boletim outubro finalissimo.qxd - Câmara Municipal de Mafra
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EDITORIAL<br />
SINAIS<br />
DE ESPERANÇA<br />
Na incerteza do <strong>de</strong>stino, recordo histórias <strong>de</strong> vida.<br />
Histórias <strong>de</strong> outros e <strong>de</strong> todos os tempos.<br />
Histórias <strong>de</strong> sorrisos e gargalhas, lágrimas e emoções, aventuras e <strong>de</strong>sventuras, retrocessos e progressos.<br />
Afinal, nas raízes <strong>de</strong> uma árvore estão as raízes <strong>de</strong> muitas gerações.<br />
Recordo com emoção os dias passados.<br />
E o que, pelo fogo, o tempo me levou:<br />
O ver<strong>de</strong> das folhas que todas as primaveras renasciam com novo fulgor;<br />
Os ramos que ao sabor do vento traziam e levavam notícias <strong>de</strong> um amanhã diferente.<br />
E não compreendo o porquê!<br />
Porquê a angústia e a dor?<br />
Porquê a sofrimento e a <strong>de</strong>struição?<br />
Só compreendo os gestos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> das gentes <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
Sinceros e <strong>de</strong>sinteressados.<br />
Autênticos e inesquecíveis.<br />
E compreendo que é esta alma que perdurará pelos séculos.<br />
Uma alma e um espírito <strong>de</strong> ontem, <strong>de</strong> hoje e, espero, <strong>de</strong> sempre...<br />
As verda<strong>de</strong>iras raízes que nos fazem acreditar que a esperança não é uma palavra vã, um sonho ou uma<br />
utopia...<br />
Pergunto aos homens o que querem <strong>de</strong>ste mundo...<br />
E pergunto, enfim: o que me espera?<br />
Pensei <strong>de</strong>ixar correr a pena. No horizonte, surgiu-me uma fábula. E uma árvore: que se interroga, que se<br />
revolta, mas igualmente que vê no dia <strong>de</strong> amanhã uma oportunida<strong>de</strong> para acreditar que é possível<br />
renascer das cinzas.<br />
Depois do verda<strong>de</strong>iro pesa<strong>de</strong>lo dos incêndios, o negro começa a dar lugar ao ver<strong>de</strong> da esperança: nos<br />
primeiros sinais <strong>de</strong> que a paisagem está a ganhar vida; na firme tomada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> acção para prevenir<br />
situações idênticas e minimizar os danos sofridos; na renovada energia e dinamismo com que se<br />
planeia o futuro, quer concluindo projectos em curso, quer <strong>de</strong>finindo novas metas para 2004.<br />
É este espírito que nos anima. Hoje, amanhã e <strong>de</strong>pois!<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />
<strong>Mafra</strong> Notícias - Boletim da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> - Praça do Município, 2644-001 <strong>Mafra</strong> - Telef.: 261 810 100 - www.cm-mafra.pt - e-mail: geral@cm-mafra.pt<br />
Impressão: Elo, Publicida<strong>de</strong>, Artes Gráficas, S.A. • Tiragem: 23.000 Exemplares • Depósito Legal: 160747/01<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 3
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 4<br />
ESPECIAL<br />
Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />
atingido pelo flagelo dos incêndios<br />
DO VERDE AO CINZA<br />
Do paraíso ao inferno, do ver<strong>de</strong> ao cinza, da tranquilida<strong>de</strong> ao drama vivido pelas popu-<br />
lações. A separá-los apenas um pequeno passo.<br />
Os dias 11 a 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003 hão-<strong>de</strong> ficar marcados na história do Concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong>... infelizmente, pelas piores razões. A terrível vaga <strong>de</strong> incêndios, que foi motivo <strong>de</strong><br />
extrema angústia e sofrimento, revelou-se um "inimigo" difícil <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter, apesar dos meios<br />
disponibilizados e dos esforços empreendidos.<br />
No momento em que o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> se ergue, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ste autêntico mar <strong>de</strong><br />
chamas, o Boletim <strong>Municipal</strong> apresenta um relato da experiência vivida.<br />
Ficarão na memória imagens <strong>de</strong> uma solidarieda<strong>de</strong> sem rosto, mas reveladora do modo<br />
inexcedível como as gentes concelhias souberam ajudar os "Soldados da Paz". É assim o<br />
Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.
ESPECIAL<br />
São 15<br />
horas e 10<br />
minutos <strong>de</strong><br />
um escaldante<br />
dia 11 <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 2003,<br />
quinta-feira. Nada<br />
fazia prever o inesperado.<br />
As sirenes ecoam<br />
e, corajosamente, os<br />
bombeiros dirigem-se até<br />
ao local assinalado. No caminho<br />
que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Murgeira<br />
até ao Co<strong>de</strong>çal, mesmo junto à<br />
estrada, <strong>de</strong>flagra um incêndio que<br />
começa a ameaçar a localida<strong>de</strong> e, nas<br />
imediações, um património <strong>de</strong> inegável<br />
valor: a Tapada Nacional <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
As piores expectativas confirmam-se. As<br />
chamas propagam-se ao "pulmão" do Concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, mas são rapidamente combatidas<br />
graças ao esforço dos "Soldados da<br />
Paz", dos Sapadores da Tapada Nacional e<br />
<strong>de</strong> meios aéreos. Todavia, os danos são visíveis:<br />
cerca <strong>de</strong> dois hectares <strong>de</strong> área ardida.<br />
A calma parece regressar até que, subitamente,<br />
as gentes do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />
são confrontadas com um novo revés. São<br />
17 horas e 30 minutos e <strong>de</strong>flagram três<br />
novos focos, <strong>de</strong>sta feita na Quinta da<br />
Barroca. A acção dos bombeiros impe<strong>de</strong> a<br />
progressão das chamas,<br />
controlando-as<br />
junto à Estrada Nacional.<br />
Porém, a cerca<br />
<strong>de</strong> mil metros<br />
<strong>de</strong>ste local, nova frente<br />
<strong>de</strong>flagra, por propagação.<br />
As fagulhas são<br />
responsáveis pelo regresso<br />
do fogo à Tapada Nacional, com início<br />
no sítio das Lombas. Consumindo cerca<br />
<strong>de</strong> 80 hectares, a frente alastra em direcção<br />
à Tapada Militar.<br />
Carvalhos, pinheiros, plátanos, freixos,<br />
sobreiros... A riqueza vegetal daquele que<br />
foi cenário <strong>de</strong> eleição para as gran<strong>de</strong>s<br />
caçadas da realeza começa a ser <strong>de</strong>struída.<br />
Arduamente, 338 bombeiros, apoiados por<br />
92 viaturas e três helicópteros, combatem<br />
um inimigo que teima em não ce<strong>de</strong>r.<br />
Durante a noite, no posto <strong>de</strong> comando<br />
localizado no Co<strong>de</strong>çal, centro das gran<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>cisões, o Executivo da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
<strong>de</strong>fine estratégias com os bombeiros. Perto<br />
das 24 horas, o Ministro da Agricultura,<br />
Sevinate Pinto, dirige-se ao local, a fim <strong>de</strong><br />
avaliar a tomada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> acção.<br />
Durante a madrugada, o Secretário <strong>de</strong><br />
Estado da Defesa e Antigos Combatentes,<br />
Henrique <strong>de</strong> Freitas, é recebido na Escola<br />
Prática <strong>de</strong> Infantaria, on<strong>de</strong> analisa a situação<br />
verificada na Tapada Militar.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 5
O nascer do sol parece inaugurar<br />
um novo dia e uma nova<br />
esperança. A meio da manhã<br />
<strong>de</strong> sexta-feira, o incêndio na<br />
Tapada Nacional é dado<br />
como circunscrito. <strong>Mafra</strong><br />
respira <strong>de</strong> alívio... mas apenas<br />
por breves horas.<br />
Mal a tar<strong>de</strong> começa, dá-se<br />
o regresso do flagelo. Da Barreiralva,<br />
as labaredas alastram até à Póvoa<br />
<strong>de</strong> Baixo, Murgeira, A-da-Pêrra e Sobreiro,<br />
motivando verda<strong>de</strong>iros momentos <strong>de</strong> terror<br />
junto da população. Consumindo mato e<br />
floresta, o fogo aproxima-se das habitações.<br />
Não há mãos a medir. Num esforço<br />
louvável, populares e bombeiros fazem o<br />
possível. É preciso ajudar quem precisa.<br />
Para os que assistem <strong>de</strong> longe, a partir <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong>, o cenário é in<strong>de</strong>scritível. O fumo e as<br />
cinzas envolvem a vila, parecendo transformar<br />
o dia em noite e tornando o ar verda<strong>de</strong>iramente<br />
irrespirável. Até mesmo em<br />
Elaborado pelo Serviço<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Protecção<br />
Civil, com parecer<br />
favorável da<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong> e a aprovação<br />
da Comissão Nacional<br />
<strong>de</strong> Protecção Civil, o Plano<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Emergência do Concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong> (PMECM) é um instrumento que os<br />
Serviços Municipais dispõem para o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento<br />
das operações <strong>de</strong> protecção<br />
civil. Este <strong>de</strong>stina-se a possibilitar a criação<br />
<strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direcção e controlo para<br />
a coor<strong>de</strong>nação das acções a <strong>de</strong>senvolver e a<br />
gestão <strong>de</strong> meios/recursos mobilizáveis no<br />
Concelho, face a um aci<strong>de</strong>nte grave, catástrofe<br />
ou calamida<strong>de</strong>, visando minimizar os<br />
prejuízos e perdas <strong>de</strong> vidas, bem como o<br />
restabelecimento da normalida<strong>de</strong>.<br />
A activação <strong>de</strong>ste plano, da responsabilida<strong>de</strong><br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 6<br />
ESPECIAL<br />
Plano <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Emergência<br />
da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
permite accionar, imediatamente,<br />
a constituição do Centro<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong><br />
Emergência <strong>de</strong> Protecção Civil<br />
(CMOEPC), que coor<strong>de</strong>na e<br />
promove a actuação dos meios<br />
<strong>de</strong> socorro, a evacuação <strong>de</strong><br />
feridos/doentes e <strong>de</strong> cidadãos<br />
localizados em zonas <strong>de</strong> risco<br />
(assegurando o seu alojamento,<br />
agasalho e alimentação), a<br />
manutenção da lei e da or<strong>de</strong>m,<br />
assim como a garantia da circulação<br />
nas vias <strong>de</strong> acesso necessárias<br />
para a movimentação<br />
dos meios <strong>de</strong> socorro e<br />
para a evacuação das populações.<br />
O CMOEPC é constituído ainda por <strong>de</strong>legados<br />
da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, dos Bombeiros Voluntários,<br />
da GNR, do Núcleo da Cruz Ver-<br />
Lisboa, os transeuntes questionam a origem<br />
<strong>de</strong> tal negra névoa.<br />
Dada a extrema complexida<strong>de</strong> da situação,<br />
a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> toma a<br />
<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> accionar o Plano <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />
Emergência (consultar caixa), activando o<br />
Centro <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Emergência<br />
<strong>de</strong> Protecção Civil e contribuindo<br />
para um reforço dos meios disponíveis no<br />
terreno. 380 bombeiros contam com o auxílio<br />
<strong>de</strong> quatro helicópteros, 102 viaturas e<br />
quatro máquinas <strong>de</strong> rastos, para além da<br />
colaboração <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 militares da<br />
Escola Prática da Infantaria (EPI).<br />
No Serviço <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Protecção Civil, as<br />
chamadas telefónicas são contínuas. Incessantes<br />
pedidos <strong>de</strong> ajuda, efectuados a partir<br />
<strong>de</strong> variados pontos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
evi<strong>de</strong>nciam a extraordinária dispersão e<br />
a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> incêndio que,<br />
simultaneamente, <strong>de</strong>flagram.<br />
melha, do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e da Segurança<br />
Social, encontrando-se localizado nas instalações<br />
dos Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
sitas na Avenida 25 <strong>de</strong> Abril.
Com a aproximação das chamas à localida<strong>de</strong><br />
do Sobreiro, o Centro <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />
Operações <strong>de</strong> Emergência <strong>de</strong> Protecção Civil,<br />
sediado no quartel dos Bombeiros Voluntários<br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> evacuar, como<br />
medida preventiva, os utentes resi<strong>de</strong>ntes<br />
no Lar do Sobreiro. Os cerca <strong>de</strong> 30 idosos<br />
são transportados para o Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, on<strong>de</strong> médicos e enfermeiros,<br />
muitos <strong>de</strong>stes voluntários, trabalham para<br />
dar o necessário apoio às vítimas.<br />
São bombeiros e civis que ali acorrem, essencialmente<br />
situações <strong>de</strong> intoxicação por<br />
inalação <strong>de</strong> fumo e crises ansiosas. Não é<br />
fácil suster as emoções e lutar, como se<br />
po<strong>de</strong> e sabe, para ajudar os bombeiros a<br />
suster a violência das chamas.<br />
Este é um inimigo que não <strong>de</strong>sarma. Na<br />
zona da Venda do Pinheiro, as chamas também<br />
lavram. O cair da noite traz tristes novida<strong>de</strong>s:<br />
um novo foco, <strong>de</strong>sta vez em Almada,<br />
dirigindo-se para o Pipo, Boco e Carvalhal,<br />
on<strong>de</strong> novos momentos <strong>de</strong> aflição são, infelizmente,<br />
vividos. Durante a noite, o Ministro<br />
da Cultura, Pedro Roseta, acompanhado<br />
pelo Presi<strong>de</strong>nte do Instituto Português do<br />
Património Arquitectónico (IPPAR), dirige-<br />
-se ao Gabinete <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Protecção Civil,<br />
a fim <strong>de</strong> se inteirar da situação.<br />
ESPECIAL<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 7
Quando o relógio assinala<br />
meio-dia, estão 39 graus <strong>de</strong> um<br />
ar<strong>de</strong>nte dia 13 <strong>de</strong> Setembro,<br />
sendo que a humida<strong>de</strong> relativa<br />
não alcança os 20%. Uma<br />
associação quase explosiva,<br />
dizem os entendidos.<br />
O árduo trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />
pelos bombeiros,<br />
durante a noite, produziu efeitos.<br />
Na zona do Boco e do Pipo, as chamas<br />
estão controladas, verificando-se apenas<br />
alguns reacendimentos. Preocupante continua<br />
a situação na Tapada Nacional e nas<br />
suas imediações.<br />
No primeiro ponto <strong>de</strong> situação <strong>de</strong>sse dia,<br />
dirigido à comunicação social, o Comando<br />
Operacional alerta para as dificulda<strong>de</strong>s que<br />
po<strong>de</strong>rão advir das condições climatéricas<br />
verificadas. O prognóstico não po<strong>de</strong>ria<br />
estar mais certo.<br />
Perto das 15 horas, novo incêndio começa<br />
a lavrar em Monte Gordo (freguesia <strong>de</strong><br />
Sobral da Abelheira), associando-se à<br />
frente proveniente do Co<strong>de</strong>çal e da Chanca.<br />
Durante a tar<strong>de</strong>, os meios envolvidos<br />
aumentam substancialmente. São já 680<br />
bombeiros <strong>de</strong> 71 corporações, contando<br />
com 210 viaturas <strong>de</strong> combate a incêndios,<br />
seis máquinas <strong>de</strong> rastos, quatro cisternas<br />
civis <strong>de</strong> 30 mil litros, cinco helicópteros e<br />
150 militares da EPI, a par do apoio da Cruz<br />
Vermelha Portuguesa e da Guarda Nacional<br />
Republicana (GNR).<br />
Cerca das 18 horas, o cenário é dantesco.<br />
Enquanto a frente sul (referente ao Boco e<br />
ao Pipo) se encontra em fase <strong>de</strong> rescaldo,<br />
os bombeiros não têm mãos a medir para<br />
acudir à proliferação <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> incêndio.<br />
Combatem na zona da Chanca e <strong>de</strong> Monte<br />
Gordo, mas também na Abrunheira e ainda<br />
em Ribeira dos Tostões. Isto sem falar,<br />
obviamente, na Tapada.<br />
O vento rápido não ajuda. Os bombeiros,<br />
extenuados <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dias e noites <strong>de</strong><br />
intenso trabalho, posicionam-se no terreno<br />
e, <strong>de</strong> acordo com as directrizes <strong>de</strong>finidas<br />
pelo Comando Operacional, tentam solucionar<br />
o que parece impossível.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 8<br />
ESPECIAL<br />
Consciente da gravida<strong>de</strong> da situação, o Centro<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Emergência<br />
<strong>de</strong> Protecção Civil toma a firme <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />
evacuar os utentes do Pousal, unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
internamento para <strong>de</strong>ficientes físicos e mentais,<br />
e os idosos do Lar <strong>de</strong> Idosos "Varandas<br />
da Malveira", localizado na Avessada. Esta é<br />
uma medida preventiva, pois a progressão<br />
das chamas em Alcaínça e na Abrunheira,<br />
em direcção à Malveira, torna-se preocupante.<br />
Rapidamente, mobilizam-se meios e <strong>de</strong>finem-se<br />
linhas <strong>de</strong> acção. Mais <strong>de</strong> 50 ambulâncias<br />
fazem o transporte. Do Pousal, 30<br />
utentes são encaminhados para o Hospital<br />
<strong>de</strong> Santana, 37 para o Alcoitão e 19 para o<br />
antigo edifício do Lar da Santa Casa da Misericórdia<br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Para este último espaço<br />
são também transportados 16 idosos do Lar<br />
"Varandas da Malveira", bem como quatro<br />
particulares provenientes <strong>de</strong> habitações em<br />
Alcaínça.<br />
Simultaneamente, é anunciada a chegada a<br />
<strong>Mafra</strong> do Ministro da Administração Interna.<br />
Figueiredo Lopes acorre à Protecção Civil<br />
para se inteirar da situação dos fogos que<br />
lavram por todo o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Aos<br />
jornalistas, este membro do governo refere,<br />
em conferência <strong>de</strong> imprensa na qual também<br />
estiveram presentes o Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> e o Coor<strong>de</strong>nador Distrital <strong>de</strong><br />
Lisboa do Serviço Nacional <strong>de</strong> Bombeiros e<br />
Protecção Civil (SNBPC), Moreira Vicente,<br />
que o país se <strong>de</strong>fronta com outros incêndios<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão. Anuncia, ainda, que no<br />
terreno se encontram várias brigadas <strong>de</strong><br />
investigação criminal da Polícia Judiciária,<br />
que averiguam a origem dos vários fogos.<br />
O cair da noite será, pelas piores razões,<br />
relembrado pelos habitantes da Alcaínça,<br />
on<strong>de</strong> se vivem momentos <strong>de</strong> real sufoco. As<br />
labaredas aproximam-se vertiginosamente<br />
das casas. Só mais tar<strong>de</strong> será possível efectuar<br />
o <strong>de</strong>vido controlo da situação e <strong>de</strong>scansar<br />
aqueles que, durante as últimas<br />
horas, trabalharam arduamente para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
os seus bens.<br />
No fim <strong>de</strong>ste dia verda<strong>de</strong>iramente infindável,<br />
uma boa notícia anima os homens que, após<br />
longos e terríficos dias, fazem frente às<br />
labaredas. O Exército Português promoveu<br />
um reforço <strong>de</strong> meios militares no terreno.<br />
350 homens estão, agora, à disposição do<br />
Comando Operacional, essencialmente para<br />
missões <strong>de</strong> patrulha e para socorrer eventuais<br />
reacendimentos.
