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boletim outubro finalissimo.qxd - Câmara Municipal de Mafra

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EDITORIAL<br />

SINAIS<br />

DE ESPERANÇA<br />

Na incerteza do <strong>de</strong>stino, recordo histórias <strong>de</strong> vida.<br />

Histórias <strong>de</strong> outros e <strong>de</strong> todos os tempos.<br />

Histórias <strong>de</strong> sorrisos e gargalhas, lágrimas e emoções, aventuras e <strong>de</strong>sventuras, retrocessos e progressos.<br />

Afinal, nas raízes <strong>de</strong> uma árvore estão as raízes <strong>de</strong> muitas gerações.<br />

Recordo com emoção os dias passados.<br />

E o que, pelo fogo, o tempo me levou:<br />

O ver<strong>de</strong> das folhas que todas as primaveras renasciam com novo fulgor;<br />

Os ramos que ao sabor do vento traziam e levavam notícias <strong>de</strong> um amanhã diferente.<br />

E não compreendo o porquê!<br />

Porquê a angústia e a dor?<br />

Porquê a sofrimento e a <strong>de</strong>struição?<br />

Só compreendo os gestos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> das gentes <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

Sinceros e <strong>de</strong>sinteressados.<br />

Autênticos e inesquecíveis.<br />

E compreendo que é esta alma que perdurará pelos séculos.<br />

Uma alma e um espírito <strong>de</strong> ontem, <strong>de</strong> hoje e, espero, <strong>de</strong> sempre...<br />

As verda<strong>de</strong>iras raízes que nos fazem acreditar que a esperança não é uma palavra vã, um sonho ou uma<br />

utopia...<br />

Pergunto aos homens o que querem <strong>de</strong>ste mundo...<br />

E pergunto, enfim: o que me espera?<br />

Pensei <strong>de</strong>ixar correr a pena. No horizonte, surgiu-me uma fábula. E uma árvore: que se interroga, que se<br />

revolta, mas igualmente que vê no dia <strong>de</strong> amanhã uma oportunida<strong>de</strong> para acreditar que é possível<br />

renascer das cinzas.<br />

Depois do verda<strong>de</strong>iro pesa<strong>de</strong>lo dos incêndios, o negro começa a dar lugar ao ver<strong>de</strong> da esperança: nos<br />

primeiros sinais <strong>de</strong> que a paisagem está a ganhar vida; na firme tomada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> acção para prevenir<br />

situações idênticas e minimizar os danos sofridos; na renovada energia e dinamismo com que se<br />

planeia o futuro, quer concluindo projectos em curso, quer <strong>de</strong>finindo novas metas para 2004.<br />

É este espírito que nos anima. Hoje, amanhã e <strong>de</strong>pois!<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />

<strong>Mafra</strong> Notícias - Boletim da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> - Praça do Município, 2644-001 <strong>Mafra</strong> - Telef.: 261 810 100 - www.cm-mafra.pt - e-mail: geral@cm-mafra.pt<br />

Impressão: Elo, Publicida<strong>de</strong>, Artes Gráficas, S.A. • Tiragem: 23.000 Exemplares • Depósito Legal: 160747/01<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 3


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 4<br />

ESPECIAL<br />

Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />

atingido pelo flagelo dos incêndios<br />

DO VERDE AO CINZA<br />

Do paraíso ao inferno, do ver<strong>de</strong> ao cinza, da tranquilida<strong>de</strong> ao drama vivido pelas popu-<br />

lações. A separá-los apenas um pequeno passo.<br />

Os dias 11 a 15 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003 hão-<strong>de</strong> ficar marcados na história do Concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong>... infelizmente, pelas piores razões. A terrível vaga <strong>de</strong> incêndios, que foi motivo <strong>de</strong><br />

extrema angústia e sofrimento, revelou-se um "inimigo" difícil <strong>de</strong> <strong>de</strong>ter, apesar dos meios<br />

disponibilizados e dos esforços empreendidos.<br />

No momento em que o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> se ergue, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ste autêntico mar <strong>de</strong><br />

chamas, o Boletim <strong>Municipal</strong> apresenta um relato da experiência vivida.<br />

Ficarão na memória imagens <strong>de</strong> uma solidarieda<strong>de</strong> sem rosto, mas reveladora do modo<br />

inexcedível como as gentes concelhias souberam ajudar os "Soldados da Paz". É assim o<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.


ESPECIAL<br />

São 15<br />

horas e 10<br />

minutos <strong>de</strong><br />

um escaldante<br />

dia 11 <strong>de</strong> Setembro<br />

<strong>de</strong> 2003,<br />

quinta-feira. Nada<br />

fazia prever o inesperado.<br />

As sirenes ecoam<br />

e, corajosamente, os<br />

bombeiros dirigem-se até<br />

ao local assinalado. No caminho<br />

que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a Murgeira<br />

até ao Co<strong>de</strong>çal, mesmo junto à<br />

estrada, <strong>de</strong>flagra um incêndio que<br />

começa a ameaçar a localida<strong>de</strong> e, nas<br />

imediações, um património <strong>de</strong> inegável<br />

valor: a Tapada Nacional <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

As piores expectativas confirmam-se. As<br />

chamas propagam-se ao "pulmão" do Concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, mas são rapidamente combatidas<br />

graças ao esforço dos "Soldados da<br />

Paz", dos Sapadores da Tapada Nacional e<br />

<strong>de</strong> meios aéreos. Todavia, os danos são visíveis:<br />

cerca <strong>de</strong> dois hectares <strong>de</strong> área ardida.<br />

A calma parece regressar até que, subitamente,<br />

as gentes do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />

são confrontadas com um novo revés. São<br />

17 horas e 30 minutos e <strong>de</strong>flagram três<br />

novos focos, <strong>de</strong>sta feita na Quinta da<br />

Barroca. A acção dos bombeiros impe<strong>de</strong> a<br />

progressão das chamas,<br />

controlando-as<br />

junto à Estrada Nacional.<br />

Porém, a cerca<br />

<strong>de</strong> mil metros<br />

<strong>de</strong>ste local, nova frente<br />

<strong>de</strong>flagra, por propagação.<br />

As fagulhas são<br />

responsáveis pelo regresso<br />

do fogo à Tapada Nacional, com início<br />

no sítio das Lombas. Consumindo cerca<br />

<strong>de</strong> 80 hectares, a frente alastra em direcção<br />

à Tapada Militar.<br />

Carvalhos, pinheiros, plátanos, freixos,<br />

sobreiros... A riqueza vegetal daquele que<br />

foi cenário <strong>de</strong> eleição para as gran<strong>de</strong>s<br />

caçadas da realeza começa a ser <strong>de</strong>struída.<br />

Arduamente, 338 bombeiros, apoiados por<br />

92 viaturas e três helicópteros, combatem<br />

um inimigo que teima em não ce<strong>de</strong>r.<br />

Durante a noite, no posto <strong>de</strong> comando<br />

localizado no Co<strong>de</strong>çal, centro das gran<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>cisões, o Executivo da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong>fine estratégias com os bombeiros. Perto<br />

das 24 horas, o Ministro da Agricultura,<br />

Sevinate Pinto, dirige-se ao local, a fim <strong>de</strong><br />

avaliar a tomada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> acção.<br />

Durante a madrugada, o Secretário <strong>de</strong><br />

Estado da Defesa e Antigos Combatentes,<br />

Henrique <strong>de</strong> Freitas, é recebido na Escola<br />

Prática <strong>de</strong> Infantaria, on<strong>de</strong> analisa a situação<br />

verificada na Tapada Militar.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 5


O nascer do sol parece inaugurar<br />

um novo dia e uma nova<br />

esperança. A meio da manhã<br />

<strong>de</strong> sexta-feira, o incêndio na<br />

Tapada Nacional é dado<br />

como circunscrito. <strong>Mafra</strong><br />

respira <strong>de</strong> alívio... mas apenas<br />

por breves horas.<br />

Mal a tar<strong>de</strong> começa, dá-se<br />

o regresso do flagelo. Da Barreiralva,<br />

as labaredas alastram até à Póvoa<br />

<strong>de</strong> Baixo, Murgeira, A-da-Pêrra e Sobreiro,<br />

motivando verda<strong>de</strong>iros momentos <strong>de</strong> terror<br />

junto da população. Consumindo mato e<br />

floresta, o fogo aproxima-se das habitações.<br />

Não há mãos a medir. Num esforço<br />

louvável, populares e bombeiros fazem o<br />

possível. É preciso ajudar quem precisa.<br />

Para os que assistem <strong>de</strong> longe, a partir <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong>, o cenário é in<strong>de</strong>scritível. O fumo e as<br />

cinzas envolvem a vila, parecendo transformar<br />

o dia em noite e tornando o ar verda<strong>de</strong>iramente<br />

irrespirável. Até mesmo em<br />

Elaborado pelo Serviço<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Protecção<br />

Civil, com parecer<br />

favorável da<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong> e a aprovação<br />

da Comissão Nacional<br />

<strong>de</strong> Protecção Civil, o Plano<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Emergência do Concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong> (PMECM) é um instrumento que os<br />

Serviços Municipais dispõem para o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento<br />

das operações <strong>de</strong> protecção<br />

civil. Este <strong>de</strong>stina-se a possibilitar a criação<br />

<strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direcção e controlo para<br />

a coor<strong>de</strong>nação das acções a <strong>de</strong>senvolver e a<br />

gestão <strong>de</strong> meios/recursos mobilizáveis no<br />

Concelho, face a um aci<strong>de</strong>nte grave, catástrofe<br />

ou calamida<strong>de</strong>, visando minimizar os<br />

prejuízos e perdas <strong>de</strong> vidas, bem como o<br />

restabelecimento da normalida<strong>de</strong>.<br />

A activação <strong>de</strong>ste plano, da responsabilida<strong>de</strong><br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 6<br />

ESPECIAL<br />

Plano <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Emergência<br />

da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

permite accionar, imediatamente,<br />

a constituição do Centro<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong><br />

Emergência <strong>de</strong> Protecção Civil<br />

(CMOEPC), que coor<strong>de</strong>na e<br />

promove a actuação dos meios<br />

<strong>de</strong> socorro, a evacuação <strong>de</strong><br />

feridos/doentes e <strong>de</strong> cidadãos<br />

localizados em zonas <strong>de</strong> risco<br />

(assegurando o seu alojamento,<br />

agasalho e alimentação), a<br />

manutenção da lei e da or<strong>de</strong>m,<br />

assim como a garantia da circulação<br />

nas vias <strong>de</strong> acesso necessárias<br />

para a movimentação<br />

dos meios <strong>de</strong> socorro e<br />

para a evacuação das populações.<br />

O CMOEPC é constituído ainda por <strong>de</strong>legados<br />

da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, dos Bombeiros Voluntários,<br />

da GNR, do Núcleo da Cruz Ver-<br />

Lisboa, os transeuntes questionam a origem<br />

<strong>de</strong> tal negra névoa.<br />

Dada a extrema complexida<strong>de</strong> da situação,<br />

a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> toma a<br />

<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> accionar o Plano <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

Emergência (consultar caixa), activando o<br />

Centro <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Emergência<br />

<strong>de</strong> Protecção Civil e contribuindo<br />

para um reforço dos meios disponíveis no<br />

terreno. 380 bombeiros contam com o auxílio<br />

<strong>de</strong> quatro helicópteros, 102 viaturas e<br />

quatro máquinas <strong>de</strong> rastos, para além da<br />

colaboração <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 150 militares da<br />

Escola Prática da Infantaria (EPI).<br />

No Serviço <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Protecção Civil, as<br />

chamadas telefónicas são contínuas. Incessantes<br />

pedidos <strong>de</strong> ajuda, efectuados a partir<br />

<strong>de</strong> variados pontos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

evi<strong>de</strong>nciam a extraordinária dispersão e<br />

a multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> incêndio que,<br />

simultaneamente, <strong>de</strong>flagram.<br />

melha, do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e da Segurança<br />

Social, encontrando-se localizado nas instalações<br />

dos Bombeiros Voluntários <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

sitas na Avenida 25 <strong>de</strong> Abril.


Com a aproximação das chamas à localida<strong>de</strong><br />

do Sobreiro, o Centro <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

Operações <strong>de</strong> Emergência <strong>de</strong> Protecção Civil,<br />

sediado no quartel dos Bombeiros Voluntários<br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> evacuar, como<br />

medida preventiva, os utentes resi<strong>de</strong>ntes<br />

no Lar do Sobreiro. Os cerca <strong>de</strong> 30 idosos<br />

são transportados para o Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, on<strong>de</strong> médicos e enfermeiros,<br />

muitos <strong>de</strong>stes voluntários, trabalham para<br />

dar o necessário apoio às vítimas.<br />

São bombeiros e civis que ali acorrem, essencialmente<br />

situações <strong>de</strong> intoxicação por<br />

inalação <strong>de</strong> fumo e crises ansiosas. Não é<br />

fácil suster as emoções e lutar, como se<br />

po<strong>de</strong> e sabe, para ajudar os bombeiros a<br />

suster a violência das chamas.<br />

Este é um inimigo que não <strong>de</strong>sarma. Na<br />

zona da Venda do Pinheiro, as chamas também<br />

lavram. O cair da noite traz tristes novida<strong>de</strong>s:<br />

um novo foco, <strong>de</strong>sta vez em Almada,<br />

dirigindo-se para o Pipo, Boco e Carvalhal,<br />

on<strong>de</strong> novos momentos <strong>de</strong> aflição são, infelizmente,<br />

vividos. Durante a noite, o Ministro<br />

da Cultura, Pedro Roseta, acompanhado<br />

pelo Presi<strong>de</strong>nte do Instituto Português do<br />

Património Arquitectónico (IPPAR), dirige-<br />

-se ao Gabinete <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Protecção Civil,<br />

a fim <strong>de</strong> se inteirar da situação.<br />

ESPECIAL<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 7


Quando o relógio assinala<br />

meio-dia, estão 39 graus <strong>de</strong> um<br />

ar<strong>de</strong>nte dia 13 <strong>de</strong> Setembro,<br />

sendo que a humida<strong>de</strong> relativa<br />

não alcança os 20%. Uma<br />

associação quase explosiva,<br />

dizem os entendidos.<br />

O árduo trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />

pelos bombeiros,<br />

durante a noite, produziu efeitos.<br />

Na zona do Boco e do Pipo, as chamas<br />

estão controladas, verificando-se apenas<br />

alguns reacendimentos. Preocupante continua<br />

a situação na Tapada Nacional e nas<br />

suas imediações.<br />

No primeiro ponto <strong>de</strong> situação <strong>de</strong>sse dia,<br />

dirigido à comunicação social, o Comando<br />

Operacional alerta para as dificulda<strong>de</strong>s que<br />

po<strong>de</strong>rão advir das condições climatéricas<br />

verificadas. O prognóstico não po<strong>de</strong>ria<br />

estar mais certo.<br />

Perto das 15 horas, novo incêndio começa<br />

a lavrar em Monte Gordo (freguesia <strong>de</strong><br />

Sobral da Abelheira), associando-se à<br />

frente proveniente do Co<strong>de</strong>çal e da Chanca.<br />

Durante a tar<strong>de</strong>, os meios envolvidos<br />

aumentam substancialmente. São já 680<br />

bombeiros <strong>de</strong> 71 corporações, contando<br />

com 210 viaturas <strong>de</strong> combate a incêndios,<br />

seis máquinas <strong>de</strong> rastos, quatro cisternas<br />

civis <strong>de</strong> 30 mil litros, cinco helicópteros e<br />

150 militares da EPI, a par do apoio da Cruz<br />

Vermelha Portuguesa e da Guarda Nacional<br />

Republicana (GNR).<br />

Cerca das 18 horas, o cenário é dantesco.<br />

Enquanto a frente sul (referente ao Boco e<br />

ao Pipo) se encontra em fase <strong>de</strong> rescaldo,<br />

os bombeiros não têm mãos a medir para<br />

acudir à proliferação <strong>de</strong> focos <strong>de</strong> incêndio.<br />

Combatem na zona da Chanca e <strong>de</strong> Monte<br />

Gordo, mas também na Abrunheira e ainda<br />

em Ribeira dos Tostões. Isto sem falar,<br />

obviamente, na Tapada.<br />

O vento rápido não ajuda. Os bombeiros,<br />

extenuados <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> dias e noites <strong>de</strong><br />

intenso trabalho, posicionam-se no terreno<br />

e, <strong>de</strong> acordo com as directrizes <strong>de</strong>finidas<br />

pelo Comando Operacional, tentam solucionar<br />

o que parece impossível.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 8<br />

ESPECIAL<br />

Consciente da gravida<strong>de</strong> da situação, o Centro<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Emergência<br />

<strong>de</strong> Protecção Civil toma a firme <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

evacuar os utentes do Pousal, unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

internamento para <strong>de</strong>ficientes físicos e mentais,<br />

e os idosos do Lar <strong>de</strong> Idosos "Varandas<br />

da Malveira", localizado na Avessada. Esta é<br />

uma medida preventiva, pois a progressão<br />

das chamas em Alcaínça e na Abrunheira,<br />

em direcção à Malveira, torna-se preocupante.<br />

Rapidamente, mobilizam-se meios e <strong>de</strong>finem-se<br />

linhas <strong>de</strong> acção. Mais <strong>de</strong> 50 ambulâncias<br />

fazem o transporte. Do Pousal, 30<br />

utentes são encaminhados para o Hospital<br />

<strong>de</strong> Santana, 37 para o Alcoitão e 19 para o<br />

antigo edifício do Lar da Santa Casa da Misericórdia<br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Para este último espaço<br />

são também transportados 16 idosos do Lar<br />

"Varandas da Malveira", bem como quatro<br />

particulares provenientes <strong>de</strong> habitações em<br />

Alcaínça.<br />

Simultaneamente, é anunciada a chegada a<br />

<strong>Mafra</strong> do Ministro da Administração Interna.<br />

Figueiredo Lopes acorre à Protecção Civil<br />

para se inteirar da situação dos fogos que<br />

lavram por todo o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Aos<br />

jornalistas, este membro do governo refere,<br />

em conferência <strong>de</strong> imprensa na qual também<br />

estiveram presentes o Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> e o Coor<strong>de</strong>nador Distrital <strong>de</strong><br />

Lisboa do Serviço Nacional <strong>de</strong> Bombeiros e<br />

Protecção Civil (SNBPC), Moreira Vicente,<br />

que o país se <strong>de</strong>fronta com outros incêndios<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão. Anuncia, ainda, que no<br />

terreno se encontram várias brigadas <strong>de</strong><br />

investigação criminal da Polícia Judiciária,<br />

que averiguam a origem dos vários fogos.<br />

O cair da noite será, pelas piores razões,<br />

relembrado pelos habitantes da Alcaínça,<br />

on<strong>de</strong> se vivem momentos <strong>de</strong> real sufoco. As<br />

labaredas aproximam-se vertiginosamente<br />

das casas. Só mais tar<strong>de</strong> será possível efectuar<br />

o <strong>de</strong>vido controlo da situação e <strong>de</strong>scansar<br />

aqueles que, durante as últimas<br />

horas, trabalharam arduamente para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

os seus bens.<br />

No fim <strong>de</strong>ste dia verda<strong>de</strong>iramente infindável,<br />

uma boa notícia anima os homens que, após<br />

longos e terríficos dias, fazem frente às<br />

labaredas. O Exército Português promoveu<br />

um reforço <strong>de</strong> meios militares no terreno.<br />

350 homens estão, agora, à disposição do<br />

Comando Operacional, essencialmente para<br />

missões <strong>de</strong> patrulha e para socorrer eventuais<br />

reacendimentos.


