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Junho de 2006 - UFRJ

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Jornal da<br />

<strong>Junho</strong>•<strong>2006</strong> <strong>UFRJ</strong><br />

19<br />

Museu Nacional<br />

Arqueologia Pré-colombiana e Culturas<br />

Mediterrâneas – Afrescos <strong>de</strong><br />

Pompéia: essas são as duas exposições,<br />

montadas com o apoio da Fundação Vitae<br />

(apoiadora <strong>de</strong> projetos nas áreas <strong>de</strong><br />

Cultura, Educação e Promoção Social),<br />

que disponibilizam um valioso e inédito<br />

acervo sobre a história da ocupação das<br />

Américas e afrescos que pertenceram ao<br />

Templo <strong>de</strong> Ísis, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pompéia<br />

(Itália), e foram trazidos para o Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro em 1855, para compor parte da<br />

coleção da imperatriz Teresa Cristina.<br />

São mais <strong>de</strong> 500 peças <strong>de</strong> um legado<br />

cultural <strong>de</strong>ixado por povos que habitaram<br />

a América Latina e a Europa. “Essa<br />

iniciativa significa o resgate <strong>de</strong> um espaço<br />

inutilizado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2000 e a oportunida<strong>de</strong><br />

para disponibilizar ao público<br />

outra parcela <strong>de</strong> nosso valioso<br />

acervo. Somos uma instituição<br />

<strong>de</strong> Ensino e Pesquisa com 188<br />

anos <strong>de</strong> ação contínua. Nossas<br />

coleções, exposições e pesquisas<br />

fornecem um quadro do avanço<br />

da ciência nacional através do<br />

tempo”, sublinha Sérgio Alex<br />

Kugland <strong>de</strong> Azevedo, professor<br />

e diretor do Museu Nacional<br />

(MN).<br />

Arqueologia Pré-colombiana<br />

Segundo Sérgio Alex, gran<strong>de</strong><br />

parte <strong>de</strong>sse acervo é inédita,<br />

como por exemplo, uma múmia<br />

Aymara (cultura dos povos précolombianos,<br />

anteriores aos Inca).<br />

Com o objetivo <strong>de</strong> resgatar as origens<br />

das populações americanas<br />

e contar um pouco da história da<br />

ocupação das Américas, as peças<br />

foram organizadas tematicamen-<br />

Universida<strong>de</strong><br />

Marco para a cultura brasileira<br />

Quando se comemora o Ano Nacional dos Museus, o Museu Nacional, da <strong>UFRJ</strong>, criado em 1818 por D. João VI, festeja<br />

seu 188º aniversário em gran<strong>de</strong> estilo. No dia 6 <strong>de</strong> junho duas exposições foram inauguradas e um novo sistema <strong>de</strong><br />

segurança foi instalado<br />

Rafaela Pereira<br />

fotos Marco Fernan<strong>de</strong>s<br />

te, procurando respeitar a diversida<strong>de</strong><br />

cultural da América Pré-colombiana. As<br />

culturas Chimú, Chancay, Inca, Huari,<br />

Tiahuanaco, Mochica, Nazca, Ichma e<br />

Lambayeque estão representadas pelos<br />

artefatos utilizados por esses povos em<br />

rituais da montanha e da costa, instrumentos<br />

musicais, além <strong>de</strong> cerâmicas.<br />

Os tecidos pré-colombianos são outro<br />

gran<strong>de</strong> atrativo, higienizados e acondicionados<br />

com o apoio da Vitae. Estão expostas<br />

também cestinhas para guardar utensílios<br />

<strong>de</strong> tecer com birros, fusos, agulhas <strong>de</strong><br />

osso, novelos <strong>de</strong> lã e <strong>de</strong> linha, exemplos<br />

dos diferentes pontos, materiais, cores e<br />

temas utilizados. Contudo, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque<br />

da mostra é a sala das mumificações,<br />

on<strong>de</strong> estão a múmia Aymara (exposta pela<br />

primeira vez); a múmia<br />

indígena brasileira <strong>de</strong> 600<br />

anos (doada a D. Pedro<br />

II); a múmia chilena do<br />

<strong>de</strong>serto do Atacama (que<br />

passou pelo processo mumificação<br />

natural a partir<br />

do frio e do tempo seco<br />

do <strong>de</strong>serto) e uma cabeça<br />

Jívaro (tribos amazônicas<br />

da região do Equador que<br />

<strong>de</strong>capitavam e encolhiam<br />

a cabeça <strong>de</strong> seus inimigos),<br />

que surpreen<strong>de</strong> pelo<br />

tamanho.<br />

Exposição permanente<br />

Quatro raríssimos<br />

afrescos <strong>de</strong> Pompéia<br />

são os <strong>de</strong>staques <strong>de</strong>ssa<br />

mostra. Parte da Coleção<br />

Arqueológica Imperatriz<br />

Teresa Cristina,<br />

pertencente ao Museu<br />

Nacional, essas peças<br />

formavam pare<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

um santuário <strong>de</strong> Pompéia,<br />

o Templo <strong>de</strong> Ísis, e<br />

foram trazidas para o Rio<br />

<strong>de</strong> Janeiro em 1855. Restaurados<br />

por uma equipe<br />

<strong>de</strong> italianos, chefiada<br />

por Pietro Tranchina, com a participação<br />

<strong>de</strong> técnicos do Museu Nacional, em<br />

2004, os afrescos retornam à exposição<br />

permanente do MN.<br />

A mostra reúne também painéis<br />

informativos com mapas da região<br />

mediterrânea e seis vitrines com artefatos<br />

<strong>de</strong> bronze, cerâmica, material <strong>de</strong><br />

tocador, estatuetas <strong>de</strong> terracota, uma<br />

ânfora <strong>de</strong> bronze e todo o restante da<br />

coleção greco-romana.<br />

Investindo em segurança<br />

Além das exposições, o Museu<br />

Nacional comemorou seu aniversário<br />

inaugurando um sistema <strong>de</strong> segurança<br />

mais mo<strong>de</strong>rno, com câmeras instaladas<br />

em diversas áreas do gran<strong>de</strong> palácio.<br />

Cerca <strong>de</strong> R$ 1 milhão está sendo investido<br />

nesse projeto e, segundo o diretor<br />

Sérgio Alex, o recurso veio do Instituto<br />

do Patrimônio Histórico e Nacional<br />

(Iphan), do Ministério da Cultura.<br />

Vítima <strong>de</strong> roubos em 2004, o Museu<br />

Nacional da <strong>UFRJ</strong> conta agora com câmeras<br />

no prédio principal e, segundo o<br />

diretor, até o final do ano, a segurança<br />

será reforçada com a instalação <strong>de</strong> roletas<br />

<strong>de</strong> controle ao acesso <strong>de</strong> visitantes e<br />

pesquisadores, câmeras no Horto e no<br />

prédio da biblioteca, e outras voltadas<br />

para a Quinta da Boa Vista.<br />

A equipe da direção ainda acena<br />

com novas exposições para este ano.<br />

De acordo com Sérgio Alex, em agosto<br />

será inaugurado o Salão dos Dinossauros,<br />

em outubro ocorrerá a reabertura<br />

do Corredor dos Mamíferos e a Sala<br />

da Baleia e, em <strong>de</strong>zembro, a reabertura<br />

do Bloco IV, on<strong>de</strong> se encontram as<br />

exposições <strong>de</strong> peixes e aves, fechadas<br />

há 15 anos.

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