A noite foi longa, mas 14 <strong>de</strong> Setembro amanhece<br />
com o tom da esperança. No briefing<br />
efectuado na hora <strong>de</strong> almoço, o Comando<br />
Operacional anuncia que todo o perímetro<br />
do incêndio se encontra em rescaldo e vigilância,<br />
verificando-se apenas alguns reacendimentos.<br />
Os utentes do Pousal e do Lar "Varandas da<br />
Malveira" regressam às respectivas instituições.<br />
Como medida <strong>de</strong> prevenção, os meios<br />
mantêm-se no terreno: 680 bombeiros, 210<br />
Não se conhecem os nomes. Apenas o<br />
objectivo <strong>de</strong> ajudar e colaborar.<br />
Os gestos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> dos munícipes<br />
do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> foram, sem dúvida,<br />
uma forma <strong>de</strong> minimizar a angústia das<br />
populações e um meio <strong>de</strong> prestar o apoio<br />
aos bombeiros no combate às chamas.<br />
Às instalações da Protecção Civil <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />
chegaram ofertas <strong>de</strong> géneros alimentares<br />
<strong>de</strong> todo o tipo e donativos, quer <strong>de</strong> particulares,<br />
quer <strong>de</strong> empresas. Ficará certamente<br />
na retina a imagem dos cordões humanos<br />
formados para a recepção dos víveres, sinal<br />
inequívoco do empenho <strong>de</strong> todos numa<br />
causa comum.<br />
Outros pontos <strong>de</strong> recolha foram organizados,<br />
informalmente, um pouco por todo o<br />
Concelho: nas Juntas <strong>de</strong> Freguesia, nas<br />
ESPECIAL<br />
viaturas, 15 ambulâncias, seis máquinas <strong>de</strong><br />
rastos, quatro cisternas civis <strong>de</strong> 30 mil litros,<br />
três helicópteros, 400 militares e três unida<strong>de</strong>s<br />
da GNR, estes últimos num total <strong>de</strong><br />
150 homens, 24 viaturas e seis motos encarregues<br />
da organização e gestão da circulação<br />
rodoviária e do policiamento intensivo<br />
das áreas ardidas e não ardidas.<br />
Cerca das 20 horas, mediante uma situação<br />
mais estabilizada, o Comando Operacional<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a uma redução <strong>de</strong> meios.<br />
Solidarieda<strong>de</strong> anónima<br />
Instituições <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />
Social, no Centro <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> ou nos locais<br />
on<strong>de</strong>, corajosamente,<br />
os bombeiros enfrentavam<br />
as chamas.<br />
Também a distribuição <strong>de</strong>stes<br />
víveres, efectuada com<br />
o apoio da Cruz Vermelha<br />
Portuguesa, da <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> e dos Escuteiros<br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, contou com a<br />
colaboração <strong>de</strong> muitos voluntários<br />
que, regularmente,<br />
se dirigiram às frentes<br />
<strong>de</strong> fogo para assegurar a<br />
alimentação dos "Soldados<br />
da Paz".<br />
Os agora 96 bombeiros<br />
em permanência são<br />
divididos em grupos, ficando<br />
sediados nos<br />
quartéis dos Bombeiros<br />
Voluntários <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e da<br />
Malveira e ainda nas<br />
áreas <strong>de</strong> Alcaínça/Igreja Nova/<strong>Mafra</strong> e Tapada/Gradil/Co<strong>de</strong>çal.<br />
Os "Soldados da Paz"<br />
são auxiliados por 14 prontos-socorro, oito<br />
auto-tanques, cinco auto-comandos, um<br />
helicóptero e 400 militares.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 9
A A tranquilida<strong>de</strong> tranquilida<strong>de</strong> parece parece reregressar.gressar.<br />
Ao Ao longe, longe, o o ConConventovento<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> <strong>Mafra</strong> testemunha<br />
testemunha<br />
um um feliz feliz estado estado <strong>de</strong> <strong>de</strong> silêncio,<br />
silêncio,<br />
apenas apenas interrompido interrompido cacasualmentesualmente<br />
pela pela sirene sirene <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
um um qualquer qualquer pronto-<strong>de</strong>-<br />
pronto-<strong>de</strong>-<br />
-socorro -socorro que que passa passa para<br />
para<br />
acorrer acorrer a situações situações pontuais pontuais <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong><br />
reacendimentos, reacendimentos, que que manter-se-iam manter-se-iam ainda<br />
ainda<br />
durante durante os os dias dias seguintes. seguintes. O O manto manto negro<br />
negro<br />
que que envolvia envolvia o o imponente imponente monumento<br />
monumento<br />
começa começa a a esfumar-se, esfumar-se, antevendo-se antevendo-se o o azul<br />
azul<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> um um verda<strong>de</strong>iro verda<strong>de</strong>iro e e agradável agradável dia dia <strong>de</strong> <strong>de</strong> verão.<br />
verão.<br />
Às Às 17 17 horas horas <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>ste dia dia 15 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong> Setembro, Setembro, o<br />
o<br />
Centro Centro <strong>Municipal</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> Operações Operações <strong>de</strong> <strong>de</strong> EmerEmergênciagência<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> Protecção Protecção Civil Civil toma toma a a <strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong>cisão<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sactivar <strong>de</strong>sactivar o o Plano Plano <strong>Municipal</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> EmerEmergência.gência.<br />
Tal Tal significa, significa, literalmente, literalmente, que que o o pior<br />
pior<br />
já já passou.<br />
passou.<br />
A ma<strong>de</strong>ira resultante da floresta que foi<br />
<strong>de</strong>struída ou afectada pelos incêndios nas<br />
últimas semanas po<strong>de</strong> ter valor comercial.<br />
Por meio <strong>de</strong> um apelo efectuado pelo<br />
Ministério da Agricultura, Desenvolvimento<br />
Rural e Pescas, que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> faz<br />
eco neste <strong>boletim</strong>, são formuladas as seguintes<br />
recomendações aos produtores florestais:<br />
• Se tem pinheiros <strong>de</strong> boas dimensões, <strong>de</strong>ve<br />
cortá-los e <strong>de</strong>scascar a ma<strong>de</strong>ira com a<br />
maior brevida<strong>de</strong> possível;<br />
• Antes <strong>de</strong> fazer o corte tenha em atenção<br />
qual o comprimento dos toros que mais valoriza<br />
a sua ma<strong>de</strong>ira;<br />
• Não venda a sua ma<strong>de</strong>ira a qualquer preço.<br />
Consulte os serviços oficiais que o po<strong>de</strong>m<br />
esclarecer:<br />
• Direcção Regional das Florestas<br />
800 261 261<br />
• Direcção Regional <strong>de</strong> Agricultura do Ribatejo<br />
e Oeste<br />
800 209 520<br />
As chamadas são gratuitas.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 10<br />
ESPECIAL<br />
Como Como forma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong> prevenção, prevenção, permanecem permanecem os<br />
os<br />
meios meios no no terreno. terreno. É É agora agora tempo tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar<br />
avaliar<br />
os os danos danos causados causados pela pela passagem passagem das<br />
das<br />
chamas chamas e e tomar tomar medidas medidas para para minimizar<br />
minimizar<br />
aqueles aqueles que, que, directa directa ou ou indirectamente,<br />
indirectamente,<br />
foram foram suas suas vítimas.<br />
vítimas.<br />
Durante Durante os os dias dias que que se se seguiram, seguiram, foi foi pospossívelsível<br />
avaliar avaliar a a verda<strong>de</strong>ira verda<strong>de</strong>ira dimensão dimensão da<br />
da<br />
tragédia. tragédia. A A violência violência das das chamas chamas afectou<br />
afectou<br />
uma uma área área <strong>de</strong> <strong>de</strong> 5.162 5.162 hectares, hectares, que que significam<br />
significam<br />
17.7% 17.7% da da área área total total do do Concelho Concelho <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
<strong>Mafra</strong>.<br />
Na Na Tapada Tapada Nacional, Nacional, incluindo incluindo aqui aqui a a Tapada<br />
Tapada<br />
Real Real e e a a Tapada Tapada Militar, Militar, ar<strong>de</strong>ram ar<strong>de</strong>ram mais mais <strong>de</strong> <strong>de</strong> 950<br />
950<br />
hectares, hectares, cerca cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong> 84% 84% da da sua sua dimensão<br />
dimensão<br />
total. total. A A esperança esperança resi<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> no no facto facto <strong>de</strong> <strong>de</strong> que<br />
que<br />
gran<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte parte <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>sta área área não não ficou ficou totaltotalmentemente<br />
<strong>de</strong>struída, <strong>de</strong>struída, aguardando-se aguardando-se o o regresso<br />
regresso<br />
da da Primavera Primavera para para que que a a floresta floresta possa<br />
possa<br />
renascer.<br />
renascer.<br />
Recomendações do Ministério da Agricultura<br />
Foram Foram quatro quatro casas casas <strong>de</strong> <strong>de</strong> habitação habitação totaltotalmentemente<br />
ardidas ardidas e e outras outras danificadas danificadas pela<br />
pela<br />
passagem passagem das das labaredas, labaredas, a a que que se se junta<br />
junta<br />
material material e e alfaias alfaias agrícolas, agrícolas, viaturas,<br />
viaturas,<br />
árvores árvores <strong>de</strong> <strong>de</strong> fruto fruto e e muita muita floresta.<br />
floresta.<br />
98 98 bombeiros bombeiros e e 66 66 civis civis foram, foram, das das 0<br />
0<br />
horas horas do do dia dia 12 12 às às 16 16 horas horas do do dia dia 15,<br />
15,<br />
atendidos atendidos no no Centro Centro <strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
<strong>Mafra</strong>,<br />
principalmente principalmente <strong>de</strong>vido <strong>de</strong>vido a a intoxicações intoxicações por<br />
por<br />
inalação inalação <strong>de</strong> <strong>de</strong> fumo, fumo, crises crises ansiosas ansiosas e<br />
e<br />
pequenas pequenas queimaduras. queimaduras. Apenas Apenas quatro<br />
quatro<br />
utentes utentes foram foram transferidos transferidos para para hospitais<br />
hospitais<br />
centrais.<br />
centrais.<br />
Mas, Mas, mais mais do do que que as as estatísticas estatísticas traduzem,<br />
traduzem,<br />
ficou ficou um um triste triste sentimento: sentimento: o o <strong>de</strong> <strong>de</strong> saber saber o<br />
o<br />
quão quão vulneráveis vulneráveis po<strong>de</strong>mos po<strong>de</strong>mos ser... ser... o o <strong>de</strong> <strong>de</strong> saber<br />
saber<br />
que que o o ver<strong>de</strong> ver<strong>de</strong> po<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>, rapidamente, rapidamente, tornar-se<br />
tornar-se<br />
cinza.<br />
cinza.
Apoio às vitimas<br />
Os incêndios que<br />
<strong>de</strong>flagraram no nosso<br />
Concelho <strong>de</strong>ixaram<br />
atrás <strong>de</strong> si um<br />
rasto <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição<br />
que afecta directamente<br />
as populações.<br />
Para além dos inúmeros hectares <strong>de</strong> floresta<br />
ardidos, meios <strong>de</strong> subsistência únicos<br />
para muitos dos munícipes, foram também<br />
afectados bens materiais, como habitações,<br />
a<strong>de</strong>gas, casarios <strong>de</strong> apoio à agricultura, carros,<br />
máquinas, entre outros.<br />
A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> colocou ao dispor <strong>de</strong><br />
todos os lesados um conjunto <strong>de</strong> acções<br />
ten<strong>de</strong>ntes a accionar os apoios estaduais,<br />
nomeadamente no que diz respeito à linha<br />
<strong>de</strong> crédito especial dirigida aos distritos que<br />
foram abrangidos pela <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> situação<br />
<strong>de</strong> calamida<strong>de</strong> pública. De salientar que,<br />
no caso do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, tal foi <strong>de</strong>cretado<br />
pelo governo através da Resolução do<br />
Conselho <strong>de</strong> Ministros <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro.<br />
Para além <strong>de</strong>ste esforço multiplicaram-se os<br />
contactos com empresas privadas e instituições<br />
bancárias, no sentido <strong>de</strong> angariar<br />
meios <strong>de</strong> apoio aos lesados. Os resultados<br />
são, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, positivos, com <strong>de</strong>staque para<br />
os apoios dados pelo Banco Espírito Santo e<br />
pela Samsung Portugal, que contribuirão<br />
com donativos financeiros e entrega <strong>de</strong> electrodomésticos.<br />
Os munícipes que sofreram danos materiais<br />
em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste terrível incêndio ainda se<br />
po<strong>de</strong>m dirigir ao Serviço Local <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> do<br />
Centro Distrital <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> e Segurança<br />
Social <strong>de</strong> Lisboa - serviço este que<br />
tem colaborado com o Gabinete <strong>Municipal</strong><br />
<strong>de</strong> Protecção Civil e se localiza na Avenida<br />
25 <strong>de</strong> Abril (frente ao edifício dos Bombeiros<br />
Voluntários <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>) - ou à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, a fim <strong>de</strong> ser efectuada uma<br />
ficha <strong>de</strong> registo dos mesmos.<br />
No caso dos danos relacionados com edifícios,<br />
alojamentos, instalações e agregados<br />
familiares, estas informações serviram <strong>de</strong><br />
base para o preenchimento do "Inquérito à<br />
Situação <strong>de</strong> Calamida<strong>de</strong> Pública", que a <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> tem vindo a remeter<br />
à Secretaria <strong>de</strong> Estado da Administração<br />
do Local (SEAL) do Ministério das Cida<strong>de</strong>s,<br />
Or<strong>de</strong>namento do Território e Ambiente.<br />
Este inquérito <strong>de</strong>stinou-se a obter indica-<br />
ESPECIAL<br />
dores fiáveis sobre o impacto do sinistro e a<br />
fornecer uma primeira informação ao nível<br />
dos lesados, <strong>de</strong> modo a dar seguimento posterior<br />
a processos <strong>de</strong> análise e aprofundamento<br />
dos impactos a título individual para a<br />
eventual atribuição <strong>de</strong> subsídios/ajudas.<br />
Foram intervenientes neste processo: a<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> que, além do preenchimento<br />
dos questionários, efectua uma primeira<br />
análise para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> incongruências,<br />
fazendo o cruzamento da informação<br />
com elementos <strong>de</strong> outras fontes que <strong>de</strong>senvolveram<br />
também levantamentos no terreno;<br />
a SEAL, entida<strong>de</strong> responsável pela coor<strong>de</strong>nação<br />
que recebe os formulários, garante a<br />
coerência dos resultados e tipifica as situações<br />
encontradas; e o Instituto Nacional <strong>de</strong><br />
Estatística (INE), que regista a informação,<br />
efectua o apuramento dos resultados e<br />
<strong>de</strong>volve todos os formulários à SEAL.<br />
No que diz respeito aos prejuízos referentes<br />
a perdas <strong>de</strong> animais, plantações, vedações,<br />
infra-estruturas rurais, máquinas e equipamentos<br />
agrícolas, os dados recolhidos estão<br />
a ser enviados pela autarquia para o Ministério<br />
da Agricultura, Desenvolvimento<br />
Rural e Pescas. Os lesados po<strong>de</strong>rão ainda<br />
utilizar uma linha ver<strong>de</strong> da Direcção Regional<br />
<strong>de</strong> Agricultura do Oeste (800 209 520)<br />
ou, em alternativa, dirigir-se à Delegação <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong> da Direcção Geral das Florestas, situada<br />
na Rua Professor Guilherme <strong>de</strong> Assunção,<br />
em <strong>Mafra</strong> (antigo posto da GNR), com<br />
objectivo <strong>de</strong> entregar os respectivos pedidos<br />
<strong>de</strong> candidatura que serão alvo <strong>de</strong> avaliação<br />
técnica.<br />
De salientar que, <strong>de</strong> acordo com a aplicação<br />
das medidas da Resolução do Conselho <strong>de</strong><br />
Ministros <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2003, este<br />
Ministério está a <strong>de</strong>senvolver uma acção<br />
para redução das consequências dos incêndios,<br />
nomeadamente através <strong>de</strong>:<br />
•<br />
•<br />
•<br />
In<strong>de</strong>mnização dos agricultores pelos animais<br />
mortos, através do seu valor médio<br />
no mercado;<br />
Financiamento da alimentação dos animais<br />
cujas zonas <strong>de</strong> pastoreio tenham<br />
sido atingidas pelo incêndio;<br />
Reposição do potencial produtivo, no caso<br />
dos agricultores com prejuízos <strong>de</strong>correntes<br />
da passagem do fogo pelas suas<br />
explorações (ao nível <strong>de</strong> construções<br />
rurais, plantações, vedações, equipamentos<br />
agrícolas, entre outras situações).<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 11
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 12<br />
ESPECIAL<br />
COMUNICADO<br />
No momento em que o Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> volta a renascer, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cinco infindáveis dias em que as<br />
chamas consumiram parte do seu valioso património, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> expressa, publicamente, a sua solidarieda<strong>de</strong><br />
para com aqueles que, directa ou indirectamente, sofreram as agruras <strong>de</strong>ste flagelo, mostrando a<br />
sua inteira disponibilida<strong>de</strong> para apoiar e minimizar tal sofrimento.<br />