A noite foi longa, mas 14 <strong>de</strong> Setembro amanhece<br />

com o tom da esperança. No briefing<br />

efectuado na hora <strong>de</strong> almoço, o Comando<br />

Operacional anuncia que todo o perímetro<br />

do incêndio se encontra em rescaldo e vigilância,<br />

verificando-se apenas alguns reacendimentos.<br />

Os utentes do Pousal e do Lar "Varandas da<br />

Malveira" regressam às respectivas instituições.<br />

Como medida <strong>de</strong> prevenção, os meios<br />

mantêm-se no terreno: 680 bombeiros, 210<br />

Não se conhecem os nomes. Apenas o<br />

objectivo <strong>de</strong> ajudar e colaborar.<br />

Os gestos <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> dos munícipes<br />

do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> foram, sem dúvida,<br />

uma forma <strong>de</strong> minimizar a angústia das<br />

populações e um meio <strong>de</strong> prestar o apoio<br />

aos bombeiros no combate às chamas.<br />

Às instalações da Protecção Civil <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />

chegaram ofertas <strong>de</strong> géneros alimentares<br />

<strong>de</strong> todo o tipo e donativos, quer <strong>de</strong> particulares,<br />

quer <strong>de</strong> empresas. Ficará certamente<br />

na retina a imagem dos cordões humanos<br />

formados para a recepção dos víveres, sinal<br />

inequívoco do empenho <strong>de</strong> todos numa<br />

causa comum.<br />

Outros pontos <strong>de</strong> recolha foram organizados,<br />

informalmente, um pouco por todo o<br />

Concelho: nas Juntas <strong>de</strong> Freguesia, nas<br />

ESPECIAL<br />

viaturas, 15 ambulâncias, seis máquinas <strong>de</strong><br />

rastos, quatro cisternas civis <strong>de</strong> 30 mil litros,<br />

três helicópteros, 400 militares e três unida<strong>de</strong>s<br />

da GNR, estes últimos num total <strong>de</strong><br />

150 homens, 24 viaturas e seis motos encarregues<br />

da organização e gestão da circulação<br />

rodoviária e do policiamento intensivo<br />

das áreas ardidas e não ardidas.<br />

Cerca das 20 horas, mediante uma situação<br />

mais estabilizada, o Comando Operacional<br />

<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>r a uma redução <strong>de</strong> meios.<br />

Solidarieda<strong>de</strong> anónima<br />

Instituições <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social, no Centro <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> ou nos locais<br />

on<strong>de</strong>, corajosamente,<br />

os bombeiros enfrentavam<br />

as chamas.<br />

Também a distribuição <strong>de</strong>stes<br />

víveres, efectuada com<br />

o apoio da Cruz Vermelha<br />

Portuguesa, da <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> e dos Escuteiros<br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, contou com a<br />

colaboração <strong>de</strong> muitos voluntários<br />

que, regularmente,<br />

se dirigiram às frentes<br />

<strong>de</strong> fogo para assegurar a<br />

alimentação dos "Soldados<br />

da Paz".<br />

Os agora 96 bombeiros<br />

em permanência são<br />

divididos em grupos, ficando<br />

sediados nos<br />

quartéis dos Bombeiros<br />

Voluntários <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e da<br />

Malveira e ainda nas<br />

áreas <strong>de</strong> Alcaínça/Igreja Nova/<strong>Mafra</strong> e Tapada/Gradil/Co<strong>de</strong>çal.<br />

Os "Soldados da Paz"<br />

são auxiliados por 14 prontos-socorro, oito<br />

auto-tanques, cinco auto-comandos, um<br />

helicóptero e 400 militares.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 9


A A tranquilida<strong>de</strong> tranquilida<strong>de</strong> parece parece reregressar.gressar.<br />

Ao Ao longe, longe, o o ConConventovento<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> <strong>Mafra</strong> testemunha<br />

testemunha<br />

um um feliz feliz estado estado <strong>de</strong> <strong>de</strong> silêncio,<br />

silêncio,<br />

apenas apenas interrompido interrompido cacasualmentesualmente<br />

pela pela sirene sirene <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong><br />

um um qualquer qualquer pronto-<strong>de</strong>-<br />

pronto-<strong>de</strong>-<br />

-socorro -socorro que que passa passa para<br />

para<br />

acorrer acorrer a situações situações pontuais pontuais <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong><br />

reacendimentos, reacendimentos, que que manter-se-iam manter-se-iam ainda<br />

ainda<br />

durante durante os os dias dias seguintes. seguintes. O O manto manto negro<br />

negro<br />

que que envolvia envolvia o o imponente imponente monumento<br />

monumento<br />

começa começa a a esfumar-se, esfumar-se, antevendo-se antevendo-se o o azul<br />

azul<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> um um verda<strong>de</strong>iro verda<strong>de</strong>iro e e agradável agradável dia dia <strong>de</strong> <strong>de</strong> verão.<br />

verão.<br />

Às Às 17 17 horas horas <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>ste dia dia 15 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong> Setembro, Setembro, o<br />

o<br />

Centro Centro <strong>Municipal</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> Operações Operações <strong>de</strong> <strong>de</strong> EmerEmergênciagência<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> Protecção Protecção Civil Civil toma toma a a <strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong>cisão<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sactivar <strong>de</strong>sactivar o o Plano Plano <strong>Municipal</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> EmerEmergência.gência.<br />

Tal Tal significa, significa, literalmente, literalmente, que que o o pior<br />

pior<br />

já já passou.<br />

passou.<br />

A ma<strong>de</strong>ira resultante da floresta que foi<br />

<strong>de</strong>struída ou afectada pelos incêndios nas<br />

últimas semanas po<strong>de</strong> ter valor comercial.<br />

Por meio <strong>de</strong> um apelo efectuado pelo<br />

Ministério da Agricultura, Desenvolvimento<br />

Rural e Pescas, que a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> faz<br />

eco neste <strong>boletim</strong>, são formuladas as seguintes<br />

recomendações aos produtores florestais:<br />

• Se tem pinheiros <strong>de</strong> boas dimensões, <strong>de</strong>ve<br />

cortá-los e <strong>de</strong>scascar a ma<strong>de</strong>ira com a<br />

maior brevida<strong>de</strong> possível;<br />

• Antes <strong>de</strong> fazer o corte tenha em atenção<br />

qual o comprimento dos toros que mais valoriza<br />

a sua ma<strong>de</strong>ira;<br />

• Não venda a sua ma<strong>de</strong>ira a qualquer preço.<br />

Consulte os serviços oficiais que o po<strong>de</strong>m<br />

esclarecer:<br />

• Direcção Regional das Florestas<br />

800 261 261<br />

• Direcção Regional <strong>de</strong> Agricultura do Ribatejo<br />

e Oeste<br />

800 209 520<br />

As chamadas são gratuitas.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 10<br />

ESPECIAL<br />

Como Como forma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong> prevenção, prevenção, permanecem permanecem os<br />

os<br />

meios meios no no terreno. terreno. É É agora agora tempo tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar<br />

avaliar<br />

os os danos danos causados causados pela pela passagem passagem das<br />

das<br />

chamas chamas e e tomar tomar medidas medidas para para minimizar<br />

minimizar<br />

aqueles aqueles que, que, directa directa ou ou indirectamente,<br />

indirectamente,<br />

foram foram suas suas vítimas.<br />

vítimas.<br />

Durante Durante os os dias dias que que se se seguiram, seguiram, foi foi pospossívelsível<br />

avaliar avaliar a a verda<strong>de</strong>ira verda<strong>de</strong>ira dimensão dimensão da<br />

da<br />

tragédia. tragédia. A A violência violência das das chamas chamas afectou<br />

afectou<br />

uma uma área área <strong>de</strong> <strong>de</strong> 5.162 5.162 hectares, hectares, que que significam<br />

significam<br />

17.7% 17.7% da da área área total total do do Concelho Concelho <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

<strong>Mafra</strong>.<br />

Na Na Tapada Tapada Nacional, Nacional, incluindo incluindo aqui aqui a a Tapada<br />

Tapada<br />

Real Real e e a a Tapada Tapada Militar, Militar, ar<strong>de</strong>ram ar<strong>de</strong>ram mais mais <strong>de</strong> <strong>de</strong> 950<br />

950<br />

hectares, hectares, cerca cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong> 84% 84% da da sua sua dimensão<br />

dimensão<br />

total. total. A A esperança esperança resi<strong>de</strong> resi<strong>de</strong> no no facto facto <strong>de</strong> <strong>de</strong> que<br />

que<br />

gran<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte parte <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>sta área área não não ficou ficou totaltotalmentemente<br />

<strong>de</strong>struída, <strong>de</strong>struída, aguardando-se aguardando-se o o regresso<br />

regresso<br />

da da Primavera Primavera para para que que a a floresta floresta possa<br />

possa<br />

renascer.<br />

renascer.<br />

Recomendações do Ministério da Agricultura<br />

Foram Foram quatro quatro casas casas <strong>de</strong> <strong>de</strong> habitação habitação totaltotalmentemente<br />

ardidas ardidas e e outras outras danificadas danificadas pela<br />

pela<br />

passagem passagem das das labaredas, labaredas, a a que que se se junta<br />

junta<br />

material material e e alfaias alfaias agrícolas, agrícolas, viaturas,<br />

viaturas,<br />

árvores árvores <strong>de</strong> <strong>de</strong> fruto fruto e e muita muita floresta.<br />

floresta.<br />

98 98 bombeiros bombeiros e e 66 66 civis civis foram, foram, das das 0<br />

0<br />

horas horas do do dia dia 12 12 às às 16 16 horas horas do do dia dia 15,<br />

15,<br />

atendidos atendidos no no Centro Centro <strong>de</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

<strong>Mafra</strong>,<br />

principalmente principalmente <strong>de</strong>vido <strong>de</strong>vido a a intoxicações intoxicações por<br />

por<br />

inalação inalação <strong>de</strong> <strong>de</strong> fumo, fumo, crises crises ansiosas ansiosas e<br />

e<br />

pequenas pequenas queimaduras. queimaduras. Apenas Apenas quatro<br />

quatro<br />

utentes utentes foram foram transferidos transferidos para para hospitais<br />

hospitais<br />

centrais.<br />

centrais.<br />

Mas, Mas, mais mais do do que que as as estatísticas estatísticas traduzem,<br />

traduzem,<br />

ficou ficou um um triste triste sentimento: sentimento: o o <strong>de</strong> <strong>de</strong> saber saber o<br />

o<br />

quão quão vulneráveis vulneráveis po<strong>de</strong>mos po<strong>de</strong>mos ser... ser... o o <strong>de</strong> <strong>de</strong> saber<br />

saber<br />

que que o o ver<strong>de</strong> ver<strong>de</strong> po<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>, rapidamente, rapidamente, tornar-se<br />

tornar-se<br />

cinza.<br />

cinza.


Apoio às vitimas<br />

Os incêndios que<br />

<strong>de</strong>flagraram no nosso<br />

Concelho <strong>de</strong>ixaram<br />

atrás <strong>de</strong> si um<br />

rasto <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição<br />

que afecta directamente<br />

as populações.<br />

Para além dos inúmeros hectares <strong>de</strong> floresta<br />

ardidos, meios <strong>de</strong> subsistência únicos<br />

para muitos dos munícipes, foram também<br />

afectados bens materiais, como habitações,<br />

a<strong>de</strong>gas, casarios <strong>de</strong> apoio à agricultura, carros,<br />

máquinas, entre outros.<br />

A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> colocou ao dispor <strong>de</strong><br />

todos os lesados um conjunto <strong>de</strong> acções<br />

ten<strong>de</strong>ntes a accionar os apoios estaduais,<br />

nomeadamente no que diz respeito à linha<br />

<strong>de</strong> crédito especial dirigida aos distritos que<br />

foram abrangidos pela <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> situação<br />

<strong>de</strong> calamida<strong>de</strong> pública. De salientar que,<br />

no caso do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, tal foi <strong>de</strong>cretado<br />

pelo governo através da Resolução do<br />

Conselho <strong>de</strong> Ministros <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Setembro.<br />

Para além <strong>de</strong>ste esforço multiplicaram-se os<br />

contactos com empresas privadas e instituições<br />

bancárias, no sentido <strong>de</strong> angariar<br />

meios <strong>de</strong> apoio aos lesados. Os resultados<br />

são, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, positivos, com <strong>de</strong>staque para<br />

os apoios dados pelo Banco Espírito Santo e<br />

pela Samsung Portugal, que contribuirão<br />

com donativos financeiros e entrega <strong>de</strong> electrodomésticos.<br />

Os munícipes que sofreram danos materiais<br />

em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste terrível incêndio ainda se<br />

po<strong>de</strong>m dirigir ao Serviço Local <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> do<br />

Centro Distrital <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong> e Segurança<br />

Social <strong>de</strong> Lisboa - serviço este que<br />

tem colaborado com o Gabinete <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> Protecção Civil e se localiza na Avenida<br />

25 <strong>de</strong> Abril (frente ao edifício dos Bombeiros<br />

Voluntários <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>) - ou à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, a fim <strong>de</strong> ser efectuada uma<br />

ficha <strong>de</strong> registo dos mesmos.<br />

No caso dos danos relacionados com edifícios,<br />

alojamentos, instalações e agregados<br />

familiares, estas informações serviram <strong>de</strong><br />

base para o preenchimento do "Inquérito à<br />

Situação <strong>de</strong> Calamida<strong>de</strong> Pública", que a <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> tem vindo a remeter<br />

à Secretaria <strong>de</strong> Estado da Administração<br />

do Local (SEAL) do Ministério das Cida<strong>de</strong>s,<br />

Or<strong>de</strong>namento do Território e Ambiente.<br />

Este inquérito <strong>de</strong>stinou-se a obter indica-<br />

ESPECIAL<br />

dores fiáveis sobre o impacto do sinistro e a<br />

fornecer uma primeira informação ao nível<br />

dos lesados, <strong>de</strong> modo a dar seguimento posterior<br />

a processos <strong>de</strong> análise e aprofundamento<br />

dos impactos a título individual para a<br />

eventual atribuição <strong>de</strong> subsídios/ajudas.<br />

Foram intervenientes neste processo: a<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> que, além do preenchimento<br />

dos questionários, efectua uma primeira<br />

análise para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> incongruências,<br />

fazendo o cruzamento da informação<br />

com elementos <strong>de</strong> outras fontes que <strong>de</strong>senvolveram<br />

também levantamentos no terreno;<br />

a SEAL, entida<strong>de</strong> responsável pela coor<strong>de</strong>nação<br />

que recebe os formulários, garante a<br />

coerência dos resultados e tipifica as situações<br />

encontradas; e o Instituto Nacional <strong>de</strong><br />

Estatística (INE), que regista a informação,<br />

efectua o apuramento dos resultados e<br />

<strong>de</strong>volve todos os formulários à SEAL.<br />

No que diz respeito aos prejuízos referentes<br />

a perdas <strong>de</strong> animais, plantações, vedações,<br />

infra-estruturas rurais, máquinas e equipamentos<br />

agrícolas, os dados recolhidos estão<br />

a ser enviados pela autarquia para o Ministério<br />

da Agricultura, Desenvolvimento<br />

Rural e Pescas. Os lesados po<strong>de</strong>rão ainda<br />

utilizar uma linha ver<strong>de</strong> da Direcção Regional<br />

<strong>de</strong> Agricultura do Oeste (800 209 520)<br />

ou, em alternativa, dirigir-se à Delegação <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong> da Direcção Geral das Florestas, situada<br />

na Rua Professor Guilherme <strong>de</strong> Assunção,<br />

em <strong>Mafra</strong> (antigo posto da GNR), com<br />

objectivo <strong>de</strong> entregar os respectivos pedidos<br />

<strong>de</strong> candidatura que serão alvo <strong>de</strong> avaliação<br />

técnica.<br />

De salientar que, <strong>de</strong> acordo com a aplicação<br />

das medidas da Resolução do Conselho <strong>de</strong><br />

Ministros <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2003, este<br />

Ministério está a <strong>de</strong>senvolver uma acção<br />

para redução das consequências dos incêndios,<br />

nomeadamente através <strong>de</strong>:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

In<strong>de</strong>mnização dos agricultores pelos animais<br />

mortos, através do seu valor médio<br />

no mercado;<br />

Financiamento da alimentação dos animais<br />

cujas zonas <strong>de</strong> pastoreio tenham<br />

sido atingidas pelo incêndio;<br />

Reposição do potencial produtivo, no caso<br />

dos agricultores com prejuízos <strong>de</strong>correntes<br />

da passagem do fogo pelas suas<br />

explorações (ao nível <strong>de</strong> construções<br />

rurais, plantações, vedações, equipamentos<br />

agrícolas, entre outras situações).<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 11


