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índice de quadros - Universidade do Minho

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Capítulo IV – Percepções e Experiências da Escola<br />

funcionários. Por outro la<strong>do</strong>, a partir <strong>do</strong> <strong>de</strong>poimento <strong>do</strong> aluno L6, <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>mos os que os discen-<br />

tes dão importância às condições físicas da escola, mas compreen<strong>de</strong>m que a situação financeira<br />

não permite fazer obras ou remo<strong>de</strong>lar a escola como gostariam:<br />

“Da escola que frequento só me posso queixar das condições, porque o relacionamento entre as pessoas,<br />

somos nós que o fazemos. Se formos ver a situação económica <strong>do</strong> país e da escola, não po<strong>de</strong>mos<br />

exigir mais <strong>de</strong> on<strong>de</strong> não nasce mais.” (L6)<br />

“A Escola po<strong>de</strong>ria melhorar bastante, tanto em termos <strong>de</strong> condições materiais e também condições<br />

humanas, pois existem várias escolas que não têm material escolar para o apoio ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alunos<br />

e também humanas, pois existem muitas pessoas a trabalhar nas escolas que não têm condições<br />

para trabalhar com crianças.” (B24)<br />

“Esta escola é uma escola razoável, por vezes não tem as condições necessárias para o ensino, mas<br />

isso é como a maioria <strong>de</strong>las.” (G17)<br />

No entanto, convém referir que nem to<strong>do</strong>s os alunos dão a mesma importâncias às condi-<br />

ções físicas da escola, pois privilegiam outros aspectos que consi<strong>de</strong>ram mais importantes, nomea-<br />

damente as pessoas e o relacionamento entre elas:<br />

“Aquilo que para mim é mais importante numa escola são as pessoas: alunos, professores, funcionários,<br />

etc. talvez seja uma visão <strong>de</strong>masia<strong>do</strong> humanista porque apesar da escola não ter aquece<strong>do</strong>res,<br />

isolamento térmico, ca<strong>de</strong>iras confortáveis e, enfim, outros luxos, não o consi<strong>de</strong>ro tão importante como<br />

o bom relacionamento com as pessoas. De que serve uma escola totalmente i<strong>de</strong>al se <strong>de</strong>pois não consigo<br />

fazer amigos?” (C5)<br />

Outro aspecto a referir é a consciência que os alunos têm da premência em apostar na<br />

educação e formação <strong>do</strong>s jovens, para que o país se torne mais competitivo e melhor prepara<strong>do</strong><br />

para enfrentar os <strong>de</strong>safios contemporâneos. Tal como referimos anteriormente, os da<strong>do</strong>s recolhi<strong>do</strong>s<br />

permitem-nos concluir que, para os alunos, a melhoria da sua prestação/preparação e, no fun<strong>do</strong>, a<br />

melhoria da escola em geral passa, em gran<strong>de</strong> medida, pelo <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong>s professores:<br />

“A escola po<strong>de</strong>ria melhorar bastante, tanto em termos <strong>de</strong> condições materiais e também condições<br />

humanas, pois existem várias escolas que não têm material escolar para o apoio ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s alunos<br />

e também humanas, pois existem muitas pessoas a trabalhar nas escolas que não têm condições<br />

para trabalhar com crianças.” (B24)<br />

“Consi<strong>de</strong>ro as escolas portuguesas obsoletas, <strong>de</strong>spreocupadas com os alunos, em que professores<br />

como alguns que já tive afirmam: “Eu ganho o meu salário <strong>de</strong> qualquer maneira, não importa se <strong>do</strong>u a<br />

matéria ou não.” (G1)<br />

Outros alunos, como a discente supramencionada (G1), salientam a <strong>de</strong>sresponsabilização<br />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um maior envolvimento e interesse pelas vidas e necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong>s alunos urgin<strong>do</strong>, na senda <strong>de</strong> Alves (1999: 239), “a re<strong>de</strong>finição <strong>do</strong>s horários <strong>do</strong>s professores<br />

que incluiria uma percentagem <strong>de</strong>stinada ao apoio individualiza<strong>do</strong> às percentagens e à estruturação<br />

<strong>do</strong>s projectos <strong>de</strong> vida”.<br />

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