunicação científica por elas promovi<strong>da</strong>.<br />
Dessa maneira, os portais <strong>de</strong> informação científica convergem à<br />
disposição/recuperação <strong>de</strong> relevantes fontes <strong>de</strong> informação por seus usuários, as fontes mais<br />
atualiza<strong>da</strong>s possíveis, na perspectiva <strong>de</strong> uso <strong>da</strong>s TIC’s. O potencial genérico <strong>da</strong> estrutura <strong>de</strong><br />
conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> <strong>portal</strong> po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> no Figura 6, que elaboramos e apresentamos<br />
como segue:<br />
BASES<br />
DE DADOS<br />
PUBLICAÇÕES<br />
CIENTÍFICAS<br />
PORTAL DE<br />
INFORMAÇÃO<br />
CIENTÍFICA<br />
SERVIÇOS<br />
FIGURA 6 - Conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Informação Científica<br />
89<br />
OUTRAS<br />
FONTES DE<br />
INFORMAÇÕES<br />
Multiplican<strong>do</strong>-se na Internet, quase sempre os portais <strong>de</strong> informação científica estão<br />
vincula<strong>do</strong>s às instituições promotoras <strong>do</strong> conhecimento científico, como: instituições <strong>de</strong><br />
ensino superior; or<strong>de</strong>ns, conselhos e associações <strong>de</strong> classe profissional; instituições <strong>de</strong><br />
pesquisa; associações <strong>de</strong> pós-graduação; socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s para o progresso <strong>da</strong> ciência; <strong>de</strong>ntre outras.<br />
Uma rápi<strong>da</strong> pesquisa 29 no site <strong>de</strong> busca Google nos exibiu 315.000 resulta<strong>do</strong>s sobre portais <strong>de</strong><br />
informação científica.<br />
Citamos, como exemplo <strong>de</strong>ssa vinculação às instituições promotoras <strong>do</strong> conhecimento<br />
científico, quatro portais <strong>de</strong> informação científica <strong>de</strong> origem brasileira:<br />
• Portal <strong>de</strong> Informação Científica em Vigilância Sanitária:<br />
<strong>portal</strong> <strong>de</strong> informação sob responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária e <strong>do</strong><br />
Centro Latino Americano e <strong>do</strong> Caribe <strong>de</strong> Informação em Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (Bireme), que<br />
disponibiliza fun<strong>da</strong>mentalmente informações técnico-científicas ao respeito <strong>da</strong> vigilância<br />
sanitária que importa à ação <strong>do</strong>s técnicos <strong>do</strong> setor.<br />
29 Basea<strong>da</strong> na pesquisa booleana <strong>do</strong> termo “PORTAL+INFORMAÇÃO+CIENTÍFICA” através <strong>do</strong> mecanismo <strong>de</strong><br />
busca <strong>do</strong> site http://www.google.com.br, em 25 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008.
(http://bvs.anvisa.gov.br/html/pt/home.html)<br />
• Portal FIOCRUZ – Comunicação e Informação:<br />
<strong>portal</strong> <strong>de</strong> informação sob responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Oswal<strong>do</strong> Cruz (FIOCRUZ), que reúne<br />
links para as Bibliotecas Virtuais em Saú<strong>de</strong> (BVS), portais <strong>de</strong> teses e dissertações, biografias,<br />
<strong>periódicos</strong> e <strong>do</strong>cumentos, além <strong>de</strong> acervos diversos <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
(http://www.fiocruz.br/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=69)<br />
• PortalMed INFOC – Serviços <strong>de</strong> Informação Científicas:<br />
<strong>portal</strong> corporativo <strong>de</strong> informação científica sob a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> empresa Janssen-Cilag,<br />
que reúne informações referentes a to<strong>da</strong>s as especiali<strong>da</strong><strong>de</strong>s médicas, oferecen<strong>do</strong> serviços <strong>de</strong><br />
pesquisas bibliográficas, monografias, informações sobre os produtos Janssen-Cilag,<br />
informações sobre toxicologia e informações sobre interações medicamentosas.<br />
(http://www.<strong>portal</strong>med.com.br)<br />
• Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES (http://www.periodicos.<strong>capes</strong>.gov.br).<br />
Este último, <strong>de</strong>teremo-nos no próximo capítulo.<br />
90
5 A COSMOPÉDIA DA CAPES:<br />
91<br />
AMBIÊNCIA DA PESQUISA
5.1 A Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior<br />
(CAPES) 30<br />
Em 11 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1951 foi cria<strong>da</strong> a Campanha Nacional <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong><br />
Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior através <strong>do</strong> Decreto nº 29.741, posteriormente <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior (CAPES), com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
assegurar a existência <strong>de</strong> pessoal especializa<strong>do</strong> <strong>de</strong> nível superior em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e quali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
suficientes para aten<strong>de</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s empreendimentos públicos e priva<strong>do</strong>s que visam<br />
ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> país.<br />
O governo Vargas iniciava o seu segun<strong>do</strong> man<strong>da</strong>to retoman<strong>do</strong> os planos <strong>de</strong> construir<br />
uma nação <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. O crescimento industrial e a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
administração pública suscitaram a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> iminente <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> especialistas e<br />
pesquisa<strong>do</strong>res nos mais varia<strong>do</strong>s ramos <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> como: cientistas qualifica<strong>do</strong>s em física,<br />
matemática e química; técnicos em finanças; pesquisa<strong>do</strong>res sociais.<br />
Em 1953 é implanta<strong>do</strong> o Programa Universitário, notável linha <strong>da</strong> CAPES junto às<br />
universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e institutos <strong>de</strong> ensino superior, que viabilizou a contratação <strong>de</strong> professores<br />
visitantes estrangeiros, estímulo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> intercâmbio e cooperação entre instituições,<br />
concessão <strong>de</strong> bolsas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s e apoio aos eventos <strong>de</strong> caráter científico.<br />
Ain<strong>da</strong> neste ano foram concedi<strong>da</strong>s 79 bolsas, sen<strong>do</strong> 02 para formação no país, 23 <strong>de</strong><br />
aperfeiçoamento no país e 54 no exterior. No ano seguinte as bolsas concedi<strong>da</strong>s já totalizavam<br />
155, sen<strong>do</strong> 32 para formação, 51 <strong>de</strong> aperfeiçoamento e 72 no exterior.<br />
No ano <strong>de</strong> 1961 a CAPES subordina-se diretamente à Presidência <strong>da</strong> República, mas<br />
em 1964, com a ascensão militar, volta a se subordinar ao Ministério <strong>da</strong> Educação e Cultura<br />
(MEC).<br />
Assim, o ano <strong>de</strong> 1965 se constitui como relevante para a pós-graduação no país: 27<br />
cursos são classifica<strong>do</strong>s no nível <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e 11 no nível <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>, totalizan<strong>do</strong> 38 pós-<br />
graduações.<br />
A partir <strong>de</strong> 1966, o governo passa a instituir planos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, nota<strong>da</strong>mente<br />
o Programa Estratégico <strong>de</strong> Governo e o 1º Plano Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento.<br />
30 Para construção <strong>do</strong> histórico inicial apresenta<strong>do</strong> neste capítulo sobre a Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Aperfeiçoamento <strong>de</strong><br />
Pessoal <strong>de</strong> Nível Superior (CAPES), utilizamo-nos <strong>da</strong>s informações extraí<strong>da</strong>s <strong>de</strong> seu site oficial (CAPES, 2008d).<br />
92
Tem-se, no plano educacional, a reforma universitária, a reforma <strong>do</strong> ensino<br />
fun<strong>da</strong>mental e a consoli<strong>da</strong>ção <strong>do</strong> regulamento <strong>da</strong> pós-graduação.<br />
Neste contexto, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> reformulação <strong>da</strong>s políticas setoriais,<br />
sobretu<strong>do</strong>, no que tange a política <strong>de</strong> ensino superior e a <strong>de</strong> ciência e tecnologia, a CAPES<br />
assume novas atribuições e meios orçamentários para aumentar suas ações e intervir na<br />
qualificação <strong>do</strong> corpo <strong>do</strong>cente <strong>da</strong>s universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras.<br />
No ano <strong>de</strong> 1970 os Centros Regionais <strong>de</strong> Pós-Graduação são instituí<strong>do</strong>s.<br />
Em 1974, precisamente no mês <strong>de</strong> julho, a estrutura <strong>da</strong> CAPES é altera<strong>da</strong> pelo Decreto<br />
74.299 e seu estatuto passa a ser “órgão central superior, gozan<strong>do</strong> <strong>de</strong> autonomia administrativa<br />
e financeira”. O novo Regimento Interno estimula a colaboração com a direção <strong>do</strong><br />
Departamento <strong>de</strong> Assuntos Universitários (DAU) na política nacional <strong>de</strong> pós-graduação, a<br />
promoção <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong> nível superior, a gestão <strong>da</strong> aplicação <strong>do</strong>s<br />
recursos financeiros, orçamentários e <strong>de</strong> outras fontes nacionais e estrangeiras, a análise e<br />
compatibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s normas e critérios <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>de</strong> Pós-Graduação.<br />
Em 1981, pelo Decreto nº. 86.791, a CAPES é reconheci<strong>da</strong> como órgão responsável<br />
pela elaboração <strong>do</strong> Plano Nacional <strong>de</strong> Pós-Graduação Stricto Sensu. A CAPES é, ain<strong>da</strong>,<br />
reconheci<strong>da</strong> como Agência Executiva <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Educação e Cultura junto ao sistema<br />
nacional <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia, caben<strong>do</strong>-lhe elaborar, avaliar, acompanhar e coor<strong>de</strong>nar as<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s concernentes ao ensino superior. Estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s corroboram para o fortalecimento<br />
<strong>da</strong> CAPES, além <strong>de</strong> contribuir para a criação <strong>de</strong> mecanismos efetivos <strong>de</strong> controle <strong>da</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, aprofun<strong>da</strong>n<strong>do</strong> seu envolvimento com a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica e acadêmica.<br />
A CAPES vive o seu momento <strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1982 a 1989. A<br />
transição para a Nova República, no ano <strong>de</strong> 1985, não traz mu<strong>da</strong>nças. O caráter contínuo <strong>da</strong><br />
administração torna-se uma marca <strong>da</strong> instituição, que se <strong>de</strong>staca na formulação,<br />
acompanhamento e execução <strong>da</strong> Política Nacional <strong>de</strong> Pós-Graduação.<br />
Mesmo com uma trajetória brilhante, a CAPES é extinta no governo Collor, através <strong>da</strong><br />
Medi<strong>da</strong> Provisória nº. 150, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1990, o que provocou intensa mobilização por<br />
parte <strong>da</strong>s pró-reitorias <strong>de</strong> pesquisa e pós-graduação <strong>da</strong>s universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, que mobilizam a<br />
opinião acadêmica e científica. Assim, contan<strong>do</strong> com o apoio <strong>do</strong> Ministério <strong>da</strong> Educação<br />
conseguem reverter tal medi<strong>da</strong>. Em 12 <strong>de</strong> abril <strong>do</strong> mesmo ano a CAPES é recria<strong>da</strong> pela Lei<br />
nº. 8.028.<br />
93
Em 1992, a Lei nº. 8.405 autoriza o po<strong>de</strong>r público a instituir a CAPES como Fun<strong>da</strong>ção<br />
Pública, o que conce<strong>de</strong> novo vigor à instituição.<br />
Com uma nova mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> governo, no ano <strong>de</strong> 1995, a CAPES passa por uma<br />
reestruturação, fortaleci<strong>da</strong> como instituição responsável pelo acompanhamento e avaliação <strong>do</strong>s<br />
cursos <strong>de</strong> pós-graduação stricto sensu brasileiros. O sistema <strong>de</strong> pós-graduação, naquele ano,<br />
ultrapassa a marca <strong>do</strong>s mil cursos <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s 600 <strong>de</strong> <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>.<br />
Atualmente, a CAPES está consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> mediante características que têm contribuí<strong>do</strong><br />
para seu sucesso na institucionalização <strong>da</strong> pós-graduação e para o seu reconhecimento público:<br />
Opera com o envolvimento <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes e pesquisa<strong>do</strong>res, o que lhe confere<br />
um estilo ágil <strong>de</strong> funcionamento e reflete na eficiência <strong>do</strong> seu trabalho;<br />
Atua em várias frentes, diversifican<strong>do</strong> apoios e programas, em sintonia com<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> pós-graduação brasileira e com novas <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s que<br />
esse <strong>de</strong>senvolvimento requer;<br />
Mantém seu compromisso <strong>de</strong> apoiar as ações inova<strong>do</strong>ras, ten<strong>do</strong> em vista o<br />
contínuo aperfeiçoamento <strong>da</strong> formação acadêmica (CAPES, 2008d).<br />
Vale ressaltar o papel essencial <strong>da</strong> CAPES no crescimento <strong>da</strong> pós-graduação stricto<br />
sensu (mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>) em to<strong>do</strong> o Brasil. Suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são nortea<strong>da</strong>s por um conjunto<br />
estrutura<strong>do</strong> <strong>de</strong> programas, agrupa<strong>do</strong>s em quatro linhas <strong>de</strong> ação:<br />
Avaliação <strong>da</strong> pós-graduação stricto sensu;<br />
Acesso e divulgação <strong>da</strong> produção científica;<br />
Investimentos na formação <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> alto nível no país e no exterior; e<br />
Promoção <strong>da</strong> cooperação científica internacional (CAPES, 2008d).<br />
5.2 “O Portal Brasileiro <strong>de</strong> Informação Científica” 31<br />
Por um consórcio nacional <strong>de</strong> acesso a <strong>periódicos</strong> eletrônicos disponibiliza<strong>do</strong> pelo<br />
Ministério <strong>da</strong> Ciência e Tecnologia <strong>do</strong> Brasil e utilizan<strong>do</strong> a Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Pesquisa (RNP),<br />
como suporte na transmissão <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, nasceu o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
31 Título alusivo à <strong>de</strong>nominação <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES como consta em sua homepage.<br />
94
Esta cosmopédia brasileira é caracteriza<strong>da</strong>, com base em Dias (2003), enquanto um<br />
<strong>portal</strong> público e <strong>de</strong> conhecimento, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> também por Cendón (2008, p. 157) <strong>de</strong><br />
“biblioteca digital <strong>de</strong> informação científica e tecnológica”.<br />
O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, lança<strong>do</strong> em 2000, tem como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> promover à<br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica brasileira o acesso livre e gratuito à versão eletrônica <strong>do</strong>s principais<br />
condutores <strong>de</strong> comunicação <strong>da</strong> ciência, ou seja, <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> científicos, bem como bases <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s, exclusivamente, permiti<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> terminais liga<strong>do</strong>s à Internet instala<strong>do</strong>s nas<br />
instituições participantes ou por elas autoriza<strong>do</strong>s, constituin<strong>do</strong>-se, portanto, como uma<br />
ferramenta mo<strong>de</strong>rna e <strong>de</strong>mocrática <strong>de</strong> acesso à informação para a pesquisa.<br />
Assim, o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES envolve a produção científica internacional<br />
por meio <strong>de</strong> artigos, revistas internacionais, nacionais, estrangeiras, títulos <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong>, bases<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s referenciais e resumos <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos em to<strong>da</strong>s as áreas <strong>do</strong> conhecimento, com<br />
indicação <strong>de</strong> fontes relevantes com acesso pela Internet.<br />
No término <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2007 estavam relaciona<strong>da</strong>s 163 instituições <strong>de</strong> ensino superior e<br />
<strong>de</strong> pesquisa participantes, em to<strong>do</strong> o país, sen<strong>do</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s mais <strong>de</strong> 11.419 títulos <strong>de</strong><br />
<strong>periódicos</strong> com texto completo e mais <strong>de</strong> 90 bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />
Conforme as estatísticas <strong>de</strong> acesso no ano <strong>de</strong> 2007 <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
(CAPES, 2008c), foram contabiliza<strong>do</strong>s 53.364.408 acessos às bases, sen<strong>do</strong> 35.810.558 acessos<br />
à base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s referenciais e 17.553.850 acessos à base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s em texto completo. Pelos<br />
últimos <strong>da</strong><strong>do</strong>s que solicitamos, receben<strong>do</strong> pronta atenção <strong>da</strong> CAPES em cooperação à nossa<br />
investigação, <strong>de</strong> janeiro a agosto <strong>de</strong> 2008 já foram contabiliza<strong>do</strong>s 34.983.918 acessos às bases,<br />
sen<strong>do</strong> 22.188.605 acessos à base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s referenciais e 12.795.313 acessos à base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
em texto completo. Essas estatísticas <strong>de</strong>monstram a robustez e o crescimento <strong>do</strong> número <strong>de</strong><br />
acesso às bases disponibiliza<strong>da</strong>s pelo Portal (ARAGÃO, 2008).<br />
Por esse contexto, em sua trajetória <strong>de</strong> atuação uma <strong>da</strong>s preocupações <strong>da</strong> CAPES tem<br />
si<strong>do</strong> a incessante atualização <strong>do</strong>s acervos <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> <strong>da</strong>s Instituições <strong>de</strong> Ensino Superior<br />
(IES) <strong>do</strong> Brasil até culminar na implementação <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
Reven<strong>do</strong> o histórico institucional, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1987 a 1991 a CAPES instituiu, nessa<br />
perspectiva, o Programa <strong>de</strong> Aquisição Planifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> Periódicos (PAP), <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> às<br />
bibliotecas universitárias, com o intuito <strong>de</strong> promover a renovação <strong>de</strong> assinaturas <strong>de</strong><br />
publicações periódicas a essas bibliotecas. Tal programa foi suspenso em 1991. Assim, a<br />
95
enovação <strong>da</strong>s assinaturas existentes passou a ser responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instituições<br />
mantene<strong>do</strong>ras <strong>da</strong>s bibliotecas universitárias, o que <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou uma crise para as coleções,<br />
haja vista a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instituições em complementá-las <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos parcos<br />
orçamentos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s à aquisição <strong>de</strong> itens informacionais.<br />
Por este cenário e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os incalculáveis <strong>da</strong>nos ao acesso à informação a<br />
CAPES criou, em 1995, o Programa <strong>de</strong> Apoio à Aquisição <strong>de</strong> Periódicos (PAAP), atualizan<strong>do</strong><br />
assim as coleções <strong>da</strong>s bibliotecas <strong>da</strong>s instituições com pós-graduação stricto senso.<br />
Em 1999, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> promover à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica, acadêmica e<br />
administrativa <strong>de</strong> oito instituições consorcia<strong>da</strong>s 32 , a consulta ágil e atualiza<strong>da</strong>, por meio<br />
eletrônico, a textos completos <strong>de</strong> revistas científicas internacionais, foi cria<strong>do</strong> em São Paulo o<br />
consórcio <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> eletrônicos, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Programa Biblioteca Eletrônica (PROBE),<br />
que em seu primeiro ano <strong>de</strong> atuação já contabilizava a a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> trinta outras<br />
instituições paulistas, configuran<strong>do</strong>-se numa bem-sucedi<strong>da</strong> iniciativa <strong>de</strong> acesso à informação<br />
científica.<br />
O PROBE oferecia aproxima<strong>da</strong>mente 841 <strong>periódicos</strong> eletrônicos publica<strong>do</strong>s pela<br />
Elsevier Science, Aca<strong>de</strong>mic Press e High Wire Press, o que significou uma pontencialização<br />
no acesso e posse <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> títulos internacionais por parte <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
acadêmica.<br />
Por isso, provavelmente consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o êxito <strong>da</strong> iniciativa paulista e pressiona<strong>da</strong> pelo<br />
alto custo <strong>da</strong> informação científica e tecnológica (ICT) produzi<strong>da</strong> no exterior, a CAPES<br />
resolve a<strong>do</strong>tar o mo<strong>de</strong>lo <strong>do</strong> PROBE e investir na versão eletrônica <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong>. A opção<br />
por assinaturas eletrônicas <strong>de</strong> revistas e bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, no entanto, alterou o orçamento <strong>do</strong><br />
PAAP, reduzin<strong>do</strong> os recursos volta<strong>do</strong>s às versões impressas. Assim, apesar <strong>do</strong> risco, o<br />
Consórcio Nacional <strong>de</strong> Periódicos Eletrônicos, forma<strong>do</strong> por setenta instituições <strong>de</strong> ensino<br />
superior <strong>do</strong> país, foi assina<strong>do</strong> pelo então Ministro <strong>da</strong> Educação, Paulo Renato <strong>de</strong> Souza, e pelo<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> CAPES, Abílio Baeta Neves, em 10 <strong>de</strong> novembro <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2000.<br />
Iniciativa pioneira no país, o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES favorece to<strong>da</strong>s as<br />
instituições fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> ensino superior (IFES), estaduais e municipais (com Programas <strong>de</strong><br />
32 Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Amparo à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo (FAPESP), Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP),<br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual Paulista (UNESP), Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas (UNICAMPI), Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Carlos (UFSCar), Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> São Paulo (UNIFESP), Bireme e Instituto Tecnológico<br />
<strong>da</strong> Aeronáutica.<br />
96
Pós-Graduação) e particulares (com Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação com conceitos 5, 6 ou 7 na<br />
avaliação <strong>da</strong> CAPES), além <strong>de</strong> outras instituições que custeiam seu acesso ao <strong>portal</strong>, enquanto<br />
convenia<strong>da</strong>s ao acesso irrestrito. Para aquelas instituições e/ou usuários que não se encontram<br />
convenia<strong>do</strong>s, o Portal apresenta algumas restrições, entretanto, sob uma política crescente <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>mocratização <strong>da</strong> recuperação e <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> informação científica no país.<br />
O acesso ao Portal se dá, portanto, <strong>de</strong> duas maneiras, uma parcialmente restritiva aos<br />
seus serviços e conteú<strong>do</strong>s <strong>de</strong> informação científica e outra <strong>de</strong> maneira irrestrita, realiza<strong>da</strong> junto<br />
às instituições convenia<strong>da</strong>s, conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> abaixo na figura que elaboramos:<br />
ACESSO<br />
PÚBLICO<br />
RESTRITO<br />
ACESSO<br />
AO PORTAL DE<br />
PERIÓDICOS DA CAPES<br />
ACESSO<br />
LOCAL<br />
ACESSO<br />
INSTITUCIONAL<br />
IRRESTRITO<br />
ACESSO<br />
REMOTO<br />
FIGURA 7 - Acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
O acesso público é parcialmente restritivo aos seus serviços e conteú<strong>do</strong>s por uma<br />
parcela <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> Portal não estar disponível àqueles usuários não pertencentes às<br />
instituições convenia<strong>da</strong>s. Somente as bases abertas ou públicas po<strong>de</strong>m ser acessa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sse<br />
mo<strong>do</strong>, diretamente através <strong>do</strong> site <strong>do</strong> Portal na Internet. Na página principal <strong>do</strong> Portal,<br />
encontramos um link ativo para “<strong>periódicos</strong>.Acesso Livre”, referente ao acesso público<br />
(CAPES, 2006; CAPES, 2008).<br />
Por sua vez, como observa<strong>do</strong> na figura acima, o acesso irrestrito aos serviços e<br />
conteú<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Portal se dá sem restrições pelas instituições convenia<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser<br />
autoriza<strong>do</strong> pelas mesmas o acesso remoto 33 quan<strong>do</strong> solicita<strong>do</strong> pelos usuários a elas vincula<strong>do</strong>s.<br />
33 Segun<strong>do</strong> o Dicionário <strong>de</strong> Informática Web (2008), acesso remoto é “o ingresso por meio <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> aos<br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> um computa<strong>do</strong>r fisicamente distante <strong>da</strong> máquina <strong>do</strong>s usuários”.<br />
97
Desse mo<strong>do</strong>, o acesso institucional às bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> Portal se dá através <strong>de</strong> <strong>do</strong>is<br />
tipos: pela autenticação <strong>do</strong> IP 34 <strong>da</strong>s instituições convenia<strong>da</strong>s ou pela autenticação por usuários<br />
e senhas, referin<strong>do</strong>-nos aos usuários <strong>de</strong>ssas mesmas instituições. Somente o IP ca<strong>da</strong>stra<strong>do</strong><br />
pelas instituições convenia<strong>da</strong>s junto à Coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Portal po<strong>de</strong> realizar a autenticação <strong>de</strong><br />
acesso <strong>de</strong> forma direta às bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, contu<strong>do</strong>, funcionan<strong>do</strong> apenas quan<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> o<br />
acesso na re<strong>de</strong> interna, ou seja, na própria instituição, o que chamamos <strong>de</strong> acesso local. Já o<br />
segun<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> autenticação <strong>de</strong> acesso por usuários e senhas, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> <strong>de</strong> acesso remoto,<br />
po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong> em qualquer lugar a partir <strong>de</strong> um computa<strong>do</strong>r com acesso à Internet, como<br />
já dissemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que autoriza<strong>do</strong> pela instituição (CAPES, 2008c).<br />
O acesso remoto é <strong>de</strong> inteira responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s instituições convenia<strong>da</strong>s<br />
(HAEFFNER, 2008).<br />
To<strong>do</strong>s os usuários autoriza<strong>do</strong>s têm direito à visualização, sem quaisquer restrições, à<br />
<strong>do</strong>wnloads, às impressões e às cópias <strong>de</strong> quaisquer itens <strong>de</strong> publicações disponíveis no Portal<br />
(CAPES, 2008c).<br />
O acesso compartilha<strong>do</strong> a títulos <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> e a bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, incluin<strong>do</strong> a<br />
atualização <strong>do</strong>s itens conti<strong>do</strong>s no Portal em tempo real, permite, assim, pesquisas<br />
retrospectivas às coleções, portanto, constituin<strong>do</strong>-se numa exímia fonte <strong>de</strong> pesquisa on line e,<br />
consequentemente, agregan<strong>do</strong> valor aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação, <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong><br />
graduação, potencializa<strong>do</strong>s em quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong> pela utilização <strong>do</strong><br />
Portal em constante <strong>de</strong>senvolvimento (CAPES, 2008c).<br />
O Portal. Periódicos. CAPES <strong>de</strong>mocratiza o uso <strong>da</strong> informação científica,<br />
contribuin<strong>do</strong> para a redução <strong>da</strong>s <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>s regionais e permitin<strong>do</strong> que o<br />
país avance com maior rapi<strong>de</strong>z no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> educação e <strong>da</strong><br />
pesquisa científica e tecnológica (CAPES, 2008c).<br />
Acerca <strong>da</strong> informação científica disponibiliza<strong>da</strong> pelo Portal, encontramos, enquanto<br />
seu conteú<strong>do</strong> disponível, a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso a bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, <strong>periódicos</strong> eletrônicos e<br />
outras fontes <strong>de</strong> informação, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong>: obras <strong>de</strong> referência, textos completos <strong>de</strong> livros,<br />
34 Internet Protocol (Protocolo <strong>de</strong> Internet). Padrão <strong>de</strong> en<strong>de</strong>reçamento por meio <strong>do</strong> qual um computa<strong>do</strong>r é<br />
i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> na Internet por um número exclusivo. Desempenha funções como: rastrear en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />
computa<strong>do</strong>r conecta<strong>do</strong> a uma re<strong>de</strong>, caminho para envio <strong>de</strong> mensagens e reconhecimento <strong>de</strong> mensagens recebi<strong>da</strong>s.<br />
(DICWEB, 2008)<br />
98
arquivos abertos, estatísticas, patentes e outras informações, como esquematiza<strong>do</strong> na figura<br />
que elaboramos, apresenta<strong>da</strong> a seguir:<br />
BASES DE DADOS<br />
PORTAL DE<br />
PERIÓDICOS<br />
DA CAPES<br />
PERIÓDICOS<br />
ELETRÔNICOS<br />
TEXTOS<br />
COMPLETOS/ LIVROS/<br />
RESUMOS<br />
ESTATÍSTICAS<br />
OUTRAS<br />
INFORMAÇÕES<br />
OUTRAS<br />
FONTES<br />
DE INFORMAÇÃO<br />
FIGURA 8 - Conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
OBRAS DE<br />
REFERÊNCIA<br />
ARQUIVOS<br />
ABERTOS<br />
PATENTES<br />
Em sequência, apresentamos algumas páginas <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, que<br />
é auto-explicativo, para visualização <strong>de</strong> seus conteú<strong>do</strong>s no processo <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> informação,<br />
enquanto as <strong>de</strong>screvemos sucintamente.<br />
Sobre a página principal, encontramos: menus principal e <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> Portal em locais <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s; ferramentas varia<strong>da</strong>s <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong>s on-line; link ativo<br />
para versão <strong>do</strong> Portal em língua espanhola; links ativos <strong>da</strong> homepage para a própria homepage<br />
<strong>do</strong> Portal, além <strong>da</strong>s homepages institucionais <strong>do</strong>s administra<strong>do</strong>res, promotores e colabora<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> Portal.<br />
99
FIGURA 9 - Página principal <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Fonte: CAPES, 2008b<br />
A partir <strong>de</strong> sua página principal, o processo <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong> se iniciar por<br />
vários caminhos: pelo título <strong>do</strong> periódico, por editores/bases <strong>de</strong> texto completo, por bases<br />
referenciais/resumos, por área <strong>de</strong> conhecimento e apenas pela letra inicial <strong>do</strong> título <strong>do</strong><br />
periódico.<br />
A Figura 10 aponta como as bases <strong>de</strong> texto completo são exibi<strong>da</strong>s no Portal. As<br />
mesmas aparecem <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong> <strong>da</strong> tela seguin<strong>do</strong> a or<strong>de</strong>m alfabética. Já no la<strong>do</strong> direito<br />
constam as áreas <strong>do</strong> conhecimento com suas subáreas. No canto inferior <strong>do</strong> la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>,<br />
encontramos uma relação <strong>de</strong> sites com <strong>periódicos</strong> <strong>de</strong> acesso gratuito na Internet.<br />
100
FIGURA 10 - Página <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> textos completos<br />
Fonte: CAPES, 2008b<br />
As bases <strong>de</strong> resumo aparecem dispostas por área <strong>de</strong> conhecimento no la<strong>do</strong> esquer<strong>do</strong>,<br />
enquanto que <strong>do</strong> la<strong>do</strong> direito aparece a lista completa <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> resumo, como observamos<br />
na figura em seqüência:<br />
101
FIGURA 11 - Página <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> resumo por áreas <strong>de</strong> conhecimento<br />
Fonte: CAPES, 2008b<br />
Vale ressaltar que a maioria <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s difere na apresentação <strong>de</strong> suas<br />
interfaces. Após a escolha <strong>da</strong> base, surgem os formulários <strong>de</strong> busca, como po<strong>de</strong>mos observar<br />
na base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s PubMed, conforme a Figura 12:<br />
102
FIGURA 12 - Página <strong>da</strong> base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s PubMed<br />
Fonte: PUBMED, 2008<br />
O usuário <strong>de</strong> posse <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> pesquisa a critica e <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> se a informação lhe será<br />
útil ou não, sen<strong>do</strong> esta uma etapa bastante subjetiva.<br />
Seguem ain<strong>da</strong> outras etapas como escolha <strong>do</strong> formato (html, pdf) e escolha <strong>do</strong> suporte<br />
(impresso e eletrônico), bem como outros conjuntos <strong>de</strong> ações realiza<strong>da</strong>s pelos que utilizam o<br />
Portal e o elegeram como ferramenta <strong>de</strong> pesquisa.<br />
103
Diante <strong>da</strong> importância <strong>do</strong> Portal e <strong>do</strong> seu crescente uso pela comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica<br />
brasileira, Santos (2006, p. 36) consi<strong>de</strong>ra que:<br />
104<br />
O <strong>portal</strong> CAPES se apresenta como um divisor <strong>de</strong> águas <strong>da</strong> pesquisa e <strong>do</strong><br />
ensino <strong>da</strong> pós-graduação <strong>do</strong> Brasil. Seu vasto conteú<strong>do</strong> informacional, até<br />
bem pouco tempo inimaginável, encanta pesquisa<strong>do</strong>res veteranos, ao passo<br />
que os iniciantes nem imaginam a pesquisa sem ele.<br />
Dessa maneira, <strong>de</strong>finitivamente o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES revolucionou a<br />
pesquisa brasileira, provocan<strong>do</strong> mu<strong>da</strong>nças nas instituições <strong>de</strong> ensino superior, em suas<br />
bibliotecas e em to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica. Este <strong>portal</strong> é, sem dúvi<strong>da</strong>s, a maior cosmopédia<br />
<strong>de</strong> origem brasileira.
105<br />
6 CAMINHO METODOLÓGICO
6.1 Natureza <strong>da</strong> pesquisa<br />
Volta<strong>da</strong> à linha <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> Memória, Organização, Acesso e Uso <strong>da</strong> Informação 35 ,<br />
esta investigação se configura em uma pesquisa <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários sob referências <strong>do</strong>s<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, ten<strong>do</strong> como base o paradigma mo<strong>de</strong>rno <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários na<br />
área <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação (FIGUEIREDO, 1999), ou seja, uma abor<strong>da</strong>gem centra<strong>da</strong> no<br />
usuário, portanto, utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> direto.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, o méto<strong>do</strong> direto (SANZ CASADO, 1994) correspon<strong>de</strong> ao contato direto<br />
<strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r com o usuário a ser pesquisa<strong>do</strong>, que se caracteriza aqui como informante <strong>da</strong><br />
pesquisa, expon<strong>do</strong> suas opiniões sobre a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. Como<br />
<strong>de</strong>stacam Nielsen e Loranger (2007, p.395), “A única maneira <strong>de</strong> saber o que os usuários<br />
gostam é ouvin<strong>do</strong>-os”.<br />
Pautamo-nos em Cybis (2003), com base nas técnicas <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, para<br />
caracterizar a investigação enquanto <strong>do</strong> tipo prospectiva, ou seja, uma investigação que busca<br />
a opinião <strong>do</strong> usuário sobre a interação com o sistema. Esta caracterização se aproxima <strong>do</strong><br />
méto<strong>do</strong> direto <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários.<br />
Sobre sua perspectiva epistemológica, a investigação se caracteriza enquanto<br />
interdisciplinar, comungan<strong>do</strong> a Ciência <strong>da</strong> Informação com outras áreas, mais<br />
especificamente, com a Ciência <strong>da</strong> Computação/Engenharia <strong>de</strong> Software (quan<strong>do</strong> tratam <strong>da</strong><br />
Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>) e as Ciências <strong>do</strong> Comportamento, no intuito <strong>da</strong> compreensão<br />
realiza<strong>da</strong> acerca <strong>do</strong> seu objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>. Ca<strong>da</strong> área <strong>de</strong>ssas, por sua especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>, traz uma<br />
contribuição dialógica para a compreensão <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> investiga<strong>da</strong>.<br />
As Ciências <strong>do</strong> Comportamento compreen<strong>de</strong>m o conjunto <strong>de</strong> disciplinas que se<br />
ocupam principalmente <strong>do</strong> entendimento, controle e predição <strong>da</strong> conduta <strong>do</strong> homem como<br />
indivíduo e membro <strong>de</strong> grupos, comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s e organizações. Estas ciências se utilizam para<br />
conhecer, prevenir e controlar a conduta humana, como por exemplo, em son<strong>da</strong>gens ou<br />
pesquisa e com fins psicológicos ao estu<strong>da</strong>r e realizar provas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, satisfação,<br />
aptidão, habili<strong>da</strong><strong>de</strong>, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e personali<strong>da</strong><strong>de</strong> (CIBERAMÉRICA, 2007).<br />
35 Referente à linha <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> vinculação <strong>de</strong>sta pesquisa<strong>do</strong>ra no PPGCI/<strong>UFPB</strong>.<br />
106
Sobre o campo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação, Silva (2003, p. 47) infere que<br />
“ela reúne equipamentos e aplicativos à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> máquinas e<br />
linguagens <strong>de</strong> programação”.<br />
A Engenharia <strong>de</strong> Software é uma disciplina <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação volta<strong>da</strong> para a<br />
especificação, <strong>de</strong>senvolvimento e manutenção <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> software, objetivan<strong>do</strong><br />
produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> (PRESSMAN, 1995).<br />
Para Schach (1993 apud Queiroz, 2001, p. 45) “a Engenharia <strong>de</strong> Software é uma área<br />
cujo objetivo é a produção <strong>de</strong> software <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> com prazos e orçamentos pré-<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s<br />
que satisfaça às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s usuários”. Por sua vez, encontramos os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> enquanto objetos circunscritos à área <strong>da</strong> Engenharia <strong>de</strong> Software/Engenharia <strong>de</strong><br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme <strong>de</strong>screvemos em nosso referencial teórico.<br />
Esta investigação se caracteriza, ain<strong>da</strong>, por um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caráter <strong>de</strong>scritivo, pois<br />
<strong>de</strong>screve a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, enquanto um fenômeno social<br />
informacional, a partir <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> direto emprega<strong>do</strong>, no relato <strong>do</strong>s sujeitos <strong>da</strong> pesquisa<br />
enquanto informantes, na evi<strong>de</strong>nciação <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sempenho e sua satisfação quan<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
interação com o Portal. Assim, sobre o caráter <strong>de</strong>scritivo <strong>da</strong> pesquisa, <strong>de</strong>stacamos a<br />
compreensão <strong>de</strong> Cervo e Bervian (1996, p. 49):<br />
107<br />
A pesquisa <strong>de</strong>scritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou<br />
fenômenos (variáveis) sem manipulá-los. Procura <strong>de</strong>scobrir, com a precisão<br />
possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão<br />
com outros, sua natureza e características.<br />
Na utilização <strong>da</strong>s referências <strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong>scritiva, pautamo-nos, como último<br />
pressuposto teórico-meto<strong>do</strong>lógico, em uma abor<strong>da</strong>gem meto<strong>do</strong>lógica mista, ou seja, uma<br />
abor<strong>da</strong>gem meto<strong>do</strong>lógica eminentemente qualitativa, mas com aporte quantitativo, no uso<br />
complementar <strong>de</strong> estatísticas básicas <strong>de</strong>scritivas.<br />
Eis uma pertinente explicação <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> relação entre abor<strong>da</strong>gens<br />
meto<strong>do</strong>lógicas aparentemente divergentes:<br />
a pesquisa mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong>ve rejeitar como uma falsa dicotomia a separação<br />
entre estu<strong>do</strong>s ‘qualitativos’ e ‘quantitativos’, ou entre ponto <strong>de</strong> vista<br />
‘estatístico’ e ‘não estatístico’. Além disso, não importa quão precisas sejam
108<br />
as medi<strong>da</strong>s, o que é medi<strong>do</strong> continua a ser uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> (GOODE; HATT,<br />
1973, p. 398 apud RICHARDSON, 1999, p. 79).<br />
Por fim, por esta investigação se tratar <strong>de</strong> uma pesquisa social acerca <strong>de</strong> um fenômeno<br />
que implica em ações <strong>de</strong> seres humanos, investigação esta sob vinculação institucional ao<br />
PPGCI/<strong>UFPB</strong>, além <strong>da</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> caracterização <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>talha<strong>da</strong><br />
no próximo capítulo, <strong>de</strong>cidimos solicitar o <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> registro e o acompanhamento institucional<br />
<strong>do</strong> projeto <strong>da</strong> investigação.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, solicitamos a aprovação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> pesquisa junto ao Comitê <strong>de</strong> Ética<br />
em Pesquisa <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> no dia 26 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2008.<br />
Em 30 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2008, este Comitê aprovou o projeto <strong>de</strong>sta investigação por<br />
unanimi<strong>da</strong><strong>de</strong>, em sua 3ª Reunião Ordinária, sob o Protocolo nº 0205.<br />
Ao recebermos a Certidão <strong>de</strong> aprovação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong>sta investigação expedi<strong>da</strong> pelo<br />
Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> (ANEXO A),<br />
encaminhamos cópia <strong>de</strong> tal <strong>do</strong>cumento a to<strong>do</strong>s os sujeitos <strong>da</strong> investigação quan<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
realização <strong>de</strong> sua coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />
Na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, to<strong>do</strong>s os procedimentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, com <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong><br />
envolvimento <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s, só foram realiza<strong>do</strong>s a partir <strong>da</strong> aprovação <strong>do</strong> projeto<br />
<strong>de</strong>sta investigação junto a esse Comitê.<br />
6.2 Sujeitos <strong>da</strong> pesquisa<br />
A população estu<strong>da</strong><strong>da</strong> foi seleciona<strong>da</strong> ten<strong>do</strong> como referência a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica<br />
<strong>da</strong> área <strong>de</strong> conhecimento i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> como a <strong>de</strong> maior freqüência <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong>, a área <strong>da</strong>s Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> 36 .<br />
Acrescentamos a esta população duas administra<strong>do</strong>ras <strong>da</strong> Biblioteca Central, órgão<br />
responsável pelo Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong>, enquanto informantes acessórias<br />
36 Cf. informação <strong>da</strong> responsável pela Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> DSU <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, em consulta<br />
realiza<strong>da</strong> no dia 22 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008, durante visita técnica <strong>de</strong>sta pesquisa<strong>do</strong>ra quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> elaboração <strong>do</strong> projeto<br />
<strong>de</strong> pesquisa para exame <strong>de</strong> qualificação, <strong>de</strong>scrita nos Procedimentos <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta dissertação.