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 12<br />

ESPECIAL<br />

COMUNICADO<br />

No momento em que o Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> volta a renascer, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cinco infindáveis dias em que as<br />

chamas consumiram parte do seu valioso património, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> expressa, publicamente, a sua solidarieda<strong>de</strong><br />

para com aqueles que, directa ou indirectamente, sofreram as agruras <strong>de</strong>ste flagelo, mostrando a<br />

sua inteira disponibilida<strong>de</strong> para apoiar e minimizar tal sofrimento.<br />

A autarquia apresenta, ainda, os seus mais sinceros agra<strong>de</strong>cimentos à população do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

bem como àqueles que, com o seu esforço e empenho, contribuíram para atenuar a angústia dos que se<br />

<strong>de</strong>bateram contra este inesperado infortúnio, não só apoiando as forças no terreno, como <strong>de</strong>monstrando<br />

todo o seu espírito <strong>de</strong> entre-ajuda para com as vítimas e os bombeiros.<br />

Aos "Soldados da Paz", que heroicamente colocaram toda a sua coragem, vonta<strong>de</strong> férrea e esforço sobre-<br />

-humano no combate às chamas;<br />

À Guarda Nacional Republicana, pelo modo profissional e atento com que assegurou a segurança <strong>de</strong> civis e<br />

forças no terreno;<br />

Aos militares, que tão bem souberam enten<strong>de</strong>r da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colaborar com a socieda<strong>de</strong> civil;<br />

Às instituições e técnicos das áreas da saú<strong>de</strong> e da segurança social, pela importante missão humanitária que<br />

<strong>de</strong>sempenharam;<br />

A todos esta autarquia dirige uma especial palavra <strong>de</strong> reconhecimento, consciente <strong>de</strong> que esta representa,<br />

afinal, o sentimento colectivo dos munícipes do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

<strong>Mafra</strong>, 17 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>


ESPECIAL<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 13


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 14


EDUCA˙ˆO<br />

Aposta na qualificação profissional<br />

e na construção <strong>de</strong> novas escolas<br />

Um investimento continuado na criação <strong>de</strong> condições para<br />

uma educação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. No início <strong>de</strong> mais um ano lec-<br />

tivo, a edilida<strong>de</strong> inaugurou o A.T.L. da Encarnação, tendo<br />

ainda programada a construção <strong>de</strong> novos estabelecimentos<br />

escolares na Póvoa da Galega, Venda do Pinheiro, Gradil,<br />

Quintal e A-da-Pêrra. Por outro lado, promove a organização<br />

<strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação, <strong>de</strong>stinados à valorização e qualifi-<br />

cação profissional dos munícipes.<br />

NOVIDADES<br />

NO INÍCIO DO ANO LECTIVO<br />

I<br />

nstrumento prepon<strong>de</strong>rante para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

integral do ser humano,<br />

a educação revela-se como uma das<br />

gran<strong>de</strong>s priorida<strong>de</strong>s da <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Tendo <strong>de</strong>finido como<br />

linhas-mestras a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s<br />

e a <strong>de</strong>mocratização no acesso aos meios<br />

formativos, este investimento tem tido como base<br />

fundamental a criação <strong>de</strong> novos estabelecimentos<br />

<strong>de</strong> ensino e a requalificação dos existentes,<br />

<strong>de</strong> modo a potenciar condições que<br />

permitam promover o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma<br />

verda<strong>de</strong>ira educação para a cidadania, bem como<br />

a componente <strong>de</strong> apoio à família.<br />

Assim, foram já iniciadas as obras <strong>de</strong> construção<br />

da nova Escola Básica Integrada da<br />

Póvoa da Galega, com capacida<strong>de</strong> para acolher<br />

100 alunos do ensino pré-escolar e 150<br />

alunos do 1.º ciclo do ensino básico. Nesta escola<br />

mo<strong>de</strong>lar evi<strong>de</strong>nciam-se os equipamentos<br />

<strong>de</strong>stinados ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />

extra-curriculares, como o pavilhão, a biblioteca<br />

ou as salas <strong>de</strong>dicadas à expressão<br />

plástica. Assegurada está também a instituição<br />

da componente <strong>de</strong> apoio à família. Nas<br />

suas duas vertentes: almoço para o 1.º Ciclo e<br />

almoço e prolongamento <strong>de</strong> horário para o<br />

Pré-Escolar.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 15


Aprovados estão, igualmente, os projectos <strong>de</strong><br />

construção da Escola Básica do 1.º Ciclo da<br />

Venda do Pinheiro, bem como do Jardim <strong>de</strong><br />

Infância do Gradil. O início das obras da primeira<br />

infra-estrutura referida estão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

da conclusão da construção do novo<br />

Campo <strong>de</strong> Futebol da Venda do Pinheiro, na<br />

medida em que a nova escola será instalada<br />

na actual localização <strong>de</strong>ste equipamento <strong>de</strong>sportivo,<br />

na proximida<strong>de</strong> do Jardim <strong>de</strong> Infância<br />

da localida<strong>de</strong>. De sublinhar que neste estabelecimento<br />

escolar está prevista a construção<br />

<strong>de</strong> um complexo <strong>de</strong> piscinas, criando condições<br />

para a prática <strong>de</strong>sportiva dos alunos e<br />

igualmente <strong>de</strong> toda a população, uma vez que<br />

este equipamento estará também aberto ao<br />

público.<br />

As novida<strong>de</strong>s esten<strong>de</strong>m-se, ainda, à criação<br />

<strong>de</strong> novos Jardins <strong>de</strong> Infância. Assim, a autarquia<br />

prepara-se para reconverter os edifícios<br />

das antigas Escolas Básicas do 1.º Ciclo<br />

<strong>de</strong> Quintal e A-da-Pêrra - que entretanto ficaram<br />

<strong>de</strong>volutas, em virtu<strong>de</strong> da integração dos<br />

seus alunos na Escola Básica do 1.º Ciclo<br />

Hélia Correia, localizada em <strong>Mafra</strong> - em dois<br />

novos estabelecimentos <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>dicados<br />

ao pré-escolar. À semelhança do Jardim <strong>de</strong><br />

Infância do Gradil, estes equipamentos vão<br />

dispor, cada um, <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> para receber<br />

50 crianças com ida<strong>de</strong>s compreendidas entre<br />

os 3 e os 5 anos.<br />

Através <strong>de</strong>stas infra-estruturas, a autarquia<br />

continua o seu investimento no ensino pré-<br />

-escolar, consciente <strong>de</strong> que os primeiros<br />

anos <strong>de</strong> ensino se revelam fundamentais<br />

para o sucesso futuro dos alunos. Para os<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 16<br />

EDUCA˙ˆO<br />

encarregados <strong>de</strong> educação das localida<strong>de</strong>s<br />

abrangidas por estes Jardins <strong>de</strong> Infância,<br />

os mesmos assumem-se como importantes<br />

espaços <strong>de</strong> apoio, contribuindo para a resolução<br />

<strong>de</strong> um problema sempre premente que<br />

é o da necessária conjugação dos horários escolares<br />

das crianças com os seus próprios<br />

horários <strong>de</strong> trabalho. Aliás, é <strong>de</strong> realçar a existência<br />

da componente <strong>de</strong> apoio à família em<br />

12 Jardins <strong>de</strong> Infância (consulte o quadro 1).<br />

Para finalizar, no capítulo dos equipamentos,<br />

está concluída a obra <strong>de</strong> edificação do centro<br />

<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tempos livres (ATL) da freguesia<br />

da Encarnação, inaugurado a 15 <strong>de</strong><br />

Setembro. Este é o primeiro edifício municipal<br />

do género construído no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

tendo sido estabelecido um protocolo entre a<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> e a Junta <strong>de</strong> Freguesia da<br />

Encarnação, sendo esta última entida<strong>de</strong> responsável<br />

pela sua gestão. O ATL visa o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s lúdicas e pedagógicas,<br />

bem como o apoio escolar no período extra-lectivo,<br />

tendo como alvo as crianças do 1.º<br />

ciclo do ensino básico, com ida<strong>de</strong>s entre os 6<br />

e os 12 anos.


Aposta na qualificação<br />

profissional<br />

O novo ano escolar fica também marcado pelo<br />

início da formação profissional no Município <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong>, assumindo a autarquia um papel interventivo<br />

por forma a dar resposta às exigências<br />

sócio-profissionais e educativas dos cidadãos<br />

concelhios.<br />

Assim sendo, o Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação<br />

Profissional, com o apoio da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, vai realizar vários cursos profissionais.<br />

Preten<strong>de</strong>-se, acima <strong>de</strong> tudo, <strong>de</strong>senvolver<br />

as capacida<strong>de</strong>s dos formandos para o trabalho<br />

através <strong>de</strong> uma preparação a<strong>de</strong>quada às<br />

exigências da vida activa.<br />

Rentabilizando os recursos autárquicos em termos<br />

<strong>de</strong> instalações e equipamentos, o Núcleo<br />

Empresarial <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (NEM) apresenta-se como<br />

o espaço a<strong>de</strong>quado para acolher esta formação,<br />

constituindo-se aqui uma verda<strong>de</strong>ira<br />

Escola Profissional. Assim, a 22 <strong>de</strong> Setembro<br />

teve início o curso <strong>de</strong> "Instalações e Operações<br />

<strong>de</strong> Informática", na modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> "Qualificação",<br />

tendo a duração aproximada <strong>de</strong> um ano.<br />

Ainda durante o presente ano civil estão previstos<br />

mais cursos, bem como para 2004. Consulte<br />

no quadro 2 o tipo <strong>de</strong> formação que po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver e contacte o Centro <strong>de</strong> Emprego<br />

<strong>de</strong> Torres Vedras para obter informações quanto<br />

a inscrições.<br />

EDUCA˙ˆO<br />

Professores recebem nova edição do "seu" diário<br />

"Tradição" renovada. De modo a assinalar o<br />

início do ano escolar, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

editou o "Diário do Professor", um útil instrumento<br />

<strong>de</strong> planificação <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>stinado<br />

aos docentes colocados nas escolas e<br />

jardins <strong>de</strong> infância do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

À semelhança <strong>de</strong> anos anteriores, a autarquia<br />

continua a preten<strong>de</strong>r afirmar esta publicação<br />

também como um cartão <strong>de</strong> visita<br />

concelhio, dando a conhecer as suas freguesias,<br />

as suas tradições e ainda as principais<br />

áreas <strong>de</strong> intervenção municipal, contribuindo<br />

para a integração dos professores,<br />

muitos <strong>de</strong>stes provenientes <strong>de</strong> diversos<br />

pontos do país, no meio concelhio envolvente,<br />

simultaneamente apelando à sua participação.<br />

Esta é também uma forma <strong>de</strong> motivar os<br />

docentes para as potencialida<strong>de</strong>s do Concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, <strong>de</strong>safiando-os para que divulguem<br />

e fomentem o interesse dos alunos<br />

por este património.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 17


Pela primeira vez, o Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

Educação reuniu em sessão ordinária, realizada<br />

a 29 <strong>de</strong> Setembro, data em que se proce<strong>de</strong>u<br />

à sua instalação. Esta nova instância<br />

<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação e consulta - cuja criação se<br />

enquadra na política <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização<br />

administrativa do governo, com o intuito <strong>de</strong><br />

promover uma maior aproximação e responsabilização<br />

dos cidadãos no sistema educativo<br />

- apresenta, no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, a se-<br />

guinte composição:<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>;<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia <strong>Municipal</strong>;<br />

• Director Regional <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Lisboa<br />

ou seu representante;<br />

• Presi<strong>de</strong>nte da Junta <strong>de</strong> Freguesia eleito<br />

pela Assembleia <strong>Municipal</strong> em representação<br />

das freguesias do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>;<br />

• Um representante do pessoal docente do<br />

ensino secundário público;<br />

• Um representante do pessoal docente do<br />

ensino básico público;<br />

• Um representante do pessoal docente da<br />

educação pré-escolar pública;<br />

• Um representante do pessoal docente <strong>de</strong><br />

educação e <strong>de</strong> ensino básico e secundário<br />

privados;<br />

• Dois representantes das associações <strong>de</strong><br />

pais e encarregados <strong>de</strong> educação;<br />

Estão abertas as inscrições para os Ateliers<br />

<strong>de</strong> Artes Cénicas e <strong>de</strong> Artes Plásticas da <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong>, espaços <strong>de</strong> aprendizagem<br />

gratuitos nos domínios das artes, <strong>de</strong>stinados<br />

a todas as ida<strong>de</strong>s.<br />

O Atelier <strong>de</strong> Artes Cénicas propõe a abordagem<br />

dos seguintes aspectos: preparação<br />

do actor (voz, corpo, reeducação dos sentidos,<br />

construção do personagem e interpretação),<br />

dramaturgia, lugar cénico, cenografia,<br />

caracterização, prática teatral, iluminação,<br />

sonoplastia, figurinos e história do<br />

teatro, havendo também lugar para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong> um atelier coreográfico.<br />

Po<strong>de</strong>rá realizar a sua inscrição no Posto <strong>de</strong><br />

Turismo <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> ou no Auditório <strong>Municipal</strong><br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 18<br />

EDUCA˙ˆO<br />

Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação<br />

• Um representante das associações <strong>de</strong> estudantes;<br />

• Um representante das instituições particulares<br />

<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social que <strong>de</strong>senvolvam<br />

activida<strong>de</strong> na área da educação;<br />

• Representante dos serviços públicos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>;<br />

• Um representante dos serviços <strong>de</strong> segurança<br />

social;<br />

• Um representante dos serviços <strong>de</strong> emprego<br />

e formação profissional;<br />

• Um representante das forças <strong>de</strong> segurança.<br />

De salientar que o Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong><br />

Educação preten<strong>de</strong>, essencialmente, promover<br />

a coor<strong>de</strong>nação da política educativa no<br />

âmbito concelhio, articulando a intervenção<br />

dos diversos agentes educativos e parceiros<br />

sociais, quer analisando e acompanhando o<br />

funcionamento do sistema, quer propondo<br />

acções consi<strong>de</strong>radas a<strong>de</strong>quadas para a sua,<br />

cada vez maior, eficácia e eficiência.<br />

Assim, sendo uma das suas competências<br />

<strong>de</strong>liberar sobre a «a<strong>de</strong>quação das diferentes<br />

modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> acção social escolar,<br />

em particular no que se refere aos apoios<br />

sócio-educativos, à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportes escolares<br />

e à alimentação» (alínea e) do artigo<br />

4.º do Decreto-Lei n.º 7/2003, <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />

Janeiro), o Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educa-<br />

Diversificação da oferta na formação<br />

Beatriz Costa. De salientar que a frequência<br />

<strong>de</strong>ste atelier é condicionada pela realização<br />

<strong>de</strong> uma prova <strong>de</strong> aptidão vocacional específica.<br />

No ano lectivo 2003/2004, os munícipes po<strong>de</strong>m<br />

também participar no Atelier <strong>de</strong> Artes<br />

Plásticas, cuja principal função é ministrar o<br />

ensino e proporcionar a prática <strong>de</strong> todas as<br />

técnicas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho e pintura. As activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvem-se no Complexo Cultural<br />

Quinta da Raposa, durante os dias<br />

úteis, e no Jardim do Cerco, aos fins-<strong>de</strong>-semana.<br />

As inscrições <strong>de</strong>correm no referido<br />

Complexo Cultural.<br />

Participe, fazendo da arte uma forma interessante<br />

<strong>de</strong> ocupação do seu tempo livre!<br />

ção aprovou, nesta primeira reunião e por<br />

unanimida<strong>de</strong>, a proposta <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong><br />

comparticipações financeiras aos alunos,<br />

no âmbito da acção social escolar, para<br />

fazer face aos encargos relacionados com<br />

livros e material escolar, consoante o rendimento<br />

<strong>de</strong> cada agregado familiar e mediante<br />

a entrega já efectuada das candidaturas,<br />

tendo sido <strong>de</strong>finidos os seguintes escalões<br />

remunerados:<br />

• A, no valor <strong>de</strong> 25 euros, referente a agregados<br />

com rendimento per capita até<br />

155,68 euros;<br />

• B, no valor <strong>de</strong> 20 euros, referente a agregados<br />

com rendimento per capita <strong>de</strong><br />

155,68 até 191,30 euros.<br />

Alvo da apreciação <strong>de</strong>ste Conselho foi, igualmente,<br />

a proposta do Plano <strong>de</strong> Transportes<br />

Escolares para o Ano Lectivo 2003/2004, documento<br />

que foi previamente enviado pela<br />

autarquia para conhecimento e propostas <strong>de</strong><br />

sugestões <strong>de</strong> todos os Agrupamentos, Escolas,<br />

Empresas Transportadoras, Coor<strong>de</strong>nação<br />

da Área Educativa do Oeste e Direcção<br />

da Estrutura do Ensino Básico Mediatizado.<br />

Depois <strong>de</strong> ratificado por unanimida<strong>de</strong> no<br />

Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação, este plano<br />

será remetido à Reunião <strong>de</strong> <strong>Câmara</strong> para<br />

aprovação final.