A autarquia apresenta, ainda, os seus mais sinceros agra<strong>de</strong>cimentos à população do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
bem como àqueles que, com o seu esforço e empenho, contribuíram para atenuar a angústia dos que se<br />
<strong>de</strong>bateram contra este inesperado infortúnio, não só apoiando as forças no terreno, como <strong>de</strong>monstrando<br />
todo o seu espírito <strong>de</strong> entre-ajuda para com as vítimas e os bombeiros.<br />
Aos "Soldados da Paz", que heroicamente colocaram toda a sua coragem, vonta<strong>de</strong> férrea e esforço sobre-<br />
-humano no combate às chamas;<br />
À Guarda Nacional Republicana, pelo modo profissional e atento com que assegurou a segurança <strong>de</strong> civis e<br />
forças no terreno;<br />
Aos militares, que tão bem souberam enten<strong>de</strong>r da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colaborar com a socieda<strong>de</strong> civil;<br />
Às instituições e técnicos das áreas da saú<strong>de</strong> e da segurança social, pela importante missão humanitária que<br />
<strong>de</strong>sempenharam;<br />
A todos esta autarquia dirige uma especial palavra <strong>de</strong> reconhecimento, consciente <strong>de</strong> que esta representa,<br />
afinal, o sentimento colectivo dos munícipes do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
<strong>Mafra</strong>, 17 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>
ESPECIAL<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 13
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 14
EDUCA˙ˆO<br />
Aposta na qualificação profissional<br />
e na construção <strong>de</strong> novas escolas<br />
Um investimento continuado na criação <strong>de</strong> condições para<br />
uma educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. No início <strong>de</strong> mais um ano lec-<br />
tivo, a edilida<strong>de</strong> inaugurou o A.T.L. da Encarnação, tendo<br />
ainda programada a construção <strong>de</strong> novos estabelecimentos<br />
escolares na Póvoa da Galega, Venda do Pinheiro, Gradil,<br />
Quintal e A-da-Pêrra. Por outro lado, promove a organização<br />
<strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação, <strong>de</strong>stinados à valorização e qualifi-<br />
cação profissional dos munícipes.<br />
NOVIDADES<br />
NO INÍCIO DO ANO LECTIVO<br />
I<br />
nstrumento prepon<strong>de</strong>rante para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
integral do ser humano,<br />
a educação revela-se como uma das<br />
gran<strong>de</strong>s priorida<strong>de</strong>s da <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Tendo <strong>de</strong>finido como<br />
linhas-mestras a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />
e a <strong>de</strong>mocratização no acesso aos meios<br />
formativos, este investimento tem tido como base<br />
fundamental a criação <strong>de</strong> novos estabelecimentos<br />
<strong>de</strong> ensino e a requalificação dos existentes,<br />
<strong>de</strong> modo a potenciar condições que<br />
permitam promover o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />
verda<strong>de</strong>ira educação para a cidadania, bem como<br />
a componente <strong>de</strong> apoio à família.<br />
Assim, foram já iniciadas as obras <strong>de</strong> construção<br />
da nova Escola Básica Integrada da<br />
Póvoa da Galega, com capacida<strong>de</strong> para acolher<br />
100 alunos do ensino pré-escolar e 150<br />
alunos do 1.º ciclo do ensino básico. Nesta escola<br />
mo<strong>de</strong>lar evi<strong>de</strong>nciam-se os equipamentos<br />
<strong>de</strong>stinados ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />
extra-curriculares, como o pavilhão, a biblioteca<br />
ou as salas <strong>de</strong>dicadas à expressão<br />
plástica. Assegurada está também a instituição<br />
da componente <strong>de</strong> apoio à família. Nas<br />
suas duas vertentes: almoço para o 1.º Ciclo e<br />
almoço e prolongamento <strong>de</strong> horário para o<br />
Pré-Escolar.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 15
Aprovados estão, igualmente, os projectos <strong>de</strong><br />
construção da Escola Básica do 1.º Ciclo da<br />
Venda do Pinheiro, bem como do Jardim <strong>de</strong><br />
Infância do Gradil. O início das obras da primeira<br />
infra-estrutura referida estão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
da conclusão da construção do novo<br />
Campo <strong>de</strong> Futebol da Venda do Pinheiro, na<br />
medida em que a nova escola será instalada<br />
na actual localização <strong>de</strong>ste equipamento <strong>de</strong>sportivo,<br />
na proximida<strong>de</strong> do Jardim <strong>de</strong> Infância<br />
da localida<strong>de</strong>. De sublinhar que neste estabelecimento<br />
escolar está prevista a construção<br />
<strong>de</strong> um complexo <strong>de</strong> piscinas, criando condições<br />
para a prática <strong>de</strong>sportiva dos alunos e<br />
igualmente <strong>de</strong> toda a população, uma vez que<br />
este equipamento estará também aberto ao<br />
público.<br />
As novida<strong>de</strong>s esten<strong>de</strong>m-se, ainda, à criação<br />
<strong>de</strong> novos Jardins <strong>de</strong> Infância. Assim, a autarquia<br />
prepara-se para reconverter os edifícios<br />
das antigas Escolas Básicas do 1.º Ciclo<br />
<strong>de</strong> Quintal e A-da-Pêrra - que entretanto ficaram<br />
<strong>de</strong>volutas, em virtu<strong>de</strong> da integração dos<br />
seus alunos na Escola Básica do 1.º Ciclo<br />
Hélia Correia, localizada em <strong>Mafra</strong> - em dois<br />
novos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>dicados<br />
ao pré-escolar. À semelhança do Jardim <strong>de</strong><br />
Infância do Gradil, estes equipamentos vão<br />
dispor, cada um, <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> para receber<br />
50 crianças com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre<br />
os 3 e os 5 anos.<br />
Através <strong>de</strong>stas infra-estruturas, a autarquia<br />
continua o seu investimento no ensino pré-<br />
-escolar, consciente <strong>de</strong> que os primeiros<br />
anos <strong>de</strong> ensino se revelam fundamentais<br />
para o sucesso futuro dos alunos. Para os<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 16<br />
EDUCA˙ˆO<br />
encarregados <strong>de</strong> educação das localida<strong>de</strong>s<br />
abrangidas por estes Jardins <strong>de</strong> Infância,<br />
os mesmos assumem-se como importantes<br />
espaços <strong>de</strong> apoio, contribuindo para a resolução<br />
<strong>de</strong> um problema sempre premente que<br />
é o da necessária conjugação dos horários escolares<br />
das crianças com os seus próprios<br />
horários <strong>de</strong> trabalho. Aliás, é <strong>de</strong> realçar a existência<br />
da componente <strong>de</strong> apoio à família em<br />
12 Jardins <strong>de</strong> Infância (consulte o quadro 1).<br />
Para finalizar, no capítulo dos equipamentos,<br />
está concluída a obra <strong>de</strong> edificação do centro<br />
<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempos livres (ATL) da freguesia<br />
da Encarnação, inaugurado a 15 <strong>de</strong><br />
Setembro. Este é o primeiro edifício municipal<br />
do género construído no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
tendo sido estabelecido um protocolo entre a<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> e a Junta <strong>de</strong> Freguesia da<br />
Encarnação, sendo esta última entida<strong>de</strong> responsável<br />
pela sua gestão. O ATL visa o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s lúdicas e pedagógicas,<br />
bem como o apoio escolar no período extra-lectivo,<br />
tendo como alvo as crianças do 1.º<br />
ciclo do ensino básico, com ida<strong>de</strong>s entre os 6<br />
e os 12 anos.
Aposta na qualificação<br />
profissional<br />
O novo ano escolar fica também marcado pelo<br />
início da formação profissional no Município <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong>, assumindo a autarquia um papel interventivo<br />
por forma a dar resposta às exigências<br />
sócio-profissionais e educativas dos cidadãos<br />
concelhios.<br />
Assim sendo, o Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação<br />
Profissional, com o apoio da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, vai realizar vários cursos profissionais.<br />
Preten<strong>de</strong>-se, acima <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong>senvolver<br />
as capacida<strong>de</strong>s dos formandos para o trabalho<br />
através <strong>de</strong> uma preparação a<strong>de</strong>quada às<br />
exigências da vida activa.<br />
Rentabilizando os recursos autárquicos em termos<br />
<strong>de</strong> instalações e equipamentos, o Núcleo<br />
Empresarial <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (NEM) apresenta-se como<br />
o espaço a<strong>de</strong>quado para acolher esta formação,<br />
constituindo-se aqui uma verda<strong>de</strong>ira<br />
Escola Profissional. Assim, a 22 <strong>de</strong> Setembro<br />
teve início o curso <strong>de</strong> "Instalações e Operações<br />
<strong>de</strong> Informática", na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> "Qualificação",<br />
tendo a duração aproximada <strong>de</strong> um ano.<br />
Ainda durante o presente ano civil estão previstos<br />
mais cursos, bem como para 2004. Consulte<br />
no quadro 2 o tipo <strong>de</strong> formação que po<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolver e contacte o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />
<strong>de</strong> Torres Vedras para obter informações quanto<br />
a inscrições.<br />
EDUCA˙ˆO<br />
Professores recebem nova edição do "seu" diário<br />
"Tradição" renovada. De modo a assinalar o<br />
início do ano escolar, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
editou o "Diário do Professor", um útil instrumento<br />
<strong>de</strong> planificação <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>stinado<br />
aos docentes colocados nas escolas e<br />
jardins <strong>de</strong> infância do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
À semelhança <strong>de</strong> anos anteriores, a autarquia<br />
continua a preten<strong>de</strong>r afirmar esta publicação<br />
também como um cartão <strong>de</strong> visita<br />
concelhio, dando a conhecer as suas freguesias,<br />
as suas tradições e ainda as principais<br />
áreas <strong>de</strong> intervenção municipal, contribuindo<br />
para a integração dos professores,<br />
muitos <strong>de</strong>stes provenientes <strong>de</strong> diversos<br />
pontos do país, no meio concelhio envolvente,<br />
simultaneamente apelando à sua participação.<br />
Esta é também uma forma <strong>de</strong> motivar os<br />
docentes para as potencialida<strong>de</strong>s do Concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, <strong>de</strong>safiando-os para que divulguem<br />
e fomentem o interesse dos alunos<br />
por este património.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 17
Pela primeira vez, o Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />
Educação reuniu em sessão ordinária, realizada<br />
a 29 <strong>de</strong> Setembro, data em que se proce<strong>de</strong>u<br />
à sua instalação. Esta nova instância<br />
<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação e consulta - cuja criação se<br />
enquadra na política <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização<br />
administrativa do governo, com o intuito <strong>de</strong><br />
promover uma maior aproximação e responsabilização<br />
dos cidadãos no sistema educativo<br />
- apresenta, no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, a se-<br />
guinte composição:<br />
• Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>;<br />
• Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia <strong>Municipal</strong>;<br />
• Director Regional <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Lisboa<br />
ou seu representante;<br />
• Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia eleito<br />
pela Assembleia <strong>Municipal</strong> em representação<br />
das freguesias do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>;<br />
• Um representante do pessoal docente do<br />
ensino secundário público;<br />
• Um representante do pessoal docente do<br />
ensino básico público;<br />
• Um representante do pessoal docente da<br />
educação pré-escolar pública;<br />
• Um representante do pessoal docente <strong>de</strong><br />
educação e <strong>de</strong> ensino básico e secundário<br />
privados;<br />
• Dois representantes das associações <strong>de</strong><br />
pais e encarregados <strong>de</strong> educação;<br />
Estão abertas as inscrições para os Ateliers<br />
<strong>de</strong> Artes Cénicas e <strong>de</strong> Artes Plásticas da <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong>, espaços <strong>de</strong> aprendizagem<br />
gratuitos nos domínios das artes, <strong>de</strong>stinados<br />
a todas as ida<strong>de</strong>s.<br />
O Atelier <strong>de</strong> Artes Cénicas propõe a abordagem<br />
dos seguintes aspectos: preparação<br />
do actor (voz, corpo, reeducação dos sentidos,<br />
construção do personagem e interpretação),<br />
dramaturgia, lugar cénico, cenografia,<br />
caracterização, prática teatral, iluminação,<br />
sonoplastia, figurinos e história do<br />
teatro, havendo também lugar para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong> um atelier coreográfico.<br />
Po<strong>de</strong>rá realizar a sua inscrição no Posto <strong>de</strong><br />
Turismo <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> ou no Auditório <strong>Municipal</strong><br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 18<br />
EDUCA˙ˆO<br />
Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação<br />
• Um representante das associações <strong>de</strong> estudantes;<br />
• Um representante das instituições particulares<br />
<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social que <strong>de</strong>senvolvam<br />
activida<strong>de</strong> na área da educação;<br />
• Representante dos serviços públicos <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong>;<br />
• Um representante dos serviços <strong>de</strong> segurança<br />
social;<br />
• Um representante dos serviços <strong>de</strong> emprego<br />
e formação profissional;<br />
• Um representante das forças <strong>de</strong> segurança.<br />
De salientar que o Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />
Educação preten<strong>de</strong>, essencialmente, promover<br />
a coor<strong>de</strong>nação da política educativa no<br />
âmbito concelhio, articulando a intervenção<br />
dos diversos agentes educativos e parceiros<br />
sociais, quer analisando e acompanhando o<br />
funcionamento do sistema, quer propondo<br />
acções consi<strong>de</strong>radas a<strong>de</strong>quadas para a sua,<br />
cada vez maior, eficácia e eficiência.<br />
Assim, sendo uma das suas competências<br />
<strong>de</strong>liberar sobre a «a<strong>de</strong>quação das diferentes<br />
modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acção social escolar,<br />
em particular no que se refere aos apoios<br />
sócio-educativos, à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes escolares<br />
e à alimentação» (alínea e) do artigo<br />
4.º do Decreto-Lei n.º 7/2003, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />
Janeiro), o Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educa-<br />
Diversificação da oferta na formação<br />
Beatriz Costa. De salientar que a frequência<br />
<strong>de</strong>ste atelier é condicionada pela realização<br />
<strong>de</strong> uma prova <strong>de</strong> aptidão vocacional específica.<br />
No ano lectivo 2003/2004, os munícipes po<strong>de</strong>m<br />
também participar no Atelier <strong>de</strong> Artes<br />
Plásticas, cuja principal função é ministrar o<br />
ensino e proporcionar a prática <strong>de</strong> todas as<br />
técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho e pintura. As activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>senvolvem-se no Complexo Cultural<br />
Quinta da Raposa, durante os dias<br />
úteis, e no Jardim do Cerco, aos fins-<strong>de</strong>-semana.<br />
As inscrições <strong>de</strong>correm no referido<br />
Complexo Cultural.<br />
Participe, fazendo da arte uma forma interessante<br />
<strong>de</strong> ocupação do seu tempo livre!<br />
ção aprovou, nesta primeira reunião e por<br />
unanimida<strong>de</strong>, a proposta <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong><br />
comparticipações financeiras aos alunos,<br />
no âmbito da acção social escolar, para<br />
fazer face aos encargos relacionados com<br />
livros e material escolar, consoante o rendimento<br />
<strong>de</strong> cada agregado familiar e mediante<br />
a entrega já efectuada das candidaturas,<br />
tendo sido <strong>de</strong>finidos os seguintes escalões<br />
remunerados:<br />
• A, no valor <strong>de</strong> 25 euros, referente a agregados<br />
com rendimento per capita até<br />
155,68 euros;<br />
• B, no valor <strong>de</strong> 20 euros, referente a agregados<br />
com rendimento per capita <strong>de</strong><br />
155,68 até 191,30 euros.<br />
Alvo da apreciação <strong>de</strong>ste Conselho foi, igualmente,<br />
a proposta do Plano <strong>de</strong> Transportes<br />
Escolares para o Ano Lectivo 2003/2004, documento<br />
que foi previamente enviado pela<br />
autarquia para conhecimento e propostas <strong>de</strong><br />
sugestões <strong>de</strong> todos os Agrupamentos, Escolas,<br />
Empresas Transportadoras, Coor<strong>de</strong>nação<br />
da Área Educativa do Oeste e Direcção<br />
da Estrutura do Ensino Básico Mediatizado.<br />
Depois <strong>de</strong> ratificado por unanimida<strong>de</strong> no<br />
Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação, este plano<br />
será remetido à Reunião <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong> para<br />
aprovação final.