<strong>da</strong> pesquisa. Referimo-nos à Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central 37 , bem como à responsável pelo<br />
Portal na instituição, a Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> Divisão <strong>de</strong> Serviços aos Usuários<br />
<strong>de</strong>sta Biblioteca 38 , a quem compete à função <strong>de</strong> treinamento e acompanhamento aos usuários<br />
<strong>do</strong> Portal na <strong>UFPB</strong>.<br />
Diante disto, <strong>de</strong>limitamos a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica, por sua vez, enquanto os usuários<br />
vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação 39 <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, aqui<br />
usuários enquanto, especificamente, os <strong>do</strong>centes permanentes <strong>de</strong>sses programas.<br />
Cabe ressaltar que a opção por estes <strong>do</strong>centes foi feita com o objetivo <strong>de</strong> assegurar um<br />
razoável grau <strong>de</strong> experiência na utilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES diante <strong>do</strong> alto<br />
grau <strong>de</strong> experiência acadêmica <strong>de</strong>stes, o que veio a possibilitar maior po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> discernimento<br />
sobre as questões concernentes aos atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>.<br />
Justificamos, ain<strong>da</strong>, a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>ste grupo em consonância aos objetivos/missão <strong>da</strong><br />
CAPES, bem como <strong>do</strong> seu próprio Portal <strong>de</strong> Periódicos.<br />
A CAPES <strong>de</strong>sempenha papel essencial no <strong>de</strong>senvolvimento e consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> pós-<br />
graduação stricto sensu (mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>) em to<strong>do</strong> o Brasil. São, nessa perspectiva, os<br />
seus objetivos/missão:<br />
109<br />
• avaliação <strong>da</strong> pós-graduação stricto sensu;<br />
• acesso e divulgação <strong>da</strong> produção científica;<br />
• investimentos na formação <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> alto nível no país e no<br />
exterior;<br />
• promoção <strong>da</strong> cooperação científica internacional (CAPES, 2007).<br />
A CAPES avalia os programas e cursos <strong>de</strong> pós-graduação stricto sensu <strong>do</strong> país, através<br />
<strong>de</strong> uma escala <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong> conceitos <strong>de</strong> “1” a “7”. Aqueles que obtiveram conceito igual<br />
ou superior a “3” na avaliação aten<strong>de</strong>m ao requisito básico estabeleci<strong>do</strong> pela legislação<br />
37 Profissional Bibliotecária e Especialista em Serviço ao Usuário pela <strong>UFPB</strong>. Des<strong>de</strong> 1987 é servi<strong>do</strong>ra pública<br />
fe<strong>de</strong>ral, exercen<strong>do</strong> função <strong>de</strong> chefia em vários setores <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, assumin<strong>do</strong> o atual cargo <strong>de</strong><br />
Direção <strong>de</strong>s<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2004.<br />
38 Profissional Bibliotecária e Mestra em Biblioteconomia pela <strong>UFPB</strong>, Delega<strong>da</strong> <strong>do</strong> Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />
Biblioteconomia na Paraíba, responsável pela Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> DSU <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>.<br />
39 A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> programa <strong>de</strong> pós-graduação se refere às duas situações estimula<strong>da</strong>s pela CAPES: a) programa<br />
promotor <strong>de</strong>, pelo menos, um curso <strong>de</strong> pós-graduação lato sensu e um curso <strong>de</strong> pós-graduação stricto sensu, em<br />
nível <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> Acadêmico ou Profissional; ou b) programa promotor <strong>de</strong> <strong>do</strong>is cursos <strong>de</strong> pós-graduação stricto<br />
sensu, em nível <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> e Doutora<strong>do</strong>. Cursos <strong>de</strong> pós-graduação isola<strong>do</strong>s não formam Programas <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação.
vigente para serem reconheci<strong>do</strong>s pelo Ministério <strong>da</strong> Educação <strong>do</strong> país por meio <strong>do</strong> seu<br />
Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação e, em <strong>de</strong>corrência, têm o direito <strong>de</strong> expedir diplomas <strong>de</strong><br />
mestra<strong>do</strong> e/ou <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> com vali<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional.<br />
Vale ressaltar que os conceitos “6” e “7” são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s <strong>de</strong> alto grau <strong>de</strong> excelência, e<br />
que os conceitos “3” e “4” são os mínimos estabeleci<strong>do</strong>s para recomen<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong>,<br />
respectivamente, mestra<strong>do</strong> e <strong>do</strong>utora<strong>do</strong>.<br />
Daí, a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> investigarmos os <strong>do</strong>centes permanentes vincula<strong>do</strong>s apenas aos<br />
cursos oferta<strong>do</strong>s pelos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação recomen<strong>da</strong><strong>do</strong>s pela CAPES, em<br />
observância à sua avaliação vigente, que é realiza<strong>da</strong> e publica<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> triênio.<br />
Temos como os programas contempla<strong>do</strong>s na pesquisa, portanto, os indica<strong>do</strong>s no<br />
quadro que segue:<br />
O<strong>do</strong>ntologia 42 (PPGO)<br />
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />
Área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
(recomen<strong>da</strong><strong>do</strong>s pela CAPES)<br />
Curso 40<br />
Conceito <strong>da</strong><br />
CAPES 41<br />
M 3<br />
D 4<br />
Ciência <strong>da</strong> Nutrição (PPGCN) M 3<br />
Enfermagem (PPGE) M 3<br />
Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (PPGPNSB) M/D 6<br />
QUADRO 11 - Programas contempla<strong>do</strong>s na pesquisa<br />
Fonte: CAPES, 2008a<br />
Diante <strong>do</strong>s quatro Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
<strong>UFPB</strong>, o universo e a amostra <strong>de</strong>sta investigação, em termos <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes usuários <strong>do</strong> Portal<br />
<strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, foram <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s no próprio processo <strong>de</strong> execução <strong>da</strong> pesquisa,<br />
através <strong>da</strong> aplicação <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s/técnicas <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, conforme <strong>de</strong>talhamos a seguir.<br />
40 M=Mestra<strong>do</strong>; e D=Doutora<strong>do</strong>.<br />
41 Referente à Avaliação <strong>da</strong> CAPES Trienal 2007 para o perío<strong>do</strong> 2004-2006.<br />
42 O Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em O<strong>do</strong>ntologia <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> possui <strong>do</strong>is cursos autônomos (o Mestra<strong>do</strong> em<br />
Diagnóstico Bucal e o Doutora<strong>do</strong> em O<strong>do</strong>ntologia), avalia<strong>do</strong>s separa<strong>da</strong>mente pela CAPES, ten<strong>do</strong>, assim,<br />
conceitos diferentes às suas avaliações.<br />
110
6.3 Procedimentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
Primeiramente, pensamos em investigar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
CAPES a partir <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> acesso institucional <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> via sua Biblioteca Central,<br />
in loco, no momento <strong>do</strong> seu uso.<br />
Entretanto, diante <strong>da</strong>s especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> perfil, <strong>do</strong> tempo, <strong>do</strong> acesso e <strong>da</strong><br />
disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s, além <strong>do</strong> contexto <strong>de</strong> seu uso <strong>do</strong> Portal, bem como<br />
<strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s que enfrentamos na execução <strong>da</strong> pesquisa, não pu<strong>de</strong>mos nos pautar em um<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> interação sob o caráter experimental/laboratorial, enquanto, testes empíricos <strong>de</strong><br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>.<br />
Optamos, portanto, por nos <strong>de</strong>bruçar sobre o objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> através <strong>da</strong> prospecção <strong>do</strong><br />
contexto geral <strong>de</strong> interação, a partir <strong>do</strong> relato <strong>de</strong>scritivo <strong>do</strong>s sujeitos, pauta<strong>da</strong>s no méto<strong>do</strong><br />
direto, qualitativo e <strong>de</strong>scritivo <strong>de</strong>sta investigação, caracteriza<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong>, como um Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Usuários.<br />
Em face disto, para alcançarmos os objetivos <strong>de</strong>sta investigação, utilizamos, como<br />
procedimentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, quatro méto<strong>do</strong>s/técnicas complementares que se<br />
<strong>de</strong>monstraram os mais a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s, utiliza<strong>do</strong>s tanto pelos Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários quanto pelos<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme <strong>de</strong>talhamos em seqüência.<br />
a) Pesquisa bibliográfica e on line acerca <strong>da</strong> temática e <strong>do</strong> objeto investiga<strong>do</strong><br />
Utilizamo-nos <strong>da</strong> pesquisa bibliográfica para construírmos o referencial teórico <strong>de</strong>sta<br />
investigação em <strong>do</strong>is blocos. O primeiro referente aos Com-Textos e os Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Uso <strong>da</strong><br />
Informação e o segun<strong>do</strong> referente à Informação Científica e os Portais <strong>de</strong> Informação,<br />
respectivamente os capítulos 3 e 4 <strong>de</strong>sta dissertação, para tanto pautan<strong>do</strong>-nos em autores como<br />
Lena Vânia Ribeiro Pinheiro (1997), Chun Wei Choo (2003), Claire Guinchat (1994), Michel<br />
Menou (1994), Bren<strong>da</strong> Dervin (1983; 1986), Emília Curras (1996), Elías Sanz Casa<strong>do</strong> (1994),<br />
Nice Figueire<strong>do</strong> (1979; 1999), Sueli Ferreira (1996; 2002), Murilo Bastos <strong>da</strong> Cunha (1982;<br />
2007), Pierre Lévy (2000) Jakob Nielsen (1993; 1999; 2000, 2007), Steven Johnson (2001)<br />
111
Roger Pressman (1995), Walter Cybis (2003; 2007), além <strong>de</strong> não menos importante, Francisca<br />
Arru<strong>da</strong> Ramalho (1983; 1993; 2006; 2008), entre outros.<br />
b) Pesquisa <strong>do</strong>cumental acerca <strong>da</strong>s instituições referen<strong>da</strong><strong>da</strong>s na pesquisa<br />
Acerca <strong>da</strong> pesquisa <strong>do</strong>cumental, coletamos os seguintes <strong>do</strong>cumentos: normas ISO 9241<br />
e NBR 9241; <strong>do</strong>cumentos <strong>da</strong> CAPES acerca <strong>de</strong> seu Portal <strong>de</strong> Periódicos, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s como<br />
pertinentes à utilização na pesquisa (ARAGÃO, 2008; CAPES, 2006; CAPES, 2008a;<br />
CAPES, 2008b; CAPES, 2008c; CAPES, 2008d; HAEFFNER, 2008); e <strong>do</strong>cumentos <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
acerca <strong>da</strong> promoção <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na instituição (<strong>UFPB</strong>, 2007; F<strong>REI</strong>RE,<br />
2008; PESSOA, 2008; SANTOS, 2008).<br />
c) Uso <strong>de</strong> questionário<br />
Com relação ao questionário, a<strong>do</strong>tamos este instrumento por se tratar a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para<br />
coletar <strong>da</strong><strong>do</strong>s dispostos à análise prospectiva <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal.<br />
Por essa compreensão, Dias (2003, p. 66) esclarece:<br />
112<br />
Os questionários, em contraparti<strong>da</strong>, são úteis quan<strong>do</strong> se tem uma gran<strong>de</strong><br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários, dispersos geograficamente ou segmenta<strong>do</strong>s por<br />
perfil. Com esse instrumento, po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar indícios <strong>de</strong> problemas <strong>de</strong><br />
uso <strong>do</strong> sistema por um certo tipo <strong>de</strong> usuário, em um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> ambiente<br />
operacional [ou contexto específico <strong>de</strong> uso].<br />
Daí, pautan<strong>do</strong>-nos em Cybis (2007, p. 122-126), conciliamos os objetivos <strong>do</strong>s<br />
“questionários <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> perfil e <strong>de</strong> uso” com os “questionários <strong>de</strong> satisfação”, que,<br />
respectivamente, referem-se a “obter informações sobre as características reais <strong>do</strong>s usuários <strong>de</strong><br />
um software, ou aplicação web, e saber como eles efetivamente usam tais ferramentas” e<br />
“fornecer informação fi<strong>de</strong>digna sobre aspectos satisfatórios e insatisfatórios no sistema quan<strong>do</strong><br />
existem usuários experientes que utilizam o sistema com freqüência”.<br />
Em observância a essa conciliação <strong>de</strong> objetivos, na elaboração <strong>do</strong> questionário<br />
utiliza<strong>do</strong> nesta investigação (APÊNDICE A), utilizamos questões <strong>do</strong> tipo abertas e fecha<strong>da</strong>s e<br />
o dividimos em duas partes. A primeira relaciona<strong>da</strong> ao perfil <strong>do</strong>s usuários, composta por 14
(quatorze) questões e a segun<strong>da</strong> referente aos cinco atributos <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong><br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, relaciona<strong>do</strong>s ao <strong>de</strong>sempenho e à satisfação <strong>do</strong>s usuários.<br />
Definimos o uso <strong>da</strong> escala <strong>do</strong> tipo Lickert como méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> construção <strong>da</strong>s questões<br />
dispostas na segun<strong>da</strong> parte <strong>do</strong> questionário. Conforme Likert (1932 apud HAYES, 1995, p.<br />
80), i<strong>de</strong>aliza<strong>do</strong>r <strong>da</strong> escala que leva seu nome, ela <strong>de</strong>ve representar um contínuo bipolar, <strong>de</strong><br />
resposta negativa em uma extremi<strong>da</strong><strong>de</strong> à resposta positiva na outra extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>, permitin<strong>do</strong><br />
que questiona<strong>do</strong>s respon<strong>da</strong>m itens pergunta<strong>do</strong>s em graus varia<strong>do</strong>s.<br />
113<br />
[...] [com o uso <strong>da</strong> escala <strong>de</strong> Likert], permitimos que os clientes se<br />
expressem em termos <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> suas opiniões acerca <strong>do</strong> Produto ou Serviço<br />
recebi<strong>do</strong>, em vez <strong>de</strong> restringi-los a uma simples resposta <strong>do</strong> tipo sim ou não<br />
(HAYES, 1995, p. 83).<br />
Enquanto uma referência meto<strong>do</strong>lógica trazi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s Ciências <strong>do</strong> Comportamento, a<br />
escala <strong>de</strong> Likert aten<strong>de</strong> o propósito <strong>da</strong> investigação por ser uma escala contínua <strong>de</strong> respostas<br />
gra<strong>da</strong>tivas <strong>de</strong> 5 (cinco) pontos, que se baseiam em diversos critérios, tais como: <strong>de</strong> ocorrência;<br />
<strong>de</strong> opinião; <strong>de</strong> apreciação geral; com relação ao grau <strong>de</strong> satisfação; <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong><br />
importância; e <strong>de</strong> concordância.<br />
Para Richardson (1999, p. 271),<br />
O méto<strong>do</strong> Likert <strong>de</strong>termina mais diretamente a existência <strong>de</strong> uma ou mais<br />
atitu<strong>de</strong>s no grupo <strong>de</strong> itens consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s e a escala construí<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong>sses<br />
itens me<strong>de</strong> o fator mais geral [pela concentração <strong>de</strong> respostas]. O uso <strong>de</strong><br />
uma escala <strong>de</strong> cinco pontos proporciona mais informação que uma simples<br />
dicotomia “acor<strong>do</strong>” ou “<strong>de</strong>sacor<strong>do</strong>”.<br />
Na segun<strong>da</strong> parte <strong>do</strong> questionário, utilizamos, especificamente, os critérios <strong>de</strong><br />
concordância em referência aos atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, tal como representa<strong>do</strong> na seguinte<br />
escala <strong>de</strong> Likert a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>:<br />
Discor<strong>do</strong><br />
Inteiramente<br />
Discor<strong>do</strong><br />
Não Concor<strong>do</strong><br />
Nem Discor<strong>do</strong><br />
Concor<strong>do</strong><br />
Concor<strong>do</strong><br />
Plenamente<br />
1 2 3 4 5<br />
FIGURA 13 - Critério <strong>de</strong> grau <strong>de</strong> concordância <strong>da</strong> escala <strong>de</strong> Likert<br />
Fonte: a<strong>da</strong>pta<strong>do</strong> <strong>de</strong> HAYES, 1995, p. 81
No mês <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008 realizamos uma primeira visita técnica à Biblioteca Central<br />
<strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, no intuito <strong>de</strong> levantar informações institucionais para elaboração <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong>sta<br />
pesquisa, com vistas ao seu exame <strong>de</strong> qualificação que ocorreu no mês fevereiro <strong>de</strong> 2008.<br />
Na ocasião, em 22 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2008, ocorreu uma consulta à Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong><br />
Periódicos, a quem mostramos o questionário provisório no intuito <strong>de</strong> obter sugestões <strong>de</strong>sta<br />
profissional, aproveitan<strong>do</strong> para levantar alguns <strong>da</strong><strong>do</strong>s prévios referentes ao local e horário <strong>de</strong><br />
funcionamento <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES nesta biblioteca (<strong>de</strong> segun<strong>da</strong>-feira à sexta-<br />
feira, nos turnos <strong>da</strong> manhã e <strong>da</strong> tar<strong>de</strong>, <strong>da</strong>s 7h30min às 17h30min) e referentes à área <strong>da</strong><br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> como a <strong>de</strong> maior freqüência <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES (conforme já anuncia<strong>da</strong>, a área <strong>da</strong>s Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>).<br />
No mês <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2008, a orienta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong>sta investigação encaminhou uma<br />
correspondência por fax en<strong>de</strong>reça<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong>s Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />
envolvi<strong>do</strong>s (ANEXO B), solicitan<strong>do</strong> uma relação com os nomes e en<strong>de</strong>reços <strong>de</strong> e-mails <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>centes permanentes. Ratificamos tal solicitação por telefonemas realiza<strong>do</strong>s às coor<strong>de</strong>nações<br />
em referência. Quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> recebimento <strong>da</strong> relação, que se <strong>de</strong>u via e-mail por to<strong>do</strong>s os<br />
Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação, levantamos a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total <strong>de</strong> 72 <strong>do</strong>centes, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>,<br />
assim, os <strong>do</strong>centes permanentes, distribuí<strong>do</strong>s conforme o quadro que segue:<br />
PROGRAMAS<br />
Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Docentes<br />
Permanentes<br />
PPGO 29<br />
PPGCN 11<br />
PPGE 14<br />
PPGPNSB 18<br />
TOTAL 72<br />
QUADRO 12 - Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Docentes Permanentes por Programa<br />
No mês <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008 realizamos a aplicação <strong>do</strong> pré-teste <strong>do</strong> questionário, com o<br />
objetivo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong>r as questões ou possibilitar a sua reformulação, quan<strong>do</strong> necessária. Para<br />
tanto, retiramos por sorteio <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> aleatório 15 (quinze) <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> total levanta<strong>do</strong>,<br />
excluin<strong>do</strong>-os <strong>de</strong>ste total para consoli<strong>da</strong>ção posterior <strong>do</strong> universo <strong>da</strong> pesquisa.<br />
114
Inicialmente, pretendíamos aplicar o pré-teste na Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, em seu<br />
espaço <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao acesso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, no horário <strong>de</strong> seu<br />
funcionamento, para, neste momento, <strong>de</strong>finirmos o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> interação sob o caráter<br />
experimental/laboratorial <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, em observância à pesquisa bibliográfica<br />
realiza<strong>da</strong>.<br />
Definimos o perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre 2 a 30 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008 como o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
realização <strong>da</strong> aplicação <strong>do</strong> pré-teste <strong>do</strong> questionário, contemplan<strong>do</strong> os seus <strong>do</strong>is turnos <strong>de</strong><br />
funcionamento, <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s por sorteio aleatório, conforme calendário apresenta<strong>do</strong> em<br />
seqüência:<br />
TURNOS DE<br />
APLICAÇÃO DO<br />
PRÉ-TESTE<br />
PERÍODO DE REALIZAÇÃO – maio/2008<br />
D S T Q Q S S<br />
Vespertino 1 2 3<br />
Matutino 4 5 6 7 8 9 10<br />
Vespertino 11 12 13 14 15 16 17<br />
Matutino 18 19 20 21 22 23 24<br />
Vespertino 25 26 27 28 29 30 31<br />
QUADRO 13 - Calendário <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> Pré-Teste<br />
Não obstante, insistin<strong>do</strong> em freqüentar o local indica<strong>do</strong> para aplicação <strong>do</strong> pré-teste, no<br />
final <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> semana nos <strong>de</strong>paramos com a situação <strong>de</strong> que os <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s não<br />
freqüentaram o local.<br />
No último dia <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> semana, questionan<strong>do</strong> a Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos acerca<br />
<strong>da</strong> situação, esta nos <strong>de</strong>latou que tais <strong>do</strong>centes não freqüentam a biblioteca para acessar o<br />
Portal, que estes usuários utilizam o Portal, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, fora <strong>do</strong>s terminais <strong>de</strong> acesso<br />
disponibiliza<strong>do</strong>s na biblioteca, acrescentan<strong>do</strong> que algumas vezes estes telefonam para a<br />
biblioteca no intuito <strong>de</strong> solicitar esclarecimentos ou tirar dúvi<strong>da</strong>s quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> utilização <strong>do</strong><br />
Portal.<br />
Naquele momento, a Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos ain<strong>da</strong> nos entregou uma relação <strong>da</strong>s<br />
Bases <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES organiza<strong>da</strong> por área <strong>de</strong> conhecimento<br />
115
(ANEXO C) e nos informou sobre o acesso remoto ao Portal que <strong>de</strong>ve ser solicita<strong>do</strong> à Pró-<br />
Reitoria <strong>de</strong> Pós-Graduação e Pesquisa (PRPG) <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, que tem a função <strong>de</strong> planejar,<br />
coor<strong>de</strong>nar e controlar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> pós-graduação e pesquisa <strong>de</strong>sta Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
e que este talvez fosse o principal fator <strong>da</strong> não freqüência <strong>do</strong>cente à biblioteca, haja vista a<br />
possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ste acesso promover comodi<strong>da</strong><strong>de</strong> aos usuários <strong>do</strong> Portal vincula<strong>do</strong>s à <strong>UFPB</strong>.<br />
Decidimos, <strong>de</strong>ssa maneira, abortar a aplicação <strong>do</strong> pré-teste como disposto no projeto<br />
<strong>de</strong>sta investigação. E, ao abortarmos a aplicação <strong>do</strong> pré-teste, abortamos também a estratégia<br />
<strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> interação sob o caráter experimental/laboratorial a<br />
ser aplica<strong>do</strong> no ambiente <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>.<br />
Diante <strong>da</strong> situação constata<strong>da</strong>, como estratégia alternativa, <strong>de</strong>finimos prosseguir com a<br />
pesquisa em observância ao contexto geral <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> investiga<strong>da</strong>, a partir <strong>do</strong> relato<br />
<strong>de</strong>scritivo <strong>do</strong>s usuários, com base nas características <strong>da</strong> pesquisa como <strong>de</strong>scritas na Natureza<br />
<strong>da</strong> Pesquisa <strong>de</strong>sta dissertação.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, voltamos à aplicação <strong>do</strong> pré-teste no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 12 a 30 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2008,<br />
agora envia<strong>do</strong> e recebi<strong>do</strong> por e-mail.<br />
Após este novo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> aplicação <strong>do</strong> pré-teste, obti<strong>da</strong>s as respectivas respostas e<br />
feitas as suas análises, reformulamos duas questões referentes à segun<strong>da</strong> parte <strong>do</strong> questionário.<br />
No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008 a 29 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008, <strong>de</strong>u-se a aplicação <strong>de</strong> fato<br />
<strong>do</strong> questionário junto aos <strong>do</strong>centes permanentes. Nesse processo, para ca<strong>da</strong> questionário<br />
aplica<strong>do</strong>, com fito <strong>de</strong> preservar a individuali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> respon<strong>de</strong>nte quanto a utilização <strong>do</strong>s<br />
seus <strong>da</strong><strong>do</strong>s nesta pesquisa, a<strong>do</strong>tamos os códigos D 1, D 2, assim sucessivamente até o número<br />
total <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>ntes, diferencian<strong>do</strong>-os.<br />
Contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vemos esclarecer que a aplicação <strong>de</strong> fato <strong>do</strong> questionário não se <strong>de</strong>u <strong>de</strong><br />
maneira linear, como planeja<strong>do</strong>.<br />
Assim como o pré-teste, <strong>de</strong>cidimos enviar o questionário por e-mail. Os mesmos foram<br />
envia<strong>do</strong>s dia 29 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008 para o e-mail <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes, sen<strong>do</strong> reenvia<strong>do</strong>s nas seguintes<br />
<strong>da</strong>tas: 07, 15 e 20 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008. Neste perío<strong>do</strong> recebemos o retorno <strong>de</strong> apenas 10 (<strong>de</strong>z)<br />
questionários e, assim, diante <strong>da</strong> morosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> retorno <strong>do</strong>s mesmos ou falta <strong>de</strong> resposta,<br />
resolvemos ir a campo para aplicar o questionário pessoalmente, o que aconteceu no perío<strong>do</strong><br />
compreendi<strong>do</strong> entre os dias 20 e 29 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2008.<br />
116
Devemos ressaltar o quanto foi difícil obter atenção/cooperação <strong>de</strong> alguns <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes<br />
e suas respostas ao questionário. Dessa forma, a nossa i<strong>da</strong> a campo se <strong>de</strong>u em horários<br />
dispersos, conforme contatos prévios e marcações <strong>de</strong> atendimento com os <strong>do</strong>centes, que<br />
algumas vezes <strong>de</strong>sistiam inclusive sem aviso, fazen<strong>do</strong>-nos esperar no local marca<strong>do</strong> ou,<br />
quan<strong>do</strong> nos encontrávamos, avisavam que não po<strong>de</strong>riam nos aten<strong>de</strong>r naquele momento. Como<br />
exemplo, transcrevemos alguns relatos que ouvimos:<br />
117<br />
“Minha filha, estou sain<strong>do</strong> agora <strong>de</strong> uma reunião, man<strong>de</strong> para o meu e-mail<br />
<strong>de</strong> novo que eu me comprometo em respon<strong>de</strong>r.” [... porém, não respon<strong>de</strong>u!<br />
Vale ressaltar que estávamos à espera <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as 16h30min e quan<strong>do</strong> ouvimos<br />
tal afirmação já se adiantavam às 18h30min.]<br />
“Enten<strong>da</strong> que a sua dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> é a acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s professores.”<br />
“Eu vi seu questionário, mas, eu já respondi, não recebeu não?”<br />
[observan<strong>do</strong> a caixa <strong>de</strong> e-mail, posteriormente, não encontramos resposta!]<br />
“Amanhã você me procura.”<br />
Para aqueles <strong>do</strong>centes referentes a este histórico <strong>de</strong>scrito, lançamos mão <strong>da</strong> estratégia<br />
<strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem surpresa na <strong>UFPB</strong>, conforme seus horários <strong>de</strong> trabalho já conheci<strong>do</strong>s. Aliás,<br />
como estratégia maior, utilizamo-nos <strong>de</strong> paciência e persistência.<br />
Neste ínterim, recebemos retorno <strong>de</strong> 04 (quatro) <strong>do</strong>centes, por e-mail, informan<strong>do</strong> que<br />
não são usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, conforme transcrição <strong>de</strong> suas respectivas<br />
justificativas:<br />
“Não respon<strong>do</strong> seu questionário pq não faço uso <strong>do</strong> <strong>portal</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong><br />
<strong>capes</strong>. Sempre que preciso pesquisar, uso o google.”<br />
“Creio que não <strong>de</strong>vo ser um bom sujeito para a sua pesquisa pois nunca<br />
utilizei o <strong>portal</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> <strong>da</strong> CAPES. Motivos: dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acessá-lo<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> minha casa.”<br />
“Não sou usuária <strong>do</strong> Portal <strong>da</strong> Capes. Nesse caso não vale a pena ser<br />
sujeito <strong>de</strong>ssa pesquisa.”<br />
“Li seu questionário e informo que não utilizo o Portal.”<br />
Recebemos, ain<strong>da</strong>, o retorno por e-mail <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente optan<strong>do</strong> em não participar <strong>da</strong><br />
pesquisa, informan<strong>do</strong> que:
118<br />
“no momento estou afasta<strong>do</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> em pleno processo <strong>de</strong> Licença<br />
Capacitação [...]<strong>da</strong><strong>da</strong> a sobrecarga <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que me foram atribuí<strong>da</strong>s,<br />
o que me <strong>de</strong>ixa sem condições <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a esse seu relevante convite.”<br />
Outro <strong>do</strong>cente optou em não participar quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> contato pessoal <strong>de</strong>sta pesquisa<strong>do</strong>ra<br />
com o mesmo, alegan<strong>do</strong> excesso <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s acadêmicas, além <strong>de</strong> questões pessoais.<br />
Obtivemos, assim, o retorno <strong>de</strong> 25 questionários por e-mail e 23 questionários<br />
aplica<strong>do</strong>s pessoalmente pela pesquisa<strong>do</strong>ra.<br />
Dessa forma, foram <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s o universo e amostra <strong>da</strong> pesquisa, conforme o<br />
processo <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> nos Quadros 14 e 15:<br />
PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO<br />
PPGO PPGCN PPGE PPGPNSB TOTAL<br />
Total <strong>de</strong> Docentes Permanentes 29 11 14 18 72<br />
(-) Amostra para Pré-Teste 09 03 01 02 15<br />
= Total <strong>de</strong> Docentes após o Pré-Teste 20 08 13 16 57<br />
(-) Docentes Permanentes não<br />
Usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos<br />
<strong>da</strong> CAPES<br />
= Total <strong>de</strong> Docentes Permanentes<br />
Usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos<br />
<strong>da</strong> CAPES<br />
(-) Docentes Permanentes que<br />
informaram optar em não<br />
participar <strong>da</strong> pesquisa<br />
1 - 3 - 4<br />
19 08 10 16 53<br />
- - - 2 2<br />
= UNIVERSO DA PESQUISA 19 08 10 14 51<br />
QUADRO 14 - Determinação <strong>do</strong> universo <strong>da</strong> pesquisa<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008
PROGRAMAS UNIVERSO<br />
Freqüência<br />
AMOSTRA<br />
% em relação ao total <strong>do</strong><br />
Universo<br />
% em relação ao<br />
total <strong>da</strong> Amostra<br />
PPGO 19 16 31% 33%<br />
PPGCN 08 08 16% 17%<br />
PPGE 10 10 20% 21%<br />
PPGPNSB 14 14 27% 29%<br />
TOTAL 51 48 94% 100%<br />
QUADRO 15 - Universo e amostra <strong>da</strong> pesquisa por Programa<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
A amostra <strong>da</strong> investigação, portanto, foi <strong>de</strong> 94% <strong>do</strong> universo, em face <strong>da</strong>queles<br />
<strong>do</strong>centes que respon<strong>de</strong>ram ao questionário, participan<strong>do</strong>, efetivamente, <strong>de</strong>ste procedimento <strong>de</strong><br />
coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s.<br />
d) Uso <strong>de</strong> entrevista<br />
A técnica <strong>da</strong> entrevista foi previamente agen<strong>da</strong><strong>da</strong> junto à Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central<br />
<strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> e junto à Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>de</strong> sua Divisão <strong>de</strong> Serviços aos Usuários,<br />
sen<strong>do</strong> respectivamente aplica<strong>da</strong> para a primeira profissional no dia 6 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2008, às<br />
18h30min em seu local <strong>de</strong> trabalho, e para a segun<strong>da</strong> profissional no dia 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong><br />
2008, às 17h30min em sua residência.<br />
A aplicação <strong>de</strong>ssas entrevistas objetivou conhecer a disponibilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES por esta biblioteca universitária, ou seja, levantar o contexto geral <strong>de</strong><br />
uso <strong>do</strong> Portal a partir <strong>do</strong> local <strong>de</strong> sua disponibilização institucional ao acesso.<br />
Utilizamos entrevista <strong>do</strong> tipo semi-estrutura<strong>da</strong>, que, para Laville e Dione (1999, p.<br />
188), configura-se em “série <strong>de</strong> perguntas abertas, feitas verbalmente em uma or<strong>de</strong>m prevista,<br />
mas na qual o entrevista<strong>do</strong>r po<strong>de</strong> acrescentar perguntas <strong>de</strong> esclarecimento”.<br />
Acrescentamos, ain<strong>da</strong>, <strong>de</strong> maneira complementar a entrevista, uma relação na qual<br />
solicitamos a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> itens técnicos (APÊNDICES D e E) a serem anota<strong>do</strong>s sob suas<br />
responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s acerca <strong>de</strong> seus ambientes <strong>de</strong> trabalho, os quais foram <strong>de</strong>volvi<strong>do</strong>s<br />
prontamente.<br />
119
6.4 Procedimentos <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
A análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa e <strong>do</strong>s seus fatos levanta<strong>do</strong>s se <strong>de</strong>u essencialmente sob<br />
a análise <strong>de</strong>scritiva, diante <strong>da</strong> orientação <strong>da</strong> natureza <strong>de</strong>scritiva e qualitativa <strong>de</strong>sta<br />
investigação, pautan<strong>do</strong>-nos, ain<strong>da</strong>, no referencial teórico construí<strong>do</strong> pela pesquisa<br />
bibliográfica e on line.<br />
A ca<strong>da</strong> méto<strong>do</strong>/técnica <strong>de</strong> pesquisa aplica<strong>da</strong> para coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, fomos organizan<strong>do</strong><br />
os <strong>da</strong><strong>do</strong>s, no primeiro momento, inician<strong>do</strong> a sua tabulação através <strong>da</strong> elaboração <strong>de</strong> quadros e<br />
sumarização <strong>de</strong> imagens, além <strong>da</strong> relatabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong>s fatos levanta<strong>do</strong>s. Pelo aporte<br />
complementar quantitativo <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem qualitativa <strong>da</strong> pesquisa, também utilizamos cálculo<br />
<strong>de</strong> percentuais, estatísticas básicas e elaboração <strong>de</strong> quadros e gráficos. A partir <strong>da</strong>í, agrupamos<br />
os <strong>da</strong><strong>do</strong>s atentan<strong>do</strong> a sua correlação a ca<strong>da</strong> objetivo específico <strong>da</strong> investigação.<br />
Em um segun<strong>do</strong> momento, analisamos os <strong>da</strong><strong>do</strong>s tabula<strong>do</strong>s nos apoian<strong>do</strong> na análise<br />
<strong>de</strong>scritiva e na técnica <strong>de</strong> categorização ou análise por categoria, conforme trata Minayo<br />
(1998), e que, nas palavras <strong>de</strong> Richardson (1999, p. 243), esta “se baseia na <strong>de</strong>codificação <strong>de</strong><br />
um texto em diversos elementos, os quais são classifica<strong>do</strong>s e formam agrupamentos<br />
analógicos”.<br />
Acerca <strong>de</strong>sses agrupamentos analógicos, encontramos em Minayo (1994) a perspectiva<br />
<strong>da</strong> construção <strong>de</strong> categorias <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> <strong>do</strong>is tipos, gerais e específicas, e, com base nessa<br />
tipologia, agrupamos os <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong>sta investigação e os analisamos.<br />
a<strong>do</strong>tamos:<br />
Apresentamos no Quadro 16, em sequência, as articulações <strong>da</strong> análise <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s que<br />
120
OBJETIVOS ESPECÍFICOS<br />
Descrever o Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES no seu<br />
contexto geral <strong>de</strong> uso<br />
Traçar o perfil <strong>do</strong>s usuários<br />
<strong>do</strong> Portal<br />
I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong><br />
aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s usuários<br />
acerca <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal<br />
I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> uso <strong>do</strong><br />
Portal pelos usuários<br />
I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong><br />
facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização<br />
<strong>do</strong>s usuários acerca uso <strong>do</strong><br />
Portal<br />
I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong> erro <strong>do</strong>s<br />
usuários quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong><br />
Portal<br />
I<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>de</strong><br />
satisfação subjetiva <strong>do</strong>s<br />
usuários acerca <strong>do</strong> uso <strong>do</strong><br />
Portal<br />
Avaliar o <strong>de</strong>sempenho e a<br />
satisfação <strong>do</strong>s usuários em<br />
relação ao uso <strong>do</strong> Portal<br />
MÉTODOS/TÉCNICAS DE<br />
COLETA DE DADOS<br />
UTILIZADAS<br />
Pesquisa <strong>do</strong>cumental<br />
Entrevista<br />
Registro fotográfico<br />
Questionário<br />
QUADRO 16 - Méto<strong>do</strong>s/técnicas <strong>de</strong> análises <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s utiliza<strong>da</strong>s<br />
DADOS COLETADOS<br />
Documentos <strong>da</strong> Biblioteca<br />
Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
Fotografias<br />
Registros <strong>de</strong> áudio<br />
Anotações <strong>de</strong> campo<br />
Respostas ao questionário<br />
correlaciona<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong><br />
objetivo específico<br />
Anotações <strong>de</strong> campo<br />
121<br />
MÉTODOS/TÉCNICAS DE<br />
ANÁLISE DE DADOS<br />
UTILIZADAS<br />
Tabulação por relatabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e sumarização <strong>de</strong> imagens<br />
Análise <strong>de</strong>scritiva<br />
Tabulação por percentuais,<br />
quadros, estatísticas<br />
básicas, gráficos e<br />
relatabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Análise <strong>de</strong>scritiva por<br />
categoria<br />
Pela compreensão <strong>da</strong> análise <strong>de</strong>scritiva por categoria <strong>de</strong>sta investigação, analisamos os<br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa através <strong>da</strong> sua classificação e agrupamento analógico em categorias <strong>do</strong> tipo<br />
gerais (consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s primárias) e específicas (consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s secundárias e terciárias), conforme<br />
<strong>de</strong>talhamos no Quadro 17:
CATEGORIAS GERAIS CATEGORIAS ESPECÍFICAS<br />
CATEGORIAS PRIMÁRIAS CATEGORIAS SECUNDÁRIAS CATEGORIAS TERCIÁRIAS<br />
Perfil <strong>do</strong>s Usuários<br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Sexo<br />
Faixa Etária<br />
Vinculação com a <strong>UFPB</strong><br />
Tempo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência na <strong>UFPB</strong><br />
Titulação<br />
Tempo <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> sistemas<br />
informacionais automatiza<strong>do</strong>s<br />
Freqüência <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> sistemas<br />
informacionais automatiza<strong>do</strong>s<br />
Local <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r<br />
Freqüência <strong>de</strong> acesso à Internet<br />
Recursos <strong>da</strong> Internet mais acessa<strong>do</strong>s<br />
Freqüência <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Local <strong>de</strong> acesso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Contexto <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES em<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pessoais<br />
Bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s mais acessa<strong>da</strong>s<br />
através <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
CAPES<br />
Desempenho<br />
QUADRO 17 – Categorias <strong>de</strong> análise utiliza<strong>da</strong>s<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong><br />
Eficiência <strong>de</strong> Uso<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização<br />
Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros<br />
Satisfação Satisfação Subjetiva<br />
A<strong>de</strong>mais, especificamente, na tabulação <strong>da</strong>s respostas ao questionário, em sua Parte II,<br />
quanto aos itens levanta<strong>do</strong>s pela escala <strong>de</strong> Likert, em ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>,<br />
utilizamos as estatísticas básicas referentes à utilização <strong>de</strong> médias aritméticas pon<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s<br />
para cálculo <strong>da</strong>s médias <strong>de</strong> suas respostas expressas <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> intervalo <strong>do</strong>s pesos pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s,<br />
122
a partir <strong>da</strong> fórmula abaixo, on<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> peso pon<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> na média calcula<strong>da</strong> é referente a um <strong>do</strong>s<br />
cinco pontos <strong>de</strong> respostas gra<strong>da</strong>tivas <strong>da</strong> escala <strong>de</strong> Likert <strong>de</strong> concordância utiliza<strong>da</strong>:<br />
Miau= (ΣriP1 x P1) + (ΣriP2 x P2) + (ΣriP3 x P3) + (ΣriP4 x P4) + (ΣriP5 x P5)<br />
nr<br />
on<strong>de</strong>,<br />
Miau = Média <strong>do</strong> Item <strong>de</strong> um Atributo <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
ΣriP = Somatório <strong>da</strong>s respostas <strong>do</strong> item quanto ao referente Peso (1, 2, 3, 4 ou 5)<br />
P = Peso, nos valores 1, 2, 3, 4 ou 5<br />
nr = número total <strong>de</strong> respostas<br />
Para cálculo <strong>da</strong> média <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> que nos permitisse i<strong>de</strong>ntificar<br />
seu nível, utilizamos médias aritméticas simples, conforme a fórmula seguinte:<br />
on<strong>de</strong>,<br />
Mau= Σ[Miau]<br />
niau<br />
Mau = Média <strong>do</strong> Atributo <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Σ[Miau] = Somatório <strong>da</strong>s Médias <strong>do</strong>s Itens <strong>do</strong> Atributo <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
niau = número total <strong>de</strong> Itens <strong>do</strong> Atributo <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Para cálculo <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s usuários, utilizamos a média aritmética simples,<br />
pelo somatório <strong>da</strong>s médias <strong>do</strong>s atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>: Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong>, Eficiência<br />
<strong>de</strong> Uso, Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização e Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros, sobre os quais o <strong>de</strong>sempenho se<br />
refere, conforme a fórmula seguinte:<br />
Mdu= Σ[Mau]<br />
nau<br />
123
on<strong>de</strong>,<br />
Mdu = Média <strong>do</strong> Desempenho <strong>do</strong>s Usuários<br />
Σ[Mau] = Somatório <strong>da</strong>s Médias <strong>do</strong>s Atributo <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
nau = número total <strong>de</strong> Atributos <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Quanto à satisfação <strong>do</strong>s usuários, não houve cálculo <strong>de</strong> agrupamentos, pois sua<br />
i<strong>de</strong>ntificação se refere à correspon<strong>de</strong>nte média <strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> Satisfação Subjetiva.<br />
Para o cálculo <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> geral <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, utilizamos a<br />
média aritmética simples <strong>do</strong> somatório <strong>da</strong> média <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s usuários e <strong>da</strong> média <strong>de</strong><br />
satisfação <strong>do</strong>s usuários, conforme a última fórmula:<br />
on<strong>de</strong>,<br />
MUG = Média <strong>da</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Geral<br />
MUG= Mdu + Msu<br />
2<br />
Mud = Média <strong>do</strong> Desempenho <strong>do</strong>s Usuários<br />
Msu = Média <strong>da</strong> Satisfação <strong>do</strong>s Usuários<br />
A partir <strong>da</strong>s médias calcula<strong>da</strong>s, elaboramos parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>do</strong>s itens <strong>do</strong>s<br />
atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>, <strong>do</strong>s próprios atributos, bem como <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong> satisfação <strong>do</strong>s<br />
usuários sobre os quais estes atributos são associa<strong>do</strong>s, além <strong>da</strong> própria <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> geral <strong>do</strong><br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, to<strong>do</strong>s esses parâmetros <strong>de</strong> maneira análoga à escala <strong>de</strong> Likert<br />
<strong>do</strong> tipo concordância com seus pesos, representan<strong>do</strong> contínuos bipolares, <strong>de</strong> uma extremi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
à outra.<br />
Nesses parâmetros <strong>de</strong> análise, aos pesos <strong>da</strong> escala <strong>de</strong> concordância são correspondi<strong>do</strong>s<br />
intervalos on<strong>de</strong> as médias são i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s, com valores compreendi<strong>do</strong>s em cinco intervalos<br />
<strong>de</strong> um ponto ca<strong>da</strong>, com valores expressos entre 0,0 a 5,0, conforme o Quadro 19 <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong><br />
na próxima página:<br />
124
CRITÉRIOS DE<br />
CONCORDÂNCIA DAS<br />
RESPOSTAS<br />
Plena<br />
Discordância<br />
Discordância<br />
Neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Concordância<br />
Concordância<br />
125<br />
Plena<br />
Concordância<br />
Pesos 1 2 3 4 5<br />
ITENS DOS ATRIBUTOS DE<br />
USABILIDADE<br />
Nível<br />
Baixíssimo<br />
Nível<br />
Baixo<br />
Nível Regular<br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0<br />
ATRIBUTOS DE<br />
USABILIDADE<br />
Nível<br />
Baixíssimo<br />
Nível<br />
Baixo<br />
Nível Regular<br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0<br />
DESEMPENHO<br />
DOS USUÁRIOS<br />
Baixíssimo<br />
Desempenho<br />
Baixo<br />
Desempenho<br />
Desempenho<br />
Regular<br />
Nível<br />
Bom<br />
Nível<br />
Bom<br />
Bom<br />
Desempenho<br />
Nível<br />
Alto<br />
Nível<br />
Alto<br />
Alto<br />
Desempenho<br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0<br />
SATISFAÇÃO<br />
DOS USUÁRIOS<br />
Baixíssima<br />
Satisfação<br />
Baixa<br />
Satisfação<br />
Satisfação<br />
Regular<br />
Boa Satisfação Alta Satisfação<br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0<br />
QUADRO 18 - Parâmetros <strong>de</strong> análise análogos à escala <strong>de</strong> concordância<br />
Devemos advertir aqui uma situação específica quanto ao atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> Baixa<br />
Taxa <strong>de</strong> Erros. Des<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> execução <strong>da</strong> investigação, optamos por utilizar a<br />
<strong>de</strong>nominação original <strong>de</strong> Jakob Nielsen referente ao atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> em questão (na<br />
reali<strong>da</strong><strong>de</strong> referente a to<strong>do</strong>s os atributos), compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> autor.
