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1 LES FLEURS DU MAL NO BRASIL FLANANDO PELA ... - Unesp

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ANAIS DO X SEL – SEMINÁRIO DE ESTUDOS LITERÁRIOS: “Cultura e Representação”<br />

mas abre a primeira picada numa senda ainda inexplorada no Brasil. (FALEIROS, 2007, p.<br />

261)<br />

Seria possível afirmar que Olavo Bilac e Ana C., também já haviam percorrido essa<br />

floresta, e esse novo percurso agora esboçado só é possível por essa simultaneidade de<br />

informações. O modelo tradicional parece esgotado porque foi utilizado ao extremo, daí a<br />

necessidade veemente de um novo modelo.<br />

Como pudemos observar, há uma nova crítica manifesta sobre a obra de Charles<br />

Baudelaire e, consequentemente, há uma nova leitura dessa obra, atualizada e contemporânea,<br />

que se manifesta e se realiza, principalmente, por meio de novas traduções. Essa tese buscou<br />

mostrar e discutir essas novas leituras, mostrando, contudo, que já não são tão novas, mas que<br />

se mostram mais do que nunca necessária para a compreensão e aproveitamento do livro de<br />

Baudelaire.<br />

Pudemos também observar e discutir outra nova forma de leitura e expressão crítica da<br />

importância literária do livro Les Fleur du mal: a antologia tomada como crítica, ou seja, quando o<br />

antologista escolhe quais são os elementos que a vão compor, no caso de traduções de<br />

poemas, elegendo os valores estéticos da sua recepção. Ao analisar uma antologia que traz um<br />

conjunto de poemas muito diferente daquele apresentado pelas outras ao longo do tempo,<br />

pudemos observar também a ampliação e a diversificação da leitura do livro de Baudelaire.<br />

O que concluimos é que existem, mesmo que ainda tímidos, projetos tradutórios não<br />

tradicionais de abordagem da poesia de Baudelaire, mas que já se colocam como relevantes em<br />

qualquer estudo mais minucioso que se venha a fazer sobre esse livro. O que permanece é o<br />

registro do diálogo literário que essas manifestações apresentaram e que não mais podem ser<br />

deixados de lado.<br />

Essa intepretação da antologia como crítica aliada à ideia da leitura simultânea de<br />

diversas traduções, esclarece e justifica a apresentação de uma nova antologia de tradutores<br />

brasileiros do livro Les Fleurs du mal, ao considerar todo um novo conjunto de possibilidades de<br />

leituras oferecido pela leitura simultânea desses tradutores.<br />

Os critérios de seleção desses tradutores seriam, além da apresentação do maior<br />

número possível deles, a sua atualidade e a diversidade de seu projeto tradutório. Nesse caso,<br />

não poderiam ficar de fora, por exemplo, a tradução do poema “Correspondances” de José Lino<br />

Grunewald, ou as traduções dos poemas “Le Cygne” e “La chevelure” de Ana Cristina César e<br />

Olavo Bilac, respectivamente, nem as três traduções do conjunto La mort, publicadas por<br />

Cláudio Veiga.<br />

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