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índice de quadros - Universidade do Minho

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Capítulo VII – Percursos e vivências: a perspectiva <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> alunos<br />

“É o sucesso, é … a maneira como me <strong>do</strong>u com as pessoas, se tenho amigos ou não, se gosto <strong>de</strong>les<br />

ou não, se são pessoas com que me i<strong>de</strong>ntifico ou não (…) a escola também não é só virmos para aqui<br />

apren<strong>de</strong>r, é também apren<strong>de</strong>r a socializar, a estarmos uns com os outros, a convivermos, a fazermos<br />

outras coisas, porque se nos limitarmos a vir para a escola, a abrir os livros e a escrever o que estão a<br />

dizer… há algo mais na vida para além disso” (Entrevista).<br />

No que tange a influências <strong>de</strong> terceiros, o aluno reconhece que houve pilares estruturantes<br />

no seu percurso escolar pré-universitário, mormente um professor <strong>de</strong> Português e <strong>de</strong> Teatro:<br />

“Nunca tinha pensa<strong>do</strong> nas minhas influências enquanto estudante, mas quan<strong>do</strong> o fiz pensei numa<br />

pessoa só: o meu professor <strong>de</strong> Teatro. Foi um <strong>do</strong>s mais importantes para mim: conhecer gente com<br />

interesses semelhantes aos meus, com uma vivacida<strong>de</strong> e ambiente únicos, acho que isso é extremamente<br />

importante… é muito importante sermos nós, termos gente com quem seja possível i<strong>de</strong>ntificarmo-nos”<br />

(Narrativa)<br />

Quanto ao futuro, o João tinha, aquan<strong>do</strong> da produção da narrativa, gran<strong>de</strong>s aspirações, pois<br />

é um jovem ambicioso e tem objectivos bem <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s:<br />

“Tenho gran<strong>de</strong>s expectativas para o futuro, sou uma pessoa muito ambiciosa, sempre lutei pelos<br />

meus interesses e i<strong>de</strong>ais e espero alcançar to<strong>do</strong>s os meus objectivos”. (Narrativa)<br />

Contu<strong>do</strong>, o aluno reconheceu que a dificulda<strong>de</strong> que sentira aquan<strong>do</strong> da escolha <strong>do</strong> curso no<br />

ensino secundário se repetiria agora no final <strong>do</strong> ensino secundário, quan<strong>do</strong> tivesse <strong>de</strong> escolher um<br />

curso:<br />

“Sim, foi um boca<strong>do</strong> difícil escolher, fiz aquelas consultas para saber o que queria ou não queria, mas<br />

acho que estive sempre um boca<strong>do</strong> convenci<strong>do</strong> que seria esta área. Agora o pior vai ser <strong>de</strong>cidir o que<br />

vem a seguir…nunca pensei em mudar <strong>de</strong> área, acho que esta é a minha área, mas se estivesse noutra<br />

área qualquer provavelmente estaria a dizer o mesmo…eu acho que sou aquele tipo <strong>de</strong> pessoas<br />

que o que quer que seja acho que me sinto bem e gosto <strong>de</strong> gostar praticamente <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>”. (Entrevista)<br />

Relativamente à escola que frequentou durante os três anos <strong>do</strong> ensino secundário, o João<br />

tem uma imagem positiva, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à excelente relação que existe entre corpo <strong>do</strong>cente e discente,<br />

como se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> das suas palavras:<br />

“A minha visão sobre a escola é o mais positiva possível, representa os melhores anos da minha vida.<br />

(…) Julgo que vivemos numa escola com tu<strong>do</strong> e com um excelente relacionamento com a classe<br />

<strong>do</strong>cente. (…) Não é exagera<strong>do</strong> dizer que amo esta escola, apesar <strong>de</strong> folclórico!” (Narrativa)<br />

Recordan<strong>do</strong> a frequência <strong>do</strong> ensino básico numa escola cujas condições materiais e físicas<br />

eram óptimas e novas, o aluno estabelece uma comparação e <strong>de</strong>staca as relações humanas exis-<br />

tentes neste estabelecimento <strong>de</strong> ensino que, na sua óptica, se sobrepõem às condições físicas. A<br />

união entre professor e aluno e a cumplicida<strong>de</strong> que há entre eles trazem estabilida<strong>de</strong>, bem-estar e<br />

equilíbrio aos diferentes actores escolares, como assevera o João:<br />

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