O Espaço Jovem da Venda do Pinheiro vai passar a dispor, brevemente, <strong>de</strong> novas insta-<br />
lações, que se traduzem na criação <strong>de</strong> melhores condições para prestação <strong>de</strong> um serviço<br />
a<strong>de</strong>quado aos interesses e motivações da juventu<strong>de</strong>. Neste novo espaço foi criado um<br />
gabinete <strong>de</strong> atendimento psicológico e uma área <strong>de</strong>dicada às novas tecnologias.<br />
Com a inauguração da nova se<strong>de</strong><br />
da Junta <strong>de</strong> Freguesia da Venda<br />
do Pinheiro, localizada na Rua<br />
Professora Júlia Morais Costa<br />
Barros, <strong>de</strong>cidiu a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> proce<strong>de</strong>r<br />
a uma reestruturação e requalificação do<br />
antigo edifício, por forma a permitir a instalação<br />
<strong>de</strong> novas valências: o Espaço Jovem<br />
da localida<strong>de</strong>, respon<strong>de</strong>ndo à crescente<br />
procura verificada neste gabinete <strong>de</strong> apoio à<br />
juventu<strong>de</strong> até então sediado no Pavilhão<br />
Desportivo <strong>Municipal</strong>.<br />
Tendo em vista proporcionar a oferta <strong>de</strong> um<br />
serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o Espaço Jovem da<br />
Venda do Pinheiro vai integrar adicionalmente<br />
um gabinete <strong>de</strong>dicado ao atendimento psicológico<br />
e um espaço multimédia, que permite<br />
a ligação à internet e a consulta <strong>de</strong> enciclopédias,<br />
dicionários, jogos e outro material<br />
<strong>de</strong> interesse didáctico.<br />
Neste espaço, os jovens po<strong>de</strong>rão encontrar<br />
elementos sobre os eventos organizados<br />
pela autarquia e projectos <strong>de</strong>stinados à ocupação<br />
<strong>de</strong> tempos livres, aconselhamento<br />
quanto à procura do primeiro emprego e<br />
JUVENTUDE<br />
Informação, apoio e aconselhamento<br />
NOVO ESPAÇO<br />
PARA A JUVENTUDE<br />
NA VENDA DO PINHEIRO<br />
orientação profissional, informações referentes<br />
ao acesso ao ensino superior, estágios,<br />
cursos <strong>de</strong> formação profissional e ofertas<br />
<strong>de</strong> emprego, assim como dados relativos<br />
a iniciativas <strong>de</strong>senvolvidas pelo Instituto<br />
Português da Juventu<strong>de</strong> e outras entida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> âmbito nacional. De sublinhar também o<br />
apoio quanto às condições especiais para os<br />
jovens na área das viagens e à prevenção da<br />
toxicopedência e planeamento familiar, para<br />
além do aconselhamento jurídico e toda uma<br />
panóplia <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> interesse juvenil.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 19
DESPORTO<br />
É este o apelo da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, consciente <strong>de</strong> que a prática <strong>de</strong> exercício físico regu-<br />
lar revela-se fundamental na optimização do funcionamento orgânico, prevenindo o<br />
aparecimento <strong>de</strong> patologias <strong>de</strong>generativas e promovendo uma maior qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
Com o início da nova época <strong>de</strong>sportiva, os munícipes po<strong>de</strong>m frequentar os diversos<br />
núcleos municipais disponibilizados nas Instalações Desportivas da autarquia. Saiba<br />
como.<br />
Como utilizar as Instalações Desportivas<br />
Municipais?<br />
A autarquia coloca à disposição<br />
<strong>de</strong> todos um conjunto <strong>de</strong> instalações<br />
municipais que po<strong>de</strong>m ser<br />
utilizadas formalmente, através da inscrição nos<br />
núcleos municipais, ou informalmente, por meio<br />
do aluguer pontual ou regular das mesmas.<br />
Como se inscrever nos Núcleos Municipais?<br />
A inscrição nos núcleos municipais é possível<br />
ao longo <strong>de</strong> toda a época <strong>de</strong>sportiva. Para o<br />
efeito, <strong>de</strong>ve escolher o horário e modalida<strong>de</strong>s<br />
pretendidos, bem como preencher a respectiva<br />
ficha <strong>de</strong> inscrição, entregando também uma<br />
fotografia e uma <strong>de</strong>claração médica comprovativa<br />
da robustez física para a prática <strong>de</strong>sportiva<br />
e proce<strong>de</strong>ndo ao pagamento da taxa <strong>de</strong><br />
inscrição.<br />
No acto da inscrição ser-lhe-á entregue informação<br />
referente às normas específicas da instalação<br />
que vai utilizar, que não dispensa a<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 20<br />
Época Desportiva 2003/2004<br />
PRATIQUE DESPORTO,<br />
PELA SUA SAÚDE!<br />
leitura do regulamento, assim como o seu cartão<br />
<strong>de</strong> utente, que lhe confere um seguro <strong>de</strong><br />
aci<strong>de</strong>ntes pessoais.<br />
Po<strong>de</strong>rá ainda optar por adquirir um cartão <strong>de</strong><br />
livre trânsito, que tem um valor mensal fixo e<br />
permite a inscrição do titular do mesmo em<br />
todos os núcleos que preten<strong>de</strong>r.<br />
Como proce<strong>de</strong>r ao pagamento das mensalida<strong>de</strong>s?<br />
As mensalida<strong>de</strong>s são estipuladas conforme o<br />
número <strong>de</strong> horas e <strong>de</strong> aulas frequentadas por<br />
semana, <strong>de</strong>vendo ser pagas até ao dia 10 <strong>de</strong><br />
cada mês na secretaria da instalação municipal<br />
(o não cumprimento <strong>de</strong>ste prazo implica um<br />
agravamento da mensalida<strong>de</strong>).<br />
De salientar que os segundos e terceiros membros<br />
da mesma família têm 10% <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto<br />
no valor das mensalida<strong>de</strong>s. São consi<strong>de</strong>rados<br />
os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes directos.<br />
As <strong>de</strong>sistências têm <strong>de</strong> ser comunicadas por<br />
escrito. Se o fizer até ao dia 10 do respectivo<br />
mês terá redução <strong>de</strong> 50% no pagamento da<br />
mensalida<strong>de</strong>, sendo que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta data terá<br />
<strong>de</strong> o realizar na totalida<strong>de</strong>. Caso não regularize<br />
esta situação, será feito o cancelamento<br />
automático da inscrição, ficando em débito a<br />
respectiva mensalida<strong>de</strong>.<br />
As mudanças <strong>de</strong> classe só po<strong>de</strong>rão ser efectuadas<br />
até ao dia 8 <strong>de</strong> cada mês.<br />
Como efectuar o aluguer <strong>de</strong> qualquer instalação<br />
<strong>de</strong>sportiva?<br />
Optando <strong>de</strong>sta forma por uma prática <strong>de</strong>sportiva<br />
informal e autónoma, o aluguer das instalações<br />
po<strong>de</strong> ser efectuado pontual ou regularmente.<br />
No primeiro caso, <strong>de</strong>ve verificar a disponibilida<strong>de</strong><br />
do espaço no dia e hora pretendidos e<br />
proce<strong>de</strong>r à sua reserva, contactando, pessoal<br />
ou telefonicamente, a secretaria da respectiva<br />
instalação.<br />
Por sua vez, enten<strong>de</strong>-se por aluguer regular<br />
a marcação <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong>sportivo pelo
menos uma hora por mês, durante um período<br />
mínimo <strong>de</strong> três meses. Nesta situação<br />
<strong>de</strong>ve pagar mensalmente, até ao dia 10, o<br />
respectivo valor.<br />
Informe-se sobre os preços <strong>de</strong>stes alugueres<br />
nas Instalações Desportivas Municipais,<br />
bem como sobre os <strong>de</strong>scontos concedidos<br />
às escolas do 1.º ciclo, colectivida<strong>de</strong>s<br />
e outras entida<strong>de</strong>s sem fins lucrativos<br />
sediadas no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, para além<br />
<strong>de</strong> Associações ou Fe<strong>de</strong>rações.<br />
Não se esqueça que as <strong>de</strong>sistências dos<br />
DESPORTO<br />
alugueres têm <strong>de</strong> ser comunicadas com<br />
48 horas (alugueres pontuais) ou 30<br />
dias (alugueres regulares) <strong>de</strong> antecedência.<br />
O não cumprimento <strong>de</strong>stes<br />
prazos implica o respectivo<br />
pagamento.<br />
Gabinete <strong>de</strong> prescrição<br />
e aconselhamento<br />
do exercício<br />
Situado no Parque Desportivo <strong>Municipal</strong><br />
Eng.º Ministro dos Santos, em <strong>Mafra</strong>, este<br />
Gabinete nasceu da preocupação <strong>de</strong> fomentar<br />
a prática <strong>de</strong> exercício físico regular<br />
com qualida<strong>de</strong>.<br />
Os interessados po<strong>de</strong>m obter informações<br />
sobre a activida<strong>de</strong> que lhes é mais<br />
a<strong>de</strong>quada, <strong>de</strong> acordo com as suas limitações<br />
físicas e interesses, num espaço<br />
on<strong>de</strong> é ainda efectuado o aconselhamento<br />
e prescrição do exercício físico.<br />
Este serviço <strong>de</strong>stina-se a todas as pessoas,<br />
quer pratiquem <strong>de</strong>sporto <strong>de</strong> uma<br />
forma regular e acompanhada por técnicos,<br />
quer o façam autonomamente.<br />
Para usufruir <strong>de</strong>ste apoio basta inscrever-<br />
-se directamente no local ou por telefone,<br />
através do número 261 819 200.<br />
As inscrições são gratuitas, <strong>de</strong>vendo ser<br />
portador <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>claração médica atestando<br />
a não existência da impossibilida<strong>de</strong><br />
física à prática <strong>de</strong>sportiva ou <strong>de</strong>screvendo<br />
as limitações à mesma.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 21
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 22<br />
DESPORTO<br />
Novo estádio em construção<br />
MAIS CONDIÇÕES<br />
PARA O DESPORTO<br />
NA VENDA DO PINHEIRO<br />
O Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> continua a apostar na criação <strong>de</strong> condições físicas para a prática<br />
<strong>de</strong>sportiva, factor comprovado <strong>de</strong> formação, educação, convívio e promoção da saú<strong>de</strong>.<br />
Desta forma, está em fase <strong>de</strong> construção o novo campo <strong>de</strong> futebol da Venda do Pinheiro.<br />
Esta infra-estrutura <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> visa substituir o existente na localida<strong>de</strong> que, por sua vez,<br />
irá dar lugar à construção <strong>de</strong> um estabelecimento escolar.<br />
Onovo Campo <strong>de</strong> Futebol da<br />
Venda do Pinheiro apresenta-<br />
-se como um recinto <strong>de</strong>dicado<br />
ao <strong>de</strong>senvolvimento da modalida<strong>de</strong>,<br />
dispondo <strong>de</strong> dimensões<br />
apropriadas, piso em relva sintética, balneários<br />
com qualida<strong>de</strong>, zona <strong>de</strong> bancadas,<br />
iluminação que permite a realização <strong>de</strong> treinos<br />
e jogos nocturnos, bem como lugares<br />
<strong>de</strong> estacionamento para os frequentadores<br />
do espaço <strong>de</strong>sportivo. Encontra-se situado<br />
nos limites da Venda do Pinheiro, tendo<br />
como acessos um arruamento construído a<br />
partir da Estrada da Lapa (dirigentes e<br />
jogadores) e um outro (<strong>de</strong>stinado ao público)<br />
que irá ser construído a partir do troço<br />
<strong>de</strong> acesso à A8 - o qual será, em breve,<br />
dotado <strong>de</strong> uma rotunda que facilitará o trânsito<br />
naquela zona.<br />
Esta infra-estrutura, que significa um investimento<br />
<strong>de</strong> cerca 1 milhão e 200 mil euros<br />
por parte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, preten<strong>de</strong><br />
substituir o campo <strong>de</strong> futebol até agora<br />
existente, tendo em conta duas razões fundamentais:<br />
por um lado, a criação <strong>de</strong> melhores<br />
condições para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da prática do exercício físico, assim como<br />
para acolher o público que assiste aos<br />
jogos; por outro lado, possibilitar a construção,<br />
no espaço do actual campo, <strong>de</strong> um<br />
novo estabelecimento escolar. Dimensionado<br />
na proximida<strong>de</strong> do Jardim <strong>de</strong> Infância,<br />
este novo estabelecimento <strong>de</strong> ensino formará,<br />
assim, o complexo escolar da Venda<br />
do Pinheiro.<br />
O final do ano 2003 é apontado como a data<br />
<strong>de</strong> conclusão do novo Campo <strong>de</strong> Futebol,<br />
altura em que a prática <strong>de</strong>sportiva na freguesia<br />
da Venda do Pinheiro será substancialmente<br />
valorizada.
A<br />
animação nas praias associada<br />
à prática <strong>de</strong>sportiva serviu <strong>de</strong><br />
mote para mais uma edição do<br />
programa "MafrAnima", organizado<br />
pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> durante<br />
os meses <strong>de</strong> Julho e Agosto.<br />
As propostas para munícipes e visitantes constaram,<br />
também, da realização <strong>de</strong> sessões <strong>de</strong><br />
aeróbica nas Praias dos Pescadores e <strong>de</strong> S.<br />
Lourenço. Nesta última praia, os mais novos<br />
pu<strong>de</strong>ram gastar energias nos insufláveis.<br />
Usufruindo da brisa do mar e da beleza da<br />
paisagem costeira, o Walking no Passeio Pedonal<br />
e <strong>de</strong> Velocípe<strong>de</strong>s da Foz do Lizandro a<br />
Ribeira d'Ilhas acolheu a<strong>de</strong>ptos, alertando<br />
para os benefícios da marcha para uma vida<br />
saudável.<br />
Através da realização do "MafrAnima", a autarquia<br />
preten<strong>de</strong>u não só organizar activida<strong>de</strong>s<br />
que proporcionem a dinamização turística na<br />
área do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, como promover o<br />
exercício físico, prática esta que tem vindo a<br />
ser consolidada através da edificação <strong>de</strong> instalações<br />
a<strong>de</strong>quadas e da criação <strong>de</strong> núcleos<br />
municipais nos quais os inscritos po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver<br />
diferentes modalida<strong>de</strong>s.<br />
Note-se que este programa <strong>de</strong> animação, ocupação<br />
<strong>de</strong> tempos livres e promoção do <strong>de</strong>sporto<br />
tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvido pela <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1996, englobando<br />
também as "Escolas <strong>de</strong> Verão", activida<strong>de</strong><br />
lúdica <strong>de</strong>stinada aos alunos do 1.º ciclo<br />
do ensino básico que, nesta edição <strong>de</strong> 2003,<br />
abrangeu cerca <strong>de</strong> 1170 crianças <strong>de</strong> todas as<br />
freguesias concelhias que <strong>de</strong>sfrutaram <strong>de</strong> jogos<br />
recreativos, idas à praia e às piscinas, visitas<br />
às bibliotecas municipais, entre outras<br />
iniciativas dinamizadas durante o período <strong>de</strong><br />
Julho e Agosto.<br />
"Férias Desportivas <strong>de</strong> Verão" foi outro dos<br />
programas disponíveis, propondo inúmeras<br />
activida<strong>de</strong>s lúdicas, <strong>de</strong>sportivas e recreativas,<br />
DESPORTO / LAZER<br />
MAFRANIMA...<br />
ANIMOU MESMO!<br />
<strong>de</strong>senvolvidas com acompanhamento técnico<br />
especializado.<br />
Incentivando o convívio e alertando para os<br />
benefícios <strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong>sportiva regular,<br />
este projecto realizou-se não só nas Instalações<br />
Desportivas Municipais (Parque Desportivo<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e Pavilhões Desportivos<br />
Municipais da Malveira, Venda do<br />
Pinheiro e Ericeira) como nos espaços <strong>de</strong> diversas<br />
colectivida<strong>de</strong>s concelhias (Grupo Desportivo,<br />
Recreativo e Cultural da Igreja Nova,<br />
Desportivo União Gradilense, Associação<br />
Cultural e Desportiva <strong>de</strong> Enxara do Bispo,<br />
Grupo Recreativo Sobralense, Associação<br />
Cultural e Desportiva do Milharado e Sporting<br />
Clube Encarnacense), facilitando o acesso<br />
dos participantes. A edição <strong>de</strong>ste Verão contou<br />
com a participação <strong>de</strong> 403 jovens.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 23
A<br />
s gran<strong>de</strong>s competições estiveram<br />
<strong>de</strong> volta a Ribeira d'Ilhas com o<br />
Ericeira Pro 2003, uma prova referente<br />
ao World Qualifying Series<br />
(WQS) Masculino a contar para o<br />
World Championship Tour (WCT), que teve lugar<br />
entre os dias 25 e 28 <strong>de</strong> Setembro.<br />
Esta foi a primeira prova institucional <strong>de</strong>ste tipo<br />
realizada em Portugal, contando com a organização<br />
da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e da Junta<br />
<strong>de</strong> Turismo da Ericeira para além do apoio<br />
das verbas do Jogo do Estoril, Animação,<br />
sendo também a maior e mais pontuada da<br />
Península Ibérica durante o ano <strong>de</strong> 2003.<br />
Na final, o primeiro lugar foi garantido pelo<br />
britânico Russel Winter, com a pontuação mais<br />
elevada <strong>de</strong> todo o Campeonato. O ericeirense<br />
Tiago Pires alcançou um brilhante segundo<br />
lugar, correspon<strong>de</strong>ndo plenamente às expectativas<br />
do público que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira hora,<br />
apoiou os atletas portugueses, Alan Stokes<br />
assegurou o terceiro lugar e Ho<strong>de</strong>i Collazo foi<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 24<br />
DESPORTO<br />
Tiago Pires brilha em Ribeira d'Ilhas,<br />
a catedral portuguesa do Surf<br />
quarto pela segunda vez consecutiva em 15<br />
dias.<br />
Depois da realização da quinta etapa do circuito<br />
mundial <strong>de</strong> surf feminino (23 a 25 <strong>de</strong> Maio)<br />
e do Billabong Pro Júnior (12 a 14 <strong>de</strong> Setembro),<br />
esta prova trouxe novamente a Ribeira<br />
d'Ilhas os melhores do mundo da modalida<strong>de</strong>,<br />
estando pontuada com três estrelas.<br />
Mais uma vez, o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> esteve inscrito<br />
na rota dos gran<strong>de</strong>s eventos <strong>de</strong>sportivos<br />
<strong>de</strong> cariz nacional e internacional, consi<strong>de</strong>rados<br />
momentos altos para a promoção e divulgação<br />
das suas potencialida<strong>de</strong>s, bem como para a<br />
afirmação da Praia <strong>de</strong> Ribeira d'Ilhas nos circuitos<br />
mundiais <strong>de</strong> Surf.<br />
O Ericeira Pro 2003 foi consi<strong>de</strong>rado por todos<br />
os presentes como um magnífico evento, que<br />
muito promoveu a imagem da região.<br />
Nota final para o Billabong Pro - Campeonato<br />
Nacional <strong>de</strong> Surf, tendo-se realizado uma prova,<br />
nos dias 3, 4 e 5 <strong>de</strong> Outubro, também nesta<br />
praia concelhia.
