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-lhe a mão de minha filha, porque o senhor é... é filho de<br />
uma escrava.<br />
sa, mas é<br />
por tudo! A família da minha mulher foi sempre muito escrupulosa a<br />
esse respeito, e com ela é toda a sociedade do Maranhão! O Mulato.<br />
(2005;p.194).<br />
Facilmente se presume que ser um mulato para a sociedade Maranhense era um<br />
crime, com base no que citamos anteriormente vemos que o Manoel Pescada é<br />
influenciado pelo cônego Diogo seu conselheiro, pela família da esposa e pela<br />
sociedade a ser preconceituoso, mas sua razão diz o contrário, mas como nessa<br />
província o preconceito pesa mais que a razão, então ele tem que obedecer as<br />
regras que o meio determina. Mas Ana Rosa ao descobrir o motivo pelo qual<br />
Raimundo a abandonara, o encoraja a não partir do Maranhão;<br />
Não partirás... Que tenho eu com o preconceito dos outros? Que<br />
culpa tenho eu de te amar? Tenho culpa de que minha felicidade só<br />
depende de ti? Ana Rosa caiu de joelho , sem desgarrar do corpo<br />
que precisa de tua compaixão!Sou tua!Aqui me tens, meu senhor,<br />
ama-me! Não me abandones! O Mulato. (2005;p.232).<br />
Notamos os traços românticos, nesse caso percebemos que Aluísio de Azevedo<br />
está indo em direção do naturalismo, mas que não se desligou definitivamente do<br />
romantismo. Mas todos esses acontecimentos fizeram com que o amor dos dois se<br />
fortalecesse cada vez mais e, contra tudo e contra todos, os amantes armam um<br />
plano de fuga, mas o terrível Cônego Diogo usa da sua autoridade religiosa e<br />
através das confissões de Ana Rosa descobre todo o plano e com a colaboração do<br />
caixeiro Dias, que intercepta as cartas do casal. E no exato momento da fuga o<br />
casal foi surpreendido, o Cônego armou um maior escândalo com direito até de<br />
soldados, ao mesmo tempo fingia-se protetor do casal, com isso impediu a fuga do<br />
casal.<br />
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