O Espaço Jovem da Venda do Pinheiro vai passar a dispor, brevemente, <strong>de</strong> novas insta-<br />

lações, que se traduzem na criação <strong>de</strong> melhores condições para prestação <strong>de</strong> um serviço<br />

a<strong>de</strong>quado aos interesses e motivações da juventu<strong>de</strong>. Neste novo espaço foi criado um<br />

gabinete <strong>de</strong> atendimento psicológico e uma área <strong>de</strong>dicada às novas tecnologias.<br />

Com a inauguração da nova se<strong>de</strong><br />

da Junta <strong>de</strong> Freguesia da Venda<br />

do Pinheiro, localizada na Rua<br />

Professora Júlia Morais Costa<br />

Barros, <strong>de</strong>cidiu a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> proce<strong>de</strong>r<br />

a uma reestruturação e requalificação do<br />

antigo edifício, por forma a permitir a instalação<br />

<strong>de</strong> novas valências: o Espaço Jovem<br />

da localida<strong>de</strong>, respon<strong>de</strong>ndo à crescente<br />

procura verificada neste gabinete <strong>de</strong> apoio à<br />

juventu<strong>de</strong> até então sediado no Pavilhão<br />

Desportivo <strong>Municipal</strong>.<br />

Tendo em vista proporcionar a oferta <strong>de</strong> um<br />

serviço <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, o Espaço Jovem da<br />

Venda do Pinheiro vai integrar adicionalmente<br />

um gabinete <strong>de</strong>dicado ao atendimento psicológico<br />

e um espaço multimédia, que permite<br />

a ligação à internet e a consulta <strong>de</strong> enciclopédias,<br />

dicionários, jogos e outro material<br />

<strong>de</strong> interesse didáctico.<br />

Neste espaço, os jovens po<strong>de</strong>rão encontrar<br />

elementos sobre os eventos organizados<br />

pela autarquia e projectos <strong>de</strong>stinados à ocupação<br />

<strong>de</strong> tempos livres, aconselhamento<br />

quanto à procura do primeiro emprego e<br />

JUVENTUDE<br />

Informação, apoio e aconselhamento<br />

NOVO ESPAÇO<br />

PARA A JUVENTUDE<br />

NA VENDA DO PINHEIRO<br />

orientação profissional, informações referentes<br />

ao acesso ao ensino superior, estágios,<br />

cursos <strong>de</strong> formação profissional e ofertas<br />

<strong>de</strong> emprego, assim como dados relativos<br />

a iniciativas <strong>de</strong>senvolvidas pelo Instituto<br />

Português da Juventu<strong>de</strong> e outras entida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> âmbito nacional. De sublinhar também o<br />

apoio quanto às condições especiais para os<br />

jovens na área das viagens e à prevenção da<br />

toxicopedência e planeamento familiar, para<br />

além do aconselhamento jurídico e toda uma<br />

panóplia <strong>de</strong> informação <strong>de</strong> interesse juvenil.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 19


DESPORTO<br />

É este o apelo da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, consciente <strong>de</strong> que a prática <strong>de</strong> exercício físico regu-<br />

lar revela-se fundamental na optimização do funcionamento orgânico, prevenindo o<br />

aparecimento <strong>de</strong> patologias <strong>de</strong>generativas e promovendo uma maior qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Com o início da nova época <strong>de</strong>sportiva, os munícipes po<strong>de</strong>m frequentar os diversos<br />

núcleos municipais disponibilizados nas Instalações Desportivas da autarquia. Saiba<br />

como.<br />

Como utilizar as Instalações Desportivas<br />

Municipais?<br />

A autarquia coloca à disposição<br />

<strong>de</strong> todos um conjunto <strong>de</strong> instalações<br />

municipais que po<strong>de</strong>m ser<br />

utilizadas formalmente, através da inscrição nos<br />

núcleos municipais, ou informalmente, por meio<br />

do aluguer pontual ou regular das mesmas.<br />

Como se inscrever nos Núcleos Municipais?<br />

A inscrição nos núcleos municipais é possível<br />

ao longo <strong>de</strong> toda a época <strong>de</strong>sportiva. Para o<br />

efeito, <strong>de</strong>ve escolher o horário e modalida<strong>de</strong>s<br />

pretendidos, bem como preencher a respectiva<br />

ficha <strong>de</strong> inscrição, entregando também uma<br />

fotografia e uma <strong>de</strong>claração médica comprovativa<br />

da robustez física para a prática <strong>de</strong>sportiva<br />

e proce<strong>de</strong>ndo ao pagamento da taxa <strong>de</strong><br />

inscrição.<br />

No acto da inscrição ser-lhe-á entregue informação<br />

referente às normas específicas da instalação<br />

que vai utilizar, que não dispensa a<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 20<br />

Época Desportiva 2003/2004<br />

PRATIQUE DESPORTO,<br />

PELA SUA SAÚDE!<br />

leitura do regulamento, assim como o seu cartão<br />

<strong>de</strong> utente, que lhe confere um seguro <strong>de</strong><br />

aci<strong>de</strong>ntes pessoais.<br />

Po<strong>de</strong>rá ainda optar por adquirir um cartão <strong>de</strong><br />

livre trânsito, que tem um valor mensal fixo e<br />

permite a inscrição do titular do mesmo em<br />

todos os núcleos que preten<strong>de</strong>r.<br />

Como proce<strong>de</strong>r ao pagamento das mensalida<strong>de</strong>s?<br />

As mensalida<strong>de</strong>s são estipuladas conforme o<br />

número <strong>de</strong> horas e <strong>de</strong> aulas frequentadas por<br />

semana, <strong>de</strong>vendo ser pagas até ao dia 10 <strong>de</strong><br />

cada mês na secretaria da instalação municipal<br />

(o não cumprimento <strong>de</strong>ste prazo implica um<br />

agravamento da mensalida<strong>de</strong>).<br />

De salientar que os segundos e terceiros membros<br />

da mesma família têm 10% <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto<br />

no valor das mensalida<strong>de</strong>s. São consi<strong>de</strong>rados<br />

os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes ou ascen<strong>de</strong>ntes directos.<br />

As <strong>de</strong>sistências têm <strong>de</strong> ser comunicadas por<br />

escrito. Se o fizer até ao dia 10 do respectivo<br />

mês terá redução <strong>de</strong> 50% no pagamento da<br />

mensalida<strong>de</strong>, sendo que <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>sta data terá<br />

<strong>de</strong> o realizar na totalida<strong>de</strong>. Caso não regularize<br />

esta situação, será feito o cancelamento<br />

automático da inscrição, ficando em débito a<br />

respectiva mensalida<strong>de</strong>.<br />

As mudanças <strong>de</strong> classe só po<strong>de</strong>rão ser efectuadas<br />

até ao dia 8 <strong>de</strong> cada mês.<br />

Como efectuar o aluguer <strong>de</strong> qualquer instalação<br />

<strong>de</strong>sportiva?<br />

Optando <strong>de</strong>sta forma por uma prática <strong>de</strong>sportiva<br />

informal e autónoma, o aluguer das instalações<br />

po<strong>de</strong> ser efectuado pontual ou regularmente.<br />

No primeiro caso, <strong>de</strong>ve verificar a disponibilida<strong>de</strong><br />

do espaço no dia e hora pretendidos e<br />

proce<strong>de</strong>r à sua reserva, contactando, pessoal<br />

ou telefonicamente, a secretaria da respectiva<br />

instalação.<br />

Por sua vez, enten<strong>de</strong>-se por aluguer regular<br />

a marcação <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong>sportivo pelo


menos uma hora por mês, durante um período<br />

mínimo <strong>de</strong> três meses. Nesta situação<br />

<strong>de</strong>ve pagar mensalmente, até ao dia 10, o<br />

respectivo valor.<br />

Informe-se sobre os preços <strong>de</strong>stes alugueres<br />

nas Instalações Desportivas Municipais,<br />

bem como sobre os <strong>de</strong>scontos concedidos<br />

às escolas do 1.º ciclo, colectivida<strong>de</strong>s<br />

e outras entida<strong>de</strong>s sem fins lucrativos<br />

sediadas no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, para além<br />

<strong>de</strong> Associações ou Fe<strong>de</strong>rações.<br />

Não se esqueça que as <strong>de</strong>sistências dos<br />

DESPORTO<br />

alugueres têm <strong>de</strong> ser comunicadas com<br />

48 horas (alugueres pontuais) ou 30<br />

dias (alugueres regulares) <strong>de</strong> antecedência.<br />

O não cumprimento <strong>de</strong>stes<br />

prazos implica o respectivo<br />

pagamento.<br />

Gabinete <strong>de</strong> prescrição<br />

e aconselhamento<br />

do exercício<br />

Situado no Parque Desportivo <strong>Municipal</strong><br />

Eng.º Ministro dos Santos, em <strong>Mafra</strong>, este<br />

Gabinete nasceu da preocupação <strong>de</strong> fomentar<br />

a prática <strong>de</strong> exercício físico regular<br />

com qualida<strong>de</strong>.<br />

Os interessados po<strong>de</strong>m obter informações<br />

sobre a activida<strong>de</strong> que lhes é mais<br />

a<strong>de</strong>quada, <strong>de</strong> acordo com as suas limitações<br />

físicas e interesses, num espaço<br />

on<strong>de</strong> é ainda efectuado o aconselhamento<br />

e prescrição do exercício físico.<br />

Este serviço <strong>de</strong>stina-se a todas as pessoas,<br />

quer pratiquem <strong>de</strong>sporto <strong>de</strong> uma<br />

forma regular e acompanhada por técnicos,<br />

quer o façam autonomamente.<br />

Para usufruir <strong>de</strong>ste apoio basta inscrever-<br />

-se directamente no local ou por telefone,<br />

através do número 261 819 200.<br />

As inscrições são gratuitas, <strong>de</strong>vendo ser<br />

portador <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>claração médica atestando<br />

a não existência da impossibilida<strong>de</strong><br />

física à prática <strong>de</strong>sportiva ou <strong>de</strong>screvendo<br />

as limitações à mesma.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 21


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 22<br />

DESPORTO<br />

Novo estádio em construção<br />

MAIS CONDIÇÕES<br />

PARA O DESPORTO<br />

NA VENDA DO PINHEIRO<br />

O Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> continua a apostar na criação <strong>de</strong> condições físicas para a prática<br />

<strong>de</strong>sportiva, factor comprovado <strong>de</strong> formação, educação, convívio e promoção da saú<strong>de</strong>.<br />

Desta forma, está em fase <strong>de</strong> construção o novo campo <strong>de</strong> futebol da Venda do Pinheiro.<br />

Esta infra-estrutura <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> visa substituir o existente na localida<strong>de</strong> que, por sua vez,<br />

irá dar lugar à construção <strong>de</strong> um estabelecimento escolar.<br />

Onovo Campo <strong>de</strong> Futebol da<br />

Venda do Pinheiro apresenta-<br />

-se como um recinto <strong>de</strong>dicado<br />

ao <strong>de</strong>senvolvimento da modalida<strong>de</strong>,<br />

dispondo <strong>de</strong> dimensões<br />

apropriadas, piso em relva sintética, balneários<br />

com qualida<strong>de</strong>, zona <strong>de</strong> bancadas,<br />

iluminação que permite a realização <strong>de</strong> treinos<br />

e jogos nocturnos, bem como lugares<br />

<strong>de</strong> estacionamento para os frequentadores<br />

do espaço <strong>de</strong>sportivo. Encontra-se situado<br />

nos limites da Venda do Pinheiro, tendo<br />

como acessos um arruamento construído a<br />

partir da Estrada da Lapa (dirigentes e<br />

jogadores) e um outro (<strong>de</strong>stinado ao público)<br />

que irá ser construído a partir do troço<br />

<strong>de</strong> acesso à A8 - o qual será, em breve,<br />

dotado <strong>de</strong> uma rotunda que facilitará o trânsito<br />

naquela zona.<br />

Esta infra-estrutura, que significa um investimento<br />

<strong>de</strong> cerca 1 milhão e 200 mil euros<br />

por parte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, preten<strong>de</strong><br />

substituir o campo <strong>de</strong> futebol até agora<br />

existente, tendo em conta duas razões fundamentais:<br />

por um lado, a criação <strong>de</strong> melhores<br />

condições para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da prática do exercício físico, assim como<br />

para acolher o público que assiste aos<br />

jogos; por outro lado, possibilitar a construção,<br />

no espaço do actual campo, <strong>de</strong> um<br />

novo estabelecimento escolar. Dimensionado<br />

na proximida<strong>de</strong> do Jardim <strong>de</strong> Infância,<br />

este novo estabelecimento <strong>de</strong> ensino formará,<br />

assim, o complexo escolar da Venda<br />

do Pinheiro.<br />

O final do ano 2003 é apontado como a data<br />

<strong>de</strong> conclusão do novo Campo <strong>de</strong> Futebol,<br />

altura em que a prática <strong>de</strong>sportiva na freguesia<br />

da Venda do Pinheiro será substancialmente<br />

valorizada.


A<br />

animação nas praias associada<br />

à prática <strong>de</strong>sportiva serviu <strong>de</strong><br />

mote para mais uma edição do<br />

programa "MafrAnima", organizado<br />

pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> durante<br />

os meses <strong>de</strong> Julho e Agosto.<br />

As propostas para munícipes e visitantes constaram,<br />

também, da realização <strong>de</strong> sessões <strong>de</strong><br />

aeróbica nas Praias dos Pescadores e <strong>de</strong> S.<br />

Lourenço. Nesta última praia, os mais novos<br />

pu<strong>de</strong>ram gastar energias nos insufláveis.<br />

Usufruindo da brisa do mar e da beleza da<br />

paisagem costeira, o Walking no Passeio Pedonal<br />

e <strong>de</strong> Velocípe<strong>de</strong>s da Foz do Lizandro a<br />

Ribeira d'Ilhas acolheu a<strong>de</strong>ptos, alertando<br />

para os benefícios da marcha para uma vida<br />

saudável.<br />

Através da realização do "MafrAnima", a autarquia<br />

preten<strong>de</strong>u não só organizar activida<strong>de</strong>s<br />

que proporcionem a dinamização turística na<br />

área do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, como promover o<br />

exercício físico, prática esta que tem vindo a<br />

ser consolidada através da edificação <strong>de</strong> instalações<br />

a<strong>de</strong>quadas e da criação <strong>de</strong> núcleos<br />

municipais nos quais os inscritos po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>senvolver<br />

diferentes modalida<strong>de</strong>s.<br />

Note-se que este programa <strong>de</strong> animação, ocupação<br />

<strong>de</strong> tempos livres e promoção do <strong>de</strong>sporto<br />

tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvido pela <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 1996, englobando<br />

também as "Escolas <strong>de</strong> Verão", activida<strong>de</strong><br />

lúdica <strong>de</strong>stinada aos alunos do 1.º ciclo<br />

do ensino básico que, nesta edição <strong>de</strong> 2003,<br />

abrangeu cerca <strong>de</strong> 1170 crianças <strong>de</strong> todas as<br />

freguesias concelhias que <strong>de</strong>sfrutaram <strong>de</strong> jogos<br />

recreativos, idas à praia e às piscinas, visitas<br />

às bibliotecas municipais, entre outras<br />

iniciativas dinamizadas durante o período <strong>de</strong><br />

Julho e Agosto.<br />

"Férias Desportivas <strong>de</strong> Verão" foi outro dos<br />

programas disponíveis, propondo inúmeras<br />

activida<strong>de</strong>s lúdicas, <strong>de</strong>sportivas e recreativas,<br />

DESPORTO / LAZER<br />

MAFRANIMA...<br />

ANIMOU MESMO!<br />

<strong>de</strong>senvolvidas com acompanhamento técnico<br />

especializado.<br />

Incentivando o convívio e alertando para os<br />

benefícios <strong>de</strong> uma prática <strong>de</strong>sportiva regular,<br />

este projecto realizou-se não só nas Instalações<br />

Desportivas Municipais (Parque Desportivo<br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e Pavilhões Desportivos<br />

Municipais da Malveira, Venda do<br />

Pinheiro e Ericeira) como nos espaços <strong>de</strong> diversas<br />

colectivida<strong>de</strong>s concelhias (Grupo Desportivo,<br />

Recreativo e Cultural da Igreja Nova,<br />

Desportivo União Gradilense, Associação<br />

Cultural e Desportiva <strong>de</strong> Enxara do Bispo,<br />

Grupo Recreativo Sobralense, Associação<br />

Cultural e Desportiva do Milharado e Sporting<br />

Clube Encarnacense), facilitando o acesso<br />

dos participantes. A edição <strong>de</strong>ste Verão contou<br />

com a participação <strong>de</strong> 403 jovens.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 23


A<br />

s gran<strong>de</strong>s competições estiveram<br />

<strong>de</strong> volta a Ribeira d'Ilhas com o<br />

Ericeira Pro 2003, uma prova referente<br />

ao World Qualifying Series<br />

(WQS) Masculino a contar para o<br />

World Championship Tour (WCT), que teve lugar<br />

entre os dias 25 e 28 <strong>de</strong> Setembro.<br />

Esta foi a primeira prova institucional <strong>de</strong>ste tipo<br />

realizada em Portugal, contando com a organização<br />

da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e da Junta<br />

<strong>de</strong> Turismo da Ericeira para além do apoio<br />

das verbas do Jogo do Estoril, Animação,<br />

sendo também a maior e mais pontuada da<br />

Península Ibérica durante o ano <strong>de</strong> 2003.<br />

Na final, o primeiro lugar foi garantido pelo<br />

britânico Russel Winter, com a pontuação mais<br />

elevada <strong>de</strong> todo o Campeonato. O ericeirense<br />

Tiago Pires alcançou um brilhante segundo<br />

lugar, correspon<strong>de</strong>ndo plenamente às expectativas<br />

do público que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira hora,<br />

apoiou os atletas portugueses, Alan Stokes<br />

assegurou o terceiro lugar e Ho<strong>de</strong>i Collazo foi<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 24<br />

DESPORTO<br />

Tiago Pires brilha em Ribeira d'Ilhas,<br />

a catedral portuguesa do Surf<br />

quarto pela segunda vez consecutiva em 15<br />

dias.<br />

Depois da realização da quinta etapa do circuito<br />

mundial <strong>de</strong> surf feminino (23 a 25 <strong>de</strong> Maio)<br />

e do Billabong Pro Júnior (12 a 14 <strong>de</strong> Setembro),<br />

esta prova trouxe novamente a Ribeira<br />

d'Ilhas os melhores do mundo da modalida<strong>de</strong>,<br />

estando pontuada com três estrelas.<br />

Mais uma vez, o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> esteve inscrito<br />

na rota dos gran<strong>de</strong>s eventos <strong>de</strong>sportivos<br />

<strong>de</strong> cariz nacional e internacional, consi<strong>de</strong>rados<br />

momentos altos para a promoção e divulgação<br />

das suas potencialida<strong>de</strong>s, bem como para a<br />

afirmação da Praia <strong>de</strong> Ribeira d'Ilhas nos circuitos<br />

mundiais <strong>de</strong> Surf.<br />

O Ericeira Pro 2003 foi consi<strong>de</strong>rado por todos<br />

os presentes como um magnífico evento, que<br />

muito promoveu a imagem da região.<br />

Nota final para o Billabong Pro - Campeonato<br />

Nacional <strong>de</strong> Surf, tendo-se realizado uma prova,<br />

nos dias 3, 4 e 5 <strong>de</strong> Outubro, também nesta<br />

praia concelhia.


