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Um dia após a abolição da escratura Aluíso escreve: Ontem, assisti, pela primeira<br />
vez, a uma legitima expansão popular; via a multidão rir e chorar de prazer; vi uma<br />
raça, até então amaldiçoada, cantar em plena rua a Marselhesa da alegria(...); em<br />
cada olhar havia um raio de vitória... Faraco in (O Mulato; p. 15). Com o sucesso de<br />
O Mulato Aluísio consegue um bom dinheiro e volta para a Capital do Império, onde<br />
escreve sem parar novos romances, contos, crônicas e até peças teatrais como Flor<br />
de Lis, escrita em parceria com seu irmão teatrólogo Arthur Azevedo. Aluísio<br />
alcançou o prestígio com suas obras O Mulato, Casa e Pensão e O Cortiço,<br />
considerado pela crítica sua melhor obra, mas o prestígio não significava dinheiro,<br />
enquanto ele escrevia se preocupava com as contas a pagar, pois continuava<br />
lutando para viver melhor com o que produzia.<br />
Nesses tumulto da vida Azevedo também perde sua mãe Emília Amália, que falece<br />
em São Luis, do Maranhão. E assim segue sua vida com ganhos e perdas. Aluísio<br />
continua seguindo em frente e tenta de mudar de ofício pois a carreira de escritor<br />
não está lhe correpsondendo como desejava. Nesse contexto, Coelho Neto apud<br />
Faraco p. 20, revela que numa conversa com Azevedo o escritor dissera: “ O meu<br />
ideal é um emprego público (...), com vencimentos certos”. Aluísio continuava a<br />
procura de um a vida melhor , e tenta carreira diplomática. Conforme Faraco:<br />
Azevedo é nomeado oficial da Secretaria de Negócios do Governo<br />
do Estado do Rio um ano depois é exonerado do cargo, Lança seu<br />
último romance o livro de uma Sogra. Faz concurso na Secretaria de<br />
Exterior para Cônsul de carreira obtendo distinção, é nomeado vicecônsul<br />
em Vigor, é eleito para a Academia Brasileira de Letras<br />
ocupando a cadeira número quatro. Depois é removido para o viceconsulado<br />
de Iokoama, desistindo das Letras vende sua propriedade<br />
literária a por dez contos de réis a H. Garnier, recebe ordem do<br />
Ministerios de Relaçoes Exteriores para voltar ao Brasil nem mesmo<br />
chega em São Francisco recebe um novo telegrama ordenado que<br />
volte ao Japão para reassumir o posto há pouco deixado. No japão<br />
se apaixona por Satô, uma delicada oriental. Mas o romance acaba<br />
quando Aluísio é transferido para La Plata. Ela não pode ir por conta<br />
dos pais que são idosos. Após dois anos é tranferido para Nápoles<br />
na Argetina. Num desses trasnfere para lá transfere para cá<br />
Azevedo quase morre afogado no Coptic travessia de São Francisco<br />
e Iokoama. Perde seu irmão Américo que morre aos trinta e sete<br />
anos também em São Luís. Aluísio é promovido a consul de 2ª<br />
classe, sendo designado para servir em Salto, no Uruguai. Em o<br />
Cortiço. (2006; p. 230).<br />
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