Na perspectiva <strong>do</strong> autor, a taxa <strong>de</strong> erros <strong>de</strong>ve ser investiga<strong>da</strong> <strong>de</strong> maneira qualifica<strong>da</strong><br />
enquanto “baixa”, pois o que <strong>de</strong>ve ser analisa<strong>do</strong> é a ocorrência ou não <strong>da</strong> situação <strong>de</strong> um<br />
sistema possibilitar ao seu usuário que este execute tarefas, utilize-o, sem gran<strong>de</strong>s problemas,<br />
ou seja, com a menor possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> erros e, caso estes ocorram, com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
alerta/controle/recuperação, por sua vez, com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ultrapassagem <strong>do</strong>s problemas<br />
encontra<strong>do</strong>s/enfrenta<strong>do</strong>s.<br />
Daí, a princípio a qualificação “baixa” po<strong>de</strong> parecer antecipa<strong>da</strong> ou inapropria<strong>da</strong>,<br />
entretanto, advertimos que ela é necessária e realmente apropria<strong>da</strong> quan<strong>do</strong> relaciona<strong>da</strong> à<br />
análise <strong>de</strong> uma taxa que correspon<strong>de</strong> a uma questão: o sistema com pouco índice <strong>de</strong> erros<br />
permite ao usuário realizar suas tarefas sem gran<strong>de</strong>s problemas?<br />
Diante <strong>de</strong>sse esclarecimento, quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> elaboração <strong>do</strong>s parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>da</strong><br />
investigação, percebemos que o atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros se apresentou<br />
inversamente proporcional aos parâmetros.<br />
Tal proporcionali<strong>da</strong><strong>de</strong> inversa nos exigiu acrescentar aos parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>do</strong>s<br />
atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> uma conversão conceitual para análise específica <strong>do</strong> atributo Baixa<br />
Taxa <strong>de</strong> Erros, como <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> no quadro em sequência:<br />
CRITÉRIOS DE<br />
CONCORDÂNCIA DAS<br />
RESPOSTAS<br />
Plena<br />
Discordância<br />
Discordância<br />
Neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Concordância<br />
Concordância<br />
126<br />
Plena<br />
Concordância<br />
Pesos 1 2 3 4 5<br />
BAIXA TAXA DE ERROS<br />
Nível<br />
Baixíssimo<br />
Nível<br />
Baixo<br />
Nível Regular<br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,00 1,01-2,00 2,01-3,00 3,01-4,00 4,01-5,00<br />
Conversão Conceitual<br />
Taxa Muito Alta<br />
<strong>de</strong> Erros<br />
Alta Taxa <strong>de</strong><br />
Erros<br />
Taxa Média <strong>de</strong><br />
Erros<br />
Nível<br />
Bom<br />
Baixa Taxa <strong>de</strong><br />
Erros<br />
QUADRO 19 - Parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros<br />
Nível<br />
Alto<br />
Taxa Muito<br />
Baixa <strong>de</strong> Erros
Dessa forma, quanto mais baixo o nível <strong>do</strong> atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros, há uma maior<br />
discordância <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s sobre a Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros, ou seja, mais problemas o<br />
usuário encontra na realização <strong>de</strong> suas tarefas quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> sistema, provocan<strong>do</strong> maior<br />
número <strong>de</strong> erros. Por conclusão, teríamos, pela discordância, portanto, uma taxa alta ou muito<br />
alta <strong>de</strong> erros. E vice-versa: quanto mais alto o nível <strong>da</strong> Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros, maior a<br />
concordância <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s com a mesma, ou seja, menos problemas seriam<br />
encontra<strong>do</strong>s, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, por concordância, a uma taxa baixa ou muito baixa <strong>de</strong> erros<br />
propriamente dita.<br />
Por fim, quanto à <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> geral <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, conforme a sua<br />
média i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>, utilizamos os parâmetros <strong>de</strong> análise agora construí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> maneira análoga<br />
à escala <strong>de</strong> concordância em observância aos parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e<br />
satisfação <strong>do</strong>s usuários, conforme <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s no Quadro 20:<br />
DESEMPENHO<br />
DOS USUÁRIOS<br />
Baixíssimo<br />
Desempenho<br />
Baixo<br />
Desempenho<br />
Desempenho<br />
Regular<br />
Bom<br />
Desempenho<br />
127<br />
Alto<br />
Desempenho<br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0<br />
SATISFAÇÃO<br />
DOS USUÁRIOS<br />
Baixíssima<br />
Satisfação<br />
Baixa<br />
Satisfação<br />
Satisfação<br />
Regular<br />
Boa Satisfação Alta Satisfação<br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0<br />
USABILIDADE<br />
Baixíssima<br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Baixa<br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Regular<br />
Boa Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Alta Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Intervalos <strong>de</strong> Média 0,0-1,0 1,1-2,0 2,1-3,0 3,1-4,0 4,1-5,0<br />
QUADRO 20 – Parâmetros <strong>de</strong> análise <strong>da</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>
128<br />
7 TECENDO A QUALIDADE<br />
COSMOPÉDICA
7.1 A Cosmopédia <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong><br />
Em 02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1955, através <strong>da</strong> Lei Estadual nº 1366, foi cria<strong>da</strong> a<br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Paraíba, composta por diversas facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s e escolas existentes na época. Esta<br />
universi<strong>da</strong><strong>de</strong> foi reconheci<strong>da</strong> em 1956 pelo Decreto nº 40.150 e, mais tar<strong>de</strong>, fe<strong>de</strong>raliza<strong>da</strong> em<br />
1960, pela Lei nº 3.835, passan<strong>do</strong> a se <strong>de</strong>nominar Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba (<strong>UFPB</strong>,<br />
2007).<br />
A razão <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> to<strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> está na tría<strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão e, para<br />
isso, esse tipo <strong>de</strong> instituição necessita <strong>de</strong> um alicerce <strong>de</strong> fonte e disseminação <strong>da</strong> informação<br />
científica. Diante <strong>de</strong>ssa necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>, exaltamos a biblios teka, a magnífica “caixa <strong>de</strong> livros”.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, <strong>do</strong> grego ao bom português, a biblioteca é compreendi<strong>da</strong> como a gran<strong>de</strong><br />
presta<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> informação à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica.<br />
Ao longo <strong>do</strong>s séculos, o vocábulo biblioteca englobou uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições<br />
semânticas, as quais Targino (2006) lembra algumas: conjunto organiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> livros,<br />
objetivan<strong>do</strong> o aperfeiçoamento intelectual <strong>do</strong> homem; edifício que armazena esse material;<br />
coleção <strong>de</strong> obras sobre assuntos idênticos ou não; entre outras. Na história <strong>da</strong> civilização, o<br />
que <strong>de</strong>limita o seu surgimento “é a fixação <strong>do</strong> conhecimento por meio <strong>de</strong> registros gráficos em<br />
materiais leves e estáveis”, como tijolos <strong>de</strong> barro, rolos <strong>de</strong> papiro, códices <strong>de</strong> pergaminho, até<br />
a contemporanei<strong>da</strong><strong>de</strong> marca<strong>da</strong> pelos mais diversos suportes informacionais, similares aos<br />
livros impressos (TARGINO, 2006, p.89).<br />
No contexto universitário, a biblioteca universitária é o órgão central pelo qual se me<strong>de</strong><br />
o caráter e a eficácia <strong>de</strong> uma universi<strong>da</strong><strong>de</strong> no tratamento dispensa<strong>do</strong> a este órgão. Uma<br />
biblioteca universitária a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> é condição essencial para a pesquisa e o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
intelectual, haja vista que se configura como elemento <strong>de</strong> apoio à <strong>do</strong>cência, à pesquisa e à<br />
extensão <strong>da</strong> cultura, sen<strong>do</strong> estas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s fun<strong>da</strong>mentais <strong>de</strong> uma universi<strong>da</strong><strong>de</strong> (RAMALHO,<br />
1993).<br />
Por essa compreensão, a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba teve o seu Sistema <strong>de</strong><br />
Bibliotecas (SISTEMOTECA) cria<strong>do</strong> pela Resolução nº 201 <strong>de</strong> 07 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1980, que em<br />
seu artigo 1º apresenta a seguinte <strong>de</strong>finição (<strong>UFPB</strong>, 2007):<br />
129
130<br />
O Sistema <strong>de</strong> Bibliotecas <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong><br />
Paraíba/SISTEMOTECA – é um conjunto <strong>de</strong> bibliotecas integra<strong>da</strong>s sob<br />
aspectos funcional e operacional, ten<strong>do</strong> por objetivo a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> e harmonia<br />
<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> coleta, tratamento, armazenagem, recuperação e<br />
disseminação <strong>de</strong> informações, para apoio aos programas <strong>de</strong> ensino, pesquisa<br />
e extensão.<br />
De acor<strong>do</strong> com esta resolução, o SISTEMOTECA é forma<strong>do</strong> por uma Biblioteca<br />
Central, localiza<strong>da</strong> no Campus I (João Pessoa) e duas bibliotecas setoriais localiza<strong>da</strong>s nos<br />
Campi <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Areia e Bananeiras, não obstante contemplan<strong>do</strong> as bibliotecas setoriais<br />
<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s acadêmicas, estas últimas por vínculo <strong>de</strong>scentraliza<strong>do</strong> por controle local. (<strong>UFPB</strong>,<br />
2007) 43<br />
Ain<strong>da</strong> o artigo 12 <strong>da</strong> resolução <strong>de</strong>fine a Biblioteca Central como “órgão responsável<br />
pela coor<strong>de</strong>nação geral <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong> SISTEMOTECA”. A mesma possui três gran<strong>de</strong>s<br />
divisões:<br />
Divisão <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> Coleções (DDC): compreen<strong>de</strong> as<br />
seções <strong>de</strong> seleção, aquisição e intercâmbio;<br />
Divisão <strong>de</strong> Processos Técnicos (DPT): compreen<strong>de</strong> as seções <strong>de</strong><br />
catalogação e classificação, bem como as <strong>de</strong> manutenção <strong>do</strong> material.<br />
Divisão <strong>de</strong> Serviços aos Usuários (DSU) – compreen<strong>de</strong> as seções <strong>de</strong><br />
referência, circulação, <strong>periódicos</strong>, multimeios e Serviço <strong>de</strong> Informação e<br />
Documentação (SID).<br />
Vale ressaltar que as supracita<strong>da</strong>s divisões que compõem a Biblioteca Central, estão<br />
aloca<strong>da</strong>s sob uma estrutura arquitetônica consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> mo<strong>de</strong>rna, com uma área construí<strong>da</strong> que<br />
comporta o acervo, bem como espaço livre para circulação <strong>do</strong>s usuários.<br />
Neste contexto, cumpre apresentarmos os resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> entrevista realiza<strong>da</strong> com a<br />
Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central, na qual esta ressalta o valor <strong>de</strong>sta biblioteca, expresso por sua<br />
afirmativa:<br />
“A biblioteca é a alma <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong>”. (Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central)<br />
43 Vale <strong>de</strong>stacar a existência <strong>de</strong> Bibliotecas Setoriais em ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, além <strong>de</strong> algumas<br />
bibliotecas vincula<strong>da</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>de</strong>sta universi<strong>da</strong><strong>de</strong>.
Apesar <strong>de</strong>sta afirmativa, a mesma adverte que expor este discurso po<strong>de</strong> parecer fácil,<br />
contu<strong>do</strong>, o importante é verificar o papel <strong>da</strong> biblioteca no cumprimento <strong>de</strong> sua missão que é<br />
<strong>da</strong>r suporte informacional a to<strong>do</strong>s os cursos <strong>da</strong> instituição.<br />
Inclusive, no que tange o relacionamento <strong>da</strong> Biblioteca Central com os cursos <strong>de</strong><br />
graduação e pós-graduação <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, a Diretora acredita que o existente relacionamento entre<br />
ambos po<strong>de</strong> ser mais estreito, visan<strong>do</strong> um melhor atendimento por parte <strong>da</strong> Biblioteca às<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s três corpos institucionais, técnicos, discentes e, principalmente, <strong>do</strong>centes, o<br />
que po<strong>de</strong> ser percebi<strong>do</strong> através <strong>da</strong> afirmativa:<br />
131<br />
“Os professores <strong>de</strong>vem procurar a biblioteca em to<strong>do</strong>s os momentos e não<br />
só quan<strong>do</strong> os cursos são avalia<strong>do</strong>s pelo MEC ou pela CAPES [...] O nosso<br />
bom relacionamento é importante para que possamos aten<strong>de</strong>r as<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les”. (Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central)<br />
Conhecer as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s usuários é <strong>de</strong> suma importância para to<strong>do</strong> e qualquer<br />
sistema <strong>de</strong> informação, mas, apesar <strong>do</strong> exposto acima <strong>de</strong>tectamos que a Biblioteca Central não<br />
realiza Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Usuários. A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> que vise conhecer o usuário, bem<br />
como seu comportamento <strong>de</strong> busca e uso <strong>da</strong> informação, além <strong>da</strong> educação <strong>de</strong>ste usuário, foi<br />
percebi<strong>da</strong> pela atual gestora <strong>da</strong> Biblioteca, conforme lamenta:<br />
“A Biblioteca Central não faz Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Usuário. Há uns três anos atrás, se<br />
não me engano, solicitamos a um professor <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong><br />
Biblioteconomia, hoje Departamento <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, para<br />
organizar um trabalho para ser realiza<strong>do</strong> na Biblioteca Central para<br />
avaliar o usuário e também educar o usuário, o que nunca ocorreu”.<br />
(Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central)<br />
Vale <strong>de</strong>stacarmos que gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Graduação<br />
em Biblioteconomia <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> são volta<strong>do</strong>s para a sua Biblioteca Central ou Bibliotecas<br />
Setoriais <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s acadêmicas, trabalhos estes que abor<strong>da</strong>m temas como necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
informação, busca e uso <strong>de</strong> informação, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s serviços <strong>da</strong> biblioteca, satisfação <strong>do</strong>s<br />
usuários com os serviços presta<strong>do</strong>s. Esta assertiva é ratifica<strong>da</strong> pelo relato abaixo <strong>da</strong> Diretora,<br />
enquanto uma alternativa estimula<strong>da</strong> e bem-vin<strong>da</strong>:
132<br />
“Temos participa<strong>do</strong> <strong>de</strong> alguns trabalhos <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso volta<strong>do</strong>s<br />
para a Biblioteca”. (Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central)<br />
Por sua importância, urge que estes trabalhos dêem efetivamente uma contribuição à<br />
sua instituição <strong>de</strong> origem, através <strong>do</strong> que po<strong>de</strong> ser diagnostica<strong>do</strong>, avalia<strong>do</strong>, sugeri<strong>do</strong> e<br />
implementa<strong>do</strong> na Biblioteca Central.<br />
A Biblioteca Central aten<strong>de</strong> em média 35.000 (trinta e cinco mil) usuários ao mês, os<br />
quais têm à sua disposição um acervo composto por 300.893 (trezentos mil e oitocentos e<br />
noventa e três) títulos, conforme <strong>da</strong><strong>do</strong>s informa<strong>do</strong>s pela Direção <strong>da</strong> mesma, observan<strong>do</strong> atingir<br />
a meta <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> pelo menos 5.000 (cinco mil) exemplares até o fim <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2008,<br />
equivalentes a pelo menos mais 1.000 (mil) títulos (PESSOA, 2008).<br />
Esta Biblioteca vem trabalhan<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong>, quanto à capacitação <strong>de</strong> seus recursos<br />
humanos e quanto ao aporte <strong>de</strong> novos recursos tecnológicos na promoção <strong>de</strong> seus serviços.<br />
Assim, a Biblioteca Central possui 104 (cento e quatro) funcionários, sen<strong>do</strong> 33 (trinta e três)<br />
bibliotecários e 71 (setenta e um) técnicos. O ambiente <strong>de</strong> trabalho é to<strong>do</strong> equipa<strong>do</strong> com<br />
computa<strong>do</strong>res. Sobre os recursos tecnológicos disponibiliza<strong>do</strong>s pela Biblioteca aos usuários,<br />
esta conta com 11 (onze) computa<strong>do</strong>res, incluin<strong>do</strong> os localiza<strong>do</strong>s na sala <strong>de</strong> acesso ao Portal<br />
<strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES (PESSOA, 2008).<br />
As novas tecnologias, ca<strong>da</strong> vez mais presentes nas instituições sociais e ain<strong>da</strong> mais<br />
naquelas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> conhecimento, configuram-se como relevante componente <strong>de</strong> uma<br />
biblioteca universitária, no atendimento <strong>do</strong> seu elemento essencial, que é o usuário. Por isso,<br />
Ramalho, em sua Tese <strong>de</strong> Doutora<strong>do</strong>, intitula<strong>da</strong> Receptivi<strong>da</strong>d <strong>de</strong> Las Bibliotecas<br />
Universitarias <strong>de</strong> España y <strong>de</strong> Brasil ante Las Nuevas Tecnologias <strong>de</strong> La Informacion,<br />
publica<strong>da</strong> em 1993, já enfocava que:<br />
As tecnologias influem nota<strong>da</strong>mente no processo <strong>de</strong> geração, armazenagem<br />
e disseminação <strong>da</strong> informação e contribui para a ampliação <strong>de</strong> sua<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> produtora e bens e serviços bibliotecários.<br />
Diante disso, enquanto instituição convenia<strong>da</strong> ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, a<br />
<strong>UFPB</strong> disponibiliza acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES aos seus usuários através <strong>da</strong><br />
Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> DSU <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, apesar <strong>de</strong> se encontrar instala<strong>do</strong>
no Serviço <strong>de</strong> Informação e Documentação <strong>de</strong>sta Biblioteca 44 . Para a Direção <strong>da</strong> Biblioteca, o<br />
Portal se apresenta enquanto eficiente recurso <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> informação que veio fazer<br />
face ao problema <strong>da</strong> <strong>de</strong>scontinui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> aquisição <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Pela<br />
política pública a qual serve, este Portal veio contribuir especial e significativamente com a<br />
pós-graduação e a pesquisa na <strong>UFPB</strong>.<br />
Destina<strong>da</strong> ao Portal, no interior <strong>da</strong> Biblioteca Central, em ambiente climatiza<strong>do</strong>,<br />
encontra-se a sala <strong>de</strong> acesso ao mesmo, ocupan<strong>do</strong> um espaço <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 30 (trinta)<br />
m2 e contan<strong>do</strong> com apenas 05 (cinco) terminais <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res para seu acesso pelos<br />
usuários (SANTOS, 2008).<br />
Apesar <strong>da</strong> sua importância, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o espaço físico à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> terminais<br />
disponibiliza<strong>do</strong>s, é possível perceber que o ambiente é ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para uma instituição <strong>de</strong>ste<br />
porte. Isto, com exceção <strong>do</strong> seu corpo responsável <strong>de</strong> servi<strong>do</strong>res técnicos, que é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />
bem qualifica<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> composto por 3 (três) bibliotecários, possuin<strong>do</strong> um servi<strong>do</strong>r o título <strong>de</strong><br />
Mestre em Biblioteconomia e outro em realização <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong><br />
Informação na instituição. Ressaltamos que, periodicamente, estes servi<strong>do</strong>res vêm<br />
participan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s treinamentos/cursos ofereci<strong>do</strong>s nacionalmente pela CAPES, transforman<strong>do</strong>-<br />
se em multiplica<strong>do</strong>res na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
A ina<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> ambiente e <strong>do</strong> número <strong>de</strong> terminais foi expressa na preocupação <strong>da</strong><br />
Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central e ratifica<strong>da</strong> pela Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos, indican<strong>do</strong> um<br />
plano <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong> ambiente físico, para on<strong>de</strong> hoje se localiza a coleção <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong><br />
impressos, e <strong>de</strong> expansão <strong>do</strong>s equipamentos, como transcrito:<br />
133<br />
“Percebemos que o ambiente está fican<strong>do</strong> pequeno. Temos projeto <strong>de</strong><br />
ampliação”. Nós já convi<strong>da</strong>mos um arquiteto para fazer a proposta <strong>do</strong><br />
ambiente”. (Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central)<br />
“Nós temos agora cinco terminais, mas com a mu<strong>da</strong>nça <strong>do</strong> Portal para a<br />
sala anexa preten<strong>de</strong>mos disponibilizar <strong>de</strong>z terminais para os usuários”.<br />
(Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos)<br />
44 Esta instalação se refere à infra-estrutura física necessária ao funcionamento <strong>do</strong> <strong>portal</strong>: terminais <strong>de</strong><br />
computa<strong>do</strong>res com acesso à internet em ambiente climatiza<strong>do</strong>.