AC˙ˆO SOCIAL<br />

"NEVE NEGRA" EM CENA<br />

NO AUDITÓRIO MUNICIPAL<br />

OO teatro po<strong>de</strong> ser, efectivamente,<br />

um meio privilegiado com<br />

vista à integração e ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

físico e intelectual<br />

das pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />

Numa iniciativa promovida pela Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Arte e Criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> e para<br />

Pessoas com Deficiência (ANACED), apoiada<br />

pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, sobe<br />

ao palco, no próximo dia 27 <strong>de</strong> Novembro,<br />

"Neve Negra", uma adaptação teatral do<br />

conto popular português "A Formiga e a<br />

Neve". O espectáculo tem lugar no Auditório<br />

<strong>Municipal</strong> Beatriz Costa, em <strong>Mafra</strong>, a<br />

partir das 21H30, com entrada livre.<br />

Efectivamente, há já alguns anos que o<br />

teatro tem suscitado interesse nos meios<br />

associativos ligados à reabilitação das pessoas<br />

com <strong>de</strong>ficiência. Nesse sentido, técnicos<br />

<strong>de</strong> 10 instituições portuguesas formaram<br />

um grupo <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong>nominado<br />

TREAR, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />

artísticas com estas pessoas, mais<br />

concretamente com o intuito <strong>de</strong> ministrarem<br />

uma formação teatral específica a um<br />

grupo <strong>de</strong> 18 jovens com <strong>de</strong>ficiência. O resultado<br />

traduziu-se na construção <strong>de</strong> um<br />

espectáculo, conjugando a representação<br />

teatral com conteúdos multimédia, que é<br />

apresentado, em estreia, no auditório da<br />

Vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

Ano Europeu das Pessoas<br />

com Deficiência<br />

BEATRIZ COSTA<br />

Integrado no Ano Europeu das Pessoas com<br />

Deficiência, "Neve Negra" é apenas um ponto<br />

<strong>de</strong> partida para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s<br />

futuras que pretendam estimular as<br />

relações interpessoais <strong>de</strong>stes jovens e promover<br />

a igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s no<br />

acesso à cultura, facilitando a sua integração<br />

na socieda<strong>de</strong>. Paralelamente, este evento<br />

representa, para os jovens envolvidos no projecto,<br />

a aplicação <strong>de</strong> uma competência precisa<br />

que os leve a ter confiança e segurança<br />

em si próprios, potenciando um caminho em<br />

direcção à sua auto-realização pessoal. Para<br />

os técnicos <strong>de</strong> reabilitação, este é uma oportunida<strong>de</strong><br />

para fomentar a colaboração e o<br />

intercâmbio <strong>de</strong> experiências com os profissionais<br />

do teatro.<br />

De salientar que esta iniciativa realiza-se,<br />

igualmente, em parceira com a Associação<br />

para a Educação e Reabilitação das Crianças<br />

Inadaptadas <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (APERCIM) e as instituições<br />

Associação <strong>de</strong> Pais e Amigos do<br />

Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), Centro<br />

<strong>de</strong> Educação para o Cidadão Deficiente<br />

<strong>de</strong> Mira Sintra (CECD), Associação <strong>de</strong> Pais e<br />

Amigos dos Deficientes Mentais Adultos<br />

(CEDEMA Mira Sintra), Cooperativa <strong>de</strong> Educação<br />

e Reabilitação <strong>de</strong> Cidadãos Inadaptados<br />

<strong>de</strong> Lisboa (CERCI Lisboa), Cooperativa<br />

<strong>de</strong> Educação e Reabilitação <strong>de</strong> Cidadãos Inadaptados<br />

da Amadora (CERCIAMA), Coope-<br />

"Vidas sem fronteiras"<br />

rativa <strong>de</strong> Educação e Reabilitação <strong>de</strong> Cidadãos<br />

Inadaptados <strong>de</strong> Cascais (CERCICA),<br />

Cooperativa <strong>de</strong> S. Pedro e Cooperativa <strong>de</strong><br />

Educação Especial e Solidarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

(CRINABEL).<br />

"Suba a bordo"<br />

2003 é o Ano Europeu das Pessoas com<br />

Deficiência, tendo como objectivo a igualda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> direitos para as pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />

Esta campanha é organizada pela<br />

Comissão Europeia, em colaboração com<br />

o Fórum Europeu da Deficiência (EDF). O<br />

EDF é uma organização que representa<br />

mais <strong>de</strong> 37 milhões <strong>de</strong> pessoas com <strong>de</strong>ficiência<br />

na Europa.<br />

Sabia que, no conjunto dos países que integram<br />

a União Europeia (UE), um em cada<br />

<strong>de</strong>z indivíduos é <strong>de</strong>ficiente? Esta é, pois,<br />

uma razão válida para que "suba a bordo",<br />

o convite formulado por esta campanha.<br />

Festivais, <strong>de</strong>bates, parcerias, conferências,<br />

festas ou grupos <strong>de</strong> interesses são algumas<br />

das activida<strong>de</strong>s que, a nível europeu,<br />

estão a ser organizadas, com vista a construir<br />

um futuro com mais e melhor qualida<strong>de</strong><br />

para as pessoas com <strong>de</strong>ficiência.<br />

No âmbito do Ano Europeu das Pessoas com Deficiência (2003), a Comissão Distrital <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong>cidiu realizar uma exposição <strong>de</strong>nominada<br />

"Vidas sem fronteiras", na qual esteve representada a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

Esta exposição, inaugurada pelo Primeiro-Ministro, realizou-se num dos pavilhões da Associação Industrial Portuguesa, no actual Centro<br />

<strong>de</strong> Congressos (antiga FIL), nos dias 27 e 28 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2003, tendo como principais objectivos:<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

•<br />

Fomentar a sensibilização para o combate à discriminação e à exclusão social das pessoas com <strong>de</strong>ficiência;<br />

Promover a plena integração dos portadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência na socieda<strong>de</strong>;<br />

Proporcionar uma melhoria consi<strong>de</strong>rável na divulgação <strong>de</strong> informação para toda a pessoa com <strong>de</strong>ficiência e família;<br />

Gerar uma maior sensibilização quanto à problemática das acessibilida<strong>de</strong>s, nas suas várias vertentes;<br />

Promover uma maior visibilida<strong>de</strong> e divulgação das soluções técnicas e apoios institucionais existentes, nomeadamente a nível<br />

autárquico.<br />

Neste certame estiveram representadas as 16 <strong>Câmara</strong>s Municipais do Distrito <strong>de</strong> Lisboa, as quais apresentaram a acção social <strong>de</strong>senvolvida<br />

e os projectos autárquicos nesta área. Associaram-se ainda cerca <strong>de</strong> 120 associações da área da <strong>de</strong>ficiência, entre as quais a<br />

Associação para a Educação e Reabilitação das Crianças Inadaptadas <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (APERCIM), e aproximadamente 20 empresas <strong>de</strong> apoio<br />

técnico do ramo dos produtos e serviços no âmbito da <strong>de</strong>ficiência.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 25


AC˙ˆO SOCIAL<br />

1 milhão e 650 mil euros investidos<br />

em habitações sociais<br />

31 FAMÍLIAS DA MALVEIRA<br />

RECEBERAM CASA NOVA<br />

Mais uma infra-estrutura enquadrada no processo <strong>de</strong> realojamento que tem vindo a ser <strong>de</strong>-<br />

senvolvido no Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> inaugurou as novas habitações so-<br />

ciais da Malveira, contribuindo para a elevação dos padrões <strong>de</strong> vida das famílias concelhias.<br />

No âmbito do Programa Especial<br />

<strong>de</strong> Realojamento (PER), a autarquia<br />

concluiu, na Alameda Professor<br />

Doutor Leite Pinto, na Malveira,<br />

a construção <strong>de</strong> um novo<br />

empreendimento <strong>de</strong>stinado a acolher 31 famílias.<br />

Além <strong>de</strong>stas habitações sociais, foi<br />

ainda beneficiada toda a envolvente, incluin-<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 26<br />

do os arranjos exteriores, o que significou<br />

um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1 milhão e 650<br />

mil euros.<br />

Destas 31 famílias, 28 residiam no habitualmente<br />

<strong>de</strong>signado por "Bairro do Fundo <strong>de</strong><br />

Fomento à Habitação", sendo 25 habitações<br />

<strong>de</strong>stas proprieda<strong>de</strong> do Instituto <strong>de</strong> Gestão e<br />

Alienação do Património Habitacional do<br />

Estado (IGAPHE) e que, <strong>de</strong> acordo com o<br />

PER, foram <strong>de</strong>molidas após a inauguração<br />

dos novos edifícios.<br />

Mais do que a erradicação <strong>de</strong> habitações<br />

<strong>de</strong>gradadas, a conclusão <strong>de</strong>sta obra significou,<br />

sobretudo, um importante passo na dignificação<br />

das famílias concelhias, criando


melhores condições <strong>de</strong> habitabilida<strong>de</strong> para<br />

aqueles que, por uma ou outra razão, não o<br />

conseguiram pelos seus próprios meios.<br />

A concretização <strong>de</strong>sta infra-estrutura enquadra-se<br />

na terceira fase <strong>de</strong> implementação do<br />

PER no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>. Recor<strong>de</strong>-se que<br />

outras 40 habitações já haviam sido entregues<br />

a famílias <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, que moravam no<br />

Bairro Fre<strong>de</strong>rico Ulrich, assim como foi<br />

igualmente efectuado o realojamento <strong>de</strong> 22<br />

agregados familiares que, anteriormente,<br />

residiam no Bairro Capitão João Lopes, na<br />

mesma vila. Ao abrigo do Contrato <strong>de</strong> De-<br />

Atingido que foi o objectivo <strong>de</strong> proporcionar o abastecimento<br />

<strong>de</strong> água a todas as populações, as priorida<strong>de</strong>s da<br />

autarquia situam-se na renovação e ampliação das condutas<br />

mais antigas, na melhoria do serviço prestado e no<br />

aumento das capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> reserva.<br />

No que diz respeito a este último ponto, encontram-se<br />

previstas novas intervenções. Depois do reservatório da<br />

Encarnação, cuja construção foi anunciada na última<br />

edição do Boletim <strong>Municipal</strong> e que apresenta uma capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> 3 mil m 3 e se localiza junto ao cemitério da<br />

localida<strong>de</strong> (Estrada <strong>Municipal</strong> 1161), estão programadas<br />

outros novos reservatórios: um em Fonte Boa dos Nabos,<br />

com uma capacida<strong>de</strong> também <strong>de</strong> 3 mil m 3, localizado no<br />

mesmo local on<strong>de</strong> se encontra o actual; outro na Baleia,<br />

dispondo <strong>de</strong> uma capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 750 m 3 e que visa substituir<br />

o existente.<br />

Durante o presente ano, a autarquia tem também <strong>de</strong>senvolvido<br />

diversas obras <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> novas condutas,<br />

bem como a remo<strong>de</strong>lação e ampliação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s, ciente<br />

<strong>de</strong> que o abastecimento <strong>de</strong> água é um serviço prioritário<br />

na promoção <strong>de</strong> melhores condições <strong>de</strong> vida para as<br />

populações.<br />

AC˙ˆO SOCIAL<br />

senvolvimento da Habitação (CDH), a autarquia<br />

proporcionou a edificação <strong>de</strong> 44 habitações<br />

a preços controlados em <strong>Mafra</strong>, 40<br />

na Ericeira e 42 na Ericeira.<br />

Na data <strong>de</strong> inauguração dos novos edifícios,<br />

que contou com a presença do Presi<strong>de</strong>nte<br />

do Instituto Nacional da Habitação<br />

(INH), Eng.º Teixeira Monteiro, e incluiu a<br />

assinatura <strong>de</strong> contratos entre a autarquia e<br />

as famílias realojadas, o Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> aproveitou a ocasião para<br />

anunciar que, no local on<strong>de</strong> se encontravam<br />

edificadas as habitações do antigo<br />

Qualida<strong>de</strong><br />

"Bairro do Fundo <strong>de</strong> Fomento à Habitação",<br />

a edilida<strong>de</strong> vai construir a nova Escola Básica<br />

Integrada da Malveira, que inclui Jardim<br />

<strong>de</strong> Infância e 1.º Ciclo, gozando assim<br />

da proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> importantes infra-estruturas,<br />

como o Pavilhão Desportivo <strong>Municipal</strong><br />

e a Escola Básica 2,3 Professor Armando<br />

<strong>de</strong> Lucena.<br />

no serviço <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água<br />

* Período <strong>de</strong> Janeiro a Junho <strong>de</strong> 2003<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 27


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 28<br />

OBRAS MUNICIPAIS


OBRAS MUNICIPAIS<br />

Lugar on<strong>de</strong> dois mundos se cruzam - estando, primeiramente, consagrado aos membros da<br />

corte e ao clero e <strong>de</strong>pois, com a implantação da república, aberto ao público - o Jardim do<br />

Cerco cumpre a verda<strong>de</strong>ira função <strong>de</strong> um jardim histórico: testemunhar o ritmo da história<br />

e <strong>de</strong>monstrar a beleza do património natural, numa perspectiva educativa.<br />

A mais recente intervenção traduz-se na entrada em funcionamento da Nora, que se constitui<br />

como um dos pontos <strong>de</strong> atracção mais importantes do jardim.<br />

Com vista à recuperação do Jardim<br />

do Cerco, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>,<br />

sua entida<strong>de</strong> gestora <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1994, tem vindo a <strong>de</strong>senvolver<br />

um conjunto <strong>de</strong> intervenções, repondo<br />

as suas características históricas<br />

e valorizando a sua componente natural.<br />

Estas intervenções são efectuadas <strong>de</strong> acordo<br />

com o Plano Director <strong>de</strong> Restauro do Jardim do<br />

Cerco, um documento elaborado mediante<br />

protocolo estabelecido pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

com o Instituto Superior <strong>de</strong> Agronomia e que<br />

contou com o contributo do Instituto Português<br />

do Património Arquitectónico (IPPAR).<br />

A recente recuperação da nora integra-se num<br />

projecto <strong>de</strong> requalificação mais abrangente,<br />

que se relaciona com a reposição <strong>de</strong> todo o sistema<br />

hidráulico original do jardim, do qual fazem<br />

também parte o tanque, os lagos e as cascatas,<br />

o poço e o aqueduto.<br />

De acordo com as directrizes <strong>de</strong>ste plano, a<br />

autarquia tem vindo a <strong>de</strong>senvolver um conjunto<br />

<strong>de</strong> acções, sendo uma das primeiras a anulação<br />

do palco e do parque infantil até então<br />

existentes e que haviam sido construídos <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> 1974 com o intuito <strong>de</strong> proporcionar um<br />

maior convívio entre a população. Estas estruturas<br />

surgiam claramente <strong>de</strong>senquadradas do<br />

traçado e imagem originais do jardim.<br />

Contudo, <strong>de</strong> modo a promover esta componente<br />

social na utilização do próprio espaço,<br />

proce<strong>de</strong>u-se à edificação <strong>de</strong> um novo Parque<br />

<strong>de</strong> Jogo e Recreio, adaptado às actuais exigências<br />

para a segurança dos mais novos, e <strong>de</strong> um<br />

Parque <strong>de</strong> Merendas. Foram ainda criadas<br />

duas áreas relvadas junto à entrada do jardim.<br />

JARDIM DO CERCO,<br />

UM ESPAÇO DINÂMICO<br />

E PEDAGÓGICO<br />

Funções histórica<br />

e educativa<br />

Apesar <strong>de</strong> não existir qualquer nascente natural<br />

no Cerco, a água nunca secava nos seus lagos,<br />

fontes e bicas. Tal ficava a <strong>de</strong>ver-se a um sistema<br />

<strong>de</strong> canalização que permitia a recolha <strong>de</strong><br />

águas subterrâneas nas nascentes da Tapada.<br />

Por sua vez, estas eram transportadas ao longo<br />

<strong>de</strong> um aqueduto até ao palácio/convento, atravessando<br />

o jardim, circulando por gravida<strong>de</strong> e<br />

culminando numa cisterna com 300 metros<br />

cúbicos. A nora, instalada no poço, permitia a<br />

elevação da água até a uma cota mais alta <strong>de</strong><br />

terreno, sendo encaminhada para a cascata do<br />

tanque gran<strong>de</strong> e para o aqueduto. No final <strong>de</strong>ste<br />

aqueduto a água era repartida para a rega do<br />

horto dos fra<strong>de</strong>s e para o funcionamento dos<br />

lagos e cascatas do parterre.<br />

Foi agora reposto todo este sistema, complementado<br />

com o retorno <strong>de</strong> novo à nora <strong>de</strong> toda<br />

a água em circulação, visando uma melhor<br />

gestão <strong>de</strong>ste recurso.<br />

O restauro da nora exigiu um aprofundado<br />

estudo dos mecanismos <strong>de</strong> elevação <strong>de</strong> água,<br />

nomeadamente um trabalho <strong>de</strong> pesquisa relativo<br />

às noras da época para saber como estas<br />

funcionavam, bem como o levantamento das<br />

dimensões das suas peças e a análise das ma<strong>de</strong>iras<br />

utilizadas na sua execução.<br />

As duas mulas historicamente utilizadas como<br />

força motriz foram substituídas por um motor,<br />

passando este sistema a ser mecânico. Ao<br />

mesmo tempo, foram restaurados o aqueduto,<br />

cascatas e lagos.<br />

Desta forma, a nora passou a constituir-se como<br />

um dos pontos <strong>de</strong> atracção mais importantes<br />

do jardim, tanto na componente <strong>de</strong> recuperação<br />

histórica, repondo em funcionamento um elemento<br />

activo do século XVIII, como na sua função<br />

educativa e pedagógica, <strong>de</strong>monstrando o<br />

modo <strong>de</strong> utilização do mesmo pela população.<br />

Maior dinamismo<br />

Como local <strong>de</strong>stinado ao recreio, o Jardim do<br />

Cerco incluía espaços <strong>de</strong>stinados aos jogos da<br />

bola, da laranjinha e do aro. Num horizonte<br />

próximo, perspectiva-se, em termos <strong>de</strong> restauro,<br />

a reconstituição e reactivação <strong>de</strong>stes divertimentos<br />

que foram bastante praticados não só<br />

entre as classes populares, como no seio do<br />

clero e da nobreza.<br />

A esta vertente lúdica, associa-se o intuito <strong>de</strong><br />

recuperar o horto botânico dos fra<strong>de</strong>s, local <strong>de</strong><br />

estudo e cultivo <strong>de</strong> espécies medicinais e aromáticas<br />

para uso interno no convento, divulgando<br />

os conhecimentos que foram reunidos<br />

pela comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> religiosos. Aliás, este é o<br />

espaço que permite estabelecer uma maior ligação<br />

ao monumento mandado edificar por<br />

D. João V, quer numa perspectiva espacial,<br />

quer no âmbito temática, através da sua botica.<br />

Este processo <strong>de</strong> dinamização do Jardim do<br />

Cerco completar-se-á com a recuperação do<br />

seu muro e com a i<strong>de</strong>ntificação das suas espécies<br />

arbóreas através <strong>de</strong> sinaléctica a<strong>de</strong>quada,<br />

tendo por base o levantamento já efectuado.<br />

Entretanto, a autarquia continuará a viabilizar a<br />

organização <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cariz cultural e<br />

ambiental que permitam fazer do Jardim do<br />

Cerco o local privilegiado não só para o lazer e<br />

para a contemplação, como para a aprendizagem<br />

e para o conhecimento.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 29


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 30<br />

ACTUALIDADE<br />

Secções <strong>de</strong> Atendimento,<br />

Obras Particulares e Loteamentos<br />

A CÂMARA EM VISITA<br />

Conheça as principais atribuições dos serviços que são responsáveis pelo atendimento<br />

aos munícipes e pela gestão <strong>de</strong> processos relativos a edificações, obras <strong>de</strong> urbanização e<br />

operações <strong>de</strong> loteamento.<br />

O Boletim <strong>Municipal</strong> "<strong>Mafra</strong> Notícias" propõe, nesta edição, uma visita pelas Secções <strong>de</strong><br />

