Diário reflexivo na formação inicial - CCHLA - Universidade Federal ...

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e a comunicação para o bem entre as pessoas, ou seja, falar com os alunos de forma
positiva, procurando valorizá-los, contribuindo assim para o bem estar do grupo.
Com relação ao trabalho com o gênero diário reflexivo no âmbito do Projeto é
relevante destacar que a produção dos diários foi orientada pelas leituras e discussões dos
trabalhos de Zabalza (2004) e Liberali, Magalhães e Romero (2003). Antes de iniciar a
produção dos diários, os alunos extensionistas receberam orientações, fizeram leituras e
assistiram ao filme Escritores da Liberdade (Freedom Writers, EUA, 2007), iniciando as
discussões a partir dele. Essas discussões sobre o filme vieram acompanhadas de um relato
escrito, com a finalidade de fazer os extensionistas experimentarem o ato de descrever
aquilo que haviam visto, os objetivos do que viram,bem como tecer comentários pessoais
acerca do que haviam vivenciado. Após as trocas de experiências a partir do treinamento
com a escritura do diário, a etapa seguinte consistiu em definir as perguntas que norteariam
a narração dos diários. As perguntas escolhidas foram:
• O que fiz em sala de aula e quais foram minhas ações?
• Quais objetivos pretendíamos atingir?
• Comentários pessoais.
As duas primeiras perguntas foram baseadas no descrever, que é a primeira ação
do processo reflexivo proposto por Smyth (1992). No item comentários pessoais era
possível escrever como foram as reações dos alunos e as suas reações enquanto
professores, o que sentiram, o que não ocorreu conforme esperado e o que poderia ser
melhorado, entre outras questões. Esse item foi acrescentado por considerarmos de grande
importância um espaço destinado às impressões, dúvidas e posicionamentos dos
professores em formação. No que diz respeito à periodicidade, definiu-se que a elaboração
dos diários aconteceria após cada oficina realizada, ou seja, duas vezes por semana.
Esperava-se que as etapas seguintes do processo reflexivo (informar, confrontar e
reconstruir) seriam desenvolvidas gradualmente pelo docente em formação.
Uma vez por semana, os integrantes do Projeto juntamente com as orientadoras se
reuniam e pautados no que haviam escrito nos diários, questionavam o que deu certo, o que
não deu certo e o porquê. Essa reflexão sistemática sobre as ações desenvolvidas tinha por
objetivo possibilitar a estes professores em formação que avaliassem sua prática e a partir
dessas vivências promovessem mudanças para si e para o ambiente de atuação.
Passados alguns meses produzindo os diários orientados pelas três questões
citadas, os extensionistas, juntamente com as orientadoras, observaram a necessidade de
fazer algumas mudanças nessa produção, pois foram detectados problemas no ato de