AC˙ˆO SOCIAL<br />
"NEVE NEGRA" EM CENA<br />
NO AUDITÓRIO MUNICIPAL<br />
OO teatro po<strong>de</strong> ser, efectivamente,<br />
um meio privilegiado com<br />
vista à integração e ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />
físico e intelectual<br />
das pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
Numa iniciativa promovida pela Associação<br />
Nacional <strong>de</strong> Arte e Criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> e para<br />
Pessoas com Deficiência (ANACED), apoiada<br />
pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, sobe<br />
ao palco, no próximo dia 27 <strong>de</strong> Novembro,<br />
"Neve Negra", uma adaptação teatral do<br />
conto popular português "A Formiga e a<br />
Neve". O espectáculo tem lugar no Auditório<br />
<strong>Municipal</strong> Beatriz Costa, em <strong>Mafra</strong>, a<br />
partir das 21H30, com entrada livre.<br />
Efectivamente, há já alguns anos que o<br />
teatro tem suscitado interesse nos meios<br />
associativos ligados à reabilitação das pessoas<br />
com <strong>de</strong>ficiência. Nesse sentido, técnicos<br />
<strong>de</strong> 10 instituições portuguesas formaram<br />
um grupo <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>nominado<br />
TREAR, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />
artísticas com estas pessoas, mais<br />
concretamente com o intuito <strong>de</strong> ministrarem<br />
uma formação teatral específica a um<br />
grupo <strong>de</strong> 18 jovens com <strong>de</strong>ficiência. O resultado<br />
traduziu-se na construção <strong>de</strong> um<br />
espectáculo, conjugando a representação<br />
teatral com conteúdos multimédia, que é<br />
apresentado, em estreia, no auditório da<br />
Vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
Ano Europeu das Pessoas<br />
com Deficiência<br />
BEATRIZ COSTA<br />
Integrado no Ano Europeu das Pessoas com<br />
Deficiência, "Neve Negra" é apenas um ponto<br />
<strong>de</strong> partida para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />
futuras que pretendam estimular as<br />
relações interpessoais <strong>de</strong>stes jovens e promover<br />
a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no<br />
acesso à cultura, facilitando a sua integração<br />
na socieda<strong>de</strong>. Paralelamente, este evento<br />
representa, para os jovens envolvidos no projecto,<br />
a aplicação <strong>de</strong> uma competência precisa<br />
que os leve a ter confiança e segurança<br />
em si próprios, potenciando um caminho em<br />
direcção à sua auto-realização pessoal. Para<br />
os técnicos <strong>de</strong> reabilitação, este é uma oportunida<strong>de</strong><br />
para fomentar a colaboração e o<br />
intercâmbio <strong>de</strong> experiências com os profissionais<br />
do teatro.<br />
De salientar que esta iniciativa realiza-se,<br />
igualmente, em parceira com a Associação<br />
para a Educação e Reabilitação das Crianças<br />
Inadaptadas <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (APERCIM) e as instituições<br />
Associação <strong>de</strong> Pais e Amigos do<br />
Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), Centro<br />
<strong>de</strong> Educação para o Cidadão Deficiente<br />
<strong>de</strong> Mira Sintra (CECD), Associação <strong>de</strong> Pais e<br />
Amigos dos Deficientes Mentais Adultos<br />
(CEDEMA Mira Sintra), Cooperativa <strong>de</strong> Educação<br />
e Reabilitação <strong>de</strong> Cidadãos Inadaptados<br />
<strong>de</strong> Lisboa (CERCI Lisboa), Cooperativa<br />
<strong>de</strong> Educação e Reabilitação <strong>de</strong> Cidadãos Inadaptados<br />
da Amadora (CERCIAMA), Coope-<br />
"Vidas sem fronteiras"<br />
rativa <strong>de</strong> Educação e Reabilitação <strong>de</strong> Cidadãos<br />
Inadaptados <strong>de</strong> Cascais (CERCICA),<br />
Cooperativa <strong>de</strong> S. Pedro e Cooperativa <strong>de</strong><br />
Educação Especial e Solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />
(CRINABEL).<br />
"Suba a bordo"<br />
2003 é o Ano Europeu das Pessoas com<br />
Deficiência, tendo como objectivo a igualda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> direitos para as pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
Esta campanha é organizada pela<br />
Comissão Europeia, em colaboração com<br />
o Fórum Europeu da Deficiência (EDF). O<br />
EDF é uma organização que representa<br />
mais <strong>de</strong> 37 milhões <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência<br />
na Europa.<br />
Sabia que, no conjunto dos países que integram<br />
a União Europeia (UE), um em cada<br />
<strong>de</strong>z indivíduos é <strong>de</strong>ficiente? Esta é, pois,<br />
uma razão válida para que "suba a bordo",<br />
o convite formulado por esta campanha.<br />
Festivais, <strong>de</strong>bates, parcerias, conferências,<br />
festas ou grupos <strong>de</strong> interesses são algumas<br />
das activida<strong>de</strong>s que, a nível europeu,<br />
estão a ser organizadas, com vista a construir<br />
um futuro com mais e melhor qualida<strong>de</strong><br />
para as pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />
No âmbito do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência (2003), a Comissão Distrital <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>cidiu realizar uma exposição <strong>de</strong>nominada<br />
"Vidas sem fronteiras", na qual esteve representada a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
Esta exposição, inaugurada pelo Primeiro-Ministro, realizou-se num dos pavilhões da Associação Industrial Portuguesa, no actual Centro<br />
<strong>de</strong> Congressos (antiga FIL), nos dias 27 e 28 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003, tendo como principais objectivos:<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
•<br />
Fomentar a sensibilização para o combate à discriminação e à exclusão social das pessoas com <strong>de</strong>ficiência;<br />
Promover a plena integração dos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência na socieda<strong>de</strong>;<br />
Proporcionar uma melhoria consi<strong>de</strong>rável na divulgação <strong>de</strong> informação para toda a pessoa com <strong>de</strong>ficiência e família;<br />
Gerar uma maior sensibilização quanto à problemática das acessibilida<strong>de</strong>s, nas suas várias vertentes;<br />
Promover uma maior visibilida<strong>de</strong> e divulgação das soluções técnicas e apoios institucionais existentes, nomeadamente a nível<br />
autárquico.<br />
Neste certame estiveram representadas as 16 <strong>Câmara</strong>s Municipais do Distrito <strong>de</strong> Lisboa, as quais apresentaram a acção social <strong>de</strong>senvolvida<br />
e os projectos autárquicos nesta área. Associaram-se ainda cerca <strong>de</strong> 120 associações da área da <strong>de</strong>ficiência, entre as quais a<br />
Associação para a Educação e Reabilitação das Crianças Inadaptadas <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (APERCIM), e aproximadamente 20 empresas <strong>de</strong> apoio<br />
técnico do ramo dos produtos e serviços no âmbito da <strong>de</strong>ficiência.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 25
AC˙ˆO SOCIAL<br />
1 milhão e 650 mil euros investidos<br />
em habitações sociais<br />
31 FAMÍLIAS DA MALVEIRA<br />
RECEBERAM CASA NOVA<br />
Mais uma infra-estrutura enquadrada no processo <strong>de</strong> realojamento que tem vindo a ser <strong>de</strong>-<br />
senvolvido no Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> inaugurou as novas habitações so-<br />
ciais da Malveira, contribuindo para a elevação dos padrões <strong>de</strong> vida das famílias concelhias.<br />
No âmbito do Programa Especial<br />
<strong>de</strong> Realojamento (PER), a autarquia<br />
concluiu, na Alameda Professor<br />
Doutor Leite Pinto, na Malveira,<br />
a construção <strong>de</strong> um novo<br />
empreendimento <strong>de</strong>stinado a acolher 31 famílias.<br />
Além <strong>de</strong>stas habitações sociais, foi<br />
ainda beneficiada toda a envolvente, incluin-<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 26<br />
do os arranjos exteriores, o que significou<br />
um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1 milhão e 650<br />
mil euros.<br />
Destas 31 famílias, 28 residiam no habitualmente<br />
<strong>de</strong>signado por "Bairro do Fundo <strong>de</strong><br />
Fomento à Habitação", sendo 25 habitações<br />
<strong>de</strong>stas proprieda<strong>de</strong> do Instituto <strong>de</strong> Gestão e<br />
Alienação do Património Habitacional do<br />
Estado (IGAPHE) e que, <strong>de</strong> acordo com o<br />
PER, foram <strong>de</strong>molidas após a inauguração<br />
dos novos edifícios.<br />
Mais do que a erradicação <strong>de</strong> habitações<br />
<strong>de</strong>gradadas, a conclusão <strong>de</strong>sta obra significou,<br />
sobretudo, um importante passo na dignificação<br />
das famílias concelhias, criando
melhores condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> para<br />
aqueles que, por uma ou outra razão, não o<br />
conseguiram pelos seus próprios meios.<br />
A concretização <strong>de</strong>sta infra-estrutura enquadra-se<br />
na terceira fase <strong>de</strong> implementação do<br />
PER no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Recor<strong>de</strong>-se que<br />
outras 40 habitações já haviam sido entregues<br />
a famílias <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, que moravam no<br />
Bairro Fre<strong>de</strong>rico Ulrich, assim como foi<br />
igualmente efectuado o realojamento <strong>de</strong> 22<br />
agregados familiares que, anteriormente,<br />
residiam no Bairro Capitão João Lopes, na<br />
mesma vila. Ao abrigo do Contrato <strong>de</strong> De-<br />
Atingido que foi o objectivo <strong>de</strong> proporcionar o abastecimento<br />
<strong>de</strong> água a todas as populações, as priorida<strong>de</strong>s da<br />
autarquia situam-se na renovação e ampliação das condutas<br />
mais antigas, na melhoria do serviço prestado e no<br />
aumento das capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reserva.<br />
No que diz respeito a este último ponto, encontram-se<br />
previstas novas intervenções. Depois do reservatório da<br />
Encarnação, cuja construção foi anunciada na última<br />
edição do Boletim <strong>Municipal</strong> e que apresenta uma capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> 3 mil m 3 e se localiza junto ao cemitério da<br />
localida<strong>de</strong> (Estrada <strong>Municipal</strong> 1161), estão programadas<br />
outros novos reservatórios: um em Fonte Boa dos Nabos,<br />
com uma capacida<strong>de</strong> também <strong>de</strong> 3 mil m 3, localizado no<br />
mesmo local on<strong>de</strong> se encontra o actual; outro na Baleia,<br />
dispondo <strong>de</strong> uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 750 m 3 e que visa substituir<br />
o existente.<br />
Durante o presente ano, a autarquia tem também <strong>de</strong>senvolvido<br />
diversas obras <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> novas condutas,<br />
bem como a remo<strong>de</strong>lação e ampliação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, ciente<br />
<strong>de</strong> que o abastecimento <strong>de</strong> água é um serviço prioritário<br />
na promoção <strong>de</strong> melhores condições <strong>de</strong> vida para as<br />
populações.<br />
AC˙ˆO SOCIAL<br />
senvolvimento da Habitação (CDH), a autarquia<br />
proporcionou a edificação <strong>de</strong> 44 habitações<br />
a preços controlados em <strong>Mafra</strong>, 40<br />
na Ericeira e 42 na Ericeira.<br />
Na data <strong>de</strong> inauguração dos novos edifícios,<br />
que contou com a presença do Presi<strong>de</strong>nte<br />
do Instituto Nacional da Habitação<br />
(INH), Eng.º Teixeira Monteiro, e incluiu a<br />
assinatura <strong>de</strong> contratos entre a autarquia e<br />
as famílias realojadas, o Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> aproveitou a ocasião para<br />
anunciar que, no local on<strong>de</strong> se encontravam<br />
edificadas as habitações do antigo<br />
Qualida<strong>de</strong><br />
"Bairro do Fundo <strong>de</strong> Fomento à Habitação",<br />
a edilida<strong>de</strong> vai construir a nova Escola Básica<br />
Integrada da Malveira, que inclui Jardim<br />
<strong>de</strong> Infância e 1.º Ciclo, gozando assim<br />
da proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> importantes infra-estruturas,<br />
como o Pavilhão Desportivo <strong>Municipal</strong><br />
e a Escola Básica 2,3 Professor Armando<br />
<strong>de</strong> Lucena.<br />
no serviço <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água<br />
* Período <strong>de</strong> Janeiro a Junho <strong>de</strong> 2003<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 27
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 28<br />
OBRAS MUNICIPAIS
OBRAS MUNICIPAIS<br />
Lugar on<strong>de</strong> dois mundos se cruzam - estando, primeiramente, consagrado aos membros da<br />
corte e ao clero e <strong>de</strong>pois, com a implantação da república, aberto ao público - o Jardim do<br />
Cerco cumpre a verda<strong>de</strong>ira função <strong>de</strong> um jardim histórico: testemunhar o ritmo da história<br />
e <strong>de</strong>monstrar a beleza do património natural, numa perspectiva educativa.<br />
A mais recente intervenção traduz-se na entrada em funcionamento da Nora, que se constitui<br />
como um dos pontos <strong>de</strong> atracção mais importantes do jardim.<br />
Com vista à recuperação do Jardim<br />
do Cerco, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>,<br />
sua entida<strong>de</strong> gestora <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1994, tem vindo a <strong>de</strong>senvolver<br />
um conjunto <strong>de</strong> intervenções, repondo<br />
as suas características históricas<br />
e valorizando a sua componente natural.<br />
Estas intervenções são efectuadas <strong>de</strong> acordo<br />
com o Plano Director <strong>de</strong> Restauro do Jardim do<br />
Cerco, um documento elaborado mediante<br />
protocolo estabelecido pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
com o Instituto Superior <strong>de</strong> Agronomia e que<br />
contou com o contributo do Instituto Português<br />
do Património Arquitectónico (IPPAR).<br />
A recente recuperação da nora integra-se num<br />
projecto <strong>de</strong> requalificação mais abrangente,<br />
que se relaciona com a reposição <strong>de</strong> todo o sistema<br />
hidráulico original do jardim, do qual fazem<br />
também parte o tanque, os lagos e as cascatas,<br />
o poço e o aqueduto.<br />
De acordo com as directrizes <strong>de</strong>ste plano, a<br />
autarquia tem vindo a <strong>de</strong>senvolver um conjunto<br />
<strong>de</strong> acções, sendo uma das primeiras a anulação<br />
do palco e do parque infantil até então<br />
existentes e que haviam sido construídos <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> 1974 com o intuito <strong>de</strong> proporcionar um<br />
maior convívio entre a população. Estas estruturas<br />
surgiam claramente <strong>de</strong>senquadradas do<br />
traçado e imagem originais do jardim.<br />
Contudo, <strong>de</strong> modo a promover esta componente<br />
social na utilização do próprio espaço,<br />
proce<strong>de</strong>u-se à edificação <strong>de</strong> um novo Parque<br />
<strong>de</strong> Jogo e Recreio, adaptado às actuais exigências<br />
para a segurança dos mais novos, e <strong>de</strong> um<br />
Parque <strong>de</strong> Merendas. Foram ainda criadas<br />
duas áreas relvadas junto à entrada do jardim.<br />
JARDIM DO CERCO,<br />
UM ESPAÇO DINÂMICO<br />
E PEDAGÓGICO<br />
Funções histórica<br />
e educativa<br />
Apesar <strong>de</strong> não existir qualquer nascente natural<br />
no Cerco, a água nunca secava nos seus lagos,<br />
fontes e bicas. Tal ficava a <strong>de</strong>ver-se a um sistema<br />
<strong>de</strong> canalização que permitia a recolha <strong>de</strong><br />
águas subterrâneas nas nascentes da Tapada.<br />
Por sua vez, estas eram transportadas ao longo<br />
<strong>de</strong> um aqueduto até ao palácio/convento, atravessando<br />
o jardim, circulando por gravida<strong>de</strong> e<br />
culminando numa cisterna com 300 metros<br />
cúbicos. A nora, instalada no poço, permitia a<br />
elevação da água até a uma cota mais alta <strong>de</strong><br />
terreno, sendo encaminhada para a cascata do<br />
tanque gran<strong>de</strong> e para o aqueduto. No final <strong>de</strong>ste<br />
aqueduto a água era repartida para a rega do<br />
horto dos fra<strong>de</strong>s e para o funcionamento dos<br />
lagos e cascatas do parterre.<br />
Foi agora reposto todo este sistema, complementado<br />
com o retorno <strong>de</strong> novo à nora <strong>de</strong> toda<br />
a água em circulação, visando uma melhor<br />
gestão <strong>de</strong>ste recurso.<br />
O restauro da nora exigiu um aprofundado<br />
estudo dos mecanismos <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> água,<br />
nomeadamente um trabalho <strong>de</strong> pesquisa relativo<br />
às noras da época para saber como estas<br />
funcionavam, bem como o levantamento das<br />
dimensões das suas peças e a análise das ma<strong>de</strong>iras<br />
utilizadas na sua execução.<br />
As duas mulas historicamente utilizadas como<br />
força motriz foram substituídas por um motor,<br />
passando este sistema a ser mecânico. Ao<br />
mesmo tempo, foram restaurados o aqueduto,<br />
cascatas e lagos.<br />
Desta forma, a nora passou a constituir-se como<br />
um dos pontos <strong>de</strong> atracção mais importantes<br />
do jardim, tanto na componente <strong>de</strong> recuperação<br />
histórica, repondo em funcionamento um elemento<br />
activo do século XVIII, como na sua função<br />
educativa e pedagógica, <strong>de</strong>monstrando o<br />
modo <strong>de</strong> utilização do mesmo pela população.<br />
Maior dinamismo<br />
Como local <strong>de</strong>stinado ao recreio, o Jardim do<br />
Cerco incluía espaços <strong>de</strong>stinados aos jogos da<br />
bola, da laranjinha e do aro. Num horizonte<br />
próximo, perspectiva-se, em termos <strong>de</strong> restauro,<br />
a reconstituição e reactivação <strong>de</strong>stes divertimentos<br />
que foram bastante praticados não só<br />
entre as classes populares, como no seio do<br />
clero e da nobreza.<br />
A esta vertente lúdica, associa-se o intuito <strong>de</strong><br />
recuperar o horto botânico dos fra<strong>de</strong>s, local <strong>de</strong><br />
estudo e cultivo <strong>de</strong> espécies medicinais e aromáticas<br />
para uso interno no convento, divulgando<br />
os conhecimentos que foram reunidos<br />
pela comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> religiosos. Aliás, este é o<br />
espaço que permite estabelecer uma maior ligação<br />
ao monumento mandado edificar por<br />
D. João V, quer numa perspectiva espacial,<br />
quer no âmbito temática, através da sua botica.<br />
Este processo <strong>de</strong> dinamização do Jardim do<br />
Cerco completar-se-á com a recuperação do<br />
seu muro e com a i<strong>de</strong>ntificação das suas espécies<br />
arbóreas através <strong>de</strong> sinaléctica a<strong>de</strong>quada,<br />
tendo por base o levantamento já efectuado.<br />
Entretanto, a autarquia continuará a viabilizar a<br />
organização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cariz cultural e<br />
ambiental que permitam fazer do Jardim do<br />
Cerco o local privilegiado não só para o lazer e<br />
para a contemplação, como para a aprendizagem<br />
e para o conhecimento.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 29
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 30<br />
ACTUALIDADE<br />
Secções <strong>de</strong> Atendimento,<br />
Obras Particulares e Loteamentos<br />
A CÂMARA EM VISITA<br />
Conheça as principais atribuições dos serviços que são responsáveis pelo atendimento<br />
aos munícipes e pela gestão <strong>de</strong> processos relativos a edificações, obras <strong>de</strong> urbanização e<br />
operações <strong>de</strong> loteamento.<br />
O Boletim <strong>Municipal</strong> "<strong>Mafra</strong> Notícias" propõe, nesta edição, uma visita pelas Secções <strong>de</strong><br />
Atendimento, Obras Particulares e Loteamentos.<br />
Consulte, ainda, um esquema genérico que dá conta das diversas fases <strong>de</strong> tramitação dos<br />
processos relacionados com licenças <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> loteamento, pedidos <strong>de</strong> licença e<br />
pedidos <strong>de</strong> autorização.<br />
A<br />
s Secções <strong>de</strong> Atendimento, Obras<br />
Particulares e Loteamentos, integradas<br />
na Divisão Administrativa<br />
<strong>de</strong> Obras e Loteamentos, por sua<br />
vez incluída no Departamento <strong>de</strong><br />
Obras e Urbanismo, encontram-se sediadas no<br />
novo edifício dos Paços do Município.<br />
Funcionando ininterruptamente das 9 às 15<br />
horas, a Secção <strong>de</strong> Atendimento é o espaço<br />
primeiro <strong>de</strong> contacto com os munícipes, competindo-lhe<br />
a recepção <strong>de</strong> todos os requerimentos<br />
e respectivos documentos, que são<br />
alvo <strong>de</strong> uma conferência e análise preliminar,<br />
tendo em vista a promoção <strong>de</strong> diligências imediatas<br />
necessárias à boa apreciação pelos<br />
serviços competentes.<br />
Por vezes, resulta <strong>de</strong>sta análise o convite aos<br />
munícipes para corrigirem os documentos<br />
entregues, a fim <strong>de</strong> se conduzir a uma rápida<br />
apreciação pelos serviços.<br />
A Secção <strong>de</strong> Atendimento presta ainda informações<br />
que lhe sejam solicitadas sobre o andamento<br />
e estado dos processos referentes a<br />
operações urbanísticas. Cabe-lhe, também,<br />
emitir os documentos <strong>de</strong> receita que irá ser arrecadada<br />
pela Tesouraria da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>.<br />
Esta secção é, ainda, responsável pela organização<br />
dos processos referentes a operações<br />
urbanísticas, organização esta que consiste na<br />
atribuição da respectiva numeração e na promoção<br />
da apreciação técnica dos pedidos relativos<br />
a projectos <strong>de</strong> arquitectura, pedidos <strong>de</strong><br />
autorização, comunicações prévias, informações<br />
prévias relativas a edificações, a par <strong>de</strong> todos<br />
os processos que obe<strong>de</strong>çam ao regime jurídico<br />
da urbanização e edificação.<br />
Obras Particulares<br />
e Loteamentos<br />
A Secção Administrativa <strong>de</strong> Obras Particulares<br />
tem a seu cargo a gestão dos processos relativos<br />
a edificações, enquanto que a Secção<br />
Administrativa <strong>de</strong> Loteamentos é responsável<br />
pela gestão <strong>de</strong> processos relativos a obras <strong>de</strong><br />
urbanização e operações <strong>de</strong> loteamento.<br />
Importa pois <strong>de</strong>finir o que se enten<strong>de</strong> por edificação,<br />
operação <strong>de</strong> loteamento e obras <strong>de</strong> urbanização.<br />
Assim, edificação é a activida<strong>de</strong> ou o resultado<br />
da construção, reconstrução, ampliação ou conservação<br />
<strong>de</strong> um imóvel <strong>de</strong>stinado a utilização<br />
humana, bem como qualquer outra construção<br />
que se incorpore no solo com carácter permanente.<br />
Por isso, está sujeito a controlo camarário<br />
tanto a edificação <strong>de</strong> um edifício como a edificação<br />
<strong>de</strong> um muro ou <strong>de</strong> um anexo (consulte<br />
caixa <strong>de</strong>nominada "Pedido <strong>de</strong> Licença" para<br />
conhecer a tramitação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> processo).<br />
A operação <strong>de</strong> loteamento é a acção que tem<br />
por objecto ou efeito a constituição <strong>de</strong> um ou<br />
mais lotes <strong>de</strong>stinados imediata ou subsequentemente<br />
à edificação urbana, e que resulte<br />
da divisão <strong>de</strong> um ou vários prédios ("terrenos"),<br />
ou do seu emparcelamento ou reparcelamento.<br />
Quer isto significar que a transformação <strong>de</strong> prédios<br />
através da sua divisão ou união com<br />
outro(s) conduz à criação <strong>de</strong> um lote que se<br />
<strong>de</strong>stina a permitir a edificação.<br />
Porque esta operação é controlada pela<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, as edificações a inserir em<br />
lotes obe<strong>de</strong>cem a um processo mais simplifica-<br />
do que se chama autorização (consulte caixa<br />
<strong>de</strong>nominada "Licença <strong>de</strong> Autorização") por<br />
oposição às edificações que se preten<strong>de</strong>m<br />
construir em prédios que não foram objecto <strong>de</strong><br />
loteamento, que obe<strong>de</strong>cem a processo <strong>de</strong> licenciamento<br />
(consulte caixa <strong>de</strong>nominada<br />
"Licença <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong> Loteamento").<br />
Por obras <strong>de</strong> urbanização enten<strong>de</strong>m-se as<br />
obras <strong>de</strong> criação e remo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> infra-estruturas<br />
<strong>de</strong>stinadas a servir directamente os espaços<br />
urbanos ou as edificações, <strong>de</strong>signadamente<br />
arruamentos viários e pedonais, re<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> esgoto e <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, electricida<strong>de</strong>,<br />
gás e telecomunicações e ainda espaços<br />
ver<strong>de</strong>s e outros <strong>de</strong> utilização colectiva.<br />
Normalmente, as operações <strong>de</strong> loteamento,<br />
porque se <strong>de</strong>stinam a constituir novos prédios,<br />
implicam a realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> urbanização<br />
(criação <strong>de</strong> ruas, passeios, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água,<br />
esgoto, electricida<strong>de</strong>, etc.).<br />
Além da gestão dos processos referidos<br />
anteriormente, as Secções Administrativas <strong>de</strong><br />
Obras Particulares e <strong>de</strong> Loteamentos promovem<br />
a análise <strong>de</strong> toda a documentação a<br />
anexar aos processos, bem como as consultas<br />
a entida<strong>de</strong>s exteriores ao Município que <strong>de</strong>vam<br />
emitir parecer, autorização ou aprovação relativamente<br />
às operações urbanísticas sujeitas a<br />
apreciação.