Atendimento, Obras Particulares e Loteamentos.<br />

Consulte, ainda, um esquema genérico que dá conta das diversas fases <strong>de</strong> tramitação dos<br />

processos relacionados com licenças <strong>de</strong> operação <strong>de</strong> loteamento, pedidos <strong>de</strong> licença e<br />

pedidos <strong>de</strong> autorização.<br />

A<br />

s Secções <strong>de</strong> Atendimento, Obras<br />

Particulares e Loteamentos, integradas<br />

na Divisão Administrativa<br />

<strong>de</strong> Obras e Loteamentos, por sua<br />

vez incluída no Departamento <strong>de</strong><br />

Obras e Urbanismo, encontram-se sediadas no<br />

novo edifício dos Paços do Município.<br />

Funcionando ininterruptamente das 9 às 15<br />

horas, a Secção <strong>de</strong> Atendimento é o espaço<br />

primeiro <strong>de</strong> contacto com os munícipes, competindo-lhe<br />

a recepção <strong>de</strong> todos os requerimentos<br />

e respectivos documentos, que são<br />

alvo <strong>de</strong> uma conferência e análise preliminar,<br />

tendo em vista a promoção <strong>de</strong> diligências imediatas<br />

necessárias à boa apreciação pelos<br />

serviços competentes.<br />

Por vezes, resulta <strong>de</strong>sta análise o convite aos<br />

munícipes para corrigirem os documentos<br />

entregues, a fim <strong>de</strong> se conduzir a uma rápida<br />

apreciação pelos serviços.<br />

A Secção <strong>de</strong> Atendimento presta ainda informações<br />

que lhe sejam solicitadas sobre o andamento<br />

e estado dos processos referentes a<br />

operações urbanísticas. Cabe-lhe, também,<br />

emitir os documentos <strong>de</strong> receita que irá ser arrecadada<br />

pela Tesouraria da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>.<br />

Esta secção é, ainda, responsável pela organização<br />

dos processos referentes a operações<br />

urbanísticas, organização esta que consiste na<br />

atribuição da respectiva numeração e na promoção<br />

da apreciação técnica dos pedidos relativos<br />

a projectos <strong>de</strong> arquitectura, pedidos <strong>de</strong><br />

autorização, comunicações prévias, informações<br />

prévias relativas a edificações, a par <strong>de</strong> todos<br />

os processos que obe<strong>de</strong>çam ao regime jurídico<br />

da urbanização e edificação.<br />

Obras Particulares<br />

e Loteamentos<br />

A Secção Administrativa <strong>de</strong> Obras Particulares<br />

tem a seu cargo a gestão dos processos relativos<br />

a edificações, enquanto que a Secção<br />

Administrativa <strong>de</strong> Loteamentos é responsável<br />

pela gestão <strong>de</strong> processos relativos a obras <strong>de</strong><br />

urbanização e operações <strong>de</strong> loteamento.<br />

Importa pois <strong>de</strong>finir o que se enten<strong>de</strong> por edificação,<br />

operação <strong>de</strong> loteamento e obras <strong>de</strong> urbanização.<br />

Assim, edificação é a activida<strong>de</strong> ou o resultado<br />

da construção, reconstrução, ampliação ou conservação<br />

<strong>de</strong> um imóvel <strong>de</strong>stinado a utilização<br />

humana, bem como qualquer outra construção<br />

que se incorpore no solo com carácter permanente.<br />

Por isso, está sujeito a controlo camarário<br />

tanto a edificação <strong>de</strong> um edifício como a edificação<br />

<strong>de</strong> um muro ou <strong>de</strong> um anexo (consulte<br />

caixa <strong>de</strong>nominada "Pedido <strong>de</strong> Licença" para<br />

conhecer a tramitação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> processo).<br />

A operação <strong>de</strong> loteamento é a acção que tem<br />

por objecto ou efeito a constituição <strong>de</strong> um ou<br />

mais lotes <strong>de</strong>stinados imediata ou subsequentemente<br />

à edificação urbana, e que resulte<br />

da divisão <strong>de</strong> um ou vários prédios ("terrenos"),<br />

ou do seu emparcelamento ou reparcelamento.<br />

Quer isto significar que a transformação <strong>de</strong> prédios<br />

através da sua divisão ou união com<br />

outro(s) conduz à criação <strong>de</strong> um lote que se<br />

<strong>de</strong>stina a permitir a edificação.<br />

Porque esta operação é controlada pela<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, as edificações a inserir em<br />

lotes obe<strong>de</strong>cem a um processo mais simplifica-<br />

do que se chama autorização (consulte caixa<br />

<strong>de</strong>nominada "Licença <strong>de</strong> Autorização") por<br />

oposição às edificações que se preten<strong>de</strong>m<br />

construir em prédios que não foram objecto <strong>de</strong><br />

loteamento, que obe<strong>de</strong>cem a processo <strong>de</strong> licenciamento<br />

(consulte caixa <strong>de</strong>nominada<br />

"Licença <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong> Loteamento").<br />

Por obras <strong>de</strong> urbanização enten<strong>de</strong>m-se as<br />

obras <strong>de</strong> criação e remo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> infra-estruturas<br />

<strong>de</strong>stinadas a servir directamente os espaços<br />

urbanos ou as edificações, <strong>de</strong>signadamente<br />

arruamentos viários e pedonais, re<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> esgoto e <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água, electricida<strong>de</strong>,<br />

gás e telecomunicações e ainda espaços<br />

ver<strong>de</strong>s e outros <strong>de</strong> utilização colectiva.<br />

Normalmente, as operações <strong>de</strong> loteamento,<br />

porque se <strong>de</strong>stinam a constituir novos prédios,<br />

implicam a realização <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> urbanização<br />

(criação <strong>de</strong> ruas, passeios, re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> água,<br />

esgoto, electricida<strong>de</strong>, etc.).<br />

Além da gestão dos processos referidos<br />

anteriormente, as Secções Administrativas <strong>de</strong><br />

Obras Particulares e <strong>de</strong> Loteamentos promovem<br />

a análise <strong>de</strong> toda a documentação a<br />

anexar aos processos, bem como as consultas<br />

a entida<strong>de</strong>s exteriores ao Município que <strong>de</strong>vam<br />

emitir parecer, autorização ou aprovação relativamente<br />

às operações urbanísticas sujeitas a<br />

apreciação.


Estas secções são ainda responsáveis pelas<br />

seguintes tarefas: apreciação dos processos<br />

e preparação dos mesmos para <strong>de</strong>cisão;<br />

notificação aos interessados das <strong>de</strong>cisões<br />

tomadas nos processos que lhes estão<br />

confiados; liquidação <strong>de</strong> taxas que sejam<br />

<strong>de</strong>vidas pelas operações urbanísticas<br />

sujeitas a apreciação; emissão dos alvarás<br />

respectivos; e gestão dos prazos dos respectivos<br />

processos.<br />

1. Recepção do pedido, liquidação das taxas<br />

<strong>de</strong>vidas pela apreciação e emissão das respectivas<br />

guias, introdução <strong>de</strong> dados no sistema<br />

informático;<br />

2. Preparação do processo, introdução <strong>de</strong><br />

dados no sistema informático, capeamento,<br />

carimbos, numeração <strong>de</strong> folhas e junção <strong>de</strong><br />

antece<strong>de</strong>ntes;<br />

3. Saneamento e apreciação liminar;<br />

4. Envio aos Serviços Técnicos para apreciação;<br />

5. Promoção <strong>de</strong> consultas a entida<strong>de</strong>s que<br />

<strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização ou aprovação<br />

(ex.: IPAA, IEP);<br />

6. Junção ao processo dos pareceres, autorizações<br />

ou aprovações e remessa aos Serviços<br />

Técnicos;<br />

7. Remessa para <strong>de</strong>spacho, tendo em vista a<br />

discussão pública;<br />

8. Promoção <strong>de</strong> discussão pública, através<br />

<strong>de</strong> publicitação em Jornal Regional, Diário da<br />

República e Junta <strong>de</strong> Freguesia;<br />

9. Preparação do processo para envio a<br />

<strong>de</strong>spacho;<br />

1. Recepção do pedido, liquidação das taxas<br />

<strong>de</strong>vidas pela apreciação e emissão das respectivas<br />

guias <strong>de</strong> receita, introdução <strong>de</strong> dados<br />

no sistema informático, capeamento, numeração<br />

e carimbo <strong>de</strong> folhas e junção <strong>de</strong> antece<strong>de</strong>ntes,<br />

quando existam;<br />

2. Saneamento e apreciação liminar;<br />

3. Envio aos Serviços Técnicos para apreciação;<br />

4. Recolha dos <strong>de</strong>mais pareceres internos e<br />

efectuar consultas a entida<strong>de</strong>s que, nos termos<br />

da lei, <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização<br />

ou aprovação (ex.: DRAOT, IEP, CGE(P), LTE,<br />

SNBPC, etc.);<br />

5. Junção ao processo <strong>de</strong> pareceres e<br />

preparação do mesmo, que consiste na introdução<br />

<strong>de</strong> dados no sistema informático <strong>de</strong><br />

todos os elementos respeitantes à operação<br />

urbanística a realizar, para envio ao INE e<br />

para constar do alvará <strong>de</strong> obras a emitir, e elaboração<br />

<strong>de</strong> informação com resumo dos pareceres<br />

emitidos;<br />

6. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

7. Notificação ao requerente;<br />

8. Apresentação <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> especiali-<br />

ACTUALIDADE<br />

De <strong>de</strong>stacar que cabe também à Secção<br />

Administrativa <strong>de</strong> Loteamentos a emissão <strong>de</strong><br />

certidões e autenticações relativos aos processos<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da Divisão Administrativa <strong>de</strong><br />

Obras e Loteamentos.<br />

De salientar que estas duas secções proporcionam<br />

a prestação telefónica <strong>de</strong> informações<br />

sobre o andamento e estado dos processos,<br />

todas as segundas-feiras, entre as 9 e as 17<br />

AS DIFERENTES FASES DE TRAMITAÇÃO DE UM PROCESSO<br />

Licença <strong>de</strong> Operação <strong>de</strong> Loteamento<br />

10. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação<br />

camarária;<br />

11. Notificação ao requerente do teor da <strong>de</strong>liberação;<br />

12. Recepção do pedido <strong>de</strong> licenciamento das<br />

obras <strong>de</strong> urbanização e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />

13. Junção dos projectos <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> urbanização<br />

e consulta às entida<strong>de</strong>s externas ao<br />

Município que <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização<br />

ou aprovação (ex.: LTE, CGE(P), etc.);<br />

14. Junção <strong>de</strong> pareceres;<br />

15. Envio aos Serviços Técnicos para análise<br />

dos projectos <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> urbanização, fixação<br />

do valor da caução a apresentar e prazo<br />

para execução das referidas obras;<br />

16. Preparação do processo para envio a<br />

<strong>de</strong>spacho;<br />

17. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação<br />

camarária;<br />

18. Notificação ao requerente do teor da <strong>de</strong>liberação<br />

com liquidação <strong>de</strong> taxas a pagar e documentos<br />

a apresentar para emissão do alvará;<br />

19. Recepção do pedido <strong>de</strong> emissão do<br />

alvará e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />

20. Junção do processo após saneamento;<br />

21. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

22. Emissão do alvará <strong>de</strong> licença;<br />

23. Introdução <strong>de</strong> dados no sistema informático<br />

<strong>de</strong> todo os elementos respeitantes à<br />

operação urbanística para envio ao INE;<br />

24. Publicitação da emissão do alvará em<br />

Jornal Regional ou Nacional e Junta <strong>de</strong><br />

Freguesia;<br />

25. Recepção do pedido <strong>de</strong> vistoria às obras<br />

<strong>de</strong> urbanização para recepção provisória<br />

Pedido <strong>de</strong> Licença<br />

da<strong>de</strong>s, junção ao processo, recolha dos pareceres<br />

internos e efectuar consultas a entida<strong>de</strong>s<br />

que <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização ou<br />

aprovação (ex.: CGE(P), LTE, SNBPC, etc.);<br />

9. Junção <strong>de</strong> pareceres e preparação para <strong>de</strong>spacho<br />

com resumo dos pareceres emitidos;<br />

10. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

11. Notificação ao requerente do resultado,<br />

com indicação dos documentos a apresentar<br />

para emissão do alvará, acompanhada <strong>de</strong> liquidação<br />

das taxas a pagar;<br />

12. Apresentação do pedido <strong>de</strong> emissão do<br />

alvará e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />

13. Junção ao processo e saneamento;<br />

14. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

15. Emissão do alvará;<br />

16. Pedido <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> utilização,<br />

após conclusão da obra;<br />

17. Envio para os Serviços <strong>de</strong> Fiscalização<br />

<strong>Municipal</strong> e <strong>de</strong> Saneamento (esgotos);<br />

18. Preparação do processo, com inserção<br />

dos dados finais que irão constar no alvará <strong>de</strong><br />

utilização a emitir;<br />

19. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

horas, através dos contactos:<br />

Secção Administrativa <strong>de</strong> Obras Particulares -<br />

261 810 190; Secção Administrativa <strong>de</strong> Loteamentos<br />

- 261 810 168.<br />

A consulta <strong>de</strong> processos po<strong>de</strong> ser também efectuada<br />

através da página da internet da <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, em www.cm-mafra.pt, sendo<br />

para o efeito fornecido um código <strong>de</strong> acesso ao<br />

técnico responsável pelo processo.<br />

após a sua conclusão e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />

26. Junção ao processo e envio para a competente<br />

Comissão <strong>de</strong> Vistoria, para marcar a<br />

data da respectiva vistoria;<br />

27. Notificação ao requerente e Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />

da data da mesma;<br />

28. Remessa do processo à Comissão para<br />

realização da vistoria;<br />

29. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

30. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação camarária;<br />

31. Notificação ao requerente e à Instituição<br />

bancária que prestou a caução, da <strong>de</strong>liberação<br />

tomada;<br />

32. Recepção do pedido <strong>de</strong> vistoria às obras<br />

<strong>de</strong> urbanização para recepção <strong>de</strong>finitiva após<br />

o <strong>de</strong>curso do prazo <strong>de</strong> garantia e pagamento<br />

<strong>de</strong> taxas;<br />

33. Junção ao processo e envio para a competente<br />

Comissão <strong>de</strong> Vistoria;<br />

34. Notificação ao requerente e Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />

da data da mesma;<br />

35. Remessa do processo à Comissão para<br />

realização da vistoria;<br />

36. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

37. Submissão do processo a <strong>de</strong>liberação camarária;<br />

38. Notificação ao requerente e à instituição<br />

bancária que prestou a caução, da <strong>de</strong>liberação<br />

tomada, para cancelamento da mesma.<br />

Estas tarefas são asseguradas pela Secção<br />

<strong>de</strong> Loteamentos, com excepção das previstas<br />

nos números 1, 12, 19, 25 e 32, que são asseguradas<br />

pela Secção <strong>de</strong> Atendimento.<br />

20. Nos casos em que as taxas não são liquidadas<br />

na entrada do pedido, notificação ao<br />

requerente com liquidação das taxas a pagar;<br />

21. Emissão <strong>de</strong> alvará <strong>de</strong> utilização.<br />

Estas tarefas são asseguradas pela Secção <strong>de</strong><br />

Obras Particulares, com excepção das previstas<br />

nos números 1 a 3 e 12 a 14, que são asseguradas<br />

pela Secção <strong>de</strong> Atendimento.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 31