Po<strong>de</strong>mos observar, na seqüência, através <strong>da</strong>s Fotos 1 e 2, a ina<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> atual<br />
espaço <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>.<br />
FOTO 1 – Sala <strong>de</strong> Acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> (1)<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Pesquisa, 2008<br />
FOTO 2 – Sala <strong>de</strong> Acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> (2)<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Pesquisa, 2008<br />
134
De mo<strong>do</strong> diferente <strong>da</strong>s ilhas <strong>de</strong> acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES em outras<br />
IES, a Sala <strong>de</strong> Acesso ao Portal na <strong>UFPB</strong> não conta com módulos <strong>de</strong> uso individual com<br />
divisórias, enquanto um eficiente requisito ergonômico disposto aos seus usuários. Como<br />
exemplo, po<strong>de</strong>mos citar a ilha <strong>de</strong> acesso ao Portal <strong>de</strong> apenas uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (UFRJ), o seu CCS, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> esta ilha <strong>de</strong><br />
Biblioteca Virtual <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (BVS):<br />
135<br />
A BVS está localiza<strong>da</strong> no interior <strong>da</strong> Biblioteca <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong><br />
Saú<strong>de</strong>, em um espaço <strong>de</strong> 96m 2 , refrigera<strong>do</strong>, com piso eleva<strong>do</strong> e instalações<br />
elétricas específicas para aten<strong>de</strong>r aos requisitos funcionais <strong>do</strong> espaço. Em<br />
seu interior 25 (vinte e cinco) microcomputa<strong>do</strong>res mo<strong>de</strong>rnos dispostos em<br />
módulos <strong>de</strong> uso individual, oferecem maior comodi<strong>da</strong><strong>de</strong> e privaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para<br />
os usuários, durante suas consultas e pesquisas (MARTINS, 2006, p. 91).<br />
Sobre a estimativa <strong>de</strong> usuários que freqüentam o ambiente disponibiliza<strong>do</strong> pela<br />
Biblioteca Central para acesso ao Portal, a Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos nos relatou que são<br />
atendi<strong>do</strong>s em média 40 (quarenta) usuários ao dia em perío<strong>do</strong> letivo, engloban<strong>do</strong> a<br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> universitária interna e externa.<br />
“Aten<strong>de</strong>mos diariamente uma média <strong>de</strong> quarenta usuários em tempo <strong>de</strong><br />
semestre normal. O usuário é o mais varia<strong>do</strong> possível. É to<strong>da</strong> a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
universitária e também a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> externa”. (Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong><br />
Periódicos)<br />
É importante ressaltar que este número é, em sua gran<strong>de</strong> maioria, <strong>de</strong> usuários<br />
discentes. Quanto à freqüência <strong>de</strong> usuários <strong>do</strong>centes na Biblioteca Central para acesso ao<br />
Portal, a Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos afirma que isto é raro, pois:<br />
“Como o Portal é on-line o professor busca a sua comodi<strong>da</strong><strong>de</strong>”. (Chefe <strong>da</strong><br />
Seção <strong>de</strong> Periódicos)<br />
Crespo (2005, p. 102), já tinha aponta<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral a situação <strong>da</strong> não freqüência<br />
nas bibliotecas por parte <strong>de</strong> usuários investiga<strong>do</strong>s por diversos autores, isto em face <strong>da</strong><br />
utilização <strong>do</strong>s recursos informacionais eletrônicos fora <strong>da</strong>s bibliotecas universitárias:
136<br />
[...] como na realiza<strong>da</strong> por Curty (2002) na área <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, na qual foi<br />
reconheci<strong>do</strong> que a freqüência à biblioteca era pequena, se compara<strong>da</strong> a<br />
outras formas <strong>de</strong> obtenção <strong>de</strong> informação.<br />
Essa situação também é i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> por Milne (1999), o qual conclui, em<br />
sua análise que o número <strong>de</strong> visitas à biblioteca diminuiu, e que as buscas<br />
ocorrem através <strong>de</strong> recursos eletrônicos, disponíveis fora <strong>da</strong> biblioteca.<br />
Também é constata<strong>da</strong> essa situação na pesquisa realiza<strong>da</strong> por Gleeson<br />
(2001) com mais <strong>de</strong> 200 pesquisa<strong>do</strong>res com Doutora<strong>do</strong>, nas áreas <strong>de</strong><br />
Filosofia, Medicina Veterinária, Ciências, Medicina, entre outros. Foi<br />
i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> que 78% <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s reduziram o número <strong>de</strong> visitas à<br />
biblioteca. Destaca-se, ain<strong>da</strong>, nesse estu<strong>do</strong>, ter si<strong>do</strong> reconheci<strong>do</strong> que essa<br />
redução se <strong>de</strong>ve, em parte, ao acesso direto <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> seu<br />
computa<strong>do</strong>r, aos artigos <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> científicos eletrônicos que necessita.<br />
No que tange a área <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> vinculação <strong>do</strong>s usuários que mais acessam o<br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na Biblioteca Central, a Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos nos<br />
confirmou o que já havia si<strong>do</strong> informa<strong>do</strong> em consulta à mesma quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> elaboração <strong>do</strong><br />
projeto <strong>de</strong>sta investigação, ratifican<strong>do</strong> unanimemente a área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>:<br />
“A área que mais acessa o Portal é a área <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Em<br />
primeiro lugar Enfermagem, em segun<strong>do</strong> lugar Medicina, em terceiro<br />
Nutrição, segui<strong>da</strong> <strong>de</strong> Educação Física e Farmácia”. (Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong><br />
Periódicos)<br />
É interessante ressaltar a importância também <strong>do</strong> Portal para a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica<br />
brasileira na perspectiva <strong>da</strong>s entrevista<strong>da</strong>s:<br />
“Os <strong>periódicos</strong> CAPES para mim é uma maravilha por aten<strong>de</strong>r to<strong>da</strong>s as<br />
áreas <strong>do</strong> conhecimento”. (Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central)<br />
“Consi<strong>de</strong>ro que foi um marco na <strong>de</strong>mocratização <strong>da</strong> informação científica<br />
no Brasil. As universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s estão em pé <strong>de</strong> igual<strong>da</strong><strong>de</strong> ao conseguir material,<br />
informações. O acesso à informação ficou mais fácil e mais rápi<strong>do</strong>. Hoje<br />
temos acesso às informações <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> inteiro”. (Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong><br />
Periódicos)<br />
Mesmo com sua importância atesta<strong>da</strong>, a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> ain<strong>da</strong> precisa<br />
atentar para a utilização eficaz <strong>do</strong> Portal, o que po<strong>de</strong> acontecer mediante treinamentos<br />
oferta<strong>do</strong>s pela Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> Biblioteca Central, que, como já esclarecemos, possui
profissionais capacita<strong>do</strong>s para tais treinamentos. Vale ressaltar que a oferta <strong>de</strong> treinamento por<br />
parte <strong>do</strong> setor é divulga<strong>da</strong> às coor<strong>de</strong>nações <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> graduação e pós-graduação, porém<br />
sem êxito no recebimento <strong>de</strong> convites para a concretização <strong>do</strong> mesmo, conforme expressa<strong>do</strong><br />
no relato abaixo:<br />
137<br />
“Man<strong>de</strong>i e-mail às Coor<strong>de</strong>nações informan<strong>do</strong> que prestamos este serviço <strong>de</strong><br />
treinamento. Não recebemos nenhum convite para treinamento. Somos<br />
capacita<strong>do</strong>s para prestar treinamento. [...] Chegar ao usuário aluno é fácil,<br />
já chegar ao usuário professor é muito mais difícil. Talvez eles não<br />
enten<strong>da</strong>m a importância <strong>do</strong> Portal.” (Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos)<br />
Destacamos que os treinamentos sobre os quais a profissional se refere, po<strong>de</strong>m ser<br />
realiza<strong>do</strong>s, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a mesma, in loco <strong>de</strong> maneira agen<strong>da</strong><strong>da</strong>, ou seja, basta que uma<br />
coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> curso <strong>de</strong> graduação ou pós-graduação <strong>da</strong> universi<strong>da</strong><strong>de</strong> disponibilize um local<br />
com computa<strong>do</strong>r e projetor multimídia para efetivação <strong>do</strong> treinamento, propician<strong>do</strong>, assim,<br />
comodi<strong>da</strong><strong>de</strong> aos <strong>do</strong>centes e discentes.<br />
Outro ponto levanta<strong>do</strong>, que precisa ser mais bem divulga<strong>do</strong> à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica<br />
<strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, é sobre o acesso remoto para uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. Foi<br />
i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>, através <strong>da</strong> entrevista com a Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos, uma burocracia pouco<br />
divulga<strong>da</strong> <strong>do</strong> acesso remoto permiti<strong>do</strong>, conforme enfatiza:<br />
“A informação não circula na <strong>UFPB</strong>. É um problema o acesso remoto.”<br />
(Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos)<br />
Durante a investigação, confirmamos to<strong>do</strong>s os setores envolvi<strong>do</strong>s na solicitação <strong>do</strong><br />
acesso remoto ao Portal autoriza<strong>do</strong> pela <strong>UFPB</strong>, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> o seguinte fluxo burocrático<br />
institucional que este percorre <strong>de</strong> maneira geral:<br />
→ solicitação <strong>do</strong> usuário em potencial (<strong>do</strong>cente ou discente) entregue à coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> curso<br />
<strong>de</strong> graduação ou <strong>de</strong> pós-graduação ao qual está vincula<strong>do</strong>;<br />
→ verificação <strong>da</strong> vinculação institucional <strong>do</strong> usuário em potencial pela coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> curso<br />
e, quan<strong>do</strong> confirma<strong>da</strong>, posterior encaminhamento <strong>da</strong> solicitação à Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>da</strong><br />
Pró-Reitoria <strong>de</strong> Pós-Graduação e Pesquisa (PRPG);
→ autorização e encaminhamento <strong>da</strong> solicitação <strong>do</strong> usuário em potencial pela Coor<strong>de</strong>nação<br />
Geral <strong>da</strong> PRPG ao Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia <strong>da</strong> Informação (NTI);<br />
→ geração e encaminhamento <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> acesso <strong>do</strong> usuário (passos <strong>de</strong> 1º acesso<br />
remoto, user name e password) pelo NTI à Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>da</strong> PRPG;<br />
→ encaminhamento <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> acesso <strong>do</strong> usuário pela Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>da</strong> PRPG<br />
à coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> curso; e<br />
→ entrega <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> acesso <strong>do</strong> usuário ao mesmo.<br />
De posse <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> acesso (F<strong>REI</strong>RE, 2008), o usuário <strong>de</strong>ve realizar o 1º<br />
acesso conforme os seguintes passos indica<strong>do</strong>s pela instituição:<br />
1º passo: a partir <strong>de</strong> qualquer navega<strong>do</strong>r, digitar o en<strong>de</strong>reço eletrônico<br />
http://www.prpg.ufpb/prpg/periodicos;<br />
2º passo: na tela que aparecer, clicar em Clique aqui para baixar o Firefox_Capes;<br />
3º passo: na janela <strong>de</strong> Download <strong>de</strong> Arquivos, clicar em Salvar;<br />
4º passo: clicar duas vezes no ícone Firefox_Capes que se encontra no <strong>de</strong>sktop ou no<br />
Arquivo Executável, que foi salvo em uma pasta; e<br />
5º passo: será solicita<strong>do</strong> User Name e Password.<br />
Dessa forma, a disponibilização <strong>do</strong> acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong><br />
se dá por três maneiras, além <strong>do</strong> acesso público que po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualquer<br />
computa<strong>do</strong>r com Internet:<br />
a) acesso local na Biblioteca Central – através <strong>da</strong> sua Seção <strong>de</strong> Periódicos, responsável pela<br />
orientação e treinamento acerca <strong>do</strong> Portal aos usuários;<br />
b) acesso local na instituição fora <strong>da</strong> Biblioteca Central – através <strong>da</strong> re<strong>de</strong> interna <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>,<br />
sob a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>da</strong> PRPG e <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Tecnologia <strong>da</strong><br />
Informação <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os computa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> instituição com seus IP’s ca<strong>da</strong>stra<strong>do</strong>s<br />
junto à Coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Portal obterem acesso direto ao mesmo;<br />
c) acesso remoto – como o acesso público, o acesso remoto po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> qualquer<br />
computa<strong>do</strong>r com Internet, contu<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser solicita<strong>do</strong> pelo usuário em potencial e<br />
autoriza<strong>do</strong> pela <strong>UFPB</strong>, conforme <strong>de</strong>screvemos acima.<br />
Devemos ressaltar que to<strong>do</strong> este relato em comento foi realiza<strong>do</strong> no intuito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>screver o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES no seu contexto geral <strong>de</strong> uso promovi<strong>do</strong> pela<br />
138
<strong>UFPB</strong>, a partir <strong>de</strong> sua Biblioteca Central, órgão responsável pela disponibilização <strong>de</strong> seu<br />
acesso local institucional, além <strong>da</strong> orientação e treinamento aos seus usuários.<br />
Por esse contexto geral, apesar <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal na <strong>UFPB</strong> se dá a partir <strong>de</strong> sua<br />
Biblioteca Central, evi<strong>de</strong>nciamos que os <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> CCS utilizam o Portal, na sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
através <strong>do</strong> acesso local na instituição fora <strong>da</strong> Biblioteca Central e <strong>do</strong> acesso remoto autoriza<strong>do</strong>,<br />
conforme relato <strong>da</strong> Chefe <strong>do</strong> Setor <strong>de</strong> Periódicos e <strong>do</strong> controle <strong>da</strong> Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação e <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>. “Vale salientar que isso não é uma<br />
política <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, mas <strong>do</strong> CCS que buscou formas <strong>de</strong> facilitar a pesquisa bibliográfica <strong>de</strong> seus<br />
membros <strong>do</strong>centes, servi<strong>do</strong>res e discente." (LIMEIRA JUNIOR, 2008).<br />
7.2 Perfil <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s<br />
I<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> o contexto <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES promovi<strong>do</strong> pela<br />
<strong>UFPB</strong>, apresentamos a caracterização <strong>do</strong>s sujeitos <strong>da</strong> pesquisa, mapea<strong>da</strong> a sua <strong>de</strong>scrição<br />
segun<strong>do</strong> questões que permitiram <strong>de</strong>linear os seus perfis geral e específico.<br />
Dessa forma, caracterizamos os <strong>do</strong>centes usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
mediante a primeira parte, constituí<strong>da</strong> <strong>de</strong> 14 itens, <strong>do</strong> questionário que foi utiliza<strong>do</strong> para coleta<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, conforme indicamos no quadro:<br />
DESCRIÇÃO ITENS<br />
I<strong>de</strong>ntificação geral <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente 1 e 2<br />
I<strong>de</strong>ntificação acadêmico-profissional <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente 3 a 5<br />
Tempo <strong>de</strong> utilização e experiência com sistemas informacionais automatiza<strong>do</strong>s 6 e 7<br />
Local <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r 8<br />
Freqüência que navega e recursos <strong>da</strong> Internet mais acessa<strong>do</strong>s 9 e 10<br />
Freqüência e local <strong>de</strong> acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES 11 e 12<br />
Utilização <strong>do</strong> Portal para que ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s 13<br />
Bases <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s acessa<strong>da</strong>s através <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES 14<br />
QUADRO 21 – Descrição <strong>do</strong>s itens <strong>do</strong> perfil <strong>do</strong> usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
139
Enquanto perfil geral <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s, primeiramente, no que tange a<br />
participação <strong>do</strong>s sujeitos nesta pesquisa, <strong>de</strong>tectamos que houve maior pre<strong>do</strong>mínio <strong>do</strong> sexo<br />
feminino em relação ao masculino, perfazen<strong>do</strong>, respectivamente, 69% (F=33) 45 e 31% (F=15)<br />
<strong>do</strong> total <strong>da</strong> amostra.<br />
Pelo Gráfico 1 evi<strong>de</strong>nciamos o gênero e a faixa etária <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes. Detectamos que<br />
55% (F=) <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> sexo feminino se encontram numa faixa etária que vai <strong>do</strong>s 41 a 50<br />
anos, enquanto que 40% (F=) <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> sexo masculino se encontram entre 31 a 40<br />
anos, sen<strong>do</strong> estes os percentuais <strong>de</strong> maior concentração. Evi<strong>de</strong>nciamos, <strong>da</strong>í, os sujeitos <strong>da</strong><br />
pesquisa enquanto uma população amadureci<strong>da</strong> <strong>de</strong> pre<strong>do</strong>mínio feminino.<br />
Faixa Etária<br />
mais <strong>de</strong> 60<br />
51 a 60<br />
41 a 50<br />
31 a 40<br />
20 a 30<br />
3%<br />
6%<br />
GRÁFICO 1 - Gênero e Faixa Etária<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
18%<br />
27%<br />
27%<br />
24%<br />
40%<br />
55%<br />
Feminino<br />
Masculino<br />
Seguin<strong>do</strong> a i<strong>de</strong>ntificação acadêmico-profissional <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s, outro<br />
aspecto observa<strong>do</strong> na pesquisa foi a sua vinculação com a <strong>UFPB</strong>. Determina<strong>do</strong>s os sujeitos<br />
investiga<strong>do</strong>s enquanto os <strong>do</strong>centes permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />
<strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> na <strong>UFPB</strong>, ou seja, servi<strong>do</strong>res públicos <strong>do</strong>centes efetivos, i<strong>de</strong>ntificamos que<br />
estes estão enquadra<strong>do</strong>s nas três últimas classes distintas <strong>da</strong> carreira <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência na<br />
instituição: 61% (F=29) são Professores Adjuntos, 35% (F=17) são Professores Associa<strong>do</strong>s e<br />
apenas 4% (F=2) são Professores Titulares.<br />
45 F = Freqüência <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s quanto à porcentagem.<br />
140
35%<br />
4%<br />
GRÁFICO 2 - Vinculação com a <strong>UFPB</strong><br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
61%<br />
Professor Adjunto<br />
Professor Associa<strong>do</strong><br />
Professor Titular<br />
É importante registrar que quanto maior for a titulação <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente, maior é a<br />
abrangência e possivelmente a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s no seu compromisso sócio-<br />
político e institucional com o ensino, a pesquisa e a extensão universitária.<br />
Lembramos que, para efeito <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> pós-graduação stricto sensu, a<br />
CAPES exige <strong>da</strong>s instituições a vinculação <strong>de</strong> professores com o título <strong>de</strong> Doutor ou Livre-<br />
Docência, correspon<strong>de</strong>nte ao cargo mínimo <strong>de</strong> professor adjunto nas instituições fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong><br />
ensino superior. Nesse senti<strong>do</strong>, nenhum <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s está enquadra<strong>do</strong> nas duas<br />
primeiras classes <strong>da</strong> carreira <strong>do</strong>cente, Professor Auxiliar ou Professor Assistente, que exigem,<br />
respectivamente, a titulação mínima <strong>de</strong> Gradua<strong>do</strong> (exigin<strong>do</strong>-se em concursos públicos, por<br />
vezes <strong>de</strong> interesse institucional, a titulação <strong>de</strong> Especialista) e Mestre.<br />
Com relação ao tempo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência na <strong>UFPB</strong>, <strong>de</strong>tectamos que 35% (F=17) <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>centes têm tempo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência compreendi<strong>do</strong> entre 2 a 10 anos, 31% (F=15) entre 11 a 20<br />
anos, 21% (F=10) entre 21 a 30 anos, mais <strong>de</strong> 30 anos 8% (F=4) e não informaram 4% (F=2).<br />
Tempo em Anos<br />
mais <strong>de</strong> 30<br />
21 a 30<br />
11 a 20<br />
2 a 10<br />
não informou<br />
4%<br />
GRÁFICO 3 – Tempo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência na <strong>UFPB</strong><br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
8%<br />
22%<br />
31%<br />
35%<br />
141
Como último item <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação acadêmico-profissional <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s,<br />
levantamos a titulação <strong>do</strong>s mesmos. Como explica<strong>do</strong> acima, to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes têm o título <strong>de</strong><br />
Doutor. Além <strong>do</strong> título <strong>de</strong> Doutor, apenas 13% (F=6) têm Pós-Doutora<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> 6% (F=3)<br />
<strong>do</strong>centes <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos, 4%<br />
(F=2) <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Nutrição e 2% (F=1) <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-<br />
Graduação em Enfermagem (APÊNDICE F).<br />
Como próximo ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>scrição, levantamos o tempo <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> sistemas<br />
informacionais automatiza<strong>do</strong>s e experiência <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s. Com relação ao tempo<br />
em que os <strong>do</strong>centes vêm utilizan<strong>do</strong> sistemas informacionais automatiza<strong>do</strong>s, observamos que<br />
quase meta<strong>de</strong> <strong>de</strong>les, 48% (F=23), utiliza esses sistemas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 11 a 15 anos atrás.<br />
Tempo em Anos<br />
mais <strong>de</strong> 15<br />
11 a 15<br />
6 a 10<br />
3 a 5<br />
12%<br />
15%<br />
25%<br />
GRÁFICO 4 - Tempo que usa sistemas informacionais automatiza<strong>do</strong>s<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Com relação a como os <strong>do</strong>centes se consi<strong>de</strong>ram enquanto usuários <strong>de</strong> sistemas<br />
automatiza<strong>do</strong>s, pelo Gráfico 5 é possível perceber que a maioria, 75% (F=36), <strong>do</strong>s<br />
respon<strong>de</strong>ntes se consi<strong>de</strong>ra experiente. A experiência é aponta<strong>da</strong> por Nielsen e Loranger (2007,<br />
p. 26) como vantagem quan<strong>do</strong> os usuários navegam pela web, assim “a liber<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
movimento é mais vantajosa para os usuários qualifica<strong>do</strong>s e um impedimento para os usuários<br />
menos qualifica<strong>do</strong>s”.<br />
48%<br />
142
75%<br />
4%<br />
2%<br />
19%<br />
iniciante<br />
pouco experiente<br />
experiente<br />
muito experiente<br />
GRÁFICO 5 - Como se consi<strong>de</strong>ra enquanto usuário <strong>de</strong> sistemas automatiza<strong>do</strong>s<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Sobre os locais em que os <strong>do</strong>centes utilizam computa<strong>do</strong>r, a universi<strong>da</strong><strong>de</strong> atingiu a<br />
totali<strong>da</strong><strong>de</strong> (100%). Também é significativa, a utilização <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r na própria casa <strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>cente, com 94% (F=45). Este item é complementar ao anterior na evi<strong>de</strong>nciação <strong>da</strong><br />
experiência <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s enquanto usuários <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong>s<br />
em computa<strong>do</strong>r, e o local <strong>de</strong> trabalho, a <strong>UFPB</strong>, torna-se claro pela <strong>do</strong>ação <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>cente no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e no seu compromisso. O uso <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res também se<br />
dá em outros locais, 2% (F=1), como em aeroportos e hotéis, <strong>da</strong><strong>da</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> viagens<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes em face <strong>da</strong> sua participação em reuniões e eventos, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
projetos.<br />
universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
casa<br />
outros<br />
2%<br />
GRÁFICO 6 - Locais que utiliza computa<strong>do</strong>r<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
94%<br />
100%<br />
Como próximas características <strong>de</strong>scritas, levantamos a freqüência com que os <strong>do</strong>centes<br />
investiga<strong>do</strong>s utilizam a Internet e os recursos mais utiliza<strong>do</strong>s por eles. A maioria <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes,<br />
81% (F=39), utiliza diariamente, contra 19% (F=9) que navegam mais <strong>de</strong> uma vez por<br />
semana.<br />
143
81%<br />
GRÁFICO 7 - Freqüência <strong>de</strong> uso <strong>da</strong> Internet<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
19%<br />
mais <strong>de</strong> 1 vez por semana<br />
diariamente<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que a maioria <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes utiliza a Internet diariamente, além <strong>da</strong>queles<br />
que a utilizam mais <strong>de</strong> uma vez por semana, o Gráfico 8 <strong>de</strong>monstra os recursos que os<br />
<strong>do</strong>centes mais acessam na Internet. O recurso que apresentou totali<strong>da</strong><strong>de</strong> (100%) foram os e-<br />
mails. Recursos como sites <strong>de</strong> busca são acessa<strong>do</strong>s por 90% (F=43) <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes, além <strong>de</strong><br />
jornais e revistas por 75% (F=36). Os sites <strong>de</strong> compra por 15% (F=7), sites <strong>de</strong> relacionamento<br />
e chats por 4% (F=2) ca<strong>da</strong>. Os <strong>do</strong>centes citaram, ain<strong>da</strong>, o acesso a outros recursos como sites e<br />
revistas especializa<strong>da</strong>s, com 13% (F=6).<br />
E-mail<br />
Sites <strong>de</strong> Busca<br />
Jornais e Revistas<br />
Sites <strong>de</strong> compras<br />
outros recursos<br />
Sites <strong>de</strong> relacionamento<br />
Chats<br />
4%<br />
4%<br />
15%<br />
13%<br />
GRÁFICO 8 - Recursos mais acessa<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Internet<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
75%<br />
90%<br />
100%<br />
A Internet, enquanto canal <strong>de</strong> comunicação supra-formal, permite que os usuários a ela<br />
conecta<strong>do</strong>s possam usufruir <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> informação e comunicação <strong>de</strong> alcance mundial,<br />
serviços estes em número ilimita<strong>do</strong> que se <strong>de</strong>senvolvem continuamente.<br />
144
Um <strong>do</strong>cente <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, por exemplo, através <strong>de</strong>ste canal, po<strong>de</strong> recuperar<br />
informações atualiza<strong>da</strong>s em tempo real acerca <strong>do</strong>s avanços científicos e tecnológicos<br />
necessários para referen<strong>da</strong>r seus projetos/pesquisas/publicações, promover cooperações<br />
técnico-científicas e acompanhar a divulgação <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> referências e patentes, tão<br />
essenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
A partir <strong>da</strong> evi<strong>de</strong>nciação <strong>da</strong> experiência e hábitos <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s acerca <strong>do</strong><br />
uso <strong>de</strong> sistemas informacionais automatiza<strong>do</strong>s, partimos para o questionamento sobre o uso <strong>do</strong><br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. Nesse senti<strong>do</strong>, lembramos que quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> realização <strong>da</strong> coleta<br />
<strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s junto aos sujeitos <strong>da</strong> pesquisa, questionamos a priori se os mesmos eram usuários <strong>do</strong><br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, por esta investigação só contemplar os <strong>do</strong>centes configura<strong>do</strong>s<br />
enquanto tal.<br />
A freqüência com que os <strong>do</strong>centes utilizam o Portal é maior para os respon<strong>de</strong>ntes que o<br />
utilizam “algumas vezes por semana”, (75%, F=36), segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes que o utilizam<br />
“algumas vezes no mês”, (15%, F=7), conforme o Gráfico 9.<br />
algumas vezes por semana<br />
algumas vezes por mês<br />
raramente<br />
diariamente<br />
muitas vezes por semana<br />
4%<br />
4%<br />
15%<br />
13%<br />
GRÁFICO 9 - Freqüência <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Constatamos que os <strong>do</strong>centes acessam o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES em sua<br />
significativa maioria na universi<strong>da</strong><strong>de</strong> (94%, F=45), segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> acesso na própria casa (58%,<br />
F=28). O acesso ao Portal na Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> se dá por apenas 2% (F=1) <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>centes. Igual percentual recebeu a opção “outros locais”, que conforme justificou o<br />
respon<strong>de</strong>nte é “on<strong>de</strong> estiver disponível o acesso” (D 23).<br />
75%<br />
145
universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
casa<br />
Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
outros locais<br />
2%<br />
2%<br />
58%<br />
GRÁFICO 10 - Locais <strong>de</strong> acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Sobre a utilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos no contexto <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>centes,<br />
conforme o Gráfico 11, observamos que as opções lista<strong>da</strong>s obtiveram porcentagem<br />
significativa, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se: 92% (F=44) <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes utilizam o Portal para elaboração <strong>de</strong><br />
artigos, 83% (F= 40) para orientações <strong>de</strong> teses e dissertações, segui<strong>do</strong>s <strong>de</strong> 73% (F=35) que o<br />
utilizam para suporte às disciplinas e para orientação <strong>de</strong> iniciação científica, respectivamente.<br />
A resposta “outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s”, (10%, F=5), refere-se a obtenção <strong>de</strong> artigos científicos,<br />
orientação <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso, atualização bibliográfica para projeto <strong>de</strong><br />
pesquisa em an<strong>da</strong>mento, preparo <strong>de</strong> aulas para graduação, material para discussão em reunião<br />
<strong>de</strong> monitoria.<br />
elaboração <strong>de</strong> artigos<br />
orientação <strong>de</strong> teses e dissertações<br />
suporte às disciplinas<br />
orientação <strong>de</strong> iniciação científica<br />
suporte laboritorial<br />
outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
10%<br />
58%<br />
GRÁFICO 11 - Contexto <strong>de</strong> utilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
A última questão <strong>da</strong> primeira parte <strong>do</strong> questionário se refere às bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
acessa<strong>da</strong>s pelos <strong>do</strong>centes através <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
73%<br />
73%<br />
83%<br />
94%<br />
92%<br />
146
Tal item compôs o questionário para confirmação acessória <strong>da</strong> efetiva utilização <strong>do</strong><br />
Portal, além <strong>de</strong> ratificar a relação recebi<strong>da</strong> <strong>da</strong> Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> Biblioteca<br />
Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> na execução <strong>de</strong>sta investigação, conforme explicitamos nos Procedimentos<br />
<strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s, on<strong>de</strong> a mesma classificou as bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s por área <strong>de</strong> conhecimento,<br />
sobre a qual <strong>de</strong>stacamos as áreas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.<br />
Dessa forma, apresentamos o Gráfico 12, referente às bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s acessa<strong>da</strong>s através<br />
<strong>do</strong> Portal, citan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes (100%, F=48) a base Medline:<br />
Medline<br />
outras bases<br />
PubMed<br />
Lilacs<br />
Web of Science<br />
PubMed Central<br />
Biological Abstracts<br />
10%<br />
GRÁFICO 12 - Bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s acessa<strong>da</strong>s através <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
58%<br />
73%<br />
73%<br />
83%<br />
92%<br />
100%<br />
Sobre o percentual <strong>de</strong> 92% (F=44), referente às outras bases acessa<strong>da</strong>s, explicitamos a<br />
<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> <strong>do</strong>is <strong>do</strong>centes:<br />
“Base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s que mais uso: Scirus e PubMed (direto).” (D 2)<br />
“Tenho costume <strong>de</strong> acessar base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s pela Bireme.” (D 5)<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, é comprova<strong>da</strong> a relevância <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s acessa<strong>da</strong>s como<br />
ferramentas/fontes <strong>de</strong> recuperação <strong>da</strong> informação científica, através <strong>do</strong> Portal, em face <strong>da</strong>s<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s.<br />
Dessa forma, o perfil <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s aponta para usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES qualifica<strong>do</strong>s enquanto <strong>do</strong>centes permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas<br />
<strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, com as seguintes características gerais:<br />
• servi<strong>do</strong>res públicos fe<strong>de</strong>rais enquanto população amadureci<strong>da</strong>;<br />
• <strong>de</strong> pre<strong>do</strong>mínio feminino;<br />
147
• na sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> posse <strong>do</strong> título <strong>de</strong> Doutor;<br />
• exerce, na maioria, o cargo <strong>de</strong> Professor Adjunto;<br />
• experiente em sistemas informacionais automatiza<strong>do</strong>s;<br />
• usuários <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r na sua totali<strong>da</strong><strong>de</strong> na universi<strong>da</strong><strong>de</strong> e em sua casa;<br />
• acessa à Internet diariamente, sen<strong>do</strong> os recursos mais utiliza<strong>do</strong>s: e-mail, jornais e<br />
revistas e sites <strong>de</strong> busca; e, por fim,<br />
• acessa o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, na sua maioria, algumas vezes por<br />
148<br />
semana, principalmente para elaboração <strong>de</strong> artigos, orientação <strong>de</strong> teses e<br />
dissertações, suporte às disciplinas e orientação <strong>de</strong> iniciação científica.<br />
Assim sen<strong>do</strong>, o perfil traça<strong>do</strong> aponta para uma população madura, consciente,<br />
experiente, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> social pelo exercício e complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sua profissão,<br />
com necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s especiais <strong>de</strong> informações científicas em atenção às suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
pesquisa e <strong>do</strong>cência <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s na <strong>UFPB</strong> na área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, a qual ela se <strong>de</strong>dica. Daí a<br />
utilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES para fazer face às suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s como<br />
recurso, ferramenta, meio comunicacional <strong>de</strong> obtenção <strong>da</strong>s informações científicas <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>s.<br />
7.3 A Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Cosmopédia <strong>da</strong> CAPES<br />
Qual a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES?<br />
Esse questionamento surgiu diante <strong>da</strong> relevância <strong>de</strong>sse <strong>portal</strong> <strong>de</strong> informações<br />
científicas na implicação no <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológico <strong>do</strong> país, exigin<strong>do</strong>-nos o<br />
compromisso <strong>de</strong> reflexão, <strong>de</strong> investigação.<br />
Reverten<strong>do</strong>-se a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
interação entre o usuário e o sistema quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso, compreen<strong>de</strong>mos que tal quali<strong>da</strong><strong>de</strong> é<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>s características e contextos tanto <strong>do</strong> usuário quanto <strong>do</strong> sistema.<br />
Nessa perspectiva, a partir <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES no seu<br />
contexto geral <strong>de</strong> uso e <strong>da</strong> caracterização <strong>do</strong>s seus usuários investiga<strong>do</strong>s, os <strong>do</strong>centes<br />
permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, a<br />
análise propriamente dita <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal, objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta investigação,
iniciou–se com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong>s níveis <strong>do</strong>s cinco atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por<br />
Jakob Nielsen sob aplicação ao mesmo. Para tanto, essa i<strong>de</strong>ntificação se pautou na análise<br />
<strong>de</strong>scritiva por categoria já anuncia<strong>da</strong>, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> atributo enquanto uma categoria <strong>de</strong><br />
análise.<br />
Devemos ratificar por se caracterizar esta pesquisa em um Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Usuários no que<br />
tange a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação, que esta se <strong>de</strong>u sob a ótica <strong>do</strong> usuário na<br />
interação com o sistema.<br />
Apresentamos adiante, por essa compreensão, os resulta<strong>do</strong>s e análises <strong>da</strong> pesquisa<br />
referentes aos atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> aplica<strong>do</strong>s ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES:<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong>, Eficiência <strong>de</strong> Uso; Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização; Baixa Taxa <strong>de</strong><br />
Erros e Satisfação Subjetiva.<br />
7.3.1 Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong><br />
O primeiro atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> analisa<strong>do</strong> se refere à Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> sua utilização pelo usuário.<br />
Para Dias (2003), somente quan<strong>do</strong> usuários inexperientes conseguem atingir certo grau<br />
<strong>de</strong> proficiência em curto perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo é que um sistema <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong> ser<br />
qualifica<strong>do</strong> enquanto <strong>de</strong> fácil aprendiza<strong>do</strong>.<br />
Entretanto, mesmo para aqueles usuários consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s experientes, um sistema como o<br />
Portal só po<strong>de</strong> ser enquadra<strong>do</strong> como <strong>de</strong> fácil aprendiza<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> os usuários conseguem<br />
construir a percepção <strong>do</strong> sistema, ou seja, uma imagem <strong>do</strong> sistema carrega<strong>da</strong> em sua mente,<br />
orientan<strong>do</strong> as respostas <strong>de</strong> interação com o sistema <strong>de</strong> maneira mais previsível às suas<br />
interações futuras (PRESSMAN, 1995).<br />
Na perspectiva <strong>de</strong> Nielsen (1993), um sistema <strong>de</strong>ve ser o mais simples possível e <strong>de</strong><br />
fácil aprendiza<strong>do</strong> para obter uma boa <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>.<br />
Em observância a essas consi<strong>de</strong>rações, o atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong> no<br />
contexto <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES obteve a média geral 3,1, sobre a qual<br />
i<strong>de</strong>ntificamos o nível <strong>de</strong> boa facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong> usuário acerca <strong>do</strong> sistema,<br />
conforme os parâmetros <strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s.<br />
149
Sobre o atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong>, apresentamos em seqüência o quadro que<br />
<strong>de</strong>monstra o ranking <strong>da</strong>s médias <strong>de</strong> seus itens específicos que o constituem e a sua média<br />
geral.<br />
FACILIDADE DE APRENDIZADO<br />
1º Compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> textual <strong>do</strong> Portal pelo usuário 4,0<br />
2º Oferta <strong>de</strong> lições passo a passo pelo Portal ao usuário 3,2<br />
3º Oferta <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> busca pelo Portal segun<strong>do</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário 3,2<br />
4º Superação <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s encontra<strong>da</strong>s pelo usuário durante o acesso ao Portal 3,0<br />
5º Apresentação <strong>de</strong> funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s não excessivas pelo Portal ao usuário 2,9<br />
6º Oferta <strong>de</strong> módulo <strong>de</strong> exercícios pelo Portal como estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> ao usuário 2,5<br />
QUADRO 22 - Atributo A<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> Aprendizagem<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
MÉDIAS<br />
150<br />
ITEM ATRIBUTO<br />
Evi<strong>de</strong>nciamos pelo Quadro 22 que o item Compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> textual<br />
<strong>do</strong> Portal pelo usuário, apresentou a média mais alta, 4,0 que, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong><br />
análise, encontra-se no nível <strong>de</strong> boa compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> o que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> nas<br />
afirmativas <strong>de</strong> familiari<strong>da</strong><strong>de</strong> para com o Portal por parte <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes que associamos a este<br />
ítem:<br />
“Na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> durante a pós-graduação aprendi a usar o <strong>periódicos</strong> <strong>capes</strong> e<br />
sempre que necessário utilizo, mas nunca parei para estu<strong>da</strong>r as ferramentas<br />
disponíveis e recursos existentes <strong>do</strong> <strong>periódicos</strong> <strong>capes</strong>.” (D 28)<br />
“Não encontro nenhum problema, exceto que nem sempre é fácil acessá-lo<br />
em casa.” (D 43)<br />
A média 4,0 é referente à concentração <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong> no Gráfico 13 acerca <strong>da</strong>s<br />
respostas levanta<strong>da</strong>s sobre este item. Nesse gráfico <strong>do</strong> tipo ra<strong>da</strong>r, as freqüências <strong>de</strong> respostas<br />
estão dispostas <strong>de</strong> maneira associa<strong>da</strong> ao seu respectivo peso <strong>de</strong> concordância, <strong>de</strong>ntre os cinco<br />
representa<strong>do</strong>s em eixos: 1- plena discordância; 2 – discordância; 3 – neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concordância; 4 – concordância; e 5 – plena concordância, como em to<strong>do</strong>s os outros gráficos<br />
3,1
<strong>de</strong>ste tipo apresenta<strong>do</strong>s nesta dissertação. A área <strong>do</strong> gráfico <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> correspon<strong>de</strong> à<br />
concentração <strong>de</strong> respostas ao item, ou seja, ao somatório <strong>da</strong>s suas freqüências aponta<strong>da</strong>s nos<br />
seus pesos. Nesse senti<strong>do</strong>, o peso <strong>de</strong> maior freqüência <strong>de</strong>termina a tendência <strong>da</strong> média <strong>do</strong> item<br />
e seu respectivo nível.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 13 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> textual <strong>do</strong><br />
Portal pelo usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Ressaltamos, portanto, que a média 4,0 se <strong>de</strong>u, principalmente, pela concentração <strong>de</strong><br />
respostas <strong>de</strong> concordância ao item emiti<strong>da</strong>s pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO, PPGPNSB, PPGE e<br />
PPGCN, nos montantes respectivos <strong>de</strong> 21% (F=10), 15% (F=7), 10% (F=5) e 10% (F=5).<br />
Entretanto, salientamos que apenas um <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> PPGPNSB emitiu resposta <strong>de</strong> plena<br />
discordância, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua resposta à interpretação <strong>de</strong> sua baixíssima<br />
compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> textual <strong>do</strong> Portal.<br />
Provavelmente, a média 4,0 obti<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve-se ao fato <strong>de</strong> que os <strong>do</strong>centes estão<br />
enquadra<strong>do</strong>s no grupo <strong>de</strong> usuários experientes <strong>da</strong> área que mais acessa o Portal <strong>de</strong> Periódicos<br />
<strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong>, não <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong>, assim, nenhuma ou quase nenhuma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em<br />
compreen<strong>de</strong>r as informações <strong>do</strong> Portal, com exceção <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente supramenciona<strong>do</strong>.<br />
Por fim, associamos mais algumas afirmações <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes sobre a<br />
“Compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> textual <strong>do</strong> Portal pelo usuário”:<br />
3<br />
2<br />
151<br />
“Uma interface mais amigável para os usuários menos versa<strong>do</strong> em<br />
informática, mas não sei o que po<strong>de</strong>ria ser feito para que isso fosse possível.<br />
Acho que nós, mais velhos, temos mesmo uma certa dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> com a<br />
informática.” (D 9)
“Facilitar a navegação <strong>do</strong> usuário com janelas simples, objetivas.” (D 21)<br />
“Ter uma linguagem mais acessível” (D 46)<br />
Os itens segun<strong>do</strong> e terceiro que compõem o atributo <strong>de</strong> Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong><br />
obtiveram as mesmas médias.<br />
O segun<strong>do</strong> que se refere à Oferta <strong>de</strong> lições passo a passo pelo Portal ao usuário,<br />
obteve, como o terceiro, a média 3,2, referin<strong>do</strong>-se a um bom nível <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> lições para<br />
uso <strong>do</strong> Portal. Destacamos que essa média se <strong>de</strong>u, principalmente, pela concentração <strong>de</strong><br />
respostas <strong>de</strong> concordância nesse item pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO e PPGPNSB nos montantes<br />
percentuais <strong>de</strong> 13% (F=6) e 10% (F=5), além <strong>do</strong> PPGE e PPGCN com 10% (F=5) ca<strong>da</strong>,<br />
conforme o Gráfico 14.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 14 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> lições passo a passo pelo Portal ao<br />
usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Em sua página web o Portal apresenta o link “como usar?”, no qual o usuário, ao clicar,<br />
dispõe <strong>de</strong> informações <strong>de</strong> como usar os recursos disponíveis no Portal, com instruções sobre<br />
como localizar um periódico, uma base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s referencial ou qualquer outra opção; como<br />
obter a relação completa <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong> disponíveis no Portal; como acessar apenas <strong>periódicos</strong><br />
nacionais; como fazer a pesquisa no Portal por Editor. Vale ressaltar que o Portal ain<strong>da</strong> sugere<br />
que o usuário comece sua pesquisa consultan<strong>do</strong> os Resumos, <strong>da</strong><strong>da</strong> a sua ampla cobertura<br />
(CAPES, 2008c).<br />
3<br />
2<br />
152
Dessa forma, o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES aten<strong>de</strong> a recomen<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> orientação<br />
passo a passo aos usuários, conforme Nielsen e Loranger (2007, p. 329) expõem:<br />
afirmações:<br />
153<br />
Quan<strong>do</strong> uma interação exige vários passos, oriente gentilmente os usuários<br />
por um processo linear espera<strong>do</strong>, mas não os sobrecarregue com opções. Seu<br />
objetivo é criar uma experiência que parece satisfatória; as pessoas não se<br />
incomo<strong>da</strong>m <strong>de</strong> clicar por várias páginas contanto que ca<strong>da</strong> clique as<br />
aproxime <strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, em um ritmo razoável.<br />
Daí, <strong>do</strong>is <strong>do</strong>centes se referirem à sua facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> com as seguintes<br />
“O aprendiza<strong>do</strong> para acesso é capaz ao meu ver <strong>de</strong> instrumentalizar o<br />
usuário para tal.” (D 11)<br />
“Na parte <strong>de</strong> “como usar” o Portal há explicação <strong>de</strong> como usar os recursos<br />
disponibiliza<strong>do</strong>s pelo mesmo que consi<strong>de</strong>ro eficaz, bastan<strong>do</strong> ao usuário<br />
fazer tal leitura.” (D 33)<br />
O item Oferta <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> busca pelo Portal segun<strong>do</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário,<br />
assim como o anterior, apresentou média 3,2, o que correspon<strong>de</strong> a um nível <strong>de</strong> boa oferta <strong>de</strong><br />
mecanismos <strong>de</strong> busca. O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES é auto-explicativo, como enfocamos<br />
anteriormente, apresentan<strong>do</strong> instruções <strong>de</strong> fácil entendimento para uso <strong>do</strong> mesmo. To<strong>da</strong>via,<br />
apesar <strong>da</strong> média obti<strong>da</strong> estar circunscrita em um nível aceitável, encontramos uma crítica<br />
pertinente que associamos ao referi<strong>do</strong> item:<br />
“Que o usuário pu<strong>de</strong>sse fazer a busca não pelo título <strong>do</strong> periódico e sim por<br />
palavras chaves ou por autores, seria mais rápi<strong>do</strong> e lógico. O usuário não é<br />
obriga<strong>do</strong> a saber o nome <strong>do</strong> periódico, como funciona hoje” (D 41)<br />
A concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong>ste item se <strong>de</strong>u, especialmente, pela concordância<br />
representa<strong>da</strong> pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong>s programas PPGO, PPGPNSB, PPGE e PPGCN, nos valores<br />
percentuais <strong>de</strong> 15% (F=7), 8% (F=4) e os <strong>do</strong>is últimos <strong>de</strong> 6% (F=3) ambos, conforme o<br />
Gráfico 15.