Estas secções são ainda responsáveis pelas<br />
seguintes tarefas: apreciação dos processos<br />
e preparação dos mesmos para <strong>de</strong>cisão;<br />
notificação aos interessados das <strong>de</strong>cisões<br />
tomadas nos processos que lhes estão<br />
confiados; liquidação <strong>de</strong> taxas que sejam<br />
<strong>de</strong>vidas pelas operações urbanísticas<br />
sujeitas a apreciação; emissão dos alvarás<br />
respectivos; e gestão dos prazos dos respectivos<br />
processos.<br />
1. Recepção do pedido, liquidação das taxas<br />
<strong>de</strong>vidas pela apreciação e emissão das respectivas<br />
guias, introdução <strong>de</strong> dados no sistema<br />
informático;<br />
2. Preparação do processo, introdução <strong>de</strong><br />
dados no sistema informático, capeamento,<br />
carimbos, numeração <strong>de</strong> folhas e junção <strong>de</strong><br />
antece<strong>de</strong>ntes;<br />
3. Saneamento e apreciação liminar;<br />
4. Envio aos Serviços Técnicos para apreciação;<br />
5. Promoção <strong>de</strong> consultas a entida<strong>de</strong>s que<br />
<strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização ou aprovação<br />
(ex.: IPAA, IEP);<br />
6. Junção ao processo dos pareceres, autorizações<br />
ou aprovações e remessa aos Serviços<br />
Técnicos;<br />
7. Remessa para <strong>de</strong>spacho, tendo em vista a<br />
discussão pública;<br />
8. Promoção <strong>de</strong> discussão pública, através<br />
<strong>de</strong> publicitação em Jornal Regional, Diário da<br />
República e Junta <strong>de</strong> Freguesia;<br />
9. Preparação do processo para envio a<br />
<strong>de</strong>spacho;<br />
1. Recepção do pedido, liquidação das taxas<br />
<strong>de</strong>vidas pela apreciação e emissão das respectivas<br />
guias <strong>de</strong> receita, introdução <strong>de</strong> dados<br />
no sistema informático, capeamento, numeração<br />
e carimbo <strong>de</strong> folhas e junção <strong>de</strong> antece<strong>de</strong>ntes,<br />
quando existam;<br />
2. Saneamento e apreciação liminar;<br />
3. Envio aos Serviços Técnicos para apreciação;<br />
4. Recolha dos <strong>de</strong>mais pareceres internos e<br />
efectuar consultas a entida<strong>de</strong>s que, nos termos<br />
da lei, <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização<br />
ou aprovação (ex.: DRAOT, IEP, CGE(P), LTE,<br />
SNBPC, etc.);<br />
5. Junção ao processo <strong>de</strong> pareceres e<br />
preparação do mesmo, que consiste na introdução<br />
<strong>de</strong> dados no sistema informático <strong>de</strong><br />
todos os elementos respeitantes à operação<br />
urbanística a realizar, para envio ao INE e<br />
para constar do alvará <strong>de</strong> obras a emitir, e elaboração<br />
<strong>de</strong> informação com resumo dos pareceres<br />
emitidos;<br />
6. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
7. Notificação ao requerente;<br />
8. Apresentação <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> especiali-<br />
ACTUALIDADE<br />
De <strong>de</strong>stacar que cabe também à Secção<br />
Administrativa <strong>de</strong> Loteamentos a emissão <strong>de</strong><br />
certidões e autenticações relativos aos processos<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da Divisão Administrativa <strong>de</strong><br />
Obras e Loteamentos.<br />
De salientar que estas duas secções proporcionam<br />
a prestação telefónica <strong>de</strong> informações<br />
sobre o andamento e estado dos processos,<br />
todas as segundas-feiras, entre as 9 e as 17<br />
AS DIFERENTES FASES DE TRAMITAÇÃO DE UM PROCESSO<br />
Licença <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong> Loteamento<br />
10. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação<br />
camarária;<br />
11. Notificação ao requerente do teor da <strong>de</strong>liberação;<br />
12. Recepção do pedido <strong>de</strong> licenciamento das<br />
obras <strong>de</strong> urbanização e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />
13. Junção dos projectos <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> urbanização<br />
e consulta às entida<strong>de</strong>s externas ao<br />
Município que <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização<br />
ou aprovação (ex.: LTE, CGE(P), etc.);<br />
14. Junção <strong>de</strong> pareceres;<br />
15. Envio aos Serviços Técnicos para análise<br />
dos projectos <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> urbanização, fixação<br />
do valor da caução a apresentar e prazo<br />
para execução das referidas obras;<br />
16. Preparação do processo para envio a<br />
<strong>de</strong>spacho;<br />
17. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação<br />
camarária;<br />
18. Notificação ao requerente do teor da <strong>de</strong>liberação<br />
com liquidação <strong>de</strong> taxas a pagar e documentos<br />
a apresentar para emissão do alvará;<br />
19. Recepção do pedido <strong>de</strong> emissão do<br />
alvará e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />
20. Junção do processo após saneamento;<br />
21. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
22. Emissão do alvará <strong>de</strong> licença;<br />
23. Introdução <strong>de</strong> dados no sistema informático<br />
<strong>de</strong> todo os elementos respeitantes à<br />
operação urbanística para envio ao INE;<br />
24. Publicitação da emissão do alvará em<br />
Jornal Regional ou Nacional e Junta <strong>de</strong><br />
Freguesia;<br />
25. Recepção do pedido <strong>de</strong> vistoria às obras<br />
<strong>de</strong> urbanização para recepção provisória<br />
Pedido <strong>de</strong> Licença<br />
da<strong>de</strong>s, junção ao processo, recolha dos pareceres<br />
internos e efectuar consultas a entida<strong>de</strong>s<br />
que <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização ou<br />
aprovação (ex.: CGE(P), LTE, SNBPC, etc.);<br />
9. Junção <strong>de</strong> pareceres e preparação para <strong>de</strong>spacho<br />
com resumo dos pareceres emitidos;<br />
10. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
11. Notificação ao requerente do resultado,<br />
com indicação dos documentos a apresentar<br />
para emissão do alvará, acompanhada <strong>de</strong> liquidação<br />
das taxas a pagar;<br />
12. Apresentação do pedido <strong>de</strong> emissão do<br />
alvará e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />
13. Junção ao processo e saneamento;<br />
14. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
15. Emissão do alvará;<br />
16. Pedido <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> utilização,<br />
após conclusão da obra;<br />
17. Envio para os Serviços <strong>de</strong> Fiscalização<br />
<strong>Municipal</strong> e <strong>de</strong> Saneamento (esgotos);<br />
18. Preparação do processo, com inserção<br />
dos dados finais que irão constar no alvará <strong>de</strong><br />
utilização a emitir;<br />
19. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
horas, através dos contactos:<br />
Secção Administrativa <strong>de</strong> Obras Particulares -<br />
261 810 190; Secção Administrativa <strong>de</strong> Loteamentos<br />
- 261 810 168.<br />
A consulta <strong>de</strong> processos po<strong>de</strong> ser também efectuada<br />
através da página da internet da <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, em www.cm-mafra.pt, sendo<br />
para o efeito fornecido um código <strong>de</strong> acesso ao<br />
técnico responsável pelo processo.<br />
após a sua conclusão e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />
26. Junção ao processo e envio para a competente<br />
Comissão <strong>de</strong> Vistoria, para marcar a<br />
data da respectiva vistoria;<br />
27. Notificação ao requerente e Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
da data da mesma;<br />
28. Remessa do processo à Comissão para<br />
realização da vistoria;<br />
29. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
30. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação camarária;<br />
31. Notificação ao requerente e à Instituição<br />
bancária que prestou a caução, da <strong>de</strong>liberação<br />
tomada;<br />
32. Recepção do pedido <strong>de</strong> vistoria às obras<br />
<strong>de</strong> urbanização para recepção <strong>de</strong>finitiva após<br />
o <strong>de</strong>curso do prazo <strong>de</strong> garantia e pagamento<br />
<strong>de</strong> taxas;<br />
33. Junção ao processo e envio para a competente<br />
Comissão <strong>de</strong> Vistoria;<br />
34. Notificação ao requerente e Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
da data da mesma;<br />
35. Remessa do processo à Comissão para<br />
realização da vistoria;<br />
36. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
37. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação camarária;<br />
38. Notificação ao requerente e à instituição<br />
bancária que prestou a caução, da <strong>de</strong>liberação<br />
tomada, para cancelamento da mesma.<br />
Estas tarefas são asseguradas pela Secção<br />
<strong>de</strong> Loteamentos, com excepção das previstas<br />
nos números 1, 12, 19, 25 e 32, que são asseguradas<br />
pela Secção <strong>de</strong> Atendimento.<br />
20. Nos casos em que as taxas não são liquidadas<br />
na entrada do pedido, notificação ao<br />
requerente com liquidação das taxas a pagar;<br />
21. Emissão <strong>de</strong> alvará <strong>de</strong> utilização.<br />
Estas tarefas são asseguradas pela Secção <strong>de</strong><br />
Obras Particulares, com excepção das previstas<br />
nos números 1 a 3 e 12 a 14, que são asseguradas<br />
pela Secção <strong>de</strong> Atendimento.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 31
1. Recepção do pedido, liquidação das taxas<br />
<strong>de</strong>vidas pela apreciação e emissão das respectivas<br />
guias <strong>de</strong> receita, introdução <strong>de</strong> dados<br />
no sistema informático, capeamento, numeração<br />
e carimbo <strong>de</strong> folhas e junção <strong>de</strong> antece<strong>de</strong>ntes,<br />
quando existam;<br />
2. Saneamento e apreciação liminar;<br />
3. Envio aos Serviços Técnicos para apreciação;<br />
4. Recolha dos <strong>de</strong>mais pareceres internos e<br />
efectuar consultas a entida<strong>de</strong>s que, nos termos<br />
da lei, <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização<br />
ou aprovação (ex.: DRAOT, IEP, CGE(P), LTE,<br />
SNBPC, etc.);<br />
5. Junção ao processo <strong>de</strong> pareceres e preparação<br />
do mesmo, que consiste na introdução<br />
<strong>de</strong> dados no sistema informático <strong>de</strong><br />
A Associação dos Técnicos Administrativos<br />
Municipais (ATAM) atribuiu, por ocasião do<br />
seu XXIII Colóquio Nacional, realizado em<br />
Portimão entre os dias 8 e 11 <strong>de</strong> Outubro, o<br />
seu Emblema <strong>de</strong> Ouro ao Presi<strong>de</strong>nte da<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, Eng.º Ministro<br />
dos Santos, numa cerimónia que contou com<br />
a presença <strong>de</strong> Sua Excelência O Secretário<br />
<strong>de</strong> Estado da Administração Local, Dr. Miguel<br />
Miranda Relvas. Esta homenagem é reveladora<br />
do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> reforçar e apostar na continuida<strong>de</strong><br />
do trabalho <strong>de</strong> colaboração que<br />
tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvido entre esta associação<br />
e a autarquia mafrense.<br />
De salientar que, durante o ano <strong>de</strong> 2003, o<br />
Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> acolheu a realização <strong>de</strong><br />
dois importantes eventos associados à<br />
ATAM: o Encontro <strong>de</strong> Boletins Municipais e o<br />
Bureau da UDITE, Union <strong>de</strong>s Dirigeants<br />
Territoriaux <strong>de</strong> L'Europe.<br />
O Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> acolheu, entre os dias<br />
26 e 27 <strong>de</strong> Setembro, um Congresso da<br />
Union <strong>de</strong>s Dirigeants Territoriaux <strong>de</strong> L'Europe<br />
(UDITE), em colaboração com a Associação<br />
dos Técnicos Administrativos Municipais<br />
(ATAM).<br />
Este encontro <strong>de</strong>stinou-se à partilha <strong>de</strong> experiências<br />
e conhecimentos entre os presentes,<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 32<br />
ACTUALIDADE<br />
Pedido <strong>de</strong> Autorização*<br />
todos os elementos respeitantes à operação<br />
urbanística a realizar, para envio ao INE e<br />
para constar do alvará <strong>de</strong> obras a emitir, e<br />
elaboração <strong>de</strong> informação com resumo dos<br />
pareceres emitidos;<br />
6. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
7. Notificação ao requerente do resultado,<br />
com indicação dos documentos a apresentar<br />
para emissão do alvará, acompanhada <strong>de</strong> liquidação<br />
das taxas a pagar;<br />
8. Apresentação do pedido <strong>de</strong> emissão do<br />
alvará e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />
9. Junção ao processo e saneamento;<br />
10. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
11. Emissão do alvará;<br />
12. Pedido <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> utilização,<br />
após conclusão da obra;<br />
Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> homenageado pela ATAM<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da Edilida<strong>de</strong> aproveitou este<br />
momento para sublinhar a relevância da<br />
ATAM no contexto da gestão autárquica: na<br />
abordagem e discussão das temáticas<br />
fundamentais para o <strong>de</strong>sempenho<br />
profissional dos técnicos<br />
municipais; na disponibilida<strong>de</strong> que<br />
tem manifestado em colaborar<br />
com os organismos nacionais e<br />
autárquicos no reforço do po<strong>de</strong>r<br />
local; e na organização <strong>de</strong> diversas<br />
acções <strong>de</strong> formação, <strong>de</strong>terminantes<br />
para a valorização profissional<br />
dos associados e, consequentemente,<br />
na mo<strong>de</strong>rnização<br />
administrativa dos órgãos autárquicos.<br />
Patente ficou, igualmente, a i<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> que a qualida<strong>de</strong> no serviço<br />
público que é prestado pelo po<strong>de</strong>r<br />
no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />
uma melhor<br />
qualida<strong>de</strong> no<br />
serviço prestado pelas<br />
autarquias da<br />
União Europeia (UE)<br />
aos seus munícipes.<br />
É importante salientar,<br />
ainda, a importância<br />
da realização<br />
<strong>de</strong>ste evento no<br />
contexto concelhio,<br />
uma vez que este<br />
contribui para a dinamização<br />
turística<br />
do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> junto <strong>de</strong> tão privilegiados<br />
interlocutores.<br />
Actualmente, a UDITE, formada em Barcelona<br />
em 1991, é composta pelas associações<br />
congéneres da ATAM <strong>de</strong> 10 países da UE<br />
(Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda,<br />
Luxemburgo, Itália, Dinamarca, Grã-Bretanha<br />
e Irlanda) e reúne três vezes por ano o<br />
13. Envio para os Serviços <strong>de</strong> Fiscalização<br />
<strong>Municipal</strong> e <strong>de</strong> Saneamento (esgotos);<br />
14. Preparação do processo, com inserção<br />
dos dados finais que irão constar no alvará <strong>de</strong><br />
utilização a emitir;<br />
15. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />
16. Nos casos em que as taxas não são liquidadas<br />
na entrada do pedido, notificação ao<br />
requerente com liquidação das taxas a pagar;<br />
17. Emissão <strong>de</strong> alvará <strong>de</strong> utilização.<br />
Estas tarefas são asseguradas pela Secção<br />
<strong>de</strong> Obras Particulares, com excepção das<br />
previstas nos números 1 a 3 e 8 a 10, que são<br />
asseguradas pela Secção <strong>de</strong> Atendimento.<br />
* Obras <strong>de</strong> edificação inseridas em loteamentos.<br />
local aos cidadãos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, verda<strong>de</strong>iramente,<br />
<strong>de</strong> uma cada vez maior cooperação<br />
entre autarcas e técnicos municipais.<br />
Técnicos Municipais da Europa reunidos no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />
seu Conselho Executivo (Bureau). Desta<br />
forma, realizou-se no nosso Concelho o 3.º<br />
Bureau anual, em simultâneo com a Assembleia<br />
Geral.<br />
O objectivo <strong>de</strong>sta União é promover o relacionamento<br />
entre as associações profissionais<br />
dos Executivos <strong>de</strong> topo que representam<br />
os órgãos do po<strong>de</strong>r local europeu, <strong>de</strong>senvolver<br />
trocas <strong>de</strong> informação, partilhar experiências<br />
profissionais e contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da UE.<br />
O local <strong>de</strong> realização das reuniões tem sido<br />
rotativo, consoante proposta dos vários países<br />
membros.<br />
Assim sendo, este ano o Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />
foi o local <strong>de</strong> eleição. Os participantes, cerca<br />
<strong>de</strong> 65, oriundos <strong>de</strong> todos os países membros,<br />
efectuaram os seus trabalhos no Hotel Vila<br />
Galé, Ericeira.<br />
Da organização <strong>de</strong>ste evento fizeram também<br />
parte várias visitas aos principais locais <strong>de</strong><br />
interesse turístico, organizadas pela <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.
