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índice de quadros - Universidade do Minho

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37<br />

Capítulo I - Ensino Secundário: Currículo, I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e Papel <strong>do</strong> Aluno<br />

- Passar <strong>de</strong> uma lógica disciplinar para uma lógica transdisciplinar;<br />

- Passar da rotina da lição à inquietu<strong>de</strong> <strong>do</strong> projecto”, uma vez que só assim se <strong>de</strong>volveria “ao ensino<br />

secundário a coerência e a especificida<strong>de</strong> que <strong>de</strong> há muito lhe faltam”.<br />

Concomitantemente, é imperioso que a escola secundária seja uma entida<strong>de</strong> aberta ao<br />

meio, “no quadro <strong>de</strong> uma perspectiva <strong>de</strong> multifuncionalida<strong>de</strong>, polivalência e integração <strong>de</strong> equipa-<br />

mentos 8 ” (i<strong>de</strong>m, ibi<strong>de</strong>m: 148).<br />

Para Fonseca (1999: 89), é importante <strong>de</strong>finir a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> “aluno <strong>do</strong> secundário” aten-<br />

<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a uma série <strong>de</strong> factores, tais como:<br />

“- uma i<strong>de</strong>ntificação clara e partilhada <strong>do</strong>s objectivos <strong>de</strong> formação a atingir nesta etapa <strong>de</strong> ensino;<br />

- uma especificação <strong>de</strong>stes mesmos objectivos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as modalida<strong>de</strong>s possíveis <strong>de</strong> formação<br />

que o aluno po<strong>de</strong> frequentar;<br />

- uma consi<strong>de</strong>ração muito espacial às características psicológicas <strong>de</strong>sta etapa da vida <strong>do</strong>s indivíduos<br />

(coinci<strong>de</strong>nte com o perío<strong>do</strong> da a<strong>do</strong>lescência);<br />

- um entendimento da condição <strong>de</strong> jovem estudante ten<strong>do</strong> em conta o seu carácter multifaceta<strong>do</strong> (ida<strong>de</strong>,<br />

sexo, origem social/regional, antece<strong>de</strong>ntes escolares, interesses, motivações, etc.)”.<br />

Num texto produzi<strong>do</strong> para o Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação, Carneiro (1999: 255) asseve-<br />

ra que “o ensino secundário tem <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a requisitos <strong>de</strong> «inteligência fungível» que contribua<br />

para a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> circulação <strong>de</strong> pessoas e i<strong>de</strong>ias”. Deste mo<strong>do</strong>, enumera algumas competências<br />

fulcrais para que os jovens cidadãos li<strong>de</strong>m com o mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong>, a saber: competências<br />

comunicacionais e linguísticas, interculturais, <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta, científicas e tecnológicas e comunitá-<br />

rias (Carneiro, 1999).<br />

1.3.1. Finalida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> ensino secundário<br />

Para Alves (1999), um novo paradigma <strong>de</strong> escolarização secundária teria, assim, <strong>de</strong> enfren-<br />

tar alguns <strong>de</strong>safios, nomeadamente: a <strong>de</strong>mocraticida<strong>de</strong>; a qualida<strong>de</strong>; a diversida<strong>de</strong>; a sequenciali-<br />

da<strong>de</strong> progressiva e a terminalida<strong>de</strong>; uma nova concepção <strong>do</strong> currículo ao serviço da empregabili-<br />

da<strong>de</strong>; uma nova avaliação e a promoção <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong>; outra organização esco-<br />

lar; a introdução e a a<strong>do</strong>pção <strong>de</strong> novos recursos educacionais; a aprendizagem ao longo da vida e a<br />

valorização <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento local, pois só partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>stas premissas o ensino secundário res-<br />

pon<strong>de</strong>rá aos <strong>de</strong>safios coloca<strong>do</strong>s pela socieda<strong>de</strong> pós-mo<strong>de</strong>rna “num mun<strong>do</strong> marca<strong>do</strong> pela globaliza-<br />

8 Para Barroso (1999: 148), as escolas secundárias <strong>de</strong>vem ser receptivas “a todas as modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino secundário, quer através <strong>de</strong> uma<br />

diferenciação interna, integran<strong>do</strong> “prosseguimento <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s” e “inserção na vida activa”, ensino geral e profissional, quer através <strong>de</strong> uma articulação<br />

externa, associan<strong>do</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> equipamentos (…) o objectivo é <strong>de</strong>senvolver a dimensão comunitária <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> escola, transforman<strong>do</strong>-a<br />

num centro <strong>de</strong> recursos local, quer disponibilizan<strong>do</strong> espaços, equipamentos e pessoas para activida<strong>de</strong>s culturais e socio-educativas quer integran<strong>do</strong><br />

no seu espaço físico equipamentos e serviços com fins educativos e sociais <strong>de</strong> iniciativa <strong>de</strong> outras instituições. A escola secundária po<strong>de</strong> abrir-se<br />

assim a outras valências através <strong>de</strong> acor<strong>do</strong>s, protocolos ou parcerias que passam quer pela prestação ou venda <strong>de</strong> serviços quer por formas <strong>de</strong> cofinanciamento”.

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