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 15 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> busca pelo Portal<br />
segun<strong>do</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
O item Superação <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s encontra<strong>da</strong>s pelo usuário durante o acesso ao<br />
Portal” apresentou média 3,0, correspon<strong>de</strong>nte a um nível regular <strong>de</strong> superação <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s.<br />
A média 3,0 refere-se à concentração <strong>de</strong> respostas, sobretu<strong>do</strong>, <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concordância, que se <strong>de</strong>u sob as seguintes porcentagens <strong>do</strong>s programas: PPGO com 13%<br />
(F=6), e os <strong>de</strong>mais com 8% (F=4) ca<strong>da</strong>, conforme o gráfico que segue.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 16 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> superação <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s encontra<strong>da</strong>s pelo usuário<br />
durante o acesso ao Portal<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Em contraparti<strong>da</strong> os <strong>do</strong>is últimos itens sobre Apresentação excessiva <strong>de</strong><br />
funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e Oferta <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> exercício como estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong><br />
apresentaram as médias mais baixas <strong>de</strong>ste atributo, 2,9 e 2,5, e os níveis <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
apresentação regular <strong>de</strong> funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e oferta regular <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> exercícios,<br />
respectivamente.<br />
3<br />
3<br />
2<br />
2<br />
154
A primeira média se <strong>de</strong>u, principalmente, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong><br />
neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância pelos percentuais <strong>de</strong> respostas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 13%<br />
(F=6) e <strong>do</strong>s programas restantes com 10% (F=5) ca<strong>da</strong>.<br />
Já a segun<strong>da</strong> média se <strong>de</strong>u, sobretu<strong>do</strong>, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> discordância<br />
ao item, pelos percentuais <strong>de</strong> respostas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 21% (F=10), PPGE com<br />
8% (F=4) e <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais programas com 4% (F=2). Ain<strong>da</strong> que o percentual <strong>de</strong> tendência à<br />
concentração <strong>de</strong> respostas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGCN tenha si<strong>do</strong> <strong>de</strong> discordância, seu maior<br />
percentual <strong>de</strong> respostas foi <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância ao item “Oferta <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong><br />
exercício como estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>”, no montante <strong>de</strong> 10% (F=3).<br />
Como exemplo <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> discordância ao item “Oferta <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong> exercício<br />
como estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>”, associamos as afirmações <strong>de</strong> cunho sugestivo <strong>de</strong> três<br />
<strong>do</strong>centes:<br />
155<br />
“Um módulo auto-explicativo simplifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> utilização. Caso haja, eu<br />
ain<strong>da</strong> não consegui visualizar.” (D 1)<br />
“O treinamento que já existe precisa ser realiza<strong>do</strong> pelo usuário.” (D 23)<br />
“Tutoriais po<strong>de</strong>riam ser muito úteis, mas questiono se ampliariam <strong>de</strong> fato o<br />
uso <strong>do</strong> Portal. Acredito que quem quer/precisa, busca a informação” (D 48)<br />
As concentrações <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>is últimos itens po<strong>de</strong>m ser observa<strong>da</strong>s<br />
conforme os respectivos quadros 17 e 18 apresenta<strong>do</strong>s em seqüência.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 17 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> apresentação <strong>de</strong> funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s não excessivas<br />
pelo Portal ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
3<br />
2
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 18 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> módulo <strong>de</strong> exercícios pelo Portal como<br />
estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s itens “Apresentação <strong>de</strong> funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s não excessivas” e “Oferta <strong>de</strong><br />
módulos <strong>de</strong> exercício como estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>” <strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Aprendiza<strong>do</strong> corroboram com o pensamento <strong>de</strong> Dias (2003, p. 32-33) basea<strong>da</strong> em Nielsen,<br />
quan<strong>do</strong> esta expõe que gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s usuários não explora to<strong>da</strong>s as funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
disponíveis em um sistema, mesmo que o conheça bem. Ain<strong>da</strong>, para a autora, é importante<br />
ressaltar que “os usuários normalmente não se <strong>de</strong>têm a <strong>de</strong>talhes e não se interessam em<br />
apren<strong>de</strong>r to<strong>da</strong> a interface <strong>de</strong> um sistema antes <strong>de</strong> começar a utilizá-lo”.<br />
Por fim, como estratégia diante <strong>do</strong> problema <strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>paramo-<br />
nos com a afirmativa <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente sobre a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> também <strong>do</strong> usuário<br />
diante <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES:<br />
7.3.2 Eficiência <strong>de</strong> Uso<br />
3<br />
2<br />
156<br />
“Acredito que faz parte <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente pesquisa<strong>do</strong>r o acesso<br />
a um <strong>portal</strong> <strong>de</strong> informação. Neste senti<strong>do</strong>, cabe a ca<strong>da</strong> <strong>do</strong>cente/usuário<br />
procurar se familiarizar com suas funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s.” (D 48)<br />
O segun<strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> analisa<strong>do</strong> se refere à Eficiência <strong>de</strong> Uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES, por parte <strong>do</strong> usuário.
To<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>ve ser hábil permitin<strong>do</strong> que o usuário, ten<strong>do</strong> aprendi<strong>do</strong> a interagir com<br />
ele, consiga atingir altos níveis <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na realização <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Esta é a<br />
<strong>de</strong>finição <strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Eficiência <strong>de</strong> Uso (NIELSEN, 1993).<br />
Para Dias (2003, p. 33), a eficiência <strong>de</strong> uso se refere à “evolução <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong><br />
usuário com o sistema, à medi<strong>da</strong> que ele se torna ca<strong>da</strong> vez mais experiente”.<br />
Quanto ao atributo Eficiência <strong>de</strong> Uso em relação ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES,<br />
este obteve a média geral <strong>de</strong> 3,4, sobre a qual constatamos o nível <strong>de</strong> boa eficiência <strong>de</strong> uso,<br />
ou seja, comprova<strong>da</strong> eficiência <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal em um nível aceitável, acima <strong>da</strong> média, no<br />
atendimento aos objetivos <strong>de</strong> pesquisa e <strong>do</strong>cência <strong>do</strong>s seus usuários, conforme os parâmetros<br />
<strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s.<br />
Apresentamos a seguir o quadro que <strong>de</strong>monstra o ranking <strong>da</strong>s médias <strong>do</strong>s itens<br />
específicos que constituem a média geral <strong>de</strong>ste atributo.<br />
EFICIÊNCIA DE USO<br />
1º Recomen<strong>da</strong>ção pelo usuário <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal aos seus pares 4,3<br />
2º Oferta <strong>de</strong> opções pelo Portal para recuperação <strong>da</strong> informação ao usuário 3,9<br />
3º Oferta pelo Portal <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário copiar e salvar resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa 3,7<br />
4º Suficiência <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s pelo Portal ao usuário 3,6<br />
5º Atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal à exploração <strong>da</strong>s ferramentas pelos usuários 3,5<br />
6º Or<strong>de</strong>namento <strong>da</strong> recuperação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> Portal ao usuário 3,3<br />
7º Eficiência <strong>do</strong> Portal quanto ao seu uso 3,3<br />
8º Oferta pelo Portal <strong>de</strong> opção <strong>de</strong> idioma para recuperação <strong>de</strong> informação pelo usuário 3,3<br />
9º Eficiência <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal ao usuário 3,1<br />
10º Consulta <strong>do</strong> usuário ao mecanismo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal 2,4<br />
QUADRO 23 - Atributo Eficiência <strong>de</strong> Uso<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
MÉDIAS<br />
157<br />
ITEM ATRIBUTO<br />
Evi<strong>de</strong>nciamos que o primeiro item específico que compõe este atributo, versan<strong>do</strong> sobre<br />
a Recomen<strong>da</strong>ção pelo usuário <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal aos seus pares, apresentou a média mais<br />
3,4
eleva<strong>da</strong>, 4,3. Tal média, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, encontra-se no nível qualifica<strong>do</strong><br />
como <strong>de</strong> alta recomen<strong>da</strong>ção pelos usuários.<br />
A média 4,3 se <strong>de</strong>u em sua maioria pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> plena<br />
concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGPNSB no montante percentual <strong>de</strong> 19% (F=9), segui<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
PPGO com 13% (F=6), além <strong>do</strong> PPGE e PPGCN com 8% (F=4) ca<strong>da</strong>. Constatamos, ain<strong>da</strong>,<br />
como divergência, que apenas <strong>do</strong>is <strong>do</strong>centes, sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong> próprio PPGPNSB e o outro <strong>do</strong><br />
PPGO, proferiram respostas <strong>de</strong> discordância ao item, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a uma baixa<br />
recomen<strong>da</strong>ção.<br />
A concentração <strong>de</strong> respostas à “Recomen<strong>da</strong>ção pelo usuário <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal aos seus<br />
pares” po<strong>de</strong> ser observa<strong>da</strong> no Gráfico 19.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 19 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> recomen<strong>da</strong>ção pelo usuário <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal aos<br />
seus pares<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
O segun<strong>do</strong> item que compõe o atributo <strong>de</strong> Eficiência <strong>de</strong> Uso se refere à Oferta <strong>de</strong><br />
opções pelo Portal para recuperação <strong>da</strong> informação ao usuário, o qual obteve a média 3,9,<br />
concernente ao nível <strong>de</strong> boa oferta <strong>de</strong> opções para recuperação <strong>da</strong> informação, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />
com os parâmetros <strong>de</strong> análise. Acerca <strong>de</strong>ste item, lembramos que o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
CAPES permite que o usuário recupere a informação em texto completo, por resumo ou<br />
referência bibliográfica.<br />
Destacamos, conforme o Gráfico 20, que esta média se <strong>de</strong>u principalmente pela<br />
concentração <strong>de</strong> respostas <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO, PPGPNSB e<br />
PPGE com valores percentuais <strong>de</strong> 15% (F=7) ca<strong>da</strong>, segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> PPGCN com valor percentual<br />
<strong>de</strong> 6% (F=4).<br />
3<br />
2<br />
158
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 20 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> opções pelo Portal para recuperação <strong>da</strong><br />
informação ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Sobre a “Oferta <strong>de</strong> opções pelo Portal para recuperação <strong>da</strong> informação ao usuário”<br />
associamos a sugestão <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente quanto à forma <strong>de</strong> recuperação <strong>da</strong> informação:<br />
3<br />
2<br />
159<br />
“Que o sistema <strong>de</strong> busca fosse organiza<strong>do</strong> não pelos nomes <strong>do</strong>s <strong>periódicos</strong><br />
somente.” (D 41)<br />
O terceiro item que compõe o atributo <strong>de</strong> Eficiência <strong>de</strong> Uso se refere à Oferta pelo<br />
Portal <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário copiar e salvar resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa. Este obteve a<br />
média 3,7 que, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os parâmetros <strong>de</strong> análise, encontra-se no nível <strong>de</strong> boa oferta<br />
<strong>da</strong>s duas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s trata<strong>da</strong>s. A média 3,7 é resultante, sobretu<strong>do</strong>, <strong>da</strong> concentração <strong>de</strong><br />
respostas <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGE, com maior percentual, 17% (F=8%),<br />
segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> PPGO, 15% (F=7), <strong>do</strong> PPGPNSB, 10% (F=5), e, por último, <strong>do</strong> PPGCN, 8%<br />
(F=4), como po<strong>de</strong> ser verifica<strong>do</strong> no Gráfico 21.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 21 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta pelo Portal <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário<br />
copiar e salvar resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesquisa<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
3<br />
2
O item que se refere à Suficiência <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s<br />
pelo Portal ao usuário, obteve a média 3,6, que <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os parâmetros <strong>de</strong> análise, se<br />
enquadra no nível <strong>de</strong> boa quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s pelo Portal, o que<br />
correspon<strong>de</strong> a uma suficiência <strong>de</strong> seu uso por parte <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente.<br />
A concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> suficiência <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong><br />
disponibiliza<strong>do</strong>s se <strong>de</strong>u, na sua maioria, pelas respostas <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong>s<br />
programas: PPGPNSB, PPGO, PPGE e PPGCN, nos montantes percentuais <strong>de</strong> 17% (F=8),<br />
13% (F=6), 10% (F=5) e 8% (F=4), respectivamente, conforme o Gráfico 22.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 22 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> suficiência <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong><br />
disponibiliza<strong>do</strong>s pelo Portal ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Apesar <strong>da</strong> “Suficiência <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s pelo Portal ao<br />
usuário” se enquadrar em um nível qualifica<strong>do</strong> acima <strong>da</strong> média, associamos as afirmativas <strong>de</strong><br />
<strong>do</strong>is <strong>do</strong>centes solicitan<strong>do</strong> o aumento <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s pelo Portal:<br />
“Aumentar o número <strong>de</strong> assinaturas <strong>de</strong> jornais <strong>de</strong> impacto.” (D 7)<br />
3<br />
2<br />
160<br />
“Maior número <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> com possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso ao texto<br />
completo <strong>do</strong>s trabalhos publica<strong>do</strong>s.” (D 37)<br />
A Atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal à exploração <strong>de</strong> suas ferramentas pelos usuários obteve a<br />
média 3,5, e está relaciona<strong>da</strong> ao parâmetro <strong>de</strong> análise qualifica<strong>do</strong> no nível bom, ou seja, os<br />
<strong>do</strong>centes consi<strong>de</strong>ram o Portal convi<strong>da</strong>tivo à exploração <strong>de</strong> sua ferramentas, segun<strong>do</strong> uma<br />
maior concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância <strong>do</strong> mesmo.
Sobre as respostas, na maioria <strong>de</strong> concordância, o PPGO apresentou o montante<br />
percentual mais expressivo, 19% (F= 9), acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong> PPGE, PPGPNSB e PPGCN, com<br />
os percentuais <strong>de</strong> 15% (F=7), 10% (F=5), 8% (F=4), conforme o Gráfico 23.<br />
5<br />
4<br />
GRÁFICO 23 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal à exploração <strong>de</strong> suas<br />
ferramentas pelos usuários<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
Ain<strong>da</strong> quanto à “Atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal à exploração <strong>de</strong> suas ferramentas pelos<br />
usuários”, associamos uma afirmativa <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente ao sugerir que:<br />
3<br />
2<br />
161<br />
“A apresentação <strong>da</strong> página inicial po<strong>de</strong>ria ser mais simplifica<strong>da</strong>, ou seja,<br />
com um menor número <strong>de</strong> informações que tornasse o ambiente mais<br />
convi<strong>da</strong>tivo.” (D 1)<br />
Conforme Cybis (2007), a concisão é uma quali<strong>da</strong><strong>de</strong> elementar <strong>da</strong> brevi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Dessa<br />
forma, saben<strong>do</strong>-se que a brevi<strong>da</strong><strong>de</strong> inci<strong>de</strong> no respeito <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho perceptivo,<br />
cognitivo e motor <strong>do</strong> usuário, a concisão se refere a um sistema conseguir minimizar a carga<br />
perceptiva, cognitiva e motora <strong>do</strong> usuário quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> sistema. A concisão possibilita o<br />
sistema ser mais convi<strong>da</strong>tivo.<br />
Os itens sexto, sétimo e oitavo, que correspon<strong>de</strong>m, respectivamente, a Or<strong>de</strong>namento<br />
<strong>da</strong> recuperação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong> Portal ao usuário, Eficiência <strong>do</strong> Portal quanto ao seu<br />
uso e Oferta pelo Portal <strong>de</strong> opção <strong>de</strong> idioma para recuperação <strong>de</strong> informação pelo<br />
usuário, obtiveram a mesma média, 3,3. Esta média equivale a um nível <strong>de</strong> bom<br />
or<strong>de</strong>namento <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos, <strong>de</strong> boa eficiência <strong>de</strong> uso e <strong>de</strong> boa oferta <strong>de</strong><br />
opção <strong>de</strong> idioma.
Destacamos que a média 3,3 <strong>do</strong> item “Or<strong>de</strong>namento <strong>da</strong> recuperação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos<br />
<strong>do</strong> Portal ao usuário” se <strong>de</strong>u, principalmente, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância<br />
pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 17% (F= 8), PPGPNSB com 8% (F=4), PPGE e PPGCN, com<br />
os mesmos percentuais <strong>de</strong> 6% (F=3). A média <strong>do</strong> item “Eficiência <strong>do</strong> Portal quanto ao seu<br />
uso”, se <strong>de</strong>u principalmente pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong><br />
PPGO com 13% (F= 6), PPGPNSB 10% (F=5), segui<strong>do</strong>s <strong>do</strong> PPGE e PPGCN, com os<br />
percentuais <strong>de</strong> 6% (F=3).<br />
Devemos <strong>de</strong>stacar aqui duas afirmativas que associamos à “Eficiência <strong>do</strong> <strong>portal</strong> quanto<br />
ao seu uso” sen<strong>do</strong> a primeira uma solicitação quanto ao <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> Portal e a segun<strong>da</strong><br />
uma crítica quanto à dimensão <strong>de</strong> eficiência <strong>do</strong> Portal, transcritas como segue:<br />
“Aumentar a rapi<strong>de</strong>z quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> acesso aos artigos.” (D 11)<br />
162<br />
“Os sistemas automáticos não <strong>de</strong>vem interferir na inteligência humana.<br />
Deve permitir o acesso sem se preocupar com aquilo que é mais visto<br />
(acessa<strong>do</strong>) ou basea<strong>do</strong> um fator <strong>de</strong> impacto.” (D 47)<br />
Quanto à “Oferta pelo Portal <strong>de</strong> opção <strong>de</strong> idioma para recuperação <strong>de</strong> informação pelo<br />
usuário”, esta se <strong>de</strong>u também pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes<br />
<strong>do</strong> PPGO e <strong>do</strong> PPGE com valores percentuais <strong>de</strong> 17% (F=8), acompanha<strong>do</strong>s <strong>do</strong> PPGPNSB<br />
com 8% (F=4) e <strong>do</strong> PPGCN, com 2% (F=1). Apesar <strong>de</strong>ste baixo percentual <strong>do</strong> PPGCN quanto<br />
às respostas <strong>de</strong> concordância ao item, o seu maior percentual foi <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concordância ao item, perfazen<strong>do</strong> 10% (F=5).<br />
As concentrações <strong>de</strong> respostas <strong>do</strong>s itens sexto, sétimo e oitavo po<strong>de</strong>m ser observa<strong>da</strong>s<br />
nos Gráficos 24, 25, 26, respectivamente.
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 24 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>do</strong> or<strong>de</strong>namento <strong>da</strong> recuperação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos <strong>do</strong><br />
Portal ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
5<br />
4<br />
GRÁFICO 25 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> eficiência <strong>do</strong> Portal quanto ao seu uso<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 26 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta pelo Portal <strong>de</strong> opção <strong>de</strong> idioma para<br />
recuperação <strong>de</strong> informação pelo usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Não obstante, quanto à “Opção <strong>de</strong> idioma para recuperação <strong>de</strong> informação pelo<br />
usuário” um <strong>do</strong>cente apresentou uma consi<strong>de</strong>ração muito pertinente observan<strong>do</strong> os contextos e<br />
objetivos tanto <strong>do</strong> Portal quanto <strong>do</strong>s usuários, ain<strong>da</strong> mais quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio <strong>de</strong> idiomas<br />
3<br />
3<br />
3<br />
2<br />
2<br />
2<br />
163
estrangeiros, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> ser a língua inglesa pressuposto <strong>de</strong> sua caracterização enquanto<br />
<strong>do</strong>cente <strong>de</strong> pós-graduação, conforme associamos a este item:<br />
164<br />
“Para que o Portal Capes fosse mais útil era preciso que os seus usuários<br />
pu<strong>de</strong>ssem ter o <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> língua inglesa, já que a quase totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s<br />
títulos é publica<strong>do</strong> neste idioma. Sen<strong>do</strong> assim, não acho que um esforço<br />
para facilitar a interface <strong>de</strong> uso irá surtir gran<strong>de</strong> efeito, pois o idioma<br />
sempre será a barreira mais limita<strong>do</strong>ra. Nem acho que este é um papel <strong>do</strong><br />
Portal. Um professor <strong>de</strong>veria <strong>do</strong>minar o inglês. Faz parte <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong><br />
habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s mínimas necessárias à sua atuação.” (D 48)<br />
Lembramos, ain<strong>da</strong>, que é exigi<strong>da</strong> a proficiência <strong>de</strong> pelo menos duas línguas<br />
estrangeiras para obtenção <strong>do</strong> título <strong>de</strong> Doutor no país, título este que to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>centes<br />
investiga<strong>do</strong>s possuem.<br />
O oitavo item que correspon<strong>de</strong> à Eficiência <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal ao<br />
usuário obteve a média 3,1. Tal média equivale a um nível <strong>de</strong> boa eficiência qualifica<strong>da</strong><br />
acerca <strong>da</strong>s informações que são disponibiliza<strong>da</strong>s pelo Portal para sanar as dúvi<strong>da</strong>s <strong>do</strong>s<br />
usuários.<br />
Devemos sobressair, conforme o Gráfico 27, que esta média se <strong>de</strong>u especialmente pela<br />
concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 15%<br />
(F=7), PPGPNSB com 13% (F=6) e PPGE e PPGCN, ambos com 10% (F=5). Apenas um<br />
<strong>do</strong>cente <strong>do</strong> PPGPNSB respon<strong>de</strong>u com plena discordância ao item.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 27 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> eficiência <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal<br />
ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
3<br />
2
Apesar <strong>do</strong> item “Eficiência <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal ao usuário” se<br />
encontrar em um nível qualifica<strong>do</strong> bom, um <strong>do</strong>cente apresentou uma crítica que associamos ao<br />
mesmo:<br />
165<br />
“As informações/ orientações não facilitam a pesquisa <strong>do</strong> usuário. Po<strong>de</strong>ria<br />
simplificá-la.” (D 21)<br />
O último item <strong>do</strong> atributo Eficiência <strong>de</strong> Uso, Consulta <strong>do</strong> usuário ao mecanismo <strong>de</strong><br />
aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal, obteve a menor média entre as <strong>de</strong>mais, 2,4. Esta média é proporcional a um<br />
nível regular <strong>de</strong> consulta freqüente ao mecanismo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal. Sublinhamos que<br />
este fato se <strong>de</strong>u pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes<br />
<strong>do</strong> PPGO com 15% (F=7), PPGPNSB com 13% (F=6) e PPGE e PPGCN, ambos com 10%<br />
(F=5), conforme po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> no Gráfico 28. Apenas um <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> PPGPNSB<br />
respon<strong>de</strong>u com plena discordância ao item.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 28 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> consulta <strong>do</strong> usuário ao mecanismo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />
Portal<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
7.3.3 Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização<br />
O terceiro atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> analisa<strong>do</strong> se refere à Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização por<br />
parte <strong>do</strong> usuário quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
Nielsen (1993, p. 26) se refere a este atributo enquanto aptidão <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> regressar<br />
ao sistema e realizar suas tarefas mesmo ten<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> sem fazer uso <strong>de</strong>le por um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />
3<br />
2
tempo. Pautan<strong>do</strong>-se em Nielsen, Dias (2003, p. 34) esclarece: “sistemas fáceis <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r são<br />
também fáceis <strong>de</strong> lembrar”.<br />
O atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização obteve a média geral <strong>de</strong> 3,5, assim<br />
constatamos que se insere no nível <strong>de</strong> boa facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização por parte <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s acerca <strong>do</strong> Portal, conforme os parâmetros <strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s.<br />
Apesar <strong>de</strong> esse atributo ter obti<strong>do</strong> um valor qualifica<strong>do</strong> acima <strong>da</strong> média, <strong>de</strong>stacamos<br />
uma única consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente interpretan<strong>do</strong> o atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização<br />
como irrelevante quanto à <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal:<br />
“Não acredito que isto seja importante.” (D 47)<br />
O Quadro 24 <strong>de</strong>monstra o ranking <strong>da</strong>s médias <strong>do</strong>s itens específicos que constituem o<br />
atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização.<br />
FACILIDADE DE MEMORIZAÇÃO<br />
1º Oferta pelo Portal <strong>de</strong> linguagem compreensível para sua memorização pelo usuário 3,9<br />
2º Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> na localização <strong>da</strong> barra <strong>de</strong> menus <strong>do</strong> Portal pelo usuário 3,6<br />
3º Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> retornar ao Portal após perío<strong>do</strong> sem uso 3,4<br />
4º<br />
Memorização <strong>da</strong>s seqüências <strong>de</strong> ações <strong>do</strong> Portal associa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> tarefa executa<strong>da</strong><br />
pelo usuário<br />
5º Visualização <strong>da</strong> estrutura navegacional <strong>do</strong> Portal pelo usuário 3,2<br />
QUADRO 24 – Atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
MÉDIAS<br />
166<br />
ITEM ATRIBUTO<br />
O primeiro item específico que compõe este atributo, que versa sobre a Oferta pelo<br />
Portal <strong>de</strong> linguagem compreensível para sua memorização pelo usuário, apresentou a<br />
média mais alta, 3,9. Tal média, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, refere-se a um nível <strong>de</strong><br />
boa oferta <strong>de</strong> linguagem compreensível <strong>do</strong> Portal para sua memorização.<br />
A média 3,9 se <strong>de</strong>u, especialmente, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância ao<br />
item, conforme po<strong>de</strong> ser observa<strong>da</strong> no Gráfico 29, pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO no montante<br />
percentual <strong>de</strong> 23% (F=11) e <strong>do</strong> PPGPNSB com 19% (F=9), além <strong>do</strong> PPGE e <strong>do</strong> PPGCN,<br />
apresentan<strong>do</strong> percentuais <strong>de</strong> 8% (F=4) e 10% (F= 5), respectivamente.<br />
3,3<br />
3,5
5<br />
4<br />
1<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 29 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta pelo Portal <strong>de</strong> linguagem compreensível<br />
para sua memorização pelo usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Ain<strong>da</strong> sobre este item, observamos que embora a sua média tenha si<strong>do</strong> a <strong>de</strong> maior valor<br />
<strong>de</strong>ntre aquelas que compõem a média geral <strong>do</strong> atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização,<br />
<strong>de</strong>paramo-nos com uma sugestão crítica formula<strong>da</strong> por um <strong>do</strong>cente:<br />
3<br />
“Menos informações porém mais relevantes em ca<strong>da</strong> página.” (D 46)<br />
Sobre o segun<strong>do</strong> item específico que compõe o atributo em análise e que se refere à<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> na localização <strong>da</strong> barra <strong>de</strong> menus <strong>do</strong> Portal pelo usuário, apresentou a média<br />
3,6. Esta média, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, se enquadra no nível <strong>de</strong> boa facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
localização na barra <strong>de</strong> menus.<br />
A média 3,6 se <strong>de</strong>u, especialmente, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância<br />
pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 21% (F=10), PPGPNSB com 15% (F=7), PPGE com 13% (F=6)<br />
e PPGCN com 8% (F=4), conforme Gráfico 30.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 30 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> na localização <strong>da</strong> barra <strong>de</strong> menus <strong>do</strong><br />
Portal pelo usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
3<br />
2<br />
2<br />
167
O item Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> retornar ao Portal após perío<strong>do</strong> sem uso,<br />
apresentou a média 3,4. Tal média, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, se enquadra no nível <strong>de</strong><br />
boa facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> retorno ao Portal, sem ter que reaprendê-lo, após algum tempo sem<br />
utilizá-lo.<br />
Esta média 3,4 se <strong>de</strong>u, sobretu<strong>do</strong>, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância, <strong>de</strong><br />
acor<strong>do</strong> com o Gráfico 31, pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO no montante percentual <strong>de</strong> 15% (F=7),<br />
PPGPNSB e PPGE no montante percentual <strong>de</strong> 10% (F=5) ca<strong>da</strong> e, por fim, PPGCN com 8%<br />
(F=4).<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 31 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> retornar ao Portal após<br />
perío<strong>do</strong> sem uso<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Ratifican<strong>do</strong> esta concentração <strong>de</strong> respostas, associamos a afirmativa <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente:<br />
“Não percebo dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para tal.” (D 11)<br />
O quarto item específico que compõe o atributo Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização, referin<strong>do</strong>-<br />
se a Memorização <strong>da</strong>s seqüências <strong>de</strong> ações <strong>do</strong> Portal associa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> tarefa executa<strong>da</strong><br />
pelo usuário, apresentou a média 3,3, que segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, enquadra-se no<br />
nível <strong>de</strong> boa memorização <strong>da</strong>s seqüências <strong>de</strong> ações.<br />
Esta média se <strong>de</strong>u, em sua maioria, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 13% (F=6), PPGPNSB e PPGE com 8% (F=4)<br />
ca<strong>da</strong> e PPGCN com 10% (F=5). Constatamos, ain<strong>da</strong>, que houve duas respostas <strong>de</strong><br />
discordância ao item, proferi<strong>da</strong>s pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGPNSB. Vale ressaltar que apesar <strong>da</strong>s<br />
3<br />
2<br />
168
espostas terem sua concentração na neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância, o maior percentual <strong>de</strong><br />
respostas foi <strong>de</strong> concordância perfazen<strong>do</strong> 15% (F=7) <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO. A concentração<br />
total <strong>de</strong> respostas po<strong>de</strong> ser visualiza<strong>da</strong> no Gráfico 32.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 32 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> memorização <strong>da</strong>s seqüências <strong>de</strong> ações <strong>do</strong> Portal<br />
associa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> tarefa executa<strong>da</strong> pelo usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
O quinto e último item específico que se refere à Visualização <strong>da</strong> estrutura<br />
navegacional <strong>do</strong> Portal pelo usuário, apresentou a média 3,2. Esta média, segun<strong>do</strong> os<br />
parâmetros <strong>de</strong> análise, está compreendi<strong>da</strong> no nível <strong>de</strong> boa visualização.<br />
A concentração <strong>de</strong> respostas a esse item se <strong>de</strong>u, principalmente e ao mesmo tempo,<br />
pela concordância e pela neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância ao item, <strong>de</strong> maneira igual, ou seja, com<br />
percentuais <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong> igual valor, 34% (F=16) ca<strong>da</strong>, conforme po<strong>de</strong>mos acompanhar no<br />
Gráfico 33.<br />
Na concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância ao item, encontramos os seguintes<br />
valores percentuais: PPGO com 4% (F=2), PPGPNSB com 13% (F=6) e PPGE e PPGCN com<br />
8% (F=4) ca<strong>da</strong>. Já a concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância ao item obteve<br />
valores percentuais <strong>de</strong> 15% (F=7) no PPGO, 8% (F=4) no PPGPNSB e 6% (F=3) PPGE e<br />
PPGCN ca<strong>da</strong>.<br />
3<br />
2<br />
169
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 33 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> visualização <strong>da</strong> estrutura navegacional <strong>do</strong> Portal<br />
pelo usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
7.3.4 Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros<br />
O quarto atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> analisa<strong>do</strong> se refere à Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros por parte <strong>do</strong><br />
usuário quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
Segun<strong>do</strong> Nielsen (1993), um sistema com poucos índices <strong>de</strong> erros permite que o<br />
usuário realize suas tarefas sem gran<strong>de</strong>s problemas, recuperan<strong>do</strong> erros, caso aconteçam. Sobre<br />
isto Dias (2003, p. 34) afirma que:<br />
3<br />
2<br />
170<br />
Ao usarem um sistema, os usuários não esperam enfrentar qualquer tipo <strong>de</strong><br />
problema nem cometer erros induzi<strong>do</strong>s pela má quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema. É<br />
consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> um erro qualquer ação que não atinja o objetivo <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>.<br />
O atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros obteve a média geral <strong>de</strong> 2,8, inserin<strong>do</strong>-se no nível <strong>de</strong><br />
taxa média ou regular <strong>de</strong> erros referente à quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal, conforme os<br />
parâmetros <strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s na pesquisa.<br />
A cita<strong>da</strong> média se configura como a menor média entre as alcança<strong>da</strong>s pelos cinco<br />
atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> investiga<strong>do</strong>s. Assim, po<strong>de</strong>mos inferir que os <strong>do</strong>centes ain<strong>da</strong> realizam<br />
tarefas junto ao Portal que não os fazem atingirem por completo os seus objetivos, mesmo<br />
utilizan<strong>do</strong> o Portal com habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e interação acima <strong>da</strong> média, no nível qualifica<strong>do</strong> bom,<br />
conforme vimos relatan<strong>do</strong> até o momento.