ACTUALIDADE<br />
Apelativo e acolhedor, eis um novo espaço à disposição da população. A conclusão das<br />
intervenções efectuadas na Praça junto ao Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida permite<br />
não só melhorar o or<strong>de</strong>namento e a gestão do estacionamento naquela zona do centro<br />
histórico <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, como criar mais um importante espaço <strong>de</strong> cultura e lazer, dignifican-<br />
do a área urbana.<br />
Valorização e revitalização urbana<br />
NOVA PRAÇA DO PELOURINHO<br />
stão concluídas as obras <strong>de</strong>senvolvidas<br />
pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
na nova Praça do Pelourinho. No<br />
local on<strong>de</strong> historicamente se<br />
administrava a justiça, foi criado<br />
um parque <strong>de</strong> estacionamento subterrâneo<br />
com 5458 m2 E<br />
e capacida<strong>de</strong> para 113 veículos,<br />
bem como espaços exteriores adjacentes<br />
com zonas ver<strong>de</strong>s e um equipamento para<br />
apoio (bar) a activida<strong>de</strong>s lúdicas e culturais,<br />
complementar ao Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl<br />
<strong>de</strong> Almeida e que permitirá dinamizar esta<br />
zona da vila. Proce<strong>de</strong>u-se também à recolo-<br />
cação do pelourinho, que é património classificado,<br />
no seu local original (ver caixa<br />
"Estórias d'outros tempos").<br />
Efectivamente, o local <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>sta infra-estrutura,<br />
por se localizar no centro histórico<br />
da vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, gozando-se igualmente<br />
da proximida<strong>de</strong> do Museu <strong>Municipal</strong> e <strong>de</strong><br />
estabelecimentos do comércio local, afirma-<br />
-se como propício para a resolução <strong>de</strong> problemas<br />
<strong>de</strong> estacionamento vigentes.<br />
Respon<strong>de</strong>ndo a esta necessida<strong>de</strong>, a intervenção<br />
da autarquia preten<strong>de</strong>u, assim, a valo-<br />
rização, dignificação e requalificação <strong>de</strong>ste<br />
espaço público, tornando-o também num lugar<br />
<strong>de</strong> encontro e <strong>de</strong> estada privilegiado para<br />
as populações da vila.<br />
De salientar que esta reestruturação foi acompanhada<br />
<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> beneficiação<br />
empreendidas na Avenida 1.º <strong>de</strong> Maio,<br />
<strong>de</strong>signadamente do alargamento da faixa <strong>de</strong><br />
rodagem, da colocação <strong>de</strong> nova iluminação,<br />
do reperfilamento <strong>de</strong> passeios e do arranjo<br />
paisagístico.<br />
Remontando ao século XVIII, o pelourinho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> enquadra-se<br />
numa tipologia da arquitectura civil pública barroca.<br />
Na sua implantação original, este encontrava-se alinhado com o<br />
actual Museu <strong>Municipal</strong>, antiga Casa do Concelho que remonta ao<br />
século XVI.<br />
A remoção do pelourinho para outro local (justamente aquele a que,<br />
nas últimas décadas, os mafrenses se habituaram a visualizar) <strong>de</strong>verá<br />
ter ocorrido na primeira meta<strong>de</strong> do século XX, em consequência<br />
da remo<strong>de</strong>lação urbanística da Rua Elias Garcia.<br />
Com a valorização efectuada na Praça do Pelourinho pela <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong>, este monumento regressou ao seu local <strong>de</strong> implantação<br />
original, há muito esquecido pelos mafrenses. Simultaneamente, foi<br />
efectuado o restauro da pedra, valorizando-se o monumento após a<br />
sua reintegração no espaço urbano.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 33
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 34<br />
CULTURA<br />
Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida<br />
UMA VIAGEM PELA OLARIA<br />
TRADICIONAL MAFRENSE<br />
Apesar das novas conjunturas geradas pelos processos <strong>de</strong> globalização, a olaria tradi-<br />
cional mafrense tem conseguido afirmar a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sempenhando um papel <strong>de</strong><br />
relevo no património cultural concelhio.<br />
"Vasilhame <strong>de</strong> Barro: do Utilitário ao Simbólico" - eis o tema <strong>de</strong> uma nova exposição orga-<br />
nizada pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, a inaugurar brevemente no Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong><br />
Almeida (<strong>Mafra</strong>), espaço este que, <strong>de</strong>pois das obras <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação empreendidas no<br />
edifício, abre novamente as portas ao público.
Na sequência da pesquisa <strong>de</strong><br />
fontes e do trabalho <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong>senvolvido<br />
junto da comunida<strong>de</strong><br />
oleira pela autarquia, esta exposição<br />
temporária, que coloca<br />
em evidência parte do acervo do Museu<br />
<strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida, tem por<br />
objectivo traçar uma panorâmica sobre as<br />
principais características e a evolução da produção<br />
<strong>de</strong> loiça utilitária nas suas décadas <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iras,<br />
em que se assistiu a uma transposição<br />
do registo utilitário para os registos<br />
<strong>de</strong>corativo e simbólico.<br />
Tal transposição constituiu-se, afinal, como<br />
uma tentativa por parte da indústria oleira -<br />
que assumiu uma enorme proeminência nos<br />
últimos dois séculos, fazendo-se sentir a presença<br />
das suas reputadas loiças fora das fronteiras<br />
concelhias - <strong>de</strong> fazer face às profundas<br />
alterações da socieda<strong>de</strong>, que já se adivinhavam<br />
no segundo quartel do século XX,<br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas por uma crescente industrialização<br />
e pelas comodida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo<br />
trazidas pela mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>: novos materiais e<br />
produtos <strong>de</strong> carácter industrial começaram a<br />
penetrar nos mercados locais.<br />
Com a reabertura ao público do Museu <strong>Municipal</strong><br />
Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida e para além da<br />
organização <strong>de</strong> uma nova exposição temporária,<br />
a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>cidiu criar uma<br />
colecção <strong>de</strong> postais, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> encontrar<br />
um singelo registo ilustrativo do espólio <strong>de</strong><br />
cerâmica tradicional que o museu alberga.<br />
Sem dúvida que esta colecção é um meio <strong>de</strong><br />
preservar e divulgar mais este testemunho da<br />
memória colectiva do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
O Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida,<br />
localizado em <strong>Mafra</strong>, tem o privilégio <strong>de</strong> integrar<br />
um riquíssimo e importante espólio <strong>de</strong><br />
olaria tradicional no seu acervo, uma parte<br />
proveniente da Casa do Povo <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
Destaque para a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> artefactos,<br />
quer nas suas formas, quer nas técnicas <strong>de</strong><br />
produção utilizadas na sua produção.<br />
Estes postais po<strong>de</strong>m ser adquiridos pela<br />
quantia <strong>de</strong> 3,5 euros, estando também à disposição<br />
<strong>de</strong> todos nos espaços culturais da<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>.<br />
CULTURA<br />
O impacto inicial que se fez sentir, sob a<br />
égi<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta nova conjuntura, verificou-se no<br />
surgimento dos esmaltes e alumínios e no<br />
<strong>de</strong>clínio da procura <strong>de</strong> barros utilitários.<br />
Paralelamente, a resposta da indústria oleira<br />
local traduziu-se na criação <strong>de</strong> novas formas<br />
e padrões <strong>de</strong>corativos, assim como na<br />
introdução do elemento estético e do figurado<br />
na sua produção. Assim, a produção foi<br />
ganhando uma dimensão mais <strong>de</strong>corativa e<br />
simbólica, até aí inexistente.<br />
"Vasilhame <strong>de</strong> Barro: do Utilitário ao Simbólico"<br />
<strong>de</strong>dica-se, assim, à apresentação<br />
<strong>de</strong>sta fase evolutiva, que ocorreu essencialmente<br />
entre os finais dos anos 30 e os<br />
anos 50 do século passado. Do acervo<br />
<strong>de</strong>sta exposição fazem parte potes, asados<br />
(armazenamento <strong>de</strong> água em casa),<br />
bilhas, garrafas, garrafões (armazenamento<br />
<strong>de</strong> azeite), miniaturas, moringues<br />
(<strong>de</strong>rivados da bilha, apresentam características<br />
francamente <strong>de</strong>corativas), vasilhame<br />
<strong>de</strong> formas zoomórficas e antropomórficas,<br />
entre outras peças que contribuem<br />
para a divulgação e consequente<br />
preservação da cultura tradicional.<br />
Colecção <strong>de</strong> postais regista cerâmica tradicional<br />
Artesãos concelhios na 40.ª FIARTIL<br />
O artesanato do Município <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong> esteve representado, mais<br />
uma vez, na Feira Internacional <strong>de</strong><br />
Artesanato do Estoril (FIARTIL),<br />
certame que se tem distinguido na<br />
promoção <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> e que<br />
teve lugar entre os dias 19 <strong>de</strong> Junho<br />
e 14 <strong>de</strong> Setembro.<br />
De 21 <strong>de</strong> Julho a 3 <strong>de</strong> Agosto,<br />
estiveram presentes diversos artesãos<br />
no stand da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>,<br />
com exposição e venda <strong>de</strong><br />
peças do público, bem como animações ao<br />
vivo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o torneamento <strong>de</strong> piões, até à arte<br />
aplicada em tecido, artes <strong>de</strong>corativas, tecelagem,<br />
escultura em pedra, azulejaria, pintura<br />
<strong>de</strong>corativa, bijuteria, cerâmica contemporânea,<br />
miniaturas em ma<strong>de</strong>ira e ao figurado<br />
<strong>de</strong> barro.<br />
No <strong>de</strong>curso da semana <strong>de</strong>dicada à Região da<br />
Estremadura, realizada entre 8 e 14 <strong>de</strong> Setembro,<br />
o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> presenteou os visitantes<br />
com as actuações do Grupo Coral <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong> e da Tuna Lusitana do Sobreiro.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 35
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 36<br />
CULTURA<br />
Munícipes e visitantes respon<strong>de</strong>ram positivamente ao convite da autarquia. Nos meses <strong>de</strong><br />
Julho e Agosto, as iniciativas <strong>de</strong> animação cultural reuniram milhares <strong>de</strong> espectadores,<br />
que <strong>de</strong>sfrutaram <strong>de</strong> uma programação que se preten<strong>de</strong>u diversificada.<br />
Dizem que "uma imagem vale mais do que mil palavras". In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da veraci-<br />
da<strong>de</strong> da asserção, eis algumas imagens que a memória reterá, com certeza, com bastante<br />
agrado.<br />
Activida<strong>de</strong>s acolhem a<strong>de</strong>ptos<br />
UM VERÃO<br />
DEDICADO À CULTURA<br />
Promover activida<strong>de</strong>s que respondam<br />
às motivações e interesses<br />
dos cidadãos, tendo em consi<strong>de</strong>ração<br />
a responsabilida<strong>de</strong> autárquica<br />
na formação dos públicos,<br />
e, paralelamente, dinamizar o trabalho <strong>de</strong>senvolvido,<br />
a nível do concelho, no que diz<br />
respeito aos aspectos culturais mais tradicionais<br />
e ligados ao quotidiano das comunida<strong>de</strong>s.<br />
Eis o duplo objectivo que tem norteado<br />
a política cultural da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
Consolidando tais pressupostos, a programação<br />
da autarquia para os meses do verão<br />
traduziu-se na realização <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />
espectáculos que encontraram expressão nas<br />
"Tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Encantar", que se configuraram simultaneamente<br />
como um meio <strong>de</strong> divulgação<br />
do potencial das Bandas Filarmónicas e<br />
Ranchos Folclóricos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, e<br />
nas "Descobertas <strong>de</strong> Verão", que integraram,<br />
no capítulo cultural, as "Noites da Cigarra", o III<br />
Festival Internacional <strong>de</strong> Bandas Militares e o<br />
"Verão Cultural".<br />
Destaque ainda para as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> animação<br />
levadas a efeito pela Junta <strong>de</strong> Turismo<br />
da Ericeira naquela vila piscatória e<br />
apoiadas pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>. Este apoio<br />
foi extensível ao concerto do guitarrista Joel<br />
Xavier, que apresentou um espectáculo memorável<br />
nas escadarias da Basílica do Convento<br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.
CULTURA<br />
Música e dança "encantaram"<br />
Jardim do Cerco<br />
Num cenário on<strong>de</strong> a natureza assume todo o<br />
seu esplendor, as tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> domingo ganharam,<br />
durante os meses <strong>de</strong> Junho, Julho<br />
e Agosto, um novo interesse. Música e dança<br />
<strong>de</strong>ram o mote para a animação integrada<br />
no programa "Tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Encantar". De registar<br />
a participação das seguintes instituições,<br />
a quem a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> agra<strong>de</strong>ce a disponibilida<strong>de</strong>:<br />
Rancho Infantil "Os Pescadores<br />
da Ericeira", Socieda<strong>de</strong> Filarmónica<br />
1.º <strong>de</strong> Dezembro da Encarnação, Rancho<br />
Folclórico S. Miguel do Milharado, Socieda<strong>de</strong><br />
Recreativa e Musical <strong>de</strong> Vila Franca do<br />
Rosário, Escola <strong>de</strong> Música Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong>, Grupo Cultural <strong>de</strong> Danças e Cantares<br />
<strong>de</strong> S. Miguel da Alcainça, Orquestra Ligeira<br />
do Gradil, Rancho Folclórico da Murgeira,<br />
Rancho Folclórico "Os Hortelões da Ervi<strong>de</strong>ira",<br />
Rancho Folclórico da Malveira e<br />
Rancho Folclórico <strong>de</strong> Monte Go<strong>de</strong>l.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 37
"Canto da cigarra"<br />
motiva cerca<br />
<strong>de</strong> 4.500 espectadores<br />
As "Noites da Cigarra" já fazem parte da tradição. Os espectáculos<br />
realizados na Praça da República, em <strong>Mafra</strong>, abrangeram<br />
géneros musicais diversos, como a música tradicional pela<br />
Orquestra Albicastrense, o karaoke com a participação <strong>de</strong> muitos<br />
munícipes, o rock pelos "Almas do Convento", o jazz tradicional<br />
<strong>de</strong> New Orleans trazido pelo "Dixie Gang", a música popular cantada<br />
por Pedro Barroso e a world music interpretada pelos<br />
"Corvos". Menção especial para a organização <strong>de</strong> uma "Noite<br />
Jovem" e para a a<strong>de</strong>são do público juvenil aos vários eventos que<br />
<strong>de</strong>correram naquele local da vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, durante o mês <strong>de</strong><br />
Julho.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 38<br />
CULTURA
3.ª edição<br />
<strong>de</strong> festival<br />
reúne bandas<br />
militares<br />
A terceira edição do Festival Internacional<br />
<strong>de</strong> Bandas Militares proporcionou ao público<br />
uma oportunida<strong>de</strong> única para assistir<br />
aos concertos efectuados pela Banda do<br />
Exército e pela Banda <strong>de</strong> Musica <strong>de</strong>l<br />
Ejercito <strong>de</strong>l Aire Comando Central (Espanha).<br />
Os momentos altos <strong>de</strong>ste evento,<br />
que <strong>de</strong>correu na vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> a 19 <strong>de</strong> Julho,<br />
foram, sem dúvida, o ren<strong>de</strong>r da guarda pela<br />
banda da Força Aérea espanhola e o concerto<br />
conjunto pelas duas formações. Uma<br />
nota <strong>de</strong> referência para a cerimónia <strong>de</strong> apresentação<br />
das ban<strong>de</strong>iras, executada pelos<br />
militares da Escola Prática <strong>de</strong> Infantaria<br />
(EPI), a que se seguiu o Hino Nacional interpretado<br />
pela Banda do Exército Português.<br />
Um espectáculo com fogo <strong>de</strong> artifício<br />
encerrou com "chave <strong>de</strong> ouro" um festival<br />
que, cada vez mais, se afirma pelo seu contributo<br />
na aproximação entre as instituições<br />
civil e militar, ao mesmo tempo proporcionando<br />
a divulgação da qualida<strong>de</strong> das bandas<br />
<strong>de</strong> cariz militar.<br />
CULTURA<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 39
Verão...<br />
cada vez<br />
mais cultural!<br />
Indubitavelmente, um programa inesquecível.<br />
O "Verão Cultural 2003" fica na<br />
memória pela qualida<strong>de</strong> dos espectáculos<br />
apresentados e pela a<strong>de</strong>são do público.<br />
Assim, o célebre "Requiem" <strong>de</strong> Mozart,<br />
interpretado pela Orquestra Sinfónica<br />
Juvenil, o Coral <strong>de</strong> Linda-a-Velha e quatro<br />
solistas, proporcionou momentos únicos<br />
na Basílica <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>; a Igreja <strong>de</strong> Nossa<br />
Senhora do Ó, na Carvoeira, afirmou-se<br />
como um cenário privilegiado para acolher<br />
uma viagem pela história da música<br />
para metais, com a participação do Grupo<br />
<strong>de</strong> Metais do Seixal; as Escadarias da<br />
Basílica <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> encheram para uma verda<strong>de</strong>ira<br />
"Noite Lírica", em que os jovens<br />
profissionais do grupo "Ópera Viva" seduziram<br />
os espectadores através da interpretação<br />
<strong>de</strong> árias das mais famosas óperas;<br />
o "Quinteto Amália" ofereceu, no<br />
Claustro Sul do Convento <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, uma<br />
nova abordagem ao fado, executado por<br />
um tradicional quarteto <strong>de</strong> cordas e uma<br />
voz; e, finalmente, a "Camerata Intempi"<br />
apresentou, perante a repleta plateia do<br />
Auditório da Casa <strong>de</strong> Cultura Jaime Lobo<br />
e Silva, na Ericeira, conhecidos temas da<br />
música clássica e contemporânea.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 40<br />
CULTURA
Depois da oferta <strong>de</strong> um programa intenso e<br />
diversificado durante a época <strong>de</strong> veraneio,<br />
que sem dúvida contribuiu para a familiarização<br />
dos munícipes às iniciativas <strong>de</strong> índole cultural<br />
que são promovidas, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />
retoma a sua programação regular nos<br />
diversos espaços municipais.<br />
Assista aos concertos e espectáculos, <strong>de</strong>sfrutando<br />
igualmente das sessões <strong>de</strong> cinema periodicamente<br />
organizadas no Auditório <strong>Municipal</strong><br />
Beatriz Costa. Frequente as Bibliotecas<br />
Municipais, a<strong>de</strong>rindo também aos projectos<br />
<strong>de</strong> promoção da leitura, que lhe permitirão<br />
uma nova abordagem ao universo do livro.<br />
Visite as exposições temporárias patentes nas<br />
galerias municipais, contactando com o mundo<br />
das artes através <strong>de</strong> artistas consagrados<br />
e dos novos talentos.<br />
Tome nota <strong>de</strong> algumas iniciativas que se encontram<br />
em cartaz:<br />
• "Santo André <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>: da Arqueologia à<br />
História" - no Complexo Cultural Quinta da<br />
Raposa, embarque numa visita pela "<strong>Mafra</strong><br />
Antiga" através <strong>de</strong> uma exposição que<br />
resulta do projecto <strong>de</strong> investigação e valorização<br />
do adro da igreja <strong>de</strong> Santo André,<br />
A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> continua a apostar na<br />
promoção do trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelas<br />
bandas <strong>de</strong> música concelhias. Tendo como<br />
cenário a Encarnação, estes agrupamentos<br />
voltaram a reunir-se, nos dias 11 e 12 <strong>de</strong><br />
Outubro, naquele que foi o 11.º Festival <strong>de</strong><br />
Bandas do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
Esta iniciativa realizou-se, pela primeira vez,<br />
em dois dias distintos, preten<strong>de</strong>ndo fomentar,<br />
ainda mais, o convívio entre os elementos<br />
das bandas e, por outro lado, proporcionar<br />
maior espaço para apresentação dos repertórios.<br />
Assim, os concertos efectuaram-se no dia 11<br />
às 21H30, com a actuação da Socieda<strong>de</strong> Recreativa<br />
e Musical <strong>de</strong> Vila Franca do Rosário<br />
Não perca!<br />
CULTURA<br />
<strong>de</strong>signadamente das campanhas <strong>de</strong> escavação<br />
arqueológicas realizadas pelo Município;<br />
• Exposições <strong>de</strong> Pintura e Fotografia - nas<br />
Galerias da Casa <strong>de</strong> Cultura D. Pedro V<br />
(<strong>Mafra</strong>) e da Casa <strong>de</strong> Cultura Jaime Lobo e<br />
Silva (Ericeira) visite, respectivamente, os<br />
trabalhos <strong>de</strong> Mário Lino e <strong>de</strong> Georgina<br />
Garrido. A mostra do primeiro artista mencionado<br />
está patente entre 18 <strong>de</strong> Outubro e<br />
16 <strong>de</strong> Novembro. Por sua vez, a exposição<br />
<strong>de</strong> Georgina Garrido inaugura a 31 <strong>de</strong><br />
Outubro, po<strong>de</strong>ndo ser visualizada até 30<br />
<strong>de</strong> Novembro.<br />
Bandas <strong>de</strong> Música reunidas em festival<br />
e Filarmónica Cultural Ericeira, e no dia 12 a<br />
partir das 14H30, com a concentração no<br />
Largo da Igreja, seguida <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfile até ao<br />
Largo Francisco Pereira Galantinho, on<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>correu a recepção às entida<strong>de</strong>s oficiais<br />
com execução <strong>de</strong> hinos por todas as bandas.<br />
Seguidamente, foi interpretada uma marcha<br />
conjunta e prosseguiram as actuações da<br />
Escola <strong>de</strong> Música da Casa do Povo da Enxara<br />
do Bispo, Associação Musical Nossa Senhora<br />
do Livramento, Escola <strong>de</strong> Música Juventu<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e Socieda<strong>de</strong> Filarmónica<br />
1.º <strong>de</strong> Dezembro da Encarnação.<br />
O festival terminou com o habitual jantar-convívio,<br />
com a participação <strong>de</strong> todos os elementos.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 41
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 42<br />
CULTURA
O glamour do mundo da moda...<br />
A monumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um cenário ímpar...<br />
CULTURA<br />
CORES DA MODA RETORNAM<br />
AO CONVENTO DE MAFRA<br />
Seis <strong>de</strong>signers apresentaram as suas colecções...<br />
Sete lojas concelhias mostraram as tendências da próxima estação...<br />
Figuras públicas associaram-se ao evento...<br />
Moda <strong>Mafra</strong> 2003!<br />
As Escadarias do Convento <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong> foram o palco da realização<br />
da segunda edição do Moda<br />
<strong>Mafra</strong>, um evento organizado pela<br />
<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, produzido<br />
por Peter Machado e que contou com o<br />
patrocínio da Associação <strong>de</strong> Comércio, Indústria<br />
e Serviços do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (ACISM),<br />
Coprel e Anselmo <strong>de</strong> Castro.<br />
Esta iniciativa visou, essencialmente, potenciar<br />
a promoção turística e o <strong>de</strong>senvolvimento económico<br />
do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, associando ao<br />
ex-libris concelhio a divulgação do comércio<br />
local e, também, do trabalho que, na área da<br />
moda, é realizado pelos novos talentos.<br />
Assim, no dia 23 <strong>de</strong> Agosto, os munícipes ficaram<br />
a conhecer as propostas <strong>de</strong> Concreto,<br />
Joana Gil, Linda Pinto, Luís Bichinho, Raquel<br />
Guita e Rita Bonaparte, bem como as colecções<br />
das lojas concelhias "Os Traquinas do<br />
Oeste" (<strong>Mafra</strong>), "Modas Jorge" (<strong>Mafra</strong>), "Modas<br />
Normando" (<strong>Mafra</strong>), "Top Modas" (<strong>Mafra</strong>), "Os<br />
Garotos" (<strong>Mafra</strong>), "Boutique Roana" (<strong>Mafra</strong>) e<br />
"Biancos" (Malveira).<br />
A apresentação ficou a cargo <strong>de</strong> Jorge<br />
Kapinha. Notabilizando este evento, diversas<br />
caras conhecidas do mundo do espectáculo<br />
marcaram igualmente presença, como os<br />
actores Ricardo Pereira (o "João" <strong>de</strong> "Saber<br />
Amar") e Nuno Homem <strong>de</strong> Sá, o cantor Nuno<br />
Barroso (vocalista dos ex-Além Mar), o futebolista<br />
Emílio Peixe, a mo<strong>de</strong>lo Jordana Jar<strong>de</strong>l<br />
(irmã do conhecido futebolista Mário Jar<strong>de</strong>l), a<br />
taróloga Maya, a actriz Ana Catarina Abreu (a<br />
pequena "Maria" <strong>de</strong> "Ana e os Sete"), Aníbal<br />
("Big Brother") e Raquel ("Masterplan").<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 43
CULTURA<br />
Escavações Arqueológicas no Penedo do Lexim<br />
"PROCURAR" A HISTÓRIA<br />
Entre muralhas e penedos, os participantes na quinta campanha <strong>de</strong> escavações arqueo-<br />
lógicas promovida pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> no Penedo do Lexim procuraram reconstituir a<br />
história daqueles que ali viveram há cinco mil anos. Um regresso ao passado para com-<br />
preen<strong>de</strong>r o presente.<br />
Osítio arqueológico do Penedo do<br />
Lexim, na freguesia da Igreja<br />
Nova, é conhecido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />
século XIX e constitui um dos<br />
locais <strong>de</strong> referência para o estudo<br />
do Calcolítico em Portugal. A importância<br />
científica e patrimonial <strong>de</strong>ste sítio originou a<br />
sua classificação como Imóvel <strong>de</strong> Interesse<br />
Público e motivou a implantação <strong>de</strong> um projecto<br />
<strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>senvolvido pela autarquia<br />
no âmbito do Plano Nacional <strong>de</strong> Trabalhos<br />
Arqueológicos.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 44<br />
De 21 <strong>de</strong> Julho a 12 <strong>de</strong> Setembro, a <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong> promoveu a realização da quinta<br />
campanha <strong>de</strong> escavações no Penedo do<br />
Lexim. Além dos elementos do Gabinete <strong>de</strong><br />
Arqueologia da autarquia, integraram esta<br />
equipa, constituída por cerca <strong>de</strong> 20 elementos,<br />
jovens concelhios participantes em programas<br />
<strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> tempos livres e estudantes<br />
universitários <strong>de</strong> Arqueologia, que<br />
completaram aqui a sua formação académica.<br />
A natural monumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste sítio <strong>de</strong>certo<br />
que sempre suscitou o interesse do Homem,<br />
verificando-se a existência <strong>de</strong> vários momentos<br />
<strong>de</strong> ocupação.<br />
Na actual fase das pesquisas po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar<br />
que a ocupação do Penedo do Lexim<br />
remonta aos finais do Neolítico (4.º milénio<br />
antes <strong>de</strong> Cristo), mas é com o Calcolítico (3.º<br />
milénio antes <strong>de</strong> Cristo) que se verifica a principal<br />
fase <strong>de</strong> ocupação. Nesta época foi aqui<br />
instalado um grupo <strong>de</strong> agricultores e pastores<br />
que <strong>de</strong>ixaram marcas da sua vivência diária,<br />
com áreas habitacionais, estruturas <strong>de</strong> armazenamento,<br />
lajeados e construções <strong>de</strong> tipo<br />
<strong>de</strong>fensivo que reforçavam a <strong>de</strong>fensabilida<strong>de</strong><br />
natural do sítio. Para além <strong>de</strong>stas ocupações<br />
registam-se ainda reocupações da Ida<strong>de</strong> do<br />
Bronze (2.º milénio antes <strong>de</strong> Cristo) e uma<br />
escassa presença romana.
«Era uma vez a "estória" daqueles que queriam<br />
conhecer a história...»<br />
Assim po<strong>de</strong>ria começar a narrativa do grupo<br />
<strong>de</strong> jovens que <strong>de</strong>cidiu participar nas escavações<br />
arqueológicas realizadas no Penedo<br />
do Lexim.<br />
«Estou a pensar ser arqueólogo e gostava <strong>de</strong><br />
ter uma experiência no terreno», começa por<br />
contar Gonçalo, 16 anos. Pela primeira vez a<br />
participar no programa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> tempos<br />
livres "Jovens em Acção", organizado<br />
pela autarquia, este jovem estudante do 11.º<br />
ano na área das Humanida<strong>de</strong>s revela-se apaixonado<br />
pela experiência <strong>de</strong>senvolvida: «É um<br />
<strong>de</strong>safio... estar sempre à procura <strong>de</strong> qualquer<br />
coisa e estar sempre à espera. A pessoa vive<br />
com a esperança».<br />
Foi esta mesma esperança e sentido prático<br />
que animou a escolha <strong>de</strong> Pedro, durante muito<br />
tempo dividido entre a História e a Arqueologia.<br />
Este jovem resi<strong>de</strong>nte em <strong>Mafra</strong> frequenta<br />
o 3.º ano do curso <strong>de</strong> Arqueologia da<br />
É já difícil enumerar todos os programas,<br />
séries, filmes e telenovelas que têm tido<br />
como cenário o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
Desta feita, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> "Amanhecer", é a<br />
vez da novela "Morangos com Açúcar", a<br />
mais recente aposta da TVI no domínio da<br />
ficção nacional, especialmente dirigida aos<br />
jovens. Todas as cenas <strong>de</strong> praia são, efectivamente,<br />
gravadas no nosso Concelho,<br />
mais concretamente na Praia da Foz do<br />
Lizandro. Fique atento!<br />
No capítulo cinematográfico, foram recentemente<br />
filmadas no Palácio Nacional <strong>de</strong><br />
<strong>Mafra</strong> - mais especificamente nas instalações<br />
afectas à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> - cenas<br />
da produção francesa "Lagar<strong>de</strong>re".<br />
É, pois, razão para reafirmar: <strong>Mafra</strong> está na<br />
moda!<br />
CULTURA<br />
Viver com a esperança...<br />
Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Lisboa e faz um balanço muito positivo do trabalho<br />
empreendido no Penedo do Lexim: «é<br />
uma escavação muito bem organizada».<br />
Acrescenta, ainda, a relevância da partilha <strong>de</strong><br />
conhecimentos: «no campo, a experiência é<br />
partilhada não só com os responsáveis,<br />
como com os colegas. Apren<strong>de</strong>-se imenso e<br />
preparamo-nos para uma vida futura, pois<br />
sem a experiência <strong>de</strong> campo é impossível singrar<br />
como arqueólogo. Para mim, o mais<br />
importante, além do material recolhido, é a<br />
experiência que <strong>de</strong>senvolvi e a aprendizagem<br />
no campo. E isto é algo que não posso<br />
apren<strong>de</strong>r na faculda<strong>de</strong>».<br />
Também Carla, estudante do mesmo curso,<br />
<strong>de</strong>dica parte das suas férias para <strong>de</strong>senvolver<br />
trabalho no terreno, tendo pela primeira vez<br />
optado pelo Penedo do Lexim: «tento experimentar<br />
o máximo <strong>de</strong> sítios possíveis, com<br />
todas as diferenças que isso implica, não só<br />
geológicas, como em termos do período<br />
<strong>Mafra</strong> na televisão: o reconhecimento da qualida<strong>de</strong><br />
"Santos da Casa" em <strong>Mafra</strong><br />
cronológico, para conseguir mais tar<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />
às situações que se nos colocam.<br />
Nunca sabemos qual é o período cronológico<br />
que nos vai aparecer, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
dos nossos gostos».<br />
Relatando os acontecimentos sucedidos durante<br />
as escavações, Carla recorda a <strong>de</strong>scoberta<br />
<strong>de</strong> um achado significativo: uma<br />
conta <strong>de</strong> colar com paralelos muito raros.<br />
Nas suas palavras, esta é uma daquelas «coisas<br />
que para as pessoas que estão <strong>de</strong> fora<br />
não têm muita importância, mas que para nós<br />
têm muito valor».<br />
Afinal, a história reconstitui-se <strong>de</strong> pequenos<br />
achados como este e que, para estes jovens<br />
"futuros arqueólogos", alimentam o tal "viver<br />
na esperança" <strong>de</strong> que nos falava o Gonçalo.<br />
E uma coisa é certa: enquanto houver, como<br />
classifica a Carla, «necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento,<br />
curiosida<strong>de</strong> e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar no<br />
campo», estes jovens prometem regressar ao<br />
Penedo do Lexim.<br />
No passado dia 9 <strong>de</strong> Outubro, o Auditório <strong>Municipal</strong><br />
Beatriz Costa, em <strong>Mafra</strong>, encheu para<br />
assistir à série "Santos da Casa", transmitida<br />
em directo pela RTP 1. Um misto <strong>de</strong> revista,<br />
teatro e sitcom, que atraiu em massa a população.<br />
A série "Santos da Casa" conta no elenco com<br />
actores bem conhecidos do público, como<br />
Nicolau Breyner ou Rita Blanco, tendo sempre<br />
uma emissão em directo, das mais diversas<br />
localida<strong>de</strong>s do nosso país.<br />
Vindos um pouco <strong>de</strong> todo o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
este evento contou, entre outros, com a<br />
participação <strong>de</strong> alguns utentes <strong>de</strong> instituições<br />
<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social do Município.<br />
A representação constituiu uma oportunida<strong>de</strong><br />
para os munícipes assistirem ao vivo a um programa<br />
televisivo. É neste sentido que a autarquia<br />
apoia este tipo <strong>de</strong> iniciativas que contribuem<br />
não só para a promoção dos espaços<br />
culturais do Concelho, como para a difusão da<br />
cultura junto da população.<br />
Mais uma vez, po<strong>de</strong>mos verificar que <strong>Mafra</strong><br />
continua a ser alvo <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
produtoras nacionais e internacionais.<br />
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 45
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 46<br />
CULTURA<br />
Promover o acesso ao conhecimento<br />
NOVAS PUBLICAÇÕES<br />
Valorizando o património cultural do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> apresenta,<br />
brevemente, mais dois novos títulos da Colecção <strong>Mafra</strong> <strong>de</strong> Bolso.<br />
Paralelamente, o dia 15 <strong>de</strong> Novembro é a data apontada para o lançamento do Boletim<br />
Cultural 2002, um veículo do saber cada vez mais <strong>de</strong>dicado a estimular e apoiar a criação<br />
cultural no Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />
A<br />
s publicações <strong>de</strong> carácter municipal<br />
têm sido um instrumento<br />
privilegiado pela <strong>Câmara</strong><br />
<strong>Municipal</strong>, <strong>de</strong> modo a fomentar<br />
o acesso dos cidadãos<br />
à cultura, que cada vez mais se afirma<br />
como um verda<strong>de</strong>iro laço entre o passado<br />
e o futuro e uma componente <strong>de</strong>terminante<br />
<strong>de</strong> modo a preservar e valorizar a<br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> concelhia.<br />
A Colecção <strong>Mafra</strong> <strong>de</strong> Bolso, apresentada no<br />
ano <strong>de</strong> 2002, assume-se como um dos expoentes<br />
<strong>de</strong>sta política cultural, a que a autarquia<br />
preten<strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong>.<br />
Reunindo gran<strong>de</strong> parte dos trabalhos relacionados<br />
com o nosso Concelho, da autoria<br />
PARA BREVE<br />
<strong>de</strong> Armando <strong>de</strong> Lucena, Obra Mafrense é o<br />
título do próximo livro <strong>de</strong>sta colecção que<br />
será proximamente disponibilizado. Numa<br />
compilação <strong>de</strong> Amândio Quinto, esta publicação<br />
é também uma homenagem a um<br />
ilustre artista, apaixonado pela Malveira.<br />
O segundo título a publicar, que preten<strong>de</strong><br />
ser também um útil livro <strong>de</strong> consulta, tem<br />
por mote a Biblioteca <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />
<strong>de</strong>finida pelo autor, Manuel J. Gandra, como<br />
um autêntico "templo do saber".<br />
No capítulo das publicações, merece uma<br />
referência especial o Boletim Cultural relativo<br />
ao ano <strong>de</strong> 2002. Sem querer antecipar os<br />
conteúdos que o integram, po<strong>de</strong> mencionar-<br />
se que estes se encontram organizados <strong>de</strong><br />
acordo com as seguintes categorias: "Estudos",<br />
"Arqueologia", "Carta do Património<br />
do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>", "Memórias e Memorialistas",<br />
"Antropologia e Tradições",<br />
"Instituições", "Vultos e Sombras" e "Arquivo<br />
<strong>de</strong> Fontes e Bibliografia".<br />
Elaborada pelos Serviços <strong>de</strong> Cultura da<br />
edilida<strong>de</strong>, mas igualmente contando com<br />
colaborações exteriores, esta obra é o resultado<br />
do empenho <strong>de</strong> todos na vida cultural<br />
e na protecção do património e, consequentemente,<br />
a prova <strong>de</strong> que cultura<br />
po<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>ve ser, uma responsabilida<strong>de</strong><br />
colectiva.
Praça do Município - 2644-001 <strong>Mafra</strong><br />
Tel.: 261 810 100 - Fax: 261 810 130<br />
geral@cm-mafra.pt<br />
www.cm-mafra.pt