1. Recepção do pedido, liquidação das taxas<br />

<strong>de</strong>vidas pela apreciação e emissão das respectivas<br />

guias <strong>de</strong> receita, introdução <strong>de</strong> dados<br />

no sistema informático, capeamento, numeração<br />

e carimbo <strong>de</strong> folhas e junção <strong>de</strong> antece<strong>de</strong>ntes,<br />

quando existam;<br />

2. Saneamento e apreciação liminar;<br />

3. Envio aos Serviços Técnicos para apreciação;<br />

4. Recolha dos <strong>de</strong>mais pareceres internos e<br />

efectuar consultas a entida<strong>de</strong>s que, nos termos<br />

da lei, <strong>de</strong>vam emitir parecer, autorização<br />

ou aprovação (ex.: DRAOT, IEP, CGE(P), LTE,<br />

SNBPC, etc.);<br />

5. Junção ao processo <strong>de</strong> pareceres e preparação<br />

do mesmo, que consiste na introdução<br />

<strong>de</strong> dados no sistema informático <strong>de</strong><br />

A Associação dos Técnicos Administrativos<br />

Municipais (ATAM) atribuiu, por ocasião do<br />

seu XXIII Colóquio Nacional, realizado em<br />

Portimão entre os dias 8 e 11 <strong>de</strong> Outubro, o<br />

seu Emblema <strong>de</strong> Ouro ao Presi<strong>de</strong>nte da<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, Eng.º Ministro<br />

dos Santos, numa cerimónia que contou com<br />

a presença <strong>de</strong> Sua Excelência O Secretário<br />

<strong>de</strong> Estado da Administração Local, Dr. Miguel<br />

Miranda Relvas. Esta homenagem é reveladora<br />

do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> reforçar e apostar na continuida<strong>de</strong><br />

do trabalho <strong>de</strong> colaboração que<br />

tem vindo a ser <strong>de</strong>senvolvido entre esta associação<br />

e a autarquia mafrense.<br />

De salientar que, durante o ano <strong>de</strong> 2003, o<br />

Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> acolheu a realização <strong>de</strong><br />

dois importantes eventos associados à<br />

ATAM: o Encontro <strong>de</strong> Boletins Municipais e o<br />

Bureau da UDITE, Union <strong>de</strong>s Dirigeants<br />

Territoriaux <strong>de</strong> L'Europe.<br />

O Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> acolheu, entre os dias<br />

26 e 27 <strong>de</strong> Setembro, um Congresso da<br />

Union <strong>de</strong>s Dirigeants Territoriaux <strong>de</strong> L'Europe<br />

(UDITE), em colaboração com a Associação<br />

dos Técnicos Administrativos Municipais<br />

(ATAM).<br />

Este encontro <strong>de</strong>stinou-se à partilha <strong>de</strong> experiências<br />

e conhecimentos entre os presentes,<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 32<br />

ACTUALIDADE<br />

Pedido <strong>de</strong> Autorização*<br />

todos os elementos respeitantes à operação<br />

urbanística a realizar, para envio ao INE e<br />

para constar do alvará <strong>de</strong> obras a emitir, e<br />

elaboração <strong>de</strong> informação com resumo dos<br />

pareceres emitidos;<br />

6. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

7. Notificação ao requerente do resultado,<br />

com indicação dos documentos a apresentar<br />

para emissão do alvará, acompanhada <strong>de</strong> liquidação<br />

das taxas a pagar;<br />

8. Apresentação do pedido <strong>de</strong> emissão do<br />

alvará e pagamento <strong>de</strong> taxas;<br />

9. Junção ao processo e saneamento;<br />

10. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

11. Emissão do alvará;<br />

12. Pedido <strong>de</strong> emissão <strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> utilização,<br />

após conclusão da obra;<br />

Presi<strong>de</strong>nte da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> homenageado pela ATAM<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Edilida<strong>de</strong> aproveitou este<br />

momento para sublinhar a relevância da<br />

ATAM no contexto da gestão autárquica: na<br />

abordagem e discussão das temáticas<br />

fundamentais para o <strong>de</strong>sempenho<br />

profissional dos técnicos<br />

municipais; na disponibilida<strong>de</strong> que<br />

tem manifestado em colaborar<br />

com os organismos nacionais e<br />

autárquicos no reforço do po<strong>de</strong>r<br />

local; e na organização <strong>de</strong> diversas<br />

acções <strong>de</strong> formação, <strong>de</strong>terminantes<br />

para a valorização profissional<br />

dos associados e, consequentemente,<br />

na mo<strong>de</strong>rnização<br />

administrativa dos órgãos autárquicos.<br />

Patente ficou, igualmente, a i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> que a qualida<strong>de</strong> no serviço<br />

público que é prestado pelo po<strong>de</strong>r<br />

no sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

uma melhor<br />

qualida<strong>de</strong> no<br />

serviço prestado pelas<br />

autarquias da<br />

União Europeia (UE)<br />

aos seus munícipes.<br />

É importante salientar,<br />

ainda, a importância<br />

da realização<br />

<strong>de</strong>ste evento no<br />

contexto concelhio,<br />

uma vez que este<br />

contribui para a dinamização<br />

turística<br />

do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> junto <strong>de</strong> tão privilegiados<br />

interlocutores.<br />

Actualmente, a UDITE, formada em Barcelona<br />

em 1991, é composta pelas associações<br />

congéneres da ATAM <strong>de</strong> 10 países da UE<br />

(Portugal, Espanha, França, Bélgica, Holanda,<br />

Luxemburgo, Itália, Dinamarca, Grã-Bretanha<br />

e Irlanda) e reúne três vezes por ano o<br />

13. Envio para os Serviços <strong>de</strong> Fiscalização<br />

<strong>Municipal</strong> e <strong>de</strong> Saneamento (esgotos);<br />

14. Preparação do processo, com inserção<br />

dos dados finais que irão constar no alvará <strong>de</strong><br />

utilização a emitir;<br />

15. Remessa para <strong>de</strong>spacho;<br />

16. Nos casos em que as taxas não são liquidadas<br />

na entrada do pedido, notificação ao<br />

requerente com liquidação das taxas a pagar;<br />

17. Emissão <strong>de</strong> alvará <strong>de</strong> utilização.<br />

Estas tarefas são asseguradas pela Secção<br />

<strong>de</strong> Obras Particulares, com excepção das<br />

previstas nos números 1 a 3 e 8 a 10, que são<br />

asseguradas pela Secção <strong>de</strong> Atendimento.<br />

* Obras <strong>de</strong> edificação inseridas em loteamentos.<br />

local aos cidadãos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, verda<strong>de</strong>iramente,<br />

<strong>de</strong> uma cada vez maior cooperação<br />

entre autarcas e técnicos municipais.<br />

Técnicos Municipais da Europa reunidos no Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />

seu Conselho Executivo (Bureau). Desta<br />

forma, realizou-se no nosso Concelho o 3.º<br />

Bureau anual, em simultâneo com a Assembleia<br />

Geral.<br />

O objectivo <strong>de</strong>sta União é promover o relacionamento<br />

entre as associações profissionais<br />

dos Executivos <strong>de</strong> topo que representam<br />

os órgãos do po<strong>de</strong>r local europeu, <strong>de</strong>senvolver<br />

trocas <strong>de</strong> informação, partilhar experiências<br />

profissionais e contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da UE.<br />

O local <strong>de</strong> realização das reuniões tem sido<br />

rotativo, consoante proposta dos vários países<br />

membros.<br />

Assim sendo, este ano o Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong><br />

foi o local <strong>de</strong> eleição. Os participantes, cerca<br />

<strong>de</strong> 65, oriundos <strong>de</strong> todos os países membros,<br />

efectuaram os seus trabalhos no Hotel Vila<br />

Galé, Ericeira.<br />

Da organização <strong>de</strong>ste evento fizeram também<br />

parte várias visitas aos principais locais <strong>de</strong><br />

interesse turístico, organizadas pela <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.


ACTUALIDADE<br />

Apelativo e acolhedor, eis um novo espaço à disposição da população. A conclusão das<br />

intervenções efectuadas na Praça junto ao Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida permite<br />

não só melhorar o or<strong>de</strong>namento e a gestão do estacionamento naquela zona do centro<br />

histórico <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, como criar mais um importante espaço <strong>de</strong> cultura e lazer, dignifican-<br />

do a área urbana.<br />

Valorização e revitalização urbana<br />

NOVA PRAÇA DO PELOURINHO<br />

stão concluídas as obras <strong>de</strong>senvolvidas<br />

pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

na nova Praça do Pelourinho. No<br />

local on<strong>de</strong> historicamente se<br />

administrava a justiça, foi criado<br />

um parque <strong>de</strong> estacionamento subterrâneo<br />

com 5458 m2 E<br />

e capacida<strong>de</strong> para 113 veículos,<br />

bem como espaços exteriores adjacentes<br />

com zonas ver<strong>de</strong>s e um equipamento para<br />

apoio (bar) a activida<strong>de</strong>s lúdicas e culturais,<br />

complementar ao Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl<br />

<strong>de</strong> Almeida e que permitirá dinamizar esta<br />

zona da vila. Proce<strong>de</strong>u-se também à recolo-<br />

cação do pelourinho, que é património classificado,<br />

no seu local original (ver caixa<br />

"Estórias d'outros tempos").<br />

Efectivamente, o local <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>sta infra-estrutura,<br />

por se localizar no centro histórico<br />

da vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, gozando-se igualmente<br />

da proximida<strong>de</strong> do Museu <strong>Municipal</strong> e <strong>de</strong><br />

estabelecimentos do comércio local, afirma-<br />

-se como propício para a resolução <strong>de</strong> problemas<br />

<strong>de</strong> estacionamento vigentes.<br />

Respon<strong>de</strong>ndo a esta necessida<strong>de</strong>, a intervenção<br />

da autarquia preten<strong>de</strong>u, assim, a valo-<br />

rização, dignificação e requalificação <strong>de</strong>ste<br />

espaço público, tornando-o também num lugar<br />

<strong>de</strong> encontro e <strong>de</strong> estada privilegiado para<br />

as populações da vila.<br />

De salientar que esta reestruturação foi acompanhada<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> obras <strong>de</strong> beneficiação<br />

empreendidas na Avenida 1.º <strong>de</strong> Maio,<br />

<strong>de</strong>signadamente do alargamento da faixa <strong>de</strong><br />

rodagem, da colocação <strong>de</strong> nova iluminação,<br />

do reperfilamento <strong>de</strong> passeios e do arranjo<br />

paisagístico.<br />

Remontando ao século XVIII, o pelourinho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> enquadra-se<br />

numa tipologia da arquitectura civil pública barroca.<br />

Na sua implantação original, este encontrava-se alinhado com o<br />

actual Museu <strong>Municipal</strong>, antiga Casa do Concelho que remonta ao<br />

século XVI.<br />

A remoção do pelourinho para outro local (justamente aquele a que,<br />

nas últimas décadas, os mafrenses se habituaram a visualizar) <strong>de</strong>verá<br />

ter ocorrido na primeira meta<strong>de</strong> do século XX, em consequência<br />

da remo<strong>de</strong>lação urbanística da Rua Elias Garcia.<br />

Com a valorização efectuada na Praça do Pelourinho pela <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong>, este monumento regressou ao seu local <strong>de</strong> implantação<br />

original, há muito esquecido pelos mafrenses. Simultaneamente, foi<br />

efectuado o restauro da pedra, valorizando-se o monumento após a<br />

sua reintegração no espaço urbano.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 33


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 34<br />

CULTURA<br />

Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida<br />

UMA VIAGEM PELA OLARIA<br />

TRADICIONAL MAFRENSE<br />

Apesar das novas conjunturas geradas pelos processos <strong>de</strong> globalização, a olaria tradi-<br />

cional mafrense tem conseguido afirmar a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>sempenhando um papel <strong>de</strong><br />

relevo no património cultural concelhio.<br />

"Vasilhame <strong>de</strong> Barro: do Utilitário ao Simbólico" - eis o tema <strong>de</strong> uma nova exposição orga-<br />

nizada pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, a inaugurar brevemente no Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong><br />

Almeida (<strong>Mafra</strong>), espaço este que, <strong>de</strong>pois das obras <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lação empreendidas no<br />

edifício, abre novamente as portas ao público.


Na sequência da pesquisa <strong>de</strong><br />

fontes e do trabalho <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong>senvolvido<br />

junto da comunida<strong>de</strong><br />

oleira pela autarquia, esta exposição<br />

temporária, que coloca<br />

em evidência parte do acervo do Museu<br />

<strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida, tem por<br />

objectivo traçar uma panorâmica sobre as<br />

principais características e a evolução da produção<br />

<strong>de</strong> loiça utilitária nas suas décadas <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iras,<br />

em que se assistiu a uma transposição<br />

do registo utilitário para os registos<br />

<strong>de</strong>corativo e simbólico.<br />

Tal transposição constituiu-se, afinal, como<br />

uma tentativa por parte da indústria oleira -<br />

que assumiu uma enorme proeminência nos<br />

últimos dois séculos, fazendo-se sentir a presença<br />

das suas reputadas loiças fora das fronteiras<br />

concelhias - <strong>de</strong> fazer face às profundas<br />

alterações da socieda<strong>de</strong>, que já se adivinhavam<br />

no segundo quartel do século XX,<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>adas por uma crescente industrialização<br />

e pelas comodida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo<br />

trazidas pela mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>: novos materiais e<br />

produtos <strong>de</strong> carácter industrial começaram a<br />

penetrar nos mercados locais.<br />

Com a reabertura ao público do Museu <strong>Municipal</strong><br />

Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida e para além da<br />

organização <strong>de</strong> uma nova exposição temporária,<br />

a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong>cidiu criar uma<br />

colecção <strong>de</strong> postais, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> encontrar<br />

um singelo registo ilustrativo do espólio <strong>de</strong><br />

cerâmica tradicional que o museu alberga.<br />

Sem dúvida que esta colecção é um meio <strong>de</strong><br />

preservar e divulgar mais este testemunho da<br />

memória colectiva do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

O Museu <strong>Municipal</strong> Prof. Raúl <strong>de</strong> Almeida,<br />

localizado em <strong>Mafra</strong>, tem o privilégio <strong>de</strong> integrar<br />

um riquíssimo e importante espólio <strong>de</strong><br />

olaria tradicional no seu acervo, uma parte<br />

proveniente da Casa do Povo <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

Destaque para a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> artefactos,<br />

quer nas suas formas, quer nas técnicas <strong>de</strong><br />

produção utilizadas na sua produção.<br />

Estes postais po<strong>de</strong>m ser adquiridos pela<br />

quantia <strong>de</strong> 3,5 euros, estando também à disposição<br />

<strong>de</strong> todos nos espaços culturais da<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>.<br />

CULTURA<br />

O impacto inicial que se fez sentir, sob a<br />

égi<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta nova conjuntura, verificou-se no<br />

surgimento dos esmaltes e alumínios e no<br />

<strong>de</strong>clínio da procura <strong>de</strong> barros utilitários.<br />

Paralelamente, a resposta da indústria oleira<br />

local traduziu-se na criação <strong>de</strong> novas formas<br />

e padrões <strong>de</strong>corativos, assim como na<br />

introdução do elemento estético e do figurado<br />

na sua produção. Assim, a produção foi<br />

ganhando uma dimensão mais <strong>de</strong>corativa e<br />

simbólica, até aí inexistente.<br />

"Vasilhame <strong>de</strong> Barro: do Utilitário ao Simbólico"<br />

<strong>de</strong>dica-se, assim, à apresentação<br />

<strong>de</strong>sta fase evolutiva, que ocorreu essencialmente<br />

entre os finais dos anos 30 e os<br />

anos 50 do século passado. Do acervo<br />

<strong>de</strong>sta exposição fazem parte potes, asados<br />

(armazenamento <strong>de</strong> água em casa),<br />

bilhas, garrafas, garrafões (armazenamento<br />

<strong>de</strong> azeite), miniaturas, moringues<br />

(<strong>de</strong>rivados da bilha, apresentam características<br />

francamente <strong>de</strong>corativas), vasilhame<br />

<strong>de</strong> formas zoomórficas e antropomórficas,<br />

entre outras peças que contribuem<br />

para a divulgação e consequente<br />

preservação da cultura tradicional.<br />

Colecção <strong>de</strong> postais regista cerâmica tradicional<br />

Artesãos concelhios na 40.ª FIARTIL<br />

O artesanato do Município <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong> esteve representado, mais<br />

uma vez, na Feira Internacional <strong>de</strong><br />

Artesanato do Estoril (FIARTIL),<br />

certame que se tem distinguido na<br />

promoção <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> e que<br />

teve lugar entre os dias 19 <strong>de</strong> Junho<br />

e 14 <strong>de</strong> Setembro.<br />

De 21 <strong>de</strong> Julho a 3 <strong>de</strong> Agosto,<br />

estiveram presentes diversos artesãos<br />

no stand da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>,<br />

com exposição e venda <strong>de</strong><br />

peças do público, bem como animações ao<br />

vivo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o torneamento <strong>de</strong> piões, até à arte<br />

aplicada em tecido, artes <strong>de</strong>corativas, tecelagem,<br />

escultura em pedra, azulejaria, pintura<br />

<strong>de</strong>corativa, bijuteria, cerâmica contemporânea,<br />

miniaturas em ma<strong>de</strong>ira e ao figurado<br />

<strong>de</strong> barro.<br />

No <strong>de</strong>curso da semana <strong>de</strong>dicada à Região da<br />

Estremadura, realizada entre 8 e 14 <strong>de</strong> Setembro,<br />

o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> presenteou os visitantes<br />

com as actuações do Grupo Coral <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong> e da Tuna Lusitana do Sobreiro.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 35


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 36<br />

CULTURA<br />

Munícipes e visitantes respon<strong>de</strong>ram positivamente ao convite da autarquia. Nos meses <strong>de</strong><br />

Julho e Agosto, as iniciativas <strong>de</strong> animação cultural reuniram milhares <strong>de</strong> espectadores,<br />

que <strong>de</strong>sfrutaram <strong>de</strong> uma programação que se preten<strong>de</strong>u diversificada.<br />

Dizem que "uma imagem vale mais do que mil palavras". In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente da veraci-<br />

da<strong>de</strong> da asserção, eis algumas imagens que a memória reterá, com certeza, com bastante<br />

agrado.<br />

Activida<strong>de</strong>s acolhem a<strong>de</strong>ptos<br />

UM VERÃO<br />

DEDICADO À CULTURA<br />

Promover activida<strong>de</strong>s que respondam<br />

às motivações e interesses<br />

dos cidadãos, tendo em consi<strong>de</strong>ração<br />

a responsabilida<strong>de</strong> autárquica<br />

na formação dos públicos,<br />

e, paralelamente, dinamizar o trabalho <strong>de</strong>senvolvido,<br />

a nível do concelho, no que diz<br />

respeito aos aspectos culturais mais tradicionais<br />

e ligados ao quotidiano das comunida<strong>de</strong>s.<br />

Eis o duplo objectivo que tem norteado<br />

a política cultural da <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

Consolidando tais pressupostos, a programação<br />

da autarquia para os meses do verão<br />

traduziu-se na realização <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong><br />

espectáculos que encontraram expressão nas<br />

"Tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Encantar", que se configuraram simultaneamente<br />

como um meio <strong>de</strong> divulgação<br />

do potencial das Bandas Filarmónicas e<br />

Ranchos Folclóricos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, e<br />

nas "Descobertas <strong>de</strong> Verão", que integraram,<br />

no capítulo cultural, as "Noites da Cigarra", o III<br />

Festival Internacional <strong>de</strong> Bandas Militares e o<br />

"Verão Cultural".<br />

Destaque ainda para as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> animação<br />

levadas a efeito pela Junta <strong>de</strong> Turismo<br />

da Ericeira naquela vila piscatória e<br />

apoiadas pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>. Este apoio<br />

foi extensível ao concerto do guitarrista Joel<br />

Xavier, que apresentou um espectáculo memorável<br />

nas escadarias da Basílica do Convento<br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.