Em uma pesquisa anterior sobre busca e uso <strong>de</strong> informação acadêmico-profissional, já<br />
havíamos aponta<strong>do</strong> a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> problemas ou erros por parte <strong>do</strong>s usuários na utilização<br />
<strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informações:<br />
171<br />
Devemos ressaltar que nenhum processo comunicacional é linear ou<br />
perfeito. Ele admite <strong>de</strong>svios ou erros, o que as Ciências <strong>da</strong> Comunicação<br />
<strong>de</strong>nominam <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>s. Por seu mo<strong>do</strong>, a Biblioteconomia e a Ciência <strong>da</strong><br />
Informação consi<strong>de</strong>ram esses ruí<strong>do</strong>s enquanto barreiras informacionais.<br />
Assim, na utilização <strong>de</strong> quaisquer fontes e canais informacionais, os<br />
usuários <strong>da</strong> informação têm enfrenta<strong>do</strong> vários tipos <strong>de</strong> obstáculos ou<br />
barreiras, os quais limitam a utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa informação (COSTA, 2002, p.<br />
95).<br />
Para Cybis (2007, p. 176-177), os problemas ou erros <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> po<strong>de</strong>m ser<br />
categoriza<strong>do</strong>s por três tipos:<br />
• Barreiras – quan<strong>do</strong> o usuário esbarra nelas sucessivas vezes e não apren<strong>de</strong> a ultrapassá-las,<br />
a não ser por uma aju<strong>da</strong> externa. As barreiras inviabilizam o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> usuário,<br />
fazen<strong>do</strong> com que o usuário <strong>de</strong>sista <strong>de</strong> utilizar uma função <strong>do</strong> sistema temporária ou<br />
<strong>de</strong>finitivamente.<br />
• Obstáculos – quan<strong>do</strong> o usuário esbarra neles algumas vezes, mas apren<strong>de</strong> a ultrapassá-los.<br />
Um obstáculo sempre provocará um <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> usuário.<br />
• Ruí<strong>do</strong>s – referem-se a aspectos <strong>de</strong> interface que não se constituem em barreiras ou<br />
obstáculos, mas causam ao usuário uma diminuição <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sempenho, possibilitan<strong>do</strong> até<br />
uma má impressão <strong>do</strong> sistema, enquanto aspecto subjetivo <strong>do</strong> seu uso.<br />
Apesar <strong>da</strong> probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> neste momento levanta<strong>da</strong>, em outra pesquisa similar sobre o<br />
uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, Martins (2006, p. 99) negou qualquer dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
acesso ao Portal por parte <strong>do</strong>s seus sujeitos investiga<strong>do</strong>s, com ain<strong>da</strong> 49% <strong>de</strong>stes indican<strong>do</strong> que<br />
sua gran<strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> se encontrava nas falhas <strong>da</strong> re<strong>de</strong> interna <strong>da</strong> UFRJ.<br />
Contu<strong>do</strong>, o relato <strong>de</strong> pesquisas recentes que comprovam a ocorrência <strong>de</strong> obstáculos<br />
enfrenta<strong>do</strong>s por usuários <strong>do</strong> Portal é apresenta<strong>do</strong> pela mesma autora, conforme transcrevemos:
1º<br />
172<br />
Ain<strong>da</strong> sobre a existência <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s na utilização <strong>do</strong> Portal, Maia<br />
(2005) constatou que 46,6% <strong>do</strong>s professores não encontraram dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
42,7% têm poucos problemas, e 10,7% encontram muita dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
Entretanto, no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Monteiro (2005), 29,3% <strong>do</strong>s respon<strong>de</strong>ntes não<br />
enfrentam dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s, 53,3% têm dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s médias, e 17,4%, enfrentam<br />
muita dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> (MARTINS, 2006, p. 100).<br />
Dessa maneira, a qualificação <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> erros como regular provavelmente se refere<br />
ao fato <strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong> barreiras informacionais ou obstáculos comunicacionais, seguin<strong>do</strong>,<br />
portanto, a tendência <strong>do</strong>s últimos relatos transcritos. Ressaltamos, a esse respeito, que não<br />
objetivamos mapear a ocorrência <strong>de</strong> tais barreiras ou obstáculos nesta investigação, entretanto,<br />
mesmo ten<strong>do</strong> objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar o nível <strong>do</strong> atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros referente à<br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal, <strong>de</strong>vemos apontar para estas possíveis causas.<br />
Quanto a isso, em seqüência apresentamos o ranking <strong>da</strong>s médias <strong>do</strong>s itens que<br />
compõem este atributo, conforme o Quadro 25.<br />
BAIXA TAXA DE ERROS<br />
Oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para proteger a interação com o usuário contra o<br />
acionamento involuntário <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s<br />
2º Alerta <strong>do</strong> usuário pelo Portal com mensagem <strong>de</strong> erro, caso este ocorra 2,8<br />
3º<br />
4º<br />
Oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para informar erros <strong>de</strong> digitação na entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s ao<br />
usuário<br />
Condução <strong>do</strong> usuário pelo Portal na realização <strong>de</strong> suas tarefas com o menor número<br />
<strong>de</strong> erros possíveis<br />
5º Correção automática pelo Portal <strong>de</strong> erros <strong>do</strong> usuário com aviso <strong>da</strong> correção realiza<strong>da</strong> 2,5<br />
QUADRO 25 - Atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
MÉDIAS<br />
ITEM ATRIBUTO<br />
O primeiro item específico que compõe o atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros, que se refere à<br />
Oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para proteger a interação com o usuário contra o<br />
acionamento involuntário <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s, obteve a média mais alta, 3,0. Tal média, segun<strong>do</strong><br />
os parâmetros <strong>de</strong> análise, enquadra-se no nível qualifica<strong>do</strong> como <strong>de</strong> boa oferta <strong>de</strong> recurso<br />
<strong>de</strong> proteção à interação com o usuário contra o acionamento involuntário <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s.<br />
3,0<br />
2,8<br />
2,7<br />
2,8
Esta média 3,0 se <strong>de</strong>u, especialmente, pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO e PPGCN com 13% (F=6) ca<strong>da</strong>, PPGPNSB com 6%<br />
(F=3) e PPGE 8% (F=4), como po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> no Gráfico 34.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 34 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para proteger a<br />
interação com o usuário contra o acionamento involuntário <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Apesar <strong>da</strong> concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong>sse item ter se <strong>da</strong><strong>do</strong>, em sua maioria, pela<br />
neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância, a maior parte <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGPNSB discor<strong>da</strong> <strong>do</strong><br />
oferecimento pelo Portal <strong>de</strong> recurso <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> interação com o usuário contra o<br />
acionamento involuntário <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s, perfazen<strong>do</strong>, inclusive, o maior percentual encontra<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes <strong>de</strong> um mesmo programa, referente ao montante <strong>de</strong> 15% (F=7).<br />
O segun<strong>do</strong> e o terceiro item específico que compõem o atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros,<br />
que versam sobre Alerta <strong>do</strong> usuário pelo Portal com mensagem <strong>de</strong> erro, caso este ocorra e<br />
Oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para informar erros <strong>de</strong> digitação na entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s ao<br />
usuário, apresentaram a mesma média 2,8. Segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, enquadram-se<br />
no nível <strong>de</strong> qualificação regular.<br />
A média 2,8 <strong>do</strong> item “Alerta <strong>do</strong> usuário pelo Portal com mensagem <strong>de</strong> erro, caso este<br />
ocorra” se <strong>de</strong>u pela concentração <strong>de</strong> respostas, em sua maioria, <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 10% (F=5), PPGCN com 10% (F=5) e PPGPNSB<br />
e PPGE com 8% (F=4) ca<strong>da</strong>. Mesmo a concentração <strong>de</strong> respostas ter se <strong>da</strong><strong>do</strong> em sua maioria<br />
pela neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância, o maior percentual encontra<strong>do</strong> <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> <strong>do</strong>centes <strong>de</strong><br />
um mesmo programa foi <strong>de</strong> discordância ao item, referente ao PPGO, no montante <strong>de</strong> 17%<br />
(F=8).<br />
3<br />
2<br />
173
A média 2,8 <strong>do</strong> item “Oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para informar erros <strong>de</strong> digitação na<br />
entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s ao usuário” também se <strong>de</strong>u pela concentração <strong>de</strong> respostas, em sua maioria,<br />
<strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 10% (F=5) e PPGCN,<br />
PPGPNSB e PPGE com 13% (F=6) ca<strong>da</strong>.<br />
Os Gráficos 35 e 36, que seguem, apresentam a concentração <strong>de</strong> respostas,<br />
respectivamente, acerca <strong>do</strong>s itens “Alerta <strong>do</strong> usuário pelo Portal com mensagem <strong>de</strong> erro, caso<br />
este ocorra” e “Oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para informar erros <strong>de</strong> digitação na entra<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s ao usuário”, respectivamente.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 35 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>do</strong> alerta <strong>do</strong> usuário pelo Portal com mensagem <strong>de</strong><br />
erro, caso este ocorra<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 36 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> recurso pelo Portal para informar erros<br />
<strong>de</strong> digitação na entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Outro item específico que compõe o atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros é a Condução <strong>do</strong><br />
usuário pelo Portal na realização <strong>de</strong> suas tarefas com o menor número <strong>de</strong> erros possíveis.<br />
Tal item obteve a média 2,7, que, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, enquadra-se no nível<br />
3<br />
3<br />
2<br />
2<br />
174
egular, ou seja, condução média <strong>do</strong> usuário na realização <strong>de</strong> suas tarefas com ínfimos<br />
erros.<br />
Ain<strong>da</strong> que esta média esteja em penúltimo lugar no ranking <strong>de</strong> composição <strong>do</strong> atributo<br />
Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros, encontramos a afirmativa <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente enfatizan<strong>do</strong>:<br />
175<br />
“O Portal conduz o usuário a atingir seus objetivos porque seu manuseio é<br />
simples.” (D 7)<br />
A média <strong>do</strong> item em discussão se <strong>de</strong>u, conforme o Gráfico 37, pela concentração <strong>de</strong><br />
respostas, sobretu<strong>do</strong>, <strong>de</strong> concordância ao mesmo, no que tange os <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com<br />
15% (F=7), PPGCN e PPGE com 13% (F=6) ca<strong>da</strong>, e PPGPNSB com 6% (F=3) ca<strong>da</strong>.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 37 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> condução <strong>do</strong> usuário pelo Portal na realização <strong>de</strong><br />
suas tarefas com o menor número <strong>de</strong> erros possíveis<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
O último item específico que compõe o atributo Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros se refere à<br />
Correção automática pelo Portal <strong>de</strong> erros <strong>do</strong> usuário com aviso <strong>da</strong> correção realiza<strong>da</strong>.<br />
Este apresentou a média mais baixa <strong>de</strong>ntre to<strong>do</strong>s os itens que compõem o atributo, 2,5. Tal<br />
média, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, contu<strong>do</strong>, enquadra-se no nível <strong>de</strong> correção<br />
automática consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> média ou regular.<br />
A média 2,5 resultou <strong>da</strong> concentração <strong>de</strong> respostas, especialmente, <strong>de</strong> discordância<br />
pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO no montante percentual <strong>de</strong> 17% (F=8), PPGPNSB com montante<br />
percentual <strong>de</strong> 15% (F= 7), PPGCN com montante percentual <strong>de</strong> 13% (F=6) e, por fim, PPGE<br />
com 10% (F=5), conforme po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> no Gráfico 38.<br />
3<br />
2
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 38 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> correção automática pelo Portal <strong>de</strong> erros <strong>do</strong><br />
usuário com aviso <strong>da</strong> correção realiza<strong>da</strong><br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
7.3.5 Satisfação Subjetiva<br />
O último atributo <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> analisa<strong>do</strong> se refere à Satisfação Subjetiva <strong>do</strong>s usuários<br />
quanto ao uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
Satisfação Subjetiva, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Nielsen (1993, p. 26), refere-se ao usuário achar<br />
agradável a interação com o sistema e se sentir particularmente satisfeito com ele.<br />
A subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário em relação à sua satisfação conta tanto ou mais quanto o<br />
seu próprio <strong>de</strong>sempenho no permanente retorno pelo mesmo ao sistema. Quanto mais<br />
satisfeito o usuário se sentir, maior a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> sistema (NIELSEN, 1993, 1997, 2000; e<br />
NIELSEN; LORANGER, 2007).<br />
O atributo Satisfação Subjetiva obteve a média geral <strong>de</strong> 3,9, sobre a qual constatamos<br />
o nível <strong>de</strong> boa satisfação subjetiva, conforme os parâmetros <strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s. Tal média<br />
seguiu a tendência <strong>da</strong>s médias <strong>do</strong>s três primeiros atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> correspon<strong>de</strong>ntes ao<br />
nível qualifica<strong>do</strong> bom, referin<strong>do</strong>-nos aos atributos Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong>, Eficiência <strong>de</strong><br />
Uso e Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização, contu<strong>do</strong>, configuran<strong>do</strong>-se como a maior média <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os<br />
atributos investiga<strong>do</strong>s acerca <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
O quadro que segue <strong>de</strong>monstra, em ranking, as médias <strong>do</strong>s itens específicos que<br />
constituem a média <strong>da</strong> Satisfação Subjetiva.<br />
3<br />
2<br />
176
1º<br />
SATISFAÇÃO SUBJETIVA<br />
Consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> Portal como ferramenta <strong>de</strong> apoio didático e <strong>de</strong> atualização para o<br />
usuário<br />
2º Atualização constante <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> informacional <strong>do</strong> Portal 4,0<br />
3º Tempo <strong>de</strong> resposta <strong>do</strong> Portal às expectativas <strong>do</strong> usuário 4,0<br />
4º Segurança transmiti<strong>da</strong> pelo Portal ao usuário no momento <strong>da</strong> pesquisa 3,9<br />
5º<br />
Oferta <strong>de</strong> acesso fácil e rápi<strong>do</strong> pelo Portal ao conteú<strong>do</strong> informacional <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelo<br />
usuário<br />
6º Atenção <strong>do</strong> Portal às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> usuário 3,9<br />
7º Agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interface <strong>do</strong> Portal 3,7<br />
8º Informação <strong>de</strong> assuntos correlatos quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> não localização <strong>do</strong> assunto solicita<strong>do</strong> 3,2<br />
QUADRO 26 - Atributo Satisfação Subjetiva<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
MÉDIAS<br />
177<br />
ITEM ATRIBUTO<br />
Ressaltamos que o atributo Satisfação Subjetiva foi o que apresentou a maior média<br />
geral <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os atributos. Esta constatação se <strong>de</strong>u pelo fato <strong>de</strong> que to<strong>do</strong>s os itens que o<br />
compõem terem obti<strong>do</strong> médias específicas, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, enquadra<strong>da</strong>s no<br />
nível consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> bom, com exceção <strong>do</strong> primeiro item, Consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> Portal como<br />
ferramenta <strong>de</strong> apoio didático e atualização para o usuário, que obteve média 4,3, inclusa<br />
no nível <strong>de</strong> alta qualificação, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa maneira alta consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> Portal<br />
como ferramenta <strong>de</strong> apoio didático e <strong>de</strong> atualização para os <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s.<br />
Devemos sublinhar que este último item em <strong>de</strong>staque, com média 4,3, obteve não só a<br />
maior média <strong>de</strong> composição <strong>da</strong> média geral <strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> Satisfação Subjetiva, como atingiu<br />
a maior média <strong>de</strong>ntre to<strong>do</strong>s os itens que compõem os cinco atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
analisa<strong>do</strong>s.<br />
A média 4,3 resultou <strong>da</strong> concentração <strong>de</strong> respostas na sua maioria, <strong>de</strong> concordância<br />
pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO no montante percentual <strong>de</strong> 19% (F=9), PPGPNSB e PPGE com<br />
montantes percentuais <strong>de</strong> 10% (F= 5) ca<strong>da</strong> e PPGCN com montante percentual <strong>de</strong> 8% (F=4),<br />
segui<strong>da</strong> <strong>da</strong> concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> plena concordância, sen<strong>do</strong> os valores mais<br />
expressivos os <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGPNSB e <strong>do</strong> PPGE nos montantes percentuais <strong>de</strong> 19%<br />
4,3<br />
3,9<br />
3,9
(F=9) e 10% (F=5), respectivamente. A concentração geral <strong>de</strong> respostas ao item po<strong>de</strong> ser<br />
observa<strong>da</strong> conforme o Gráfico 39.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 39 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> consi<strong>de</strong>ração <strong>do</strong> Portal enquanto ferramenta <strong>de</strong><br />
apoio didático e <strong>de</strong> atualização para o usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
O segun<strong>do</strong> e o terceiro itens, Atualização constante <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> informacional <strong>do</strong><br />
Portal e Tempo <strong>de</strong> resposta <strong>do</strong> Portal às expectativas <strong>do</strong> usuário, apresentaram a mesma<br />
média, 4,0. Segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, tais médias se enquadram no nível <strong>de</strong> boa<br />
atualização constante <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> informacional e <strong>de</strong> bom tempo <strong>de</strong> resposta em face<br />
<strong>da</strong>s expectativas <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s.<br />
Sobre os percentuais mais relevantes <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> respostas, quanto a estes <strong>do</strong>is<br />
itens, temos valores próximos que resultaram <strong>da</strong> concordância sobre as mesmas: “Atualização<br />
constante <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> informacional <strong>do</strong> Portal”, obten<strong>do</strong> o PPGO, o PPGPNSB, o PPGE e o<br />
PPGCN os percentuais <strong>de</strong> 19% (F=9), 15% (F=7), 10% (F=5) e 6% (F=6), respectivamente; e<br />
“Tempo <strong>de</strong> resposta <strong>do</strong> Portal às expectativas <strong>do</strong> usuário“ obten<strong>do</strong> o PPGO, o PPGPNSB, o<br />
PPGE e o PPGCN os percentuais <strong>de</strong> 19% (F=9), 15% (F=7), 8% (F=4) os <strong>do</strong>is últimos,<br />
respectivamente. Tais concentrações são <strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s nos Gráficos 40 e 41.<br />
3<br />
2<br />
178
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 40 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> atualização constante <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> informacional<br />
<strong>do</strong> Portal<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 41 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> satisfação no tempo <strong>de</strong> resposta <strong>do</strong> Portal às<br />
expectativas <strong>do</strong> usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Uma crítica que associamos à “Atualização constante <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> informacional <strong>do</strong><br />
Portal”, merece ser registra<strong>da</strong>:<br />
3<br />
3<br />
2<br />
2<br />
179<br />
“Ser <strong>de</strong>mocrático, ser livre, ser subjetivo. Não se preocupar com número <strong>de</strong><br />
acesso ou fator <strong>de</strong> impacto. Não bloquear acesso só porque é pouco usa<strong>do</strong>.<br />
O que é mais visto não quer dizer que seja importante.” (D 47)<br />
Evi<strong>de</strong>nciamos que os itens quarto, quinto e sexto obtiveram qualificações referentes à<br />
boa segurança aos <strong>do</strong>centes no momento <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal, boa oferta <strong>de</strong> acesso ao<br />
conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> fácil e rápi<strong>do</strong>, e boa atenção às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa,<br />
respectivamente, relaciona<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s à mesma média 3,9.<br />
Quanto ao quarto item, sua média se <strong>de</strong>u pela concentração <strong>de</strong> respostas, em sua<br />
maioria, <strong>de</strong> concordância à segurança aos <strong>do</strong>centes no momento <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal pelos
<strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 15% (F=7), PPGPNSB com 13% (F=6), PPGE com 8% (F=4) e<br />
PPGCN com 6% (F=3).<br />
Sobre o quinto, sua média se <strong>de</strong>u pela concentração <strong>de</strong> respostas, sobretu<strong>do</strong>, <strong>de</strong><br />
concordância à “Oferta <strong>de</strong> acesso fácil e rápi<strong>do</strong> pelo Portal ao conteú<strong>do</strong> informacional<br />
<strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelo usuário” pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO e <strong>do</strong> PPGPNSB com 19% (F=9) ca<strong>da</strong>, PPGE<br />
com 10% (F=5) e PPGCN com 8% (F=4). Sobre este item, atestam Nielsen e Loranger (2007,<br />
p. 344): “A vantagem <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r as expectativas <strong>da</strong>s pessoas é que você po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r o que elas<br />
precisam exatamente <strong>da</strong> maneira que <strong>de</strong>sejam”.<br />
Já o sexto item, acerca <strong>da</strong> atenção às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa, também se <strong>de</strong>u pela<br />
concentração <strong>de</strong> respostas, em sua maioria, <strong>de</strong> concordância pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com<br />
25% (F=12), PPGPNSB com 17% (F=8) e PPGCN e PPGE com os mesmos percentuais, 10%<br />
(F=5).<br />
Em relação à satisfação <strong>do</strong> sexto item, “Atenção <strong>do</strong> Portal às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa<br />
<strong>do</strong> usuário”, encontramos a afirmativa <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente:<br />
180<br />
“Para a minha necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa e ensino, o sistema é satisfatório.”<br />
(D 11)<br />
Os Gráficos 42, 43 e 44 apresentam a concentração <strong>de</strong> respostas, respectivamente,<br />
acerca <strong>do</strong>s itens “Segurança transmiti<strong>da</strong> pelo Portal ao usuário no momento <strong>da</strong> pesquisa”,<br />
“Oferta <strong>de</strong> acesso fácil e rápi<strong>do</strong> pelo Portal ao conteú<strong>do</strong> informacional <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelo usuário”<br />
e “Atenção <strong>do</strong> Portal às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> usuário”.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 42 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> segurança transmiti<strong>da</strong> pelo Portal ao usuário no<br />
momento <strong>da</strong> pesquisa<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
3<br />
2
5<br />
4<br />
1<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 43 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> oferta <strong>de</strong> acesso fácil e rápi<strong>do</strong> pelo Portal ao<br />
conteú<strong>do</strong> informacional <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelo usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
5<br />
4<br />
1<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 44 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> atenção <strong>do</strong> Portal às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong><br />
usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
O sétimo item específico que compõe este atributo, versan<strong>do</strong> sobre a Agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> interface <strong>do</strong> Portal ao usuário, apresentou a média 3,7, que segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong><br />
análise, encontra-se no nível <strong>de</strong> boa agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interface.<br />
A média 3,7 resultou, sobretu<strong>do</strong>, <strong>da</strong> concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância pelos<br />
<strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com 25% (F=12), PPGPNSB com 17% (F=8), PPGE com 10% (F=5) e<br />
PPGCN com 8% (F=4), conforme po<strong>de</strong> ser verifica<strong>do</strong> no Gráfico 45.<br />
3<br />
3<br />
2<br />
2<br />
181
5<br />
4<br />
1<br />
30<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 45 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interface <strong>do</strong> Portal ao usuário<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Quanto a este item, houve uma resposta <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente que, ao mesmo tempo, oferece<br />
uma crítica quanto à agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interface <strong>do</strong> Portal e uma sugestão <strong>de</strong> cooperação<br />
institucional para promoção <strong>do</strong> mesmo, conforme po<strong>de</strong>mos observar na afirmativa transcrita<br />
abaixo:<br />
3<br />
2<br />
182<br />
“Penso que as universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>veriam fornecer com freqüência cursos para<br />
uso <strong>do</strong> Portal aos professores. O sistema po<strong>de</strong> estar sen<strong>do</strong> subutiliza<strong>do</strong> em<br />
função <strong>de</strong> não ter uma interface convi<strong>da</strong>tiva.” (D 1)<br />
De mo<strong>do</strong> geral, esta afirmativa corrobora com a advertência <strong>de</strong> Nielsen e Loranger<br />
(2007, p. 394) aos web<strong>de</strong>signers quanto à agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
Como não se preocupam com tecnologia, computa<strong>do</strong>res, ou Websites por si<br />
sós, a maioria <strong>da</strong>s pessoas prefere sites que equilibram <strong>de</strong>sign com<br />
simplici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Elas apreciam sites que são esteticamente agradáveis, mas se<br />
frustram se o <strong>de</strong>sign for um obstáculo. Combine criativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
para alcançar um <strong>de</strong>sign harmonioso e eficiente.<br />
O último item Informação pelo Portal <strong>de</strong> assuntos correlatos quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> não<br />
localização <strong>do</strong> assunto solicita<strong>do</strong>, apresentou a média mais baixa <strong>de</strong>ste atributo, 3,2. Tal<br />
média, segun<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong> análise, encontra-se no nível <strong>de</strong> boa informação <strong>de</strong><br />
assuntos correlatos.<br />
A média 3,2 se <strong>de</strong>u especialmente pela concentração <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> concordância<br />
pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> PPGO com montante percentual 17% (F=8), PPGPNSB e PPGE com
montantes percentuais <strong>de</strong> 10% (F=5) ca<strong>da</strong> e PPGCN no montante percentual <strong>de</strong> 8% (F=4),<br />
conforme po<strong>de</strong> ser verifica<strong>do</strong> no Gráfico 46.<br />
5<br />
4<br />
1<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
GRÁFICO 46 - Concentração <strong>de</strong> respostas acerca <strong>da</strong> informação pelo Portal <strong>de</strong> assuntos correlatos<br />
quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> não localização <strong>do</strong> assunto solicita<strong>do</strong><br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Registramos a afirmativa <strong>de</strong> um <strong>do</strong>cente sobre o item “Informação pelo Portal <strong>de</strong><br />
assuntos correlatos quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> não localização <strong>do</strong> assunto solicita<strong>do</strong>”, tratan<strong>do</strong> <strong>da</strong> sua<br />
satisfação diante <strong>da</strong> sua experiência com o Portal:<br />
3<br />
2<br />
183<br />
“É bom. Sobre o Portal, mostrar assuntos correlatos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> jornal ou<br />
periódico solicita<strong>do</strong>.” (D 1)<br />
Como conclusão <strong>de</strong>ste atributo <strong>de</strong> melhor avaliação pelos <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> Portal,<br />
trazemos por fim, o remate <strong>de</strong> Nielsen e Loranger (2007, p. 394) quanto à satisfação subjetiva<br />
<strong>do</strong>s usuários: “No final, a única coisa que importa é se eles gostam <strong>do</strong> seu site e <strong>de</strong> utilizá-lo”.<br />
7.3.6 Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> Geral<br />
As normas ISO 9241 e <strong>da</strong> NBR 9241, <strong>de</strong>finem <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> como “a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />
produto ser usa<strong>do</strong> por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia,<br />
eficiência e satisfação em um contexto específico <strong>de</strong> uso”. Atentan<strong>do</strong> para tal <strong>de</strong>finição,<br />
percorremos to<strong>da</strong> esta investigação consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a seguinte associação disposta no Quadro 27:
CONCEITOS DA<br />
DEFINIÇÃO DE<br />
USABILIDADE<br />
CONTEXTO DA INVESTIGAÇÃO<br />
Produto Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Usuários<br />
Docentes permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> área <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
Objetivos<br />
Satisfação <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s informacionais <strong>do</strong>s usuários: busca e uso <strong>de</strong> informação<br />
científica volta<strong>do</strong>s às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e <strong>do</strong>cência<br />
contexto <strong>de</strong> uso<br />
Contexto referente ao acesso irrestrito institucional na Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> e/ou<br />
<strong>de</strong> maneira remota permiti<strong>da</strong>; ou acesso público restrito<br />
Eficácia Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> a constatar<br />
Eficiência Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> a constatar<br />
Satisfação Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> a constatar<br />
QUADRO 27 - Associação <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao contexto <strong>da</strong> investigação<br />
Em observância ao objetivo <strong>da</strong> pesquisa <strong>de</strong> analisar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES, atentan<strong>do</strong> para esta <strong>de</strong>finição e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as lacunas <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>s no<br />
quadro acima, <strong>de</strong>senvolvemos esta investigação contemplan<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> conceito aponta<strong>do</strong> através<br />
<strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s e resulta<strong>do</strong>s e análises aqui em apresentação, saben<strong>do</strong> que só pela<br />
compreensão e relação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> conceito no contexto <strong>da</strong> investigação é que po<strong>de</strong>ríamos<br />
analisar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal.<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, portanto, a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> levantar as lacunas <strong>de</strong>staca<strong>da</strong>s, enquanto<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s a constatar, tecemos, a priori, as seguintes consi<strong>de</strong>rações:<br />
• a eficácia é a precisão e completeza com que os <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s atingem<br />
seus objetivos <strong>de</strong> pesquisa e <strong>do</strong>cência recuperan<strong>do</strong>/acessan<strong>do</strong> a informação<br />
184<br />
científica que tem necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> através <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal ou geran<strong>do</strong> os resulta<strong>do</strong>s<br />
espera<strong>do</strong>s;<br />
• a eficiência é a precisão e completeza com que os <strong>do</strong>centes atingem seus objetivos<br />
<strong>de</strong> pesquisa e <strong>do</strong>cência em relação à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos gastos (tempo,<br />
recursos financeiros, esforço mental) quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal; e<br />
• a satisfação é a consi<strong>de</strong>ração subjetiva <strong>do</strong> <strong>do</strong>cente investiga<strong>do</strong> sobre a<br />
aceitabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu uso.
Seguin<strong>do</strong> as pistas <strong>de</strong> Nielsen (1993) quan<strong>do</strong> este <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ser a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> um<br />
conceito que busca <strong>de</strong>finir as características <strong>da</strong> utilização, <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong> satisfação <strong>do</strong>s<br />
usuários, na interação <strong>da</strong>s e nas interfaces computacionais, na perspectiva <strong>de</strong> um bom sistema<br />
interativo, utilizamo-nos <strong>do</strong>s seus cinco atributos para análise <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES:<br />
- Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong>;<br />
- Eficiência <strong>de</strong> Uso;<br />
- Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização;<br />
- Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros; e<br />
- Satisfação Subjetiva.<br />
E no uso <strong>de</strong> tais pistas, percebemos a associação <strong>do</strong>s seus atributos com as lacunas a<br />
constatar <strong>da</strong> investigação.<br />
Diretamente, a i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> atributo <strong>de</strong> Satisfação Subjetiva aten<strong>de</strong> a lacuna <strong>de</strong><br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> satisfação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes a constatar. E indiretamente, to<strong>do</strong>s os outros atributos<br />
i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s, Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong>, Eficiência <strong>de</strong> Uso, Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização e<br />
Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros, aten<strong>de</strong>m as lacunas <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> eficácia e eficiência a constatar.<br />
Acrescentan<strong>do</strong> a compreensão <strong>de</strong> que o mo<strong>do</strong> como os <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s atingem<br />
os seus objetivos na relação com o Portal implica tanto na eficácia quanto na eficiência,<br />
percebemos, portanto, por associação, que o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes implica nos conceitos<br />
<strong>de</strong> eficácia ou eficiência a constatar.<br />
Nessa perspectiva, encontramos as palavras <strong>de</strong> Dias (2003, p. 29) se referin<strong>do</strong> ao<br />
<strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s usuários enquanto uma habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> usuário em realizar tarefas para as<br />
quais o sistema foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> “avalia<strong>do</strong> à medi<strong>da</strong> que os objetivos <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> sistema<br />
são atingi<strong>do</strong>s (eficácia) e os recursos (tempo, dinheiro e esforço mental) são gastos para atingir<br />
tais objetivos (eficiência)”, e, por sua vez, referin<strong>do</strong>-se à satisfação <strong>da</strong> seguinte forma:<br />
185<br />
a medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> satisfação <strong>do</strong> usuário é tão importante quanto seu <strong>de</strong>sempenho,<br />
ou seja, um sistema, mesmo sen<strong>do</strong> eficiente e capaz <strong>de</strong> gerar resulta<strong>do</strong>s<br />
eficazes, não po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> aceitável se a reação <strong>do</strong> usuário ao<br />
sistema for negligencia<strong>da</strong> (DIAS, 2003, p. 29).
Dias, assim, corrobora com Nielsen quan<strong>do</strong> <strong>da</strong> compreensão <strong>da</strong> implicação <strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong> satisfação <strong>do</strong>s usuários na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> sistema, ou seja, na<br />
i<strong>de</strong>ntificação e avaliação <strong>da</strong> sua <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>.<br />
Realizamos, portanto, diante <strong>da</strong>s associações anuncia<strong>da</strong>s, o Quadro 28, enquanto um<br />
quadro referencial acerca <strong>da</strong> relação <strong>da</strong>s <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>da</strong>s normas ISO 9241 e<br />
NBR 9241 e <strong>de</strong> Jakob Nielsen para análise <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES,<br />
como segue:<br />
NORMAS<br />
ISO 9241<br />
E NBR 9241<br />
JAKOB<br />
NIELSEN<br />
Contexto<br />
<strong>de</strong> Uso<br />
UTILIZAÇÃO<br />
DO SISTEMA<br />
PELOS<br />
USUÁRIOS<br />
ATRIBUTOS<br />
DE<br />
USABILIDADE<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Aprendiza<strong>do</strong><br />
186<br />
Eficácia e Eficiência Satisfação<br />
Eficiência<br />
<strong>de</strong> Uso<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Memorização<br />
DESEMPENHO DOS USUÁRIOS<br />
QUADRO 28 - Quadro referencial acerca <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
Baixa<br />
Taxa <strong>de</strong><br />
Erros<br />
Satisfação<br />
Subjetiva<br />
SATISFAÇÃO<br />
DOS<br />
USUÁRIOS<br />
Ressaltamos que, ain<strong>da</strong> referente ao quadro, <strong>de</strong>vem ser compreendi<strong>do</strong>s os três<br />
conceitos fun<strong>da</strong>mentais comuns às <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> no contexto <strong>de</strong>sta investigação:<br />
• sistema ou produto (Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES);<br />
• usuários (<strong>do</strong>centes permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong><br />
área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>); e<br />
• objetivos quanto ao uso <strong>do</strong> sistema (satisfação <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s informacionais <strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong>centes: busca e uso <strong>de</strong> informação científica volta<strong>da</strong> às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e<br />
<strong>do</strong>cência).
A partir <strong>de</strong>ste quadro referencial, associamos os níveis <strong>do</strong>s atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
aplica<strong>do</strong>s ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s na pesquisa através <strong>de</strong> suas médias,<br />
às medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e satisfação <strong>do</strong>s usuários, conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> no Quadro 29:<br />
DESEMPENHO<br />
(Eficácia e Eficiência)<br />
ATRIBUTOS DE USABILIDADE MÉDIA<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Memorização 3,5<br />
Eficiência <strong>de</strong> Uso 3,4<br />
Facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Aprendiza<strong>do</strong> 3,1<br />
Taxa Regular <strong>de</strong> Erros 2,8<br />
MÉDIA<br />
FINAL<br />
SATISFAÇÃO Satisfação Subjetiva 3,9 3,9<br />
QUADRO 29 - Médias <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e satisfação <strong>do</strong>s usuários<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Dessa maneira, tanto o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
CAPES, correspon<strong>de</strong>nte à média 3,2, quanto a satisfação <strong>do</strong>s usuários <strong>do</strong> Portal,<br />
correspon<strong>de</strong>nte à média 3,9, enquadraram-se acima <strong>da</strong> média estabeleci<strong>da</strong> (quan<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho regular e <strong>da</strong> satisfação regular <strong>do</strong>s usuários, a média geral é compreendi<strong>da</strong> no<br />
intervalo 2,1-3,0), conforme os parâmetros <strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s. Daí, inferimos a análise <strong>de</strong>stas<br />
medi<strong>da</strong>s representativas <strong>do</strong> bom <strong>de</strong>sempenho e <strong>da</strong> boa satisfação <strong>do</strong>s usuários acerca <strong>do</strong><br />
uso <strong>do</strong> Portal.<br />
De to<strong>do</strong>s os atributos que compõem as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho e <strong>de</strong> satisfação <strong>do</strong>s<br />
usuários, ressaltamos a Satisfação Subjetiva com a maior média, 3,9, muito próximo <strong>do</strong> nível<br />
<strong>de</strong> alta satisfação, e a Baixa Taxa <strong>de</strong> Erros com a menor média, 2,8, que na conversão <strong>de</strong><br />
análise, conforme os parâmetros a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, correspon<strong>de</strong>u a uma taxa regular <strong>de</strong> erros, ou seja,<br />
qualifica<strong>da</strong> no nível médio ou regular. A satisfação <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s, nessa<br />
3,2<br />
187
perspectiva, seguiu a tendência <strong>do</strong> seu <strong>de</strong>sempenho quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal, contu<strong>do</strong>, <strong>de</strong><br />
maneira um pouco melhor qualifica<strong>da</strong>, mais eleva<strong>da</strong>.<br />
Diante <strong>da</strong> qualificação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s usuários e <strong>de</strong> sua satisfação quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso<br />
<strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, po<strong>de</strong>mos afirmar a boa <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES, conforme os parâmetros <strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, sob a média final 3,6<br />
correspon<strong>de</strong>nte ao nível qualifica<strong>do</strong> aceitável, acima <strong>da</strong> média, como <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> no<br />
último quadro que segue:<br />
USABILIDADE<br />
MÉDIA<br />
DESEMPENHO 3,2<br />
SATISFAÇÃO 3,9<br />
QUADRO 30 - Média <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
MÉDIA<br />
FINAL<br />
Dessa forma, a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> investiga<strong>da</strong> é qualifica<strong>da</strong> enquanto a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal<br />
<strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES ser a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> à sua utilização pelos <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s,<br />
evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> um bom <strong>de</strong>sempenho e uma boa satisfação <strong>de</strong>stes seus usuários, o que permite<br />
que estes atinjam seus objetivos <strong>de</strong> pesquisa e <strong>do</strong>cência com real eficácia e eficiência, apesar<br />
<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> haver a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong> problemas ou erros na realização <strong>da</strong>s tarefas<br />
<strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s.<br />
3,6<br />
188
189<br />
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
190<br />
Nossa busca <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertas alimenta nossa criativi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
em to<strong>do</strong>s os campos, não apenas na ciência.<br />
Stephem Hawking<br />
Qual a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação interativo?<br />
Des<strong>de</strong> o início <strong>de</strong>sta investigação, preocupamo-nos com um fenômeno contemporâneo<br />
a respeito <strong>da</strong>s práticas sociais <strong>da</strong> informação: o uso <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação basea<strong>do</strong>s em<br />
computa<strong>do</strong>r, aliás, a expectativa <strong>de</strong>sse uso, a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sse uso a partir <strong>da</strong> interação entre o<br />
sistema e aquele que o utiliza. E sob o olhar <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, <strong>de</strong>ixamo-nos guiar<br />
pelas suas duas perspectivas epistemológicas, a social e a tecnológica, para i<strong>de</strong>ntificar e<br />
compreen<strong>de</strong>r tal quali<strong>da</strong><strong>de</strong> sob o ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> elemento mais importante <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong><br />
informação, o usuário.<br />
Pressman e Lévy nos <strong>de</strong>ram pistas para esta empreita<strong>da</strong>:<br />
Quem é o usuário? Quem faz o usuário apren<strong>de</strong>r e interagir com o novo<br />
sistema basea<strong>do</strong> em computa<strong>do</strong>r? Como o usuário interpreta as informações<br />
produzi<strong>da</strong>s pelo sistema? O que o usuário espera <strong>do</strong> sistema? (PRESSMAN,<br />
1995, p. 602)<br />
De fato, quem implica as relações entre os enuncia<strong>do</strong>s no espaço <strong>da</strong><br />
cosmopédia? É o próprio intelectual coletivo, suas navegações, seus<br />
percursos <strong>de</strong> inscrição, suas trilhas no campo <strong>da</strong> iminência <strong>de</strong>sses saberes.<br />
As relações entre os enuncia<strong>do</strong>s cosmopédicos só estão implica<strong>da</strong>s na<br />
estrutura <strong>da</strong> gran<strong>de</strong> imagem multidimensional porque os membros vivos <strong>do</strong><br />
intelectual coletivo também estão. São eles que produzem, tecem, costuram<br />
e <strong>do</strong>bram o Espaço <strong>do</strong> saber, e tu<strong>do</strong> isso <strong>do</strong> interior <strong>de</strong>sse espaço. (LÉVY,<br />
2000, p. 184)<br />
Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o insigne papel <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES para a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
científica <strong>do</strong> Brasil, na promoção <strong>da</strong> disseminação <strong>de</strong> informação como subsídio na geração <strong>de</strong><br />
conhecimento científico e tecnológico, esta investigação objetivou analisar, assim, a<br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>ste Portal, caracteriza<strong>do</strong> como cosmopédia, à luz <strong>do</strong>s atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo pesquisa<strong>do</strong>r Jakob Nielsen: facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>; eficiência <strong>de</strong> uso;
facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização; baixa taxa <strong>de</strong> erros; e satisfação subjetiva. Sob esta perspectiva,<br />
<strong>de</strong>finimos os <strong>do</strong>centes permanentes <strong>do</strong>s Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
<strong>UFPB</strong> enquanto os sujeitos <strong>da</strong> pesquisa, na condição <strong>de</strong> usuários <strong>de</strong>ssa cosmopédia.<br />
A pesquisa se caracteriza, portanto, como um Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Usuários no âmbito <strong>da</strong> Ciência<br />
<strong>da</strong> Informação, em diálogo interdisciplinar com as Ciências <strong>da</strong> Computação/Engenharia <strong>de</strong><br />
Software/Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> tratam <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, além <strong>da</strong>s<br />
Ciências <strong>do</strong> Comportamento, apresentan<strong>do</strong> natureza <strong>de</strong>scritiva e utilizan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> méto<strong>do</strong><br />
direto sob abor<strong>da</strong>gem meto<strong>do</strong>lógica qualitativa com aporte quantitativo.<br />
Como resulta<strong>do</strong>s, a partir <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> acesso ao Portal na <strong>UFPB</strong> através <strong>da</strong> Seção<br />
<strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> sua Biblioteca Central, comprovamos, por parte <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s, o<br />
contexto <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> mesmo fora <strong>de</strong>sta Biblioteca, através <strong>do</strong> acesso local na instituição ou <strong>do</strong><br />
acesso remoto autoriza<strong>do</strong>.<br />
Acerca <strong>do</strong>s sujeitos investiga<strong>do</strong>s, evi<strong>de</strong>nciamos o seu perfil como uma população ativa,<br />
<strong>de</strong> pre<strong>do</strong>mínio feminino, comprometi<strong>da</strong>, experiente, usuária <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
CAPES enquanto um canal informacional imprescindível às suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e<br />
<strong>do</strong>cência.<br />
Através <strong>do</strong> Portal esta população busca e usa a informação científica para satisfazer<br />
suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s informacionais na perspectiva <strong>da</strong> construção/<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> próprio<br />
conhecimento científico e, quiçá, na perspectiva <strong>da</strong> manutenção e evolução <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> humana,<br />
haja vista a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ético-científica <strong>da</strong> área <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> sobre a qual esta população se<br />
<strong>de</strong>dica.<br />
E na perspectiva <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>centes, através <strong>da</strong> aplicação <strong>do</strong> questionário, i<strong>de</strong>ntificamos<br />
os níveis <strong>de</strong> qualificação <strong>do</strong>s cinco atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal a partir <strong>do</strong>s parâmetros<br />
<strong>de</strong> análise a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s, que nos permitiram constatar um cenário positivo <strong>da</strong> interação <strong>do</strong> usuário<br />
com o sistema.<br />
Referin<strong>do</strong>-nos à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong> usuário quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> sistema,<br />
constatamos um nível qualifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> boa facili<strong>da</strong><strong>de</strong> ou a<strong>de</strong>quação ao aprendiza<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes<br />
investiga<strong>do</strong>s.<br />
Referin<strong>do</strong>-nos à eficiência <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> um sistema interativo que permite que o usuário,<br />
ao interagir com o mesmo, consiga atingir altos níveis <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na realização <strong>de</strong> seus<br />
191
objetivos, constatamos um nível qualifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> boa eficiência <strong>de</strong> uso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes<br />
investiga<strong>do</strong>s.<br />
No que tange à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> memorização <strong>de</strong> um sistema interativo pelo usuário, que<br />
mesmo ten<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> <strong>de</strong> utilizar o sistema por algum tempo continue apto a retornar ao<br />
mesmo e realizar suas tarefas, constatamos um nível qualifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> boa facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
memorização <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s.<br />
Referin<strong>do</strong>-nos à necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> baixa taxa <strong>de</strong> erros <strong>de</strong> um sistema interativo, que<br />
permita ao usuário realizar suas tarefas sem problemas, constatamos, pela conversão<br />
conceitual, um nível <strong>de</strong> taxa média ou regular <strong>de</strong> erros <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s.<br />
Com relação à satisfação subjetiva <strong>do</strong> usuário em quão este consi<strong>de</strong>ra agradável ou<br />
satisfatória a sua interação com o sistema quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> seu uso, constatamos um nível<br />
qualifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> boa satisfação subjetiva <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s.<br />
A partir <strong>da</strong> análise <strong>do</strong>s atributos, como conclusão, qualificamos a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
investiga<strong>da</strong> enquanto a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES à sua<br />
utilização pelos <strong>do</strong>centes permanentes vincula<strong>do</strong>s aos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> área<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, na evi<strong>de</strong>nciação <strong>de</strong> um bom <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s usuários (média 3,2) e <strong>de</strong><br />
uma boa satisfação <strong>de</strong>stes (média 3,9) quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal. Dessa forma, evi<strong>de</strong>nciamos a<br />
boa <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal, ou seja, sua boa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso (média 3,6).<br />
Tal qualificação <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal permite a ilação <strong>de</strong> que estes <strong>do</strong>centes<br />
utilizam o Portal para acesso à informação científica, disponibiliza<strong>da</strong> por este sistema <strong>de</strong><br />
informação, que subsidie as disciplinas que ministram, suas orientações <strong>de</strong> dissertações e<br />
teses, orientações <strong>de</strong> iniciação científica, elaboração <strong>de</strong> artigos, <strong>de</strong>ntre outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s,<br />
apesar <strong>de</strong> ain<strong>da</strong> enfrentarem alguma ocorrência <strong>de</strong> problemas ou erros na realização <strong>de</strong> suas<br />
tarefas quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> Portal, conforme constatamos diante <strong>da</strong> regular ou média taxa <strong>de</strong><br />
erros.<br />
Durante a realização <strong>de</strong>sta investigação, levantamos algumas situações cabíveis <strong>de</strong><br />
recomen<strong>da</strong>ções. Desta forma, indicamos tais recomen<strong>da</strong>ções no que tange a realização <strong>de</strong><br />
novas pesquisas complementares, bem como algumas sugestões às instituições relaciona<strong>da</strong>s ao<br />
contexto geral <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal. Ressaltamos que quanto às recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> novas<br />
pesquisas, estas são sugeri<strong>da</strong>s em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s limitações <strong>de</strong>: tempo, acessibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />
192
disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s; e <strong>do</strong> objetivo geral <strong>de</strong>sta pesquisa. Assim,<br />
recomen<strong>da</strong>mos:<br />
a) Para a Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES<br />
• Realização e divulgação sistemática <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> sobre o Portal,<br />
com aporte <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários.<br />
• Diante <strong>do</strong> relato <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s, observância à concisão e<br />
193<br />
simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> interface <strong>do</strong> Portal para: melhor atrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> para exploração<br />
<strong>de</strong> suas ferramentas pelos usuários; melhor compreensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong><br />
textual <strong>do</strong> Portal; melhor eficiência <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal ao<br />
usuário; e agra<strong>da</strong>bili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> própria interface <strong>do</strong> Portal ao usuário.<br />
b) Para a Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
• Realização periódica, diante <strong>da</strong> ausência constata<strong>da</strong>, <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários e<br />
Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, sob cooperação <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong><br />
Informação e <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, utilizan<strong>do</strong><br />
e divulgan<strong>do</strong> seus resulta<strong>do</strong>s.<br />
• Divulgação sistemática <strong>de</strong> treinamentos/cursos sobre o Portal em ca<strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
acadêmica <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, com agen<strong>da</strong> <strong>de</strong> eventos ampla e previamente divulga<strong>da</strong>,<br />
em cooperação com a PRPG e as coor<strong>de</strong>nações <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> graduação e pós-<br />
graduação.<br />
• Ampliação e divulgação <strong>do</strong>s serviços <strong>do</strong> Portal pela Biblioteca Central <strong>da</strong><br />
<strong>UFPB</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> seu site.<br />
• Aceleração, por parte <strong>da</strong> Gestão Universitária, <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quação e<br />
ampliação <strong>do</strong> espaço físico e <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>res <strong>da</strong><br />
sala <strong>de</strong> acesso ao Portal na Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>.
c) Sobre novas pesquisas<br />
• Ampliação <strong>de</strong>sta investigação mediante pesquisas que contemplem universos<br />
194<br />
mais amplos, utilizan<strong>do</strong> a meto<strong>do</strong>logia a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> incluin<strong>do</strong> os parâmetros <strong>de</strong><br />
análise elabora<strong>do</strong>s.<br />
• Complementari<strong>da</strong><strong>de</strong> entre méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários e <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
• Testes empíricos <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal.<br />
Dessa forma, tornamos claro o alcance <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os objetivos (específicos e geral) <strong>de</strong>sta<br />
investigação e <strong>da</strong>í ressaltamos relevante contribuição teórico-meto<strong>do</strong>lógica à Ciência <strong>da</strong><br />
Informação. Nisto, sobressaímos:<br />
• o ineditismo, na comprovação <strong>de</strong>sta investigação se apresentar enquanto a<br />
primeira realiza<strong>da</strong> em nível <strong>de</strong> pós-graduação stricto sensu acerca <strong>da</strong><br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, com base em Cendón (2008);<br />
• a promoção <strong>do</strong> diálogo interdisciplinar entre a Ciência <strong>da</strong> Informação e a<br />
Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, na relação <strong>do</strong>s Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários com os Estu<strong>do</strong>s<br />
<strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />
• o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma nova técnica, quanto à elaboração <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong><br />
análise prospectiva <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> sistemas interativos; bem como<br />
• a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> emprego <strong>da</strong> técnica a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong> em novas pesquisas, enquanto<br />
mo<strong>de</strong>lo prospectivo exploratório <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> sistemas interativos, ou a<br />
sua a<strong>de</strong>quação para tanto.<br />
Ao final <strong>de</strong>sta dissertação, em face <strong>da</strong> relevância e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seu resulta<strong>do</strong>,<br />
retomamos o ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> elemento mais importante <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação, o seu<br />
usuário, na reflexão <strong>do</strong> seu próprio uso e na cooperação <strong>do</strong> fazer <strong>de</strong>sta investigação, referin<strong>do</strong>-
nos a uma usuária <strong>do</strong>cente que se tornou muito especial por sua disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, crítica e<br />
participação, conforme partilhamos através <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong> suas palavras:<br />
195<br />
“Fiquei surpresa ao perceber a gama <strong>de</strong> aspectos que <strong>de</strong>vem fazer parte <strong>de</strong><br />
um recurso informacional como o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. Assim,<br />
senti alguma dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> para respon<strong>de</strong>r seu questionário porque alguns<br />
<strong>de</strong>sses aspectos eu sequer suspeitava a existência, ou que seriam tão<br />
importantes, não os i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> ao fazer uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
CAPES. Grata pela experiência.” (D 13)
196<br />
REFERÊNCIAS
AGUIAR, A. C. Informação e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento científico, tecnológico e<br />
industrial: tipologia proposta com base em análise funcional. Ciência <strong>da</strong> Informação,<br />
Brasília, v. 20, n. 1, p. 7-15, jan./jun. 1991.<br />
ALLEN, T. J. Information needs and uses. Annual Review of Information Science and<br />
Technology, New York, v. 4, p. 3-29, 1969.<br />
AQUINO, Mirian <strong>de</strong> Albuquerque (Org.). O campo <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação: gênese,<br />
conexões e especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s. João Pessoa: Editora Universitária/<strong>UFPB</strong>, 2002.<br />
ARAGÃO, Tutilla <strong>de</strong> Brito. Área Técnica/Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong><br />
Capes. Estatísticas <strong>de</strong> acesso ao Portal [mensagem pessoal]. Mensagem recebi<strong>da</strong> por<br />
em 14 out. 2008.<br />
ARAÚJO, Eliany Alvarenga <strong>de</strong>. A construção social <strong>da</strong> informação: práticas informacionais<br />
no contexto <strong>de</strong> Organizações Não-Governamentais/ONGs brasileiras. Brasília: UnB, 1998.<br />
221 f. Tese (Doutora<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong> Informação). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília. 1998.<br />
BAPTISTA, Sofia Galvão; CUNHA, Murilo Bastos <strong>da</strong> Cunha. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> usuários: visão<br />
global <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s. Perspectiva em Ciência <strong>da</strong> Informação, Belo<br />
Horizonte, v. 12, n. 2, mai./ago. 2007.<br />
BARANAUSKAS, Maria Cecília Calani; ROCHA, Heloisa Vieira <strong>da</strong>. Design e avaliação <strong>de</strong><br />
interface homem-computa<strong>do</strong>r. São Paulo: UME-USP, 2000.<br />
BARRETO, Al<strong>do</strong> <strong>de</strong> Albuquerque. A questão <strong>da</strong> informação. Disponível em:<br />
. Acesso em: 14 jan. 2002.<br />
BENAKOUCHE, Tamara. Tecnologia é socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: contra a noção <strong>de</strong> impacto tecnológico.<br />
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> pesquisa, Santa Catarina, SC, n. 17, p. 1-10, set. 1999.<br />
BEVAN, N; NIRAKOWSKI, J; MAISSEL, J. What is usability. In: Proceedings of the 4 th<br />
International Conference in IHC. Stuttgart. 1991. Disponível em:<br />
. Acesso em: 02 <strong>de</strong>z. 2005.<br />
BOHMERWALD, Paula. Uma proposta meto<strong>do</strong>lógica para avaliação <strong>de</strong> bibliotecas digitais:<br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> e comportamento <strong>de</strong> busca por informação na Biblioteca Digital <strong>da</strong> PUC - Minas.<br />
Ciência <strong>da</strong> Informação, Brasília, DF, v. 34, n.1, p.95-103, jan./abr. 2005.<br />
BOORSTIN, Daniel J. Os <strong>de</strong>scobri<strong>do</strong>res: <strong>de</strong> como o homem procurou conhecer-se a si<br />
mesmo e ao mun<strong>do</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Civilização Brasileira, 1989.<br />
BUONOCORE, Domingo. Dicionário <strong>de</strong> bibliotecologia. Santa Fé: Castellvi, 1963.<br />
197
CASTELLANI, M. R.; ZWOCKER, R. Informatizan<strong>do</strong> a comunicação na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>: uma<br />
análise cultural. Revista <strong>de</strong> Administração, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 10-18, abr./jun. 2000<br />
CASTELLS, Manuel. A era <strong>da</strong> informação: economia, socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e cultura; v. 1. A socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
em re<strong>de</strong>. São Paulo: Paz e Terra, 1999.<br />
___________. A era <strong>da</strong> informação: economia, socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e cultura; v. 2. O po<strong>de</strong>r <strong>da</strong><br />
i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. 3ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.<br />
___________. A era <strong>da</strong> informação: economia, socie<strong>da</strong><strong>de</strong> e cultura; v. 3. Fim <strong>de</strong> milênio. 2ª<br />
ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.<br />
CENDÓN, Beatriz Vala<strong>da</strong>res; RIBEIRO, Nádia Ameno. Análise <strong>da</strong> literatura acadêmica sobre<br />
o <strong>portal</strong> <strong>periódicos</strong> Capes. Informação & Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: Estu<strong>do</strong>s, João Pessoa, v. 18, n. 2, p.<br />
157-178, maio/ago. 2008.<br />
CERVO, Ama<strong>do</strong>; BERVIAN, Pedro. Meto<strong>do</strong>logia Científica. São Paulo: Makron Books,<br />
1996.<br />
CHOO, Chun Wei. A organização <strong>do</strong> conhecimento: como as organizações usam a<br />
informação para criar significa<strong>do</strong>, construir conhecimento e tomar <strong>de</strong>cisões. São Paulo:<br />
Editora Senac, 2003, cap. 2, p. 63-126.<br />
CIBERAMÉRICA. Ciência <strong>do</strong> comportamento. Disponível em:<br />
. Acesso em: 11 out. 2007.<br />
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR<br />
(CAPES). Avaliação Trienal 2007. Disponível em:<br />
. Acesso em: 04 fev. 2008a.<br />
___________. Ofício/CAPES/DPR nº 017/2006. Documento expedi<strong>do</strong> por: Diretor <strong>de</strong><br />
Programas. Brasília, jan. 2006.<br />
___________. Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. Disponível em:<br />
. Acesso em: 28 out. 2008b.<br />
___________. Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES. Disponível em:<br />
. Acesso em: 04 fev. 2008c.<br />
___________. Site oficial. Disponível em: . Acesso em: 04 fev.<br />
2008d.<br />
CÔRTE, A<strong>de</strong>lai<strong>de</strong> Ramos et al. Automação <strong>de</strong> bibliotecas e centros <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentação: o<br />
processo <strong>de</strong> seleção e avaliação <strong>de</strong> softwares. Ciência <strong>da</strong> Informação, Brasília, DF, v. 28, n.<br />
3, p. 241-256, set./<strong>de</strong>z. 1999.<br />
198
COSTA, Luciana Ferreira <strong>da</strong>. (In)Formação Profissional: investigan<strong>do</strong> buscas e usos <strong>de</strong><br />
informação <strong>do</strong>s estu<strong>da</strong>ntes em processo <strong>de</strong> conclusão <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Graduação em<br />
Biblioteconomia <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>. João Pessoa: <strong>UFPB</strong>, 2002. 101f. Monografia (Curso <strong>de</strong> Graduação<br />
em Biblioteconomia). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba. 2002.<br />
COSTA, Luciana Ferreira <strong>da</strong>; RAMALHO, Francisca Arru<strong>da</strong>. Para on<strong>de</strong> vai a tecnologia?<br />
Ensaio social sobre tecnologia, informação e conhecimento. Biblioteca On-line <strong>de</strong> Ciências<br />
<strong>da</strong> Comunicação, BOCC, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Beira-Interior, Covilhã, Portugal, abr., p. 1-13, 2008.<br />
COSTA, Luciana Ferreira <strong>da</strong>; RAMALHO, Francisca Arru<strong>da</strong>; SILVA, Alan Curcino Pedreira<br />
<strong>da</strong>. Pela (in)formação profissional: necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e perspectivas <strong>do</strong>s estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> graduação<br />
em biblioteconomia/<strong>UFPB</strong> em seu processo <strong>de</strong> conclusão. Informação & Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>:<br />
Estu<strong>do</strong>s, João Pessoa, v.12, n. 2, 2003.<br />
CRESPO, Isabel Merlo. Um estu<strong>do</strong> sobre o comportamento <strong>de</strong> busca e uso <strong>de</strong> informação<br />
<strong>de</strong> pesquisa<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> Biologia Molecular e Biotecnologia: impactos <strong>do</strong> periódico<br />
científico eletrônico. Porto Alegre, 2005. 120f. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Comunicação).<br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul. Porto Alegre, 2005.<br />
CROSLAND, D. M. Georgia Tech and the NSF study grant for training personnel for<br />
scientific and techinical libraries. Special Library, p. 590-594, <strong>de</strong>c. 1962.<br />
CRUZ, Ta<strong>de</strong>u. Gerência <strong>do</strong> conhecimento: enterprise content management. São Paulo:<br />
Cobra Editora e Marketing, 2002.<br />
CUNHA, Murilo Bastos. Meto<strong>do</strong>logia para estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> usuários <strong>da</strong> informação científica e<br />
tecnológica. Rev. Bibliotecon. <strong>de</strong> Brasília. Brasília, v. 10, n. 2, p. 5-19, jul./<strong>de</strong>z., 1982.<br />
CURRÁS, Emília. El usuário <strong>de</strong> la información. In: Trata<strong>do</strong> sobre Ciencias <strong>de</strong> la<br />
Información. Rosário: REUM, 1996. Cap. 4. v, 19, p. 364-371.<br />
CURTY, Marlene Gonçalves. Busca <strong>de</strong> informação para <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
acadêmicas pelos médicos <strong>do</strong>centes <strong>da</strong> UEM. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE<br />
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 2000, Florianópolis. Anais... Florianópolis: SNBU,<br />
2000. 1 CD-ROM.<br />
CURTY, Renata Gonçalves; CURTY, Marlene Gonçalves. Arquitetura <strong>da</strong> informação e<br />
<strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>do</strong> Portal Capes: a avaliação <strong>do</strong> usuário. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE<br />
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 14; 2006, Salva<strong>do</strong>r. Anais eletrônicos... Disponível<br />
em: http://www.snbu.2006.ufba.br/soac/viewabstract.php.<br />
CYBIS, Walter. Ergonomia e Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: conhecimentos, méto<strong>do</strong>s e aplicações. São Paulo:<br />
Novatec Editora, 2007.<br />
199
__________. Manual <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong>: uma abor<strong>da</strong>gem ergonômica.<br />
Florianópolis: LabIUtil, 2003.<br />
DERVIN, Bren<strong>da</strong>. An overview of sense making research: concepts, methods and results to<br />
<strong>da</strong>te. In International Communications Association Annual Meeting. Dallas, may, 1983.<br />
DERVIN, Bren<strong>da</strong>; NILAN, Michael. Information needs and uses. Annual Review of<br />
Information Science and Technology, v. 21, p. 3-33, 1986.<br />
DETLOR, Brian. Towards a framework for Government Portal <strong>de</strong>sign: The case of the<br />
Government of Cana<strong>da</strong>’s Youth Cluster Project. In: Eletronic government: Design,<br />
applications, and management. Hershey: I<strong>de</strong>a Group, 2002.<br />
DIAS, Cláudia. Portal corporativo: conceitos e características. Ciência <strong>da</strong> Informação,<br />
Brasília, DF, v. 30, n. 1, p. 50-60, jan./abr. 2001.<br />
__________. Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> na web: crian<strong>do</strong> portais mais acessíveis. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Alta<br />
Books, 2003.<br />
DIAS, Guilherme Ataí<strong>de</strong>. Periódicos eletrônicos: consi<strong>de</strong>rações relativas à aceitação <strong>de</strong>ste<br />
recurso pelos usuários. Ciência <strong>da</strong> Informação, Brasília, v. 31, n. 3, p. 18-25, set./<strong>de</strong>z. 2002.<br />
DIAS, E. J. W. Contexto digital e tratamento <strong>da</strong> informação. DataGramaZero, v.2, n.5, out.,<br />
2001. Disponível em . Acesso em: 10 mar. 2008.<br />
DIAS, Maria Luiza J. Maia. Ambiente virtual <strong>de</strong> aprendizagem e <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>: uma<br />
experiência com educação à distância no SENAC – AL. João Pessoa: <strong>UFPB</strong>, 2005. 124f.<br />
Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Educação). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba. João Pessoa, 2005.<br />
DICWEB. Dicionário <strong>de</strong> Informática Web. Disponível em:<br />
. Acesso em: 10 fev. 2008.<br />
FARIAS, Cecir Barbosa <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong>. Testes <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> para planejamento <strong>de</strong> sistemas<br />
distribuí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> informações geográficas na web. Campina Gran<strong>de</strong>, 2000. 188f. Dissertação<br />
(Mestra<strong>do</strong> em Informática). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba. Campina Gran<strong>de</strong>, 2000.<br />
FER<strong>REI</strong>RA, Aurélio Buarque <strong>de</strong> Holan<strong>da</strong>. Novo Dicionário Aurélio Eletrônico <strong>da</strong> Língua<br />
Portuguesa versão 5.0. 3ª. Edição, São Paulo: Editora Positivo, 2004.<br />
FER<strong>REI</strong>RA, Sueli Maria Pinto. Novos paradigmas <strong>de</strong> informação e novas percepções <strong>de</strong><br />
usuários. Ciência <strong>da</strong> Informação, Brasília, DF, v. 25, n.2, p. 217-223, maio/ago. 1996.<br />
___________. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação: <strong>do</strong>s paradigmas tradicionais à<br />
abor<strong>da</strong>gem Sense-Making. Disponível em .<br />
Acesso em: 14 jan. 2002.<br />
200
FIGUEIREDO, Nice Menezes <strong>de</strong>. Avaliações <strong>de</strong> coleções e Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Usuários. Brasília:<br />
Associação <strong>do</strong>s Bibliotecários <strong>do</strong> Distrito Fe<strong>de</strong>ral, 1979.<br />
___________. Paradigmas mo<strong>de</strong>rnos <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação. São Paulo: Polis, 1999.<br />
F<strong>REI</strong>RE, Isa Maria. Coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ciência <strong>da</strong> Informação<br />
<strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>. Acesso ao Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na <strong>UFPB</strong> [mensagem pessoal].<br />
Mensagem recebi<strong>da</strong> por em 10 out. 2008.<br />
GARCIA, Joana Coeli Ribeiro. Conferências <strong>do</strong> Geórgia Institute of Tecnology e a Ciência <strong>da</strong><br />
Informação: <strong>de</strong> volta para o futuro. Informação & Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: Estu<strong>do</strong>s, v. 12, n. 1, 2002.<br />
GLEESON, Amy C. Information-seeking Behavior of scientists and their a<strong>da</strong>ptation to<br />
eletronic journals. 2001. 38f. Dissertação (Máster of Science in Library Science) – School of<br />
Information and Library Science, University of North Carolina at Chapel Hill, 2001.<br />
Disponível em: . Acesso em: 12 set. 2004.<br />
GONZÁLEZ DE GOMEZ, Maria Néli<strong>da</strong>. Dos estu<strong>do</strong>s sociais <strong>da</strong> informação aos estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
social <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ponto <strong>de</strong> vista <strong>da</strong> informação. In: AQUINO, Mirian <strong>de</strong> Albuquerque (Org.). O<br />
campo <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação: gênese, conexões e especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s. João Pessoa: Editora<br />
Universitária/<strong>UFPB</strong>, 2002.<br />
GOOD, M; SPINE, T. M; WHITSIDE, J; GEORGE, P. User <strong>de</strong>rived impact analysis as a tool<br />
for usability engineering. ACM CHI’ 86 Conference, 1986. Proceedings. ACM Press, New<br />
York, 1986.<br />
GOODE, William; HATT, Paul. Méto<strong>do</strong>s em Pesquisa Social. São Paulo: Nacional, 1973.<br />
GRIEBLER, Ana Cristina <strong>de</strong> Freitas; MATTOS, Ana Maria. Aprimoran<strong>do</strong> a interface com o<br />
usuário para escolha <strong>de</strong> base <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s ou <strong>periódicos</strong> no Portal Periódicos Capes: uma<br />
proposta. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 14; 2006,<br />
Salva<strong>do</strong>r. Anais eletrônicos... Disponível em:<br />
http://www.snbu.2006.ufba.br/soac/viewabstract.php.<br />
GUINCHAT, Claire; MENOU, Michel. Usuários. In: ______. Introdução geral às técnicas<br />
<strong>da</strong> informação e <strong>da</strong> <strong>do</strong>cumentação. Brasília: IBICT, 1994. p. 481-491.<br />
HAEFFNER, Cristina. Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos. Periódicos [mensagem<br />
pessoal]. Mensagem recebi<strong>da</strong> por em 15 abr. 2008.<br />
HAWKING, Stephen. O universo numa casca <strong>de</strong> noz. São Paulo: Arx, 2002.<br />
HAYES, Bob E. Medin<strong>do</strong> a satisfação <strong>do</strong> cliente: <strong>de</strong>senvolvimento e uso <strong>de</strong> questionários.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro: Qualitymark Editora, 1995.<br />
201
INTERGOVERNMENTAL CONFERENCE ON SCIENTIFIC AND TECHNOLOGICAL<br />
INFORMATION FOR DEVELOPMENT (UNISIST), 2., 1979, Paris. Main Working<br />
Document. Paris: United Nations, Educational, Scientific and Cultural Organization<br />
(UNESCO), 1979.<br />
ISO 9241. Ergonomic requeriments for office work with visual display terminals. 1998.<br />
ISO/IEC 9126. Software product evoluation: quality characteristics and gui<strong>de</strong>lines for their<br />
use. 1991.<br />
JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico <strong>de</strong> Filosofia. Rio <strong>de</strong> Janeiro:<br />
Jorge Zahar Editor, 1996.<br />
JOHNSON, Steven. Cultura <strong>da</strong> interface: como o computa<strong>do</strong>r transforma nossa maneira <strong>de</strong><br />
criar e comunicar. Trad. Maria Luisa Borges. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar, 2001.<br />
LANCASTER, F. W. The evolution of electronic publishing. Library Trends, Illinois, v. 43,<br />
n. 4, p. 518-524, 1995.<br />
LASTRES, Helena M. M. Informação e conhecimento na nova or<strong>de</strong>m mundial. Ciência <strong>da</strong><br />
Informação, Brasília, v. 28, n. 1, p. 72-78, jan./abr. 1999.<br />
LASTRES, Helena M. M.; ALBAGLI, Sarita (Orgs.). Informação e Globalização na Era <strong>do</strong><br />
Conhecimento. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1999.<br />
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção <strong>do</strong> saber: manual <strong>de</strong> meto<strong>do</strong>logia <strong>da</strong><br />
pesquisa em ciências humanas. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.<br />
LECEROF, A.; PATERNÒ, F. Automatic support for usability evoluation. IEEE<br />
Transactions on Software Enginering, 24 (10), October, 1998.<br />
LE COADIC, Yves. A Ciência <strong>da</strong> Informação. Brasília: Briquet <strong>de</strong> Lemos, 1994.<br />
LEMOS, André. Cibercultura. Tecnologia e vi<strong>da</strong> social na cultura. Porto Alegre: Sulina,<br />
2002.<br />
LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia <strong>do</strong> ciberespaço. 3ª ed. São<br />
Paulo: Loyola, 2000.<br />
___________. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.<br />
LIKERT, R. A. Technique for the measurement of attitu<strong>de</strong>s. Archives of psychology, n. 140,<br />
1932.<br />
202
LIMEIRA JUNIOR, Francisco <strong>de</strong> Assis. Professor. CCS/<strong>UFPB</strong>. Acesso ao Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES pelos Docentes <strong>do</strong> CCS/<strong>UFPB</strong> [mensagem pessoal]. Mensagem<br />
recebi<strong>da</strong> por em 5 nov. 2008.<br />
LONGO, Rose Mary Juliano. Disseminação Seletiva <strong>da</strong> Informação (SDI): “esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> arte” e<br />
tendências futuras. Revista <strong>de</strong> Biblioteconomia, Brasília, n. 6, v. 2, jul./<strong>de</strong>z. 1978.<br />
LOPES, Marili Isensee; SILVA, Edna Lucia <strong>da</strong>. A Internet e a busca <strong>da</strong> informação e<br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s científicas: um estu<strong>do</strong> foca<strong>do</strong> nos pesquisa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> UFSC. Perspectivas em<br />
Ciência <strong>da</strong> Informação, v. 12, n. 3, p. 21-40, set./<strong>de</strong>z. 2007.<br />
MAIA, Luís Cláudio Gomes. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong>: Portal Periódicos Capes na<br />
UFMG. Belo Horizonte, 2005. 151 p. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong> Informação) –<br />
Escola <strong>de</strong> Ciência <strong>da</strong> Informação, Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, Belo Horizonte,<br />
2005.<br />
MARTINS, Francisco; SILVA, Juremir (orgs.). Para navegar no século 21: tecnologias <strong>do</strong><br />
imaginário e cibercultura. 2 ed. Porto Alegre: Sulina/Edipucrs, 2000.<br />
MARTINS, Maria <strong>de</strong> Fátima Moriera. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> Portal Capes no processo <strong>de</strong><br />
geração <strong>de</strong> conhecimento por pesquisa<strong>do</strong>res <strong>da</strong> área biomédica: aplican<strong>do</strong> a técnica <strong>do</strong><br />
inci<strong>de</strong>nte crítico. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2006. 126 p. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong><br />
Informação) – Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Fluminense, <strong>de</strong> Janeiro, 2006.<br />
MAYHEW, D. J. The usability engineering lifecycle. Morgan Kaufman Publishers Inc., San<br />
Francisco, Califórnia, 1999.<br />
MEADOWS, A. J. A comunicação científica. Brasília: Briquet <strong>de</strong> Lemos, 1999.<br />
MILNE, P. Eletronic access to information and its impact on scholarly communication. In:<br />
THE NINTH AUSTRALASIAN INFORMATION ONLINE & ON DISC CONFERENCE<br />
AND EXHIBITION, 1999, Sydney. Proceedings… Sydney: [s.n], 1999. Disponível em:<br />
. Acesso em: 10 set. 2004.<br />
MINAYO, Maria Cecília <strong>de</strong> Souza (org.). Pesquisa social: teoria, méto<strong>do</strong> e criativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. 10<br />
ed. Petrópolis: Vozes, 1998.<br />
MIRANDA, Silvânia Vieira. Como as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong>m se relacionar com<br />
as competências informacionais. Ciência <strong>da</strong> Informação, Brasília, v. 35, n. 3, p. 99-114,<br />
set./<strong>de</strong>z. 2006.<br />
MONTEIRO, Rose Clei<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s. O grau <strong>de</strong> satisfação <strong>do</strong>s usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> Capes: estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília e na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
<strong>de</strong> Goiás. Brasília: 2005. 131f. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Desenvolvimento Sustentável –<br />
Política e Gestão <strong>de</strong> Ciência e Tecnologia) – Centro <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável,<br />
Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Brasília, Brasília, 2005.<br />
203
MORAES, Denis. O concreto e o virtual. Mídia, cultura e tecnologia. Rio <strong>de</strong> Janeiro: DP&A,<br />
2001.<br />
MORAIS, Claudino. Usuários <strong>de</strong> bibliotecas: informação x ci<strong>da</strong>dão comum. Biblios, Rio<br />
Gran<strong>de</strong>, v. 6, p. 219-223, 1994.<br />
MORAN, José Manuel. Interferências <strong>do</strong>s Meios <strong>de</strong> Comunicação no nosso Conhecimento.<br />
Revista Brasileira <strong>de</strong> Comunicação. São Paulo, XVII, p.38-49, jul./<strong>de</strong>z. 1994.<br />
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Lisboa: Instituto Piaget, 1991.<br />
MUELLER, Suzana Pinheiro Macha<strong>do</strong>. A ciência, o sistema <strong>de</strong> comunicação científica e a<br />
literatura científica. In: CAMPELLO, B. S.; CÉNDON, B. V; KREMER, J. M. (Org.) Fontes<br />
<strong>de</strong> informação pra pesquisa<strong>do</strong>res e profissionais. Belo Horizonte: UFMG, 2000.<br />
NEVES, Dulce Amélia; CRUZ, Emília Barroso. Transacionan<strong>do</strong> com os campos <strong>do</strong> saber.<br />
Athos & Athos. Patrocínio: Facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s Integra<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Patrocínio. V. 1, p. 179-214, 2001, p.<br />
186-188.<br />
NIELSEN, Jakob. Changes in web usability since 1994. Dec. 1997. Disponível em<br />
. Acesso em: 18 nov. 2007.<br />
___________. Desingning web usability. Indianápolis. New Ri<strong>de</strong>rs, 1999.<br />
___________. Projetan<strong>do</strong> web sites. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 2000.<br />
___________. Usability Engineering. San Diego: Aca<strong>de</strong>mic Press, 1993.<br />
NIELSEN, Jakob; LORANGER, Hoa. Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> na web: projetan<strong>do</strong> websites com<br />
quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Editora Campus, 2007.<br />
NORMA ABNT 9241-11 2002. ABNT – Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas.<br />
Requisitos ergonômicos para trabalho: orientações sobre <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong>. São Paulo: Editora<br />
Pe<strong>da</strong>gógica e Universitária Lt<strong>da</strong>, 2002.<br />
ODDONE, Nanci; MEIRELLES, R. F. O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES e os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sempenho <strong>da</strong> informação eletrônica. Datagramazero, Rio <strong>de</strong> Janeiro, v. 7, n. 3, 2006.<br />
OLIVEIRA, M.; MOTA, F.; ALVARADO, R.; Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> científica e cientifici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />
Ciência <strong>da</strong> Informação, 2004. Disponível em:<br />
Acesso em: 20 mai. 08.<br />
PAIVA, Eliane Bezerra; RAMALHO, Francisca Arru<strong>da</strong>. Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> software: um estu<strong>do</strong><br />
com bibliotecas universitárias <strong>do</strong> nor<strong>de</strong>ste brasileiro in: SEMINÁRIO NACIONAL DE<br />
204
BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 14, 22 a 27 out. 2006, Salva<strong>do</strong>r, Anais... Salva<strong>do</strong>r:<br />
SNBU, 2006. 1 CD-ROOM.<br />
PESSANHA, C. Critérios editoriais <strong>de</strong> avaliação científica: notas para discussão. Ciência <strong>da</strong><br />
Informação, Brasília, DF, v. 27, n. 2, p. 226-229, 1998.<br />
PESSOA, Sônia Suely Araújo. Direção <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>. Itens Técnicos<br />
[mensagem pessoal]. Mensagem recebi<strong>da</strong> por em 06 out.<br />
2008.<br />
PINHEIRO, Lena Vânia Ribeiro. A ciência <strong>da</strong> informação: entre sombra e luz: <strong>do</strong>mínio<br />
epistemológico e campo interdisciplinar. Rio <strong>de</strong> Janeiro: UFRJ, 1997. 278f. Tese (Doutora<strong>do</strong><br />
em Comunicação). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1997.<br />
__________. GT15 – Serviço <strong>de</strong> informação e publicações para especialistas em ICT.<br />
Relatório final. Rio <strong>de</strong> Janeiro; Brasília, 2001.<br />
__________. Páginas <strong>de</strong> uma revista em 25 anos (editorial). Ciência <strong>da</strong> Informação, Brasília,<br />
DF, v. 25, n. 3, p. 290-291, 1996.<br />
PRESSMAN, Roger S. Engenharia <strong>de</strong> software. São Paulo: Markron Books, 1995.<br />
PUBLICAÇÕES MÉDICAS (PUBMED). Site oficial. Disponível em:<br />
. Acesso em: 04 fev. 2008.<br />
QUEIROZ, José Eustáquio Rangel <strong>de</strong>. Abor<strong>da</strong>gem híbri<strong>da</strong> para a avaliação <strong>da</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> interfaces com o usuário. Campina Gran<strong>de</strong>: <strong>UFPB</strong>, 2001. 410f. Tese (Doutora<strong>do</strong> em<br />
Engenharia Elétrica). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba. Campina Gran<strong>de</strong>. 2001.<br />
RAMALHO, Francisca Arru<strong>da</strong>. Biblioteca pública <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba: uma análise <strong>do</strong><br />
seu uso entre estu<strong>da</strong>ntes <strong>do</strong> 2º grau <strong>de</strong> ensino. 1983. 135f. Dissertação. (Mestra<strong>do</strong> em<br />
Administração <strong>de</strong> Bibliotecas). Escola <strong>de</strong> Biblioteconomia. Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas<br />
Gerais. Belo Horizonte. 1983<br />
___________. Receptivi<strong>da</strong>d <strong>de</strong> las bibliotecas universitarias <strong>de</strong> España y <strong>de</strong> Brasil ante<br />
las nuevas tecnologias <strong>de</strong> la informacion. Madrid: UCM, 1993. 502f. Tese (Doutora<strong>do</strong> em<br />
Ciências <strong>da</strong> Informação). Universi<strong>da</strong>d Complutense <strong>de</strong> Madrid. Espanha. 1993.<br />
<strong>REI</strong>S, Margari<strong>da</strong> Maria <strong>de</strong> Oliveira. Acesso e uso <strong>do</strong> <strong>portal</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> Capes pelos<br />
professores <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Acre. Florianópolis, 2005. 102f. Dissertação<br />
(Mestra<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong> Informação). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina. Florianópolis,<br />
2005.<br />
REVISTA DEUTSCHLAND. Saltos Tecnológicos. Disponível em: .<br />
Acesso em: 14 maio 2002.<br />
205
REYNOLDS, Hadley; KOULOPOULOS, Tom. Enterprise knowledge has a face. Intelligent<br />
Enterprise. v. 2, n. 5, p. 29-34, mar. 1999. [on line] abril, 2000. Disponível em:<br />
.<br />
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: méto<strong>do</strong> e técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas,<br />
1999.<br />
SALVETTI, Dirceu Douglas; BARBOSA, Lisbete Madsen. Algoritmos. São Paulo: Pearson<br />
Education, 1998.<br />
SANTOS, Edilene Toscano Galdino <strong>do</strong>s. Chefia <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> Biblioteca Central<br />
<strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>. Itens Técnicos [mensagem pessoal]. Mensagem recebi<strong>da</strong> por<br />
em 11 out. 2008.<br />
SANTOS FILHO, L. História geral <strong>da</strong> medicina brasileira. São Paulo: Hucitec; Edusp,<br />
1991.<br />
SANZ CASADO, Elias. Manual <strong>de</strong> estudios <strong>de</strong> usuarios. Madrid: Pirâmi<strong>de</strong>, 1994.<br />
SARACEVIC, Tefko. Ciência <strong>da</strong> Informação: origens, evolução e relação. Perspectivas em<br />
Ciência <strong>da</strong> Informação, v. 1, n. 1, p. 41-62, jan./abr., 1996.<br />
SCHALCH, S. R. Software engineering. 2 edition. Richard D. Irwin, Inc. & Aksen<br />
Associates, 1993.<br />
SHERA, J. H. Sobre biblioteconomia, <strong>do</strong>cumentação, ciência <strong>da</strong> informação. In: GOMES, H.<br />
E. Ciência <strong>da</strong> Informação ou informática? Rio <strong>de</strong> janeiro: Calunga, 1980, p. 91-105.<br />
SHNEIDERMAN, B. Design for Computer Systems. Addison-Wesley, 1987.<br />
SILVA, Alan Curcino Pedreira <strong>da</strong>. Informatio Complex: a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação<br />
ambiental e a promoção <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano. João Pessoa: <strong>UFPB</strong>, 2003. 178f.<br />
Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong> Informação). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>da</strong> Paraíba. João<br />
Pessoa. 2003.<br />
SILVA, Alan Curcino Pedreira <strong>da</strong>; SOUZA, Edivanio Duarte <strong>de</strong>; BEZERRA, Emy Porto;<br />
COSTA, Luciana Ferreira <strong>da</strong>; RAMALHO, Francisca Arru<strong>da</strong>. Déficit Informacional:<br />
obstáculos no uso <strong>de</strong> canais (in)formacionais por <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em<br />
Economia – PPGE/<strong>UFPB</strong>. Informação & Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: Estu<strong>do</strong>s, João Pessoa, v. 17, n. 3, 2007.<br />
SILVA, Lídia J. Oliveira Loureiro <strong>da</strong>. Globalização <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação: uma<br />
reflexão sobre as implicações cognitivas e sociais. Disponível em: .<br />
Acesso em: 01 nov. 2007.<br />
206
SILVEIRA, José Ricar<strong>do</strong> <strong>da</strong>. A abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong> intercâmbios informacionais sob três<br />
perspectivas em re<strong>de</strong>. Informação & Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: Estu<strong>do</strong>s, João Pessoa, v. 11, n.2, p. 84-96,<br />
2001.<br />
SOARES, Gláucio Ary Dillon. O <strong>portal</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> <strong>da</strong> CAPES: <strong>da</strong><strong>do</strong>s e pensamentos.<br />
RBPG: Revista Brasileira <strong>de</strong> Pós-Graduação, Brasília, v. 1, n. 1, p. 10-25, 2004.<br />
SOUSA, José Martinez <strong>de</strong>. Dicionário <strong>de</strong> bibliotecología y ciencias afines. 2.ed. Madrid:<br />
Fun<strong>da</strong>ción Germán Sánchez Rui Pérez. 1993, p. 801.<br />
STAIR, Ralph M. Princípios <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação: uma abor<strong>da</strong>gem gerencial. 2 ed.<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro: LTC Editora, 1998.<br />
STUMPF, I<strong>da</strong> Regina Chitto. Passa<strong>do</strong> e futuro <strong>da</strong>s revistas científicas. Ciência <strong>da</strong><br />
Informação, Brasília, DF, v. 25, n. 3, p. 383-386, set./<strong>de</strong>z. 1996.<br />
TARGINO, Maria <strong>da</strong>s Graças. Divulgação <strong>de</strong> resulta<strong>do</strong>s como expressão <strong>da</strong> função social <strong>do</strong><br />
pesquisa<strong>do</strong>r. In: ________. Olhares e fragmentos: cotidiano <strong>da</strong> Biblioteconomia e Ciência <strong>da</strong><br />
Informação. Teresina: EDUFPI, 2006a, p. 191-213.<br />
__________. Internet e a socie<strong>da</strong><strong>de</strong>: um sonho a mais. In: ________. Olhares e fragmentos:<br />
cotidiano <strong>da</strong> Biblioteconomia e Ciência <strong>da</strong> Informação. Teresina: EDUFPI, 2006b, p. 39-61.<br />
TAYLOR, Robert S. The information sciences. Library Journal, v. 88, p. 4161-4162, 1963.<br />
TERRA, José C. C.; GORDON, Cindy. Portais corporativos: a revolução na gestão <strong>do</strong><br />
conhecimento. São Paulo: Negócio Editora, 2002.<br />
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa<br />
em educação. São Paulo: Atlas, 1987.<br />
TYDESLEY, D. A. Employng usability engineering in <strong>de</strong>velopment of office products.<br />
Computer Journal. 31 (5), may, 1988.<br />
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Biblioteca Central. Disponível em:<br />
. Acesso em 10 mar. 2007.<br />
VAINFAS, R. (Org) Dicionário <strong>do</strong> Brasil Imperial (1822-1889). Rio <strong>de</strong> Janeiro: Objetiva,<br />
2002.<br />
VILELLA, Renata Moutinho. Conteú<strong>do</strong>, Usabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>: três dimensões para<br />
a avaliação <strong>de</strong> portais estaduais <strong>de</strong> Governo eletrônico na Web. Belo horizonte: UFMG, 2003.<br />
263 f. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> em Ciência <strong>da</strong> Informação). Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas<br />
Gerais. Belo Horizonte. 2003.<br />
207
VON BERTALANFFY, Ludwig. Teoria Geral <strong>do</strong>s Sistemas. Petrópolis: Ed. Vozes/MEC,<br />
1975.<br />
WILSON-DAVIS, K. The center for research on users studies; aims and functions. Aslib<br />
Proceedings, v. 29, n. 2, p. 67-76, 1977.<br />
WILSON, Tom D. Recent trends in users studies: action research and qualitative methods.<br />
Disponível em: . Acesso em: 18<br />
mar. <strong>de</strong> 2000.<br />
WORMELL, Irene. Informetria: exploran<strong>do</strong> bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s como instrumentos <strong>de</strong> análise.<br />
Ciência <strong>da</strong> Informação, Brasília, v. 27, n. 2, p. 210-216, maio/ago. 1998.<br />
WURMAN, Richard Saul. Ansie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> informação: como transformar informação em<br />
compreensão. São Paulo: Cultura, 1991.<br />
ZIMAN, J. Conhecimento público. Belo Horizonte: Itatiaia, 1979.<br />
208
209<br />
APÊNDICES
APÊNDICE A<br />
Preza<strong>do</strong>(a) Sr.(a) Pesquisa<strong>do</strong>r(a),<br />
QUESTIONÁRIO<br />
Solicitamos a sua colaboração no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> preencher este questionário, que tem como objetivo coletar<br />
informações que possibilitem <strong>de</strong>linear o perfil <strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>res/<strong>do</strong>centes <strong>de</strong> pós-graduação Stricto<br />
Sensu <strong>da</strong> área <strong>da</strong>s Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, enquanto usuários <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
Tal questionário é referente à nossa pesquisa <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong>, vincula<strong>da</strong> ao Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação<br />
em Ciência <strong>da</strong> Informação (PPGCI) <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, que se propõe a analisar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> 1 <strong>de</strong>ste <strong>portal</strong>,<br />
enquanto um sistema <strong>de</strong> informação, com base nos atributos <strong>de</strong> <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s por Jakob<br />
Nielsen (Ph.D em Interação Homem-Computa<strong>do</strong>r) e nas variáveis propostas pelas normas ISO 9241 e<br />
NBR 9241.<br />
A pesquisa se justifica pela relevância <strong>do</strong> tema em pauta, bem como pela ausência <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong>sta<br />
natureza em bibliotecas na prestação <strong>de</strong> seus serviços e produtos. Desta forma, analisar a <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong><br />
<strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES se configura num estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> contribuição à Ciência <strong>da</strong> Informação e,<br />
<strong>de</strong> forma interdisciplinar, a to<strong>da</strong>s as áreas <strong>do</strong> conhecimento, haja vista os objetivos/missão <strong>da</strong> CAPES<br />
que é promover à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> acadêmica, o acesso à informação científica, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>, ain<strong>da</strong>, o<br />
papel <strong>de</strong>sta no <strong>de</strong>senvolvimento e consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> pós-graduação Stricto Sensu em to<strong>do</strong> o Brasil.<br />
Cabe ressalta que a área <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> foi escolhi<strong>da</strong> como foco <strong>da</strong> nossa pesquisa por<br />
ser aponta<strong>da</strong> como a área que mais vem utilizan<strong>do</strong> os serviços <strong>do</strong> <strong>portal</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua implantação.<br />
Encaminhamos, em anexo, a Certidão <strong>do</strong> Comitê <strong>de</strong> Ética em Pesquisa <strong>do</strong> Centro <strong>de</strong> Ciências <strong>da</strong><br />
Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, que aprova/autoriza a realização <strong>de</strong> nossa pesquisa.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, esclarecemos que a sua participação na pesquisa é voluntária e, portanto, a sua pessoa<br />
não é obriga<strong>da</strong> a fornecer as informações e/ou colaborar.<br />
Caso <strong>de</strong>ci<strong>da</strong> participar <strong>da</strong> pesquisa, por favor, respon<strong>da</strong> ca<strong>da</strong> aspecto consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> <strong>do</strong> questionário<br />
abaixo, selecionan<strong>do</strong> a(s) opção(ões) que mais se a<strong>de</strong>qua(m) à sua condição <strong>de</strong> usuário e fornecen<strong>do</strong> as<br />
<strong>de</strong>mais informações solicita<strong>da</strong>s, quan<strong>do</strong> se fizerem necessárias. Por ocasião <strong>da</strong> publicação <strong>do</strong>s<br />
resulta<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, seu nome será manti<strong>do</strong> em sigilo.<br />
Suas informações são fun<strong>da</strong>mentais para os objetivos <strong>de</strong>sta pesquisa, por isso, antecipa<strong>da</strong>mente,<br />
agra<strong>de</strong>cemos a sua colaboração.<br />
Devemos informar, por fim, que esta pesquisa não oferece riscos à sua saú<strong>de</strong>.<br />
Quaisquer dúvi<strong>da</strong>s no processo <strong>de</strong> preenchimento <strong>do</strong> questionário, favor nos consultar através <strong>de</strong>ste email<br />
ou <strong>do</strong>s telefones: 3224-3511 (residência) ou 3222-7006 (trabalho) ou 8839-7729. Estaremos à<br />
disposição para qualquer esclarecimento que consi<strong>de</strong>re necessário em qualquer etapa <strong>da</strong> pesquisa.<br />
Mais uma vez, muitíssimo obriga<strong>da</strong>.<br />
Sau<strong>da</strong>ções acadêmicas,<br />
LUCIANA FER<strong>REI</strong>RA DA COSTA – Discente <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> <strong>do</strong> PPGCI <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
(lucianna.costa@yahoo.com.br)<br />
Profa. Dra. FRANCISCA ARRUDA RAMALHO – Orienta<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Pesquisa, Docente <strong>do</strong> Depto. De<br />
Ciência <strong>da</strong> Informação e <strong>do</strong> PPGCI <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong> (arfrancisca@hotmail.com)<br />
210<br />
1 A <strong>usabili<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como “a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um produto ser<br />
usa<strong>do</strong> por usuários específicos para atingir objetivos específicos<br />
com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico <strong>de</strong><br />
uso” (ISO 9241-11).
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO<br />
( ) Diante <strong>do</strong>s esclarecimentos acima <strong>de</strong>scritos, <strong>de</strong>claro que fui <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente esclareci<strong>do</strong>(a) e <strong>do</strong>u o<br />
meu consentimento para participar <strong>da</strong> pesquisa e para publicação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s.<br />
( ) Diante <strong>do</strong>s esclarecimentos acima <strong>de</strong>scritos, <strong>de</strong>claro que não quero participar <strong>da</strong> pesquisa.<br />
PERFIL DO USUÁRIO<br />
Itens Opções<br />
1. Você é <strong>do</strong> sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino<br />
2. Você pertence à faixa etária <strong>de</strong>: ( ) 20 a 30 anos ( ) 31 a 40 anos<br />
( ) 41 a 50 anos ( ) 51 a 60 anos<br />
( ) Mais <strong>de</strong> 60 anos<br />
3. Vinculação com a <strong>UFPB</strong>: Regime <strong>de</strong> trabalho: __________<br />
( ) Professor Assistente. Nível: _________<br />
( ) Professor Adjunto. Nível: ___________<br />
( ) Professor Associa<strong>do</strong>. Nível: _________<br />
( ) Professor Titular<br />
4. Tempo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cência na <strong>UFPB</strong>:<br />
________ Ano(s) e _______ mês(meses)<br />
5. Titulação (completa): ( ) Graduação em:<br />
_____________________________________________________<br />
( ) Especialização em:<br />
_____________________________________________________<br />
( ) Mestra<strong>do</strong> em:<br />
_____________________________________________________<br />
( ) Doutora<strong>do</strong> em:<br />
_____________________________________________________<br />
( ) Pós-Doutora<strong>do</strong>:<br />
_____________________________________________________<br />
6. Há quanto tempo você usa sistemas<br />
informacionais automatiza<strong>do</strong>s?<br />
7. Como você se consi<strong>de</strong>ra enquanto<br />
usuário <strong>do</strong>s sistemas<br />
automatiza<strong>do</strong>s?<br />
8. Em que local você utiliza<br />
computa<strong>do</strong>r? (po<strong>de</strong> marcar mais <strong>de</strong><br />
uma opção)<br />
9. Com que freqüência você utiliza a<br />
Internet?<br />
( ) Entre 3 a 5 anos ( ) Entre 6 a 10 anos<br />
( ) Entre 10 a 15 anos ( ) ou mais<br />
( ) Iniciante ( ) Experiente<br />
( ) Pouco experiente ( ) Muito experiente<br />
211<br />
( ) Em casa ( ) No trabalho<br />
( ) Na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> ( ) Em lan house<br />
( ) Outros: ____________________________________________<br />
( ) Diariamente ( ) 1 vez por semana<br />
( ) Mais <strong>de</strong> 1 vez por semana<br />
( ) 1 vez por quinzena ( ) 1 vez por mês
10. Quais os recursos <strong>da</strong> Internet que<br />
você mais acessa? (po<strong>de</strong> marcar<br />
mais <strong>de</strong> uma opção)<br />
11. Com que freqüência você utiliza o<br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES?<br />
12. Em que local você acessa o Portal<br />
<strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES? (po<strong>de</strong><br />
marcar mais <strong>de</strong> uma opção)<br />
13. No contexto <strong>de</strong> suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
você utiliza o Portal <strong>de</strong> Periódicos<br />
<strong>da</strong> CAPES para quê? (po<strong>de</strong> marcar<br />
mais <strong>de</strong> uma opção)<br />
14. Quais as bases <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s que você<br />
utiliza através <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong><br />
Periódicos <strong>da</strong> CAPES? (po<strong>de</strong><br />
marcar mais <strong>de</strong> uma opção)<br />
212<br />
( ) E-mail ( ) Chat<br />
( ) Jornais e Revistas ( ) Sites <strong>de</strong> relacionamento<br />
( ) Sites <strong>de</strong> busca ( ) Sites <strong>de</strong> compras<br />
( ) Outros recursos.<br />
Quais?________________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
( ) Diariamente<br />
( ) Raramente<br />
( ) Algumas vezes por semana<br />
( ) Muitas vezes por semana<br />
( ) Algumas vezes no mês<br />
( ) Esta é a primeira vez que utilizo<br />
( ) Em casa<br />
( ) Na Universi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
( ) Na Biblioteca Central<br />
( ) Outro locais. On<strong>de</strong>?__________________________________<br />
______________________________________________________<br />
( ) Suporte às disciplinas teóricas (Pós-Graduação)<br />
( ) Suporte laboratorial (Pós-Graduação)<br />
( ) Orientações Dissertações e Teses<br />
( ) Orientação <strong>de</strong> iniciação científica<br />
( ) Elaboração <strong>de</strong> artigos científicos<br />
( ) Outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
Quais?________________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
( ) Biological Abstract ( ) Medline<br />
( ) Web of Science ( ) Pubmed<br />
( ) PubMed Central ( ) LILACS<br />
( ) Outras.<br />
Quais?________________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
______________________________________________________<br />
ATRIBUTOS DE USABILIDADE<br />
De acor<strong>do</strong> com a escala abaixo, avalie os seguintes itens relaciona<strong>do</strong>s ao Portal <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> <strong>da</strong><br />
CAPES, marcan<strong>do</strong> nos quadros uma única alternativa que mais se a<strong>de</strong>qua a sua resposta:<br />
Discor<strong>do</strong><br />
Inteiramente<br />
Discor<strong>do</strong><br />
Não Concor<strong>do</strong><br />
Nem Discor<strong>do</strong><br />
Concor<strong>do</strong><br />
Concor<strong>do</strong><br />
Plenamente<br />
1 2 3 4 5
ADEQUAÇÃO AO APRENDIZADO<br />
To<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>ve ser simples e <strong>de</strong> fácil aprendiza<strong>do</strong><br />
Itens<br />
a O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece lições passo a passo para uso <strong>do</strong> mesmo.<br />
b O Portal <strong>de</strong> Periódicos oferece módulo <strong>de</strong> exercícios como estratégia <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>.<br />
c O Portal <strong>de</strong> Periódicos propicia a superação <strong>de</strong> dúvi<strong>da</strong>s encontra<strong>da</strong>s durante o acesso.<br />
d O conteú<strong>do</strong> textual <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES é compreensível.<br />
e O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece mecanismos <strong>de</strong> busca <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong><br />
informacional <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> usuário.<br />
f O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES não apresenta funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s excessivas que<br />
permitem que o usuário às vezes nunca as apren<strong>da</strong> ou tenha necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as usar<br />
to<strong>da</strong>s.<br />
O que <strong>de</strong>veria ter neste sistema para ser melhor aprendi<strong>do</strong>?<br />
213<br />
Escala<br />
1 2 3 4 5<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________<br />
USO<br />
To<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>ve ser hábil permitin<strong>do</strong> que o usuário atinja níveis <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> ao <strong>de</strong>senvolver suas<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
Itens<br />
a O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES lista os <strong>do</strong>cumentos recupera<strong>do</strong>s em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />
temporali<strong>da</strong><strong>de</strong> e relevância.<br />
b O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> copiar e salvar resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
pesquisa.<br />
c A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>periódicos</strong> disponibiliza<strong>do</strong>s pelo Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES é<br />
suficiente para que o usuário o utilize.<br />
d O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece opções para recuperar texto completo, resumo<br />
ou referência bibliográfica.<br />
e O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece opção <strong>de</strong> idioma para recuperação <strong>de</strong><br />
conteú<strong>do</strong> informacional.<br />
1<br />
Escala<br />
2 3 4 5<br />
f O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES é convi<strong>da</strong>tivo à exploração <strong>de</strong> suas ferramentas.<br />
g O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES permite que o usuário consiga fazer exatamente o que<br />
<strong>de</strong>seja ao usá-lo.<br />
h O usuário recomen<strong>da</strong>ria, sem hesitação, o uso <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES aos<br />
seus pares.<br />
i Ao usar o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES o usuário sempre consulta seu mecanismo <strong>de</strong><br />
aju<strong>da</strong>.<br />
j As informações <strong>de</strong> aju<strong>da</strong> <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES são suficientemente<br />
eficazes para tirar dúvi<strong>da</strong>s.
O que <strong>de</strong>veria ter este sistema para que o seu uso fosse eficiente?<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
FACILIDADE DE MEMORIZAÇÃO<br />
Aptidão <strong>do</strong> usuário <strong>de</strong> retornar ao sistema e realizar suas tarefas, mesmo ten<strong>do</strong> <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> <strong>de</strong> usar o sistema por<br />
<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tempo.<br />
Itens<br />
a O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES propicia facilmente o retorno ao sistema sem ter que<br />
reaprendê-lo após algum tempo sem utilizá-lo.<br />
b O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece linguagem compreensível ao usuário.<br />
1<br />
Escala<br />
2 3 4 5<br />
c O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece facili<strong>da</strong><strong>de</strong> na localização <strong>da</strong> barra <strong>de</strong> menus.<br />
d O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES permite ao usuário visualizar to<strong>da</strong> a estrutura<br />
navegacional.<br />
e O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES propicia que o usuário memorize as seqüências <strong>de</strong><br />
ações associa<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> tarefa executa<strong>da</strong>.<br />
O que <strong>de</strong>veria ter neste sistema para ser melhor memoriza<strong>do</strong> pelo usuário?<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
BAIXA TAXA DE ERROS<br />
Sistema com poucos índices <strong>de</strong> erros permitin<strong>do</strong> que o usuário realize suas tarefas sem gran<strong>de</strong>s problemas<br />
Escala<br />
Itens<br />
1 2 3 4 5<br />
a O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece recurso para informar erros <strong>de</strong> digitação na<br />
entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s, caso ocorra.<br />
b O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES realiza correção automática <strong>de</strong> erros comuns com<br />
aviso <strong>da</strong> correção realiza<strong>da</strong>.<br />
c O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES alerta o usuário com mensagem <strong>de</strong> erro, caso este<br />
ocorra.<br />
d O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece recurso para proteger a interação com o<br />
usuário contra o acionamento involuntário <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>s não pertinentes à busca <strong>de</strong><br />
conteú<strong>do</strong> informacional.<br />
214
e O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES conduz o usuário na realização <strong>de</strong> suas tarefas com o<br />
menor número <strong>de</strong> erros possíveis.<br />
O que <strong>de</strong>veria ter este sistema para que sua taxa <strong>de</strong> erros fosse baixa quanto ao seu uso?<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________<br />
SATISFAÇÃO SUBJETIVA<br />
O usuário consi<strong>de</strong>ra a interação com o sistema agradável e se sente particularmente satisfeito com ele<br />
Itens<br />
a O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES informa a existência <strong>de</strong> assuntos correlatos quan<strong>do</strong><br />
não localiza o assunto solicita<strong>do</strong>.<br />
b A interface <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES é agradável ao usuário.<br />
c O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece atualização constante em seu conteú<strong>do</strong><br />
informacional.<br />
d O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES aten<strong>de</strong> às necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> usuário.<br />
e O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES se constitui numa ferramenta <strong>de</strong> apoio didático e<br />
atualização para o usuário.<br />
f O Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES oferece acesso fácil e rápi<strong>do</strong> ao conteú<strong>do</strong><br />
informacional <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>.<br />
g O Portal <strong>de</strong> Periódicos transmite segurança ao usuário no momento <strong>da</strong> pesquisa.<br />
h O tempo <strong>de</strong> resposta <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES aten<strong>de</strong> às expectativas <strong>do</strong><br />
usuário.<br />
1<br />
Escala<br />
2 3 4 5<br />
O que <strong>de</strong>veria ter este sistema para proporcionar satisfação ao usuário?<br />
________________________________________________________________________________________________<br />
________________________________________________________________________________________________<br />
________________________________________________________________________________________________<br />
________________________________________________________________________________________________<br />
215
APÊNDICE B<br />
Destina<strong>do</strong> à:<br />
Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
ROTEIRO DE ENTREVISTA<br />
1. Percepção <strong>de</strong> atuação <strong>da</strong> Biblioteca Central sob sua gestão.<br />
2. Papel <strong>da</strong> Biblioteca como suporte informacional aos programas <strong>de</strong> ensino, pesquisa e<br />
extensão <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>, bem como o relacionamento <strong>de</strong>sta com os programas <strong>da</strong><br />
instituição.<br />
3. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Usuários na Biblioteca.<br />
4. Consi<strong>de</strong>rações sobre o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES.<br />
5. A<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> estrutura (ambiental e física) disponibiliza<strong>da</strong> para uso <strong>do</strong> Portal.<br />
216
APÊNDICE C<br />
ROTEIRO DE ENTREVISTA<br />
Destina<strong>do</strong> à:<br />
Responsável pela Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> Divisão <strong>de</strong> Serviços aos Usuários <strong>da</strong> Biblioteca<br />
Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong><br />
1. Tipos <strong>de</strong> usuários que utilizam o Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES na Biblioteca<br />
Central.<br />
2. A<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> ambiente disponibiliza<strong>do</strong> pela Biblioteca Central para uso <strong>do</strong> Portal.<br />
3. Solicitação <strong>de</strong> treinamento por parte <strong>do</strong>s Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>.<br />
4. Consi<strong>de</strong>rações sobre o Portal.<br />
5. Acesso remoto para uso <strong>do</strong> Portal.<br />
217
APÊNDICE D<br />
Sexta-feira, 3 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2008 11:47<br />
De: "Luciana Ferreira <strong>da</strong> Costa” lucianna.costa@yahoo.com.br<br />
Exibir informações <strong>de</strong> contato<br />
Para: “Diretora <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>” diretoria@biblioteca.ufpb.br<br />
Cco: lucianna.costa@yahoo.com.br<br />
Assunto: Itens técnicos<br />
Preza<strong>da</strong> Sra. Sônia Suely Araújo Pessoa,<br />
Antes <strong>de</strong> tu<strong>do</strong> quero agra<strong>de</strong>cer-lhe pela compreensão e disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em colaborar com a nossa<br />
pesquisa <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>.<br />
Seguem algumas questões técnicas que po<strong>de</strong>m ser levanta<strong>da</strong>s antes <strong>da</strong> efetivação <strong>da</strong> entrevista:<br />
1 - Recursos humanos <strong>da</strong> Biblioteca Central em termos <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e qualificação;<br />
2 - Recursos tecnológicos <strong>da</strong> Biblioteca Central no ambiente <strong>de</strong> trabalho;<br />
3 - Recursos tecnológicos <strong>da</strong> Biblioteca Central disponibiliza<strong>do</strong>s aos usuários (quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> terminais<br />
para consulta ao acervo; condições físicas <strong>do</strong>s terminais; sistema <strong>de</strong> consulta ao acervo);<br />
4 - Estimativa <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários atendi<strong>do</strong>s pela Biblioteca Central;<br />
5 - Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obras no acervo <strong>da</strong> Biblioteca Central;<br />
Des<strong>de</strong> já, solicito a disponibilização <strong>do</strong> organograma <strong>da</strong> Biblioteca Central, bem como <strong>do</strong>cumento<br />
<strong>de</strong>sta Biblioteca quanto a disponibilização <strong>do</strong> Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES, viabiliza<strong>do</strong>s às<br />
Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior(IFES), via suas Bibliotecas Centrais.<br />
Nossa entrevista fica agen<strong>da</strong><strong>da</strong> para o dia 06/10/2008, às 18:30 horas, conforme combinamos.<br />
Mais uma vez muitíssimo obriga<strong>da</strong> por sua atenção.<br />
Sau<strong>da</strong>ções acadêmicas,<br />
Luciana Ferreira <strong>da</strong> Costa<br />
Mestran<strong>da</strong> <strong>do</strong> PPGCI/<strong>UFPB</strong><br />
(83) 3224-3511 (residência)<br />
(83) 3222-7006 (comercial)<br />
(83) 8839-7729<br />
218
APÊNDICE E<br />
Sexta-feira, 10 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2008 17:27<br />
De: "Luciana Ferreira <strong>da</strong> Costa" lucianna.costa@yahoo.com.br<br />
Exibir informações <strong>de</strong> contato<br />
Para: “Chefe <strong>da</strong> Seção <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> Biblioteca Central <strong>da</strong> <strong>UFPB</strong>” edilene@biblioteca.ufpb.br<br />
Cc: lucianna.costa@yahoo.com.br<br />
Assunto: Itens técnicos<br />
Preza<strong>da</strong> Edilene Galdino,<br />
Segue abaixo questões técnicas acerca <strong>do</strong> local disponibiliza<strong>do</strong> na Biblioteca Central para acesso ao<br />
Portal <strong>de</strong> Periódicos <strong>da</strong> CAPES:<br />
- Ambiente e quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r para acesso ao Portal.<br />
- Estimativa <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> usuários que acessam o Portal na Biblioteca Central.<br />
Agra<strong>de</strong>ço, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, a colaboração.<br />
Atenciosamente<br />
Luciana Ferreira <strong>da</strong> Costa<br />
Mestran<strong>da</strong> <strong>do</strong> PPGCI/<strong>UFPB</strong><br />
(83) 3224-3511 (residência)<br />
(83) 3222-7006 (comercial)<br />
(83) 8839-7729<br />
219
APÊNDICE F<br />
PROGRAMAS E<br />
DOCENTES<br />
INVESTIGADOS<br />
PPGCN (Total=8)<br />
PPGE (Total=14 )<br />
Docente 1 Nutrição<br />
Docente 2<br />
TITULAÇÃO DOS DOCENTES PERMANENTES<br />
220<br />
Graduação Especialização Mestra<strong>do</strong> Doutora<strong>do</strong> Pós-Doutora<strong>do</strong><br />
Ciências<br />
Biológicas<br />
Docente 3 Nutrição<br />
Docente 4 Nutrição<br />
Medicina<br />
Preventiva<br />
Nutrição Materno<br />
Infantil<br />
Ciências <strong>do</strong>s<br />
Alimentos<br />
Saú<strong>de</strong> Materno-<br />
Infantil<br />
Saú<strong>de</strong> Coletiva -<br />
Genética Genética -<br />
Nutrição e<br />
Alimentação<br />
Ciências <strong>do</strong>s<br />
Alimentos<br />
Nutrição Nutrição<br />
Produtos Naturais<br />
e Sintéticos<br />
Bioativos<br />
Docente 5 O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntopediatria - O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 6<br />
Ciências<br />
Biológicas<br />
Docente 7 Nutrição -<br />
Docente 8 Nutrição -<br />
- Bioquímica Bioquímica -<br />
Nutrição e Saú<strong>de</strong><br />
Pública<br />
Ciência <strong>de</strong><br />
Alimentos<br />
Nutrição<br />
emAlimentação<br />
-<br />
Nutrição<br />
Nutrição -<br />
Docente 9 Enfermagem Saú<strong>de</strong> Pública Enfermagem Enfermagem -<br />
Docente 10<br />
Engenharia <strong>de</strong><br />
Alimentos<br />
Docente 11 Enfermagem<br />
-<br />
Pesquisa<br />
Educacional<br />
Engenharia<br />
Agrícola<br />
Saú<strong>de</strong> Coletiva -<br />
Enfermagem Enfermagem -
PPGO (Total=16)<br />
Docente 12 Enfermagem Saú<strong>de</strong> Pública<br />
Docente 13 Enfermagem<br />
Enfermagem<br />
Obstétrica<br />
Enfermagem<br />
Fun<strong>da</strong>mental<br />
Enfermagem<br />
Obstétrica e<br />
Neonatal<br />
Enfermagem -<br />
Enfermagem -<br />
Docente 14 Enfermagem Saú<strong>de</strong> Pública Enfermagem Enfermagem -<br />
221<br />
Docente 15 Enfermagem Médico-Cirúrgica Enfermagem Enfermagem Saú<strong>de</strong> Pública<br />
Docente 16 Enfermagem<br />
Docente 17<br />
Enfermagem e<br />
Obstetrícia<br />
Residência em<br />
Enfermagem<br />
Psiquiátrica<br />
Enfermagem<br />
Psiquiátrica<br />
Enfermagem Enfermagem -<br />
Enfermagem em<br />
Saú<strong>de</strong> Pública<br />
Enfermagem em<br />
Saú<strong>de</strong> Pública<br />
Docente 18 Enfermagem Enfermagem Enfermagem Enfermagem -<br />
Docente 19 O<strong>do</strong>ntologia Prótese Dentária<br />
Reabilitação Oral<br />
(Prótese)<br />
Reabilitação Oral<br />
(Prótese)<br />
Docente 20 O<strong>do</strong>ntologia - O<strong>do</strong>ntopediatria O<strong>do</strong>ntopediatria -<br />
Docente 21 O<strong>do</strong>ntologia<br />
Docente 22 O<strong>do</strong>ntologia<br />
O<strong>do</strong>ntologia<br />
(Cirurgia Buço-<br />
Maxilo facial)<br />
Anatomia <strong>da</strong><br />
Cabeça e <strong>do</strong><br />
pescoço<br />
O<strong>do</strong>ntologia<br />
(Cirurgia Buco-<br />
Maxilo facial<br />
O<strong>do</strong>ntologia -<br />
O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 23 O<strong>do</strong>ntologia - Patologia Oral O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 24 O<strong>do</strong>ntologia<br />
Docente 25 O<strong>do</strong>ntologia<br />
Administração<br />
<strong>do</strong>s Serviços <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong><br />
Residência em<br />
Dentística<br />
O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Materiais<br />
Dentários<br />
Materiais<br />
Dentários<br />
Docente 26 O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntopediatria O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
-<br />
-<br />
-
PPGPNSB (Total=14)<br />
Docente 27 O<strong>do</strong>ntologia Patologia Bucal Patologia Oral Patologia Bucal -<br />
Docente 28 O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntopediatria O<strong>do</strong>ntologia<br />
O<strong>do</strong>ntologia<br />
Preventiva e<br />
Social<br />
Docente 29 O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntopediatria O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 30 O<strong>do</strong>ntologia - O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 31 O<strong>do</strong>ntologia Prótese Dentária O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 32 O<strong>do</strong>ntologia - O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 33 O<strong>do</strong>ntologia Saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> Família O<strong>do</strong>ntologia Saú<strong>de</strong> Coletiva -<br />
Docente 34 O<strong>do</strong>ntologia Dentística O<strong>do</strong>ntologia O<strong>do</strong>ntologia -<br />
Docente 35 Química -<br />
Docente 36 Farmácia<br />
Farmacologia e<br />
Química <strong>de</strong><br />
Produtos Naturais<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
-<br />
Química -<br />
Ciências<br />
Farmacêuticas<br />
Docente 37 Farmácia - Química Química -<br />
Docente 38 Farmácia -<br />
Docente 39 Farmácia -<br />
Docente 40<br />
Docente 41<br />
Farmácia<br />
Medicina<br />
Farmácia<br />
Bioquímica<br />
Toxicologia<br />
Docente 42 Farmácia -<br />
Docente 43 Farmácia<br />
-<br />
Microbiologia <strong>de</strong><br />
Alimentos<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Ciências<br />
(Microbiologia)<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Ciências<br />
Biológicas<br />
Ciências<br />
Biológicas<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Ciências<br />
(Microbiologia)<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Ciências Biológicas<br />
(Biologia<br />
Molecular)<br />
Ciências<br />
Biológicas<br />
Ciências<br />
Biológicas<br />
222<br />
-<br />
-<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
(Junior)<br />
Imunologia<br />
-<br />
-<br />
-<br />
-
Docente 44<br />
Ciências<br />
Biológicas<br />
Docente 45 Farmácia<br />
-<br />
Medicina<br />
Preventiva e<br />
Social<br />
Docente 46 Farmácia -<br />
Docente 47 Farmácia<br />
Docente 48 Farmácia<br />
Residência<br />
Médica<br />
Indústria <strong>de</strong><br />
Medicamentos<br />
Microbiologia<br />
Agrícola<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
QUADRO 31 – Perfil <strong>de</strong> formação acadêmica <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes investiga<strong>do</strong>s<br />
Fonte: Da<strong>do</strong>s <strong>da</strong> pesquisa, 2008<br />
Parasitologia -<br />
Biologia<br />
Funcional e<br />
Molecular<br />
Produtos Naturais e<br />
Sintéticos Bioativos<br />
Pharmacologia<br />
Molecular e<br />
Celular<br />
Ciências<br />
Farmacêuticas<br />
223<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Ciências<br />
Farmacêuticas
224<br />
ANEXOS
ANEXO A<br />
225
ANEXO B<br />
226
227
228
229
230
ANEXO C<br />
LISTA DAS BASES DE INFORMAÇÃO DE TEXTOS COMPLETOS DO<br />
PORTAL DE PERIÓDICOS DA CAPES POR ÁREA DE CONHECIMENTO<br />
ADMINISTRAÇÃO<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EMERALD<br />
GALE<br />
INFORMS<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
PROQUEST<br />
SAGE<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
AGRONOMIA<br />
AMERICAN SOCIETY AGRONOMY<br />
BIONE<br />
ARTES<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
DUKE UNIVERSITY PRESS<br />
GALE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
BIBLIOTECONOMA /<br />
CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EMERALD<br />
GALE<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
PROQUEST<br />
SAGE<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SCIELO<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS<br />
AAAS<br />
AMERICAN SOCIETY BIOCHEMISTRY/<br />
MOLECULAR BI<br />
AMERICAN SOCIETY C. B. - ASCB<br />
BIONE<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
FED. OF AMERICAN S. E. BIOLOGY<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
NATURE<br />
OVID<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SOCIETY LEUKOCYTE BIOLOGY<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA<br />
AAAS<br />
AMERICAN SOCIETY AGRONOMY<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
CIÊNCIAS HUMANAS<br />
AAAS<br />
231
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
GALE<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO<br />
AAAS<br />
ASN- AMERICAN S. NUTRITION<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
HIGWIRE PRESS<br />
NATURE<br />
OVID<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
CIÊNCIAS DA SAÚDE<br />
AAAS<br />
ASN<br />
ANNALS CLINICAL LABORATORY<br />
SCIENCE<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
KARGER<br />
MASSACHUSETS MEDICAL SOCIETY<br />
ROYAL COLLEGE OF PSYCHIATRISTS<br />
SICIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
THIEME<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
GALE<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
PROQUEST<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE<br />
ALIMENTOS<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
OVID<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
COMPUTAÇÃO<br />
ACM<br />
IEEE<br />
WORLD SCIENTIFIC<br />
DI<strong>REI</strong>TO<br />
AMERICAN A. P. AND THE LAW<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
BLAKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EMERALD<br />
GALE<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
PROQUEST<br />
SAGE<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
EDUCAÇÃO<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
GALE<br />
232
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
OUTROS EDITORES<br />
ECONOMIA<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EMERALD<br />
GALE<br />
JSTOR<br />
OECD<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
PROQUEST<br />
SAGE<br />
SCIENDE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
WORLD SCIENTIFIC<br />
OUTROS EDITORES<br />
ENFERMAGEM<br />
AAAS<br />
AMERICAN ASSOCIATION OFCRITICAL<br />
CARE NURSES<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
BLACKWELL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
NATURE<br />
OVID<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
ENGENHARIAS<br />
DUKE UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
ENGENHARIA BIOMÉDICA<br />
AAAS<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
NATURE<br />
OVID<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
ENGENHARIA ELETRICA E<br />
ELETRONICA<br />
IEEE<br />
ENGENHARIA MECANICA<br />
AAAS<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
GALE<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
ENGENHARIA URBANA<br />
AAAS<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
233
WORLD SCIENTIFIC<br />
OUTROS EDITORES<br />
FARMÁCIA<br />
AAAS<br />
AMERICAN SOCIETY BIOCHEMISTRY/<br />
MOLECULAR BI<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
NATURE<br />
OVID<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
WORLD SCIENTIFIC<br />
OUTROS EDITORES<br />
FILOSOFIA<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
GALE<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
FÍSICA<br />
AAAS<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
AIP<br />
IOP<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
WORLD SCIENTIFIC<br />
OUTROS EDITORES<br />
GEOGRAFIA<br />
AAAS<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
HISTÓRIA<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
GALE<br />
JSTOR<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
JSTOR<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
LETRAS/LINGUISTICA<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
DUKE UNIVERSITY PRESS<br />
GALE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
MATEMÁTICA<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
GALE<br />
JSTOR<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
234
OUTROS EDITORES<br />
MEDICINA<br />
AAAS<br />
AMA – AMERICAN MEDICAL ASS.<br />
AMERICAN A. P. AND THE LAW<br />
AMERICAN S. HEMATOLOGY<br />
AMERICAN PHYS. SOCIETY - APS<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
ASA–AMERICAN S. ANDROLOGY<br />
ASSOCIATION CLINICAL SCIENT.<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
DUKE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
ENDOCRINE SOCIETY<br />
GUILFORD PRESS<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
KARGER<br />
MASSACHUSETS MEDICAL SOCIETY<br />
NATURE<br />
OVID<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
ROYAL COLLEGE OF PSYCHIATRISTS<br />
SLACK INC.<br />
SCIELO<br />
SICIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
THIEME<br />
WILSON<br />
WORLD SCIENTIFIC<br />
OUTROS EDITORES<br />
MÚSICA<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
GALE<br />
JSTOR<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
ODONTOLOGIA<br />
235<br />
AAAS<br />
AAP<br />
ACADEMY OF OPERATIVE DENTISTRY<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
FDI- WORLD DENTAL FEDERAT.<br />
GENETICS S. AMERICAN<br />
GERONTOLGICAL S. AMERICAN<br />
GUILFORD PRESS (PSYCHIATRY)<br />
HIGHWIRE PRESS<br />
MANEY PUBLISHING<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SPRINGER<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
PSICOLOGIA<br />
AAAS<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
EBSCO<br />
GALE<br />
OVID/APA<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
PEPSIC<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
QUÍMICA<br />
ACS<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
ROYAL SOCIETY Chemistry<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
SCIELO<br />
OUTROS EDITORES<br />
SERVIÇO SOCIAL<br />
AAAS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS
GALE<br />
OXFORD UNVERSITY PRESS<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
SOCIOLOGIA<br />
AAAS<br />
ANNUAL REVIEWS<br />
BLACKWEL<br />
CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS<br />
DUKE UNIVERSITY PRESS<br />
FDI – WORLD DENTAL FEDER.<br />
GALE<br />
JSTOR<br />
OXFORD UNIVERSITY PRESS<br />
SAGE<br />
SCIELO<br />
SCIENCE DIRECT ONLINE<br />
WILSON<br />
OUTROS EDITORES<br />
VETERINÁRIA<br />
JOURNAL OF VETERINARY D<br />
INVESTIGATION<br />
ELABORADO POR:<br />
EDILENE TOSCANO GALDINO<br />
DOS SANTOS<br />
Bibliotecária – CRB-15/002<br />
236