CULTURA<br />

Música e dança "encantaram"<br />

Jardim do Cerco<br />

Num cenário on<strong>de</strong> a natureza assume todo o<br />

seu esplendor, as tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> domingo ganharam,<br />

durante os meses <strong>de</strong> Junho, Julho<br />

e Agosto, um novo interesse. Música e dança<br />

<strong>de</strong>ram o mote para a animação integrada<br />

no programa "Tar<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Encantar". De registar<br />

a participação das seguintes instituições,<br />

a quem a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> agra<strong>de</strong>ce a disponibilida<strong>de</strong>:<br />

Rancho Infantil "Os Pescadores<br />

da Ericeira", Socieda<strong>de</strong> Filarmónica<br />

1.º <strong>de</strong> Dezembro da Encarnação, Rancho<br />

Folclórico S. Miguel do Milharado, Socieda<strong>de</strong><br />

Recreativa e Musical <strong>de</strong> Vila Franca do<br />

Rosário, Escola <strong>de</strong> Música Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong>, Grupo Cultural <strong>de</strong> Danças e Cantares<br />

<strong>de</strong> S. Miguel da Alcainça, Orquestra Ligeira<br />

do Gradil, Rancho Folclórico da Murgeira,<br />

Rancho Folclórico "Os Hortelões da Ervi<strong>de</strong>ira",<br />

Rancho Folclórico da Malveira e<br />

Rancho Folclórico <strong>de</strong> Monte Go<strong>de</strong>l.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 37


"Canto da cigarra"<br />

motiva cerca<br />

<strong>de</strong> 4.500 espectadores<br />

As "Noites da Cigarra" já fazem parte da tradição. Os espectáculos<br />

realizados na Praça da República, em <strong>Mafra</strong>, abrangeram<br />

géneros musicais diversos, como a música tradicional pela<br />

Orquestra Albicastrense, o karaoke com a participação <strong>de</strong> muitos<br />

munícipes, o rock pelos "Almas do Convento", o jazz tradicional<br />

<strong>de</strong> New Orleans trazido pelo "Dixie Gang", a música popular cantada<br />

por Pedro Barroso e a world music interpretada pelos<br />

"Corvos". Menção especial para a organização <strong>de</strong> uma "Noite<br />

Jovem" e para a a<strong>de</strong>são do público juvenil aos vários eventos que<br />

<strong>de</strong>correram naquele local da vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, durante o mês <strong>de</strong><br />

Julho.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 38<br />

CULTURA


3.ª edição<br />

<strong>de</strong> festival<br />

reúne bandas<br />

militares<br />

A terceira edição do Festival Internacional<br />

<strong>de</strong> Bandas Militares proporcionou ao público<br />

uma oportunida<strong>de</strong> única para assistir<br />

aos concertos efectuados pela Banda do<br />

Exército e pela Banda <strong>de</strong> Musica <strong>de</strong>l<br />

Ejercito <strong>de</strong>l Aire Comando Central (Espanha).<br />

Os momentos altos <strong>de</strong>ste evento,<br />

que <strong>de</strong>correu na vila <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> a 19 <strong>de</strong> Julho,<br />

foram, sem dúvida, o ren<strong>de</strong>r da guarda pela<br />

banda da Força Aérea espanhola e o concerto<br />

conjunto pelas duas formações. Uma<br />

nota <strong>de</strong> referência para a cerimónia <strong>de</strong> apresentação<br />

das ban<strong>de</strong>iras, executada pelos<br />

militares da Escola Prática <strong>de</strong> Infantaria<br />

(EPI), a que se seguiu o Hino Nacional interpretado<br />

pela Banda do Exército Português.<br />

Um espectáculo com fogo <strong>de</strong> artifício<br />

encerrou com "chave <strong>de</strong> ouro" um festival<br />

que, cada vez mais, se afirma pelo seu contributo<br />

na aproximação entre as instituições<br />

civil e militar, ao mesmo tempo proporcionando<br />

a divulgação da qualida<strong>de</strong> das bandas<br />

<strong>de</strong> cariz militar.<br />

CULTURA<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 39


Verão...<br />

cada vez<br />

mais cultural!<br />

Indubitavelmente, um programa inesquecível.<br />

O "Verão Cultural 2003" fica na<br />

memória pela qualida<strong>de</strong> dos espectáculos<br />

apresentados e pela a<strong>de</strong>são do público.<br />

Assim, o célebre "Requiem" <strong>de</strong> Mozart,<br />

interpretado pela Orquestra Sinfónica<br />

Juvenil, o Coral <strong>de</strong> Linda-a-Velha e quatro<br />

solistas, proporcionou momentos únicos<br />

na Basílica <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>; a Igreja <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora do Ó, na Carvoeira, afirmou-se<br />

como um cenário privilegiado para acolher<br />

uma viagem pela história da música<br />

para metais, com a participação do Grupo<br />

<strong>de</strong> Metais do Seixal; as Escadarias da<br />

Basílica <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> encheram para uma verda<strong>de</strong>ira<br />

"Noite Lírica", em que os jovens<br />

profissionais do grupo "Ópera Viva" seduziram<br />

os espectadores através da interpretação<br />

<strong>de</strong> árias das mais famosas óperas;<br />

o "Quinteto Amália" ofereceu, no<br />

Claustro Sul do Convento <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, uma<br />

nova abordagem ao fado, executado por<br />

um tradicional quarteto <strong>de</strong> cordas e uma<br />

voz; e, finalmente, a "Camerata Intempi"<br />

apresentou, perante a repleta plateia do<br />

Auditório da Casa <strong>de</strong> Cultura Jaime Lobo<br />

e Silva, na Ericeira, conhecidos temas da<br />

música clássica e contemporânea.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 40<br />

CULTURA


Depois da oferta <strong>de</strong> um programa intenso e<br />

diversificado durante a época <strong>de</strong> veraneio,<br />

que sem dúvida contribuiu para a familiarização<br />

dos munícipes às iniciativas <strong>de</strong> índole cultural<br />

que são promovidas, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong><br />

retoma a sua programação regular nos<br />

diversos espaços municipais.<br />

Assista aos concertos e espectáculos, <strong>de</strong>sfrutando<br />

igualmente das sessões <strong>de</strong> cinema periodicamente<br />

organizadas no Auditório <strong>Municipal</strong><br />

Beatriz Costa. Frequente as Bibliotecas<br />

Municipais, a<strong>de</strong>rindo também aos projectos<br />

<strong>de</strong> promoção da leitura, que lhe permitirão<br />

uma nova abordagem ao universo do livro.<br />

Visite as exposições temporárias patentes nas<br />

galerias municipais, contactando com o mundo<br />

das artes através <strong>de</strong> artistas consagrados<br />

e dos novos talentos.<br />

Tome nota <strong>de</strong> algumas iniciativas que se encontram<br />

em cartaz:<br />

• "Santo André <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>: da Arqueologia à<br />

História" - no Complexo Cultural Quinta da<br />

Raposa, embarque numa visita pela "<strong>Mafra</strong><br />

Antiga" através <strong>de</strong> uma exposição que<br />

resulta do projecto <strong>de</strong> investigação e valorização<br />

do adro da igreja <strong>de</strong> Santo André,<br />

A <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> continua a apostar na<br />

promoção do trabalho <strong>de</strong>senvolvido pelas<br />

bandas <strong>de</strong> música concelhias. Tendo como<br />

cenário a Encarnação, estes agrupamentos<br />

voltaram a reunir-se, nos dias 11 e 12 <strong>de</strong><br />

Outubro, naquele que foi o 11.º Festival <strong>de</strong><br />

Bandas do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

Esta iniciativa realizou-se, pela primeira vez,<br />

em dois dias distintos, preten<strong>de</strong>ndo fomentar,<br />

ainda mais, o convívio entre os elementos<br />

das bandas e, por outro lado, proporcionar<br />

maior espaço para apresentação dos repertórios.<br />

Assim, os concertos efectuaram-se no dia 11<br />

às 21H30, com a actuação da Socieda<strong>de</strong> Recreativa<br />

e Musical <strong>de</strong> Vila Franca do Rosário<br />

Não perca!<br />

CULTURA<br />

<strong>de</strong>signadamente das campanhas <strong>de</strong> escavação<br />

arqueológicas realizadas pelo Município;<br />

• Exposições <strong>de</strong> Pintura e Fotografia - nas<br />

Galerias da Casa <strong>de</strong> Cultura D. Pedro V<br />

(<strong>Mafra</strong>) e da Casa <strong>de</strong> Cultura Jaime Lobo e<br />

Silva (Ericeira) visite, respectivamente, os<br />

trabalhos <strong>de</strong> Mário Lino e <strong>de</strong> Georgina<br />

Garrido. A mostra do primeiro artista mencionado<br />

está patente entre 18 <strong>de</strong> Outubro e<br />

16 <strong>de</strong> Novembro. Por sua vez, a exposição<br />

<strong>de</strong> Georgina Garrido inaugura a 31 <strong>de</strong><br />

Outubro, po<strong>de</strong>ndo ser visualizada até 30<br />

<strong>de</strong> Novembro.<br />

Bandas <strong>de</strong> Música reunidas em festival<br />

e Filarmónica Cultural Ericeira, e no dia 12 a<br />

partir das 14H30, com a concentração no<br />

Largo da Igreja, seguida <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfile até ao<br />

Largo Francisco Pereira Galantinho, on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>correu a recepção às entida<strong>de</strong>s oficiais<br />

com execução <strong>de</strong> hinos por todas as bandas.<br />

Seguidamente, foi interpretada uma marcha<br />

conjunta e prosseguiram as actuações da<br />

Escola <strong>de</strong> Música da Casa do Povo da Enxara<br />

do Bispo, Associação Musical Nossa Senhora<br />

do Livramento, Escola <strong>de</strong> Música Juventu<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> e Socieda<strong>de</strong> Filarmónica<br />

1.º <strong>de</strong> Dezembro da Encarnação.<br />

O festival terminou com o habitual jantar-convívio,<br />

com a participação <strong>de</strong> todos os elementos.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 41


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 42<br />

CULTURA


O glamour do mundo da moda...<br />

A monumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um cenário ímpar...<br />

CULTURA<br />

CORES DA MODA RETORNAM<br />

AO CONVENTO DE MAFRA<br />

Seis <strong>de</strong>signers apresentaram as suas colecções...<br />

Sete lojas concelhias mostraram as tendências da próxima estação...<br />

Figuras públicas associaram-se ao evento...<br />

Moda <strong>Mafra</strong> 2003!<br />

As Escadarias do Convento <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong> foram o palco da realização<br />

da segunda edição do Moda<br />

<strong>Mafra</strong>, um evento organizado pela<br />

<strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong>, produzido<br />

por Peter Machado e que contou com o<br />

patrocínio da Associação <strong>de</strong> Comércio, Indústria<br />

e Serviços do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong> (ACISM),<br />

Coprel e Anselmo <strong>de</strong> Castro.<br />

Esta iniciativa visou, essencialmente, potenciar<br />

a promoção turística e o <strong>de</strong>senvolvimento económico<br />

do Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, associando ao<br />

ex-libris concelhio a divulgação do comércio<br />

local e, também, do trabalho que, na área da<br />

moda, é realizado pelos novos talentos.<br />

Assim, no dia 23 <strong>de</strong> Agosto, os munícipes ficaram<br />

a conhecer as propostas <strong>de</strong> Concreto,<br />

Joana Gil, Linda Pinto, Luís Bichinho, Raquel<br />

Guita e Rita Bonaparte, bem como as colecções<br />

das lojas concelhias "Os Traquinas do<br />

Oeste" (<strong>Mafra</strong>), "Modas Jorge" (<strong>Mafra</strong>), "Modas<br />

Normando" (<strong>Mafra</strong>), "Top Modas" (<strong>Mafra</strong>), "Os<br />

Garotos" (<strong>Mafra</strong>), "Boutique Roana" (<strong>Mafra</strong>) e<br />

"Biancos" (Malveira).<br />

A apresentação ficou a cargo <strong>de</strong> Jorge<br />

Kapinha. Notabilizando este evento, diversas<br />

caras conhecidas do mundo do espectáculo<br />

marcaram igualmente presença, como os<br />

actores Ricardo Pereira (o "João" <strong>de</strong> "Saber<br />

Amar") e Nuno Homem <strong>de</strong> Sá, o cantor Nuno<br />

Barroso (vocalista dos ex-Além Mar), o futebolista<br />

Emílio Peixe, a mo<strong>de</strong>lo Jordana Jar<strong>de</strong>l<br />

(irmã do conhecido futebolista Mário Jar<strong>de</strong>l), a<br />

taróloga Maya, a actriz Ana Catarina Abreu (a<br />

pequena "Maria" <strong>de</strong> "Ana e os Sete"), Aníbal<br />

("Big Brother") e Raquel ("Masterplan").<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 43


CULTURA<br />

Escavações Arqueológicas no Penedo do Lexim<br />

"PROCURAR" A HISTÓRIA<br />

Entre muralhas e penedos, os participantes na quinta campanha <strong>de</strong> escavações arqueo-<br />

lógicas promovida pela <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> no Penedo do Lexim procuraram reconstituir a<br />

história daqueles que ali viveram há cinco mil anos. Um regresso ao passado para com-<br />

preen<strong>de</strong>r o presente.<br />

Osítio arqueológico do Penedo do<br />

Lexim, na freguesia da Igreja<br />

Nova, é conhecido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

século XIX e constitui um dos<br />

locais <strong>de</strong> referência para o estudo<br />

do Calcolítico em Portugal. A importância<br />

científica e patrimonial <strong>de</strong>ste sítio originou a<br />

sua classificação como Imóvel <strong>de</strong> Interesse<br />

Público e motivou a implantação <strong>de</strong> um projecto<br />

<strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>senvolvido pela autarquia<br />

no âmbito do Plano Nacional <strong>de</strong> Trabalhos<br />

Arqueológicos.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 44<br />

De 21 <strong>de</strong> Julho a 12 <strong>de</strong> Setembro, a <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong> promoveu a realização da quinta<br />

campanha <strong>de</strong> escavações no Penedo do<br />

Lexim. Além dos elementos do Gabinete <strong>de</strong><br />

Arqueologia da autarquia, integraram esta<br />

equipa, constituída por cerca <strong>de</strong> 20 elementos,<br />

jovens concelhios participantes em programas<br />

<strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> tempos livres e estudantes<br />

universitários <strong>de</strong> Arqueologia, que<br />

completaram aqui a sua formação académica.<br />

A natural monumentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste sítio <strong>de</strong>certo<br />

que sempre suscitou o interesse do Homem,<br />

verificando-se a existência <strong>de</strong> vários momentos<br />

<strong>de</strong> ocupação.<br />

Na actual fase das pesquisas po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar<br />

que a ocupação do Penedo do Lexim<br />

remonta aos finais do Neolítico (4.º milénio<br />

antes <strong>de</strong> Cristo), mas é com o Calcolítico (3.º<br />

milénio antes <strong>de</strong> Cristo) que se verifica a principal<br />

fase <strong>de</strong> ocupação. Nesta época foi aqui<br />

instalado um grupo <strong>de</strong> agricultores e pastores<br />

que <strong>de</strong>ixaram marcas da sua vivência diária,<br />

com áreas habitacionais, estruturas <strong>de</strong> armazenamento,<br />

lajeados e construções <strong>de</strong> tipo<br />

<strong>de</strong>fensivo que reforçavam a <strong>de</strong>fensabilida<strong>de</strong><br />

natural do sítio. Para além <strong>de</strong>stas ocupações<br />

registam-se ainda reocupações da Ida<strong>de</strong> do<br />

Bronze (2.º milénio antes <strong>de</strong> Cristo) e uma<br />

escassa presença romana.


«Era uma vez a "estória" daqueles que queriam<br />

conhecer a história...»<br />

Assim po<strong>de</strong>ria começar a narrativa do grupo<br />

<strong>de</strong> jovens que <strong>de</strong>cidiu participar nas escavações<br />

arqueológicas realizadas no Penedo<br />

do Lexim.<br />

«Estou a pensar ser arqueólogo e gostava <strong>de</strong><br />

ter uma experiência no terreno», começa por<br />

contar Gonçalo, 16 anos. Pela primeira vez a<br />

participar no programa <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong> tempos<br />

livres "Jovens em Acção", organizado<br />

pela autarquia, este jovem estudante do 11.º<br />

ano na área das Humanida<strong>de</strong>s revela-se apaixonado<br />

pela experiência <strong>de</strong>senvolvida: «É um<br />

<strong>de</strong>safio... estar sempre à procura <strong>de</strong> qualquer<br />

coisa e estar sempre à espera. A pessoa vive<br />

com a esperança».<br />

Foi esta mesma esperança e sentido prático<br />

que animou a escolha <strong>de</strong> Pedro, durante muito<br />

tempo dividido entre a História e a Arqueologia.<br />

Este jovem resi<strong>de</strong>nte em <strong>Mafra</strong> frequenta<br />

o 3.º ano do curso <strong>de</strong> Arqueologia da<br />

É já difícil enumerar todos os programas,<br />

séries, filmes e telenovelas que têm tido<br />

como cenário o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

Desta feita, e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> "Amanhecer", é a<br />

vez da novela "Morangos com Açúcar", a<br />

mais recente aposta da TVI no domínio da<br />

ficção nacional, especialmente dirigida aos<br />

jovens. Todas as cenas <strong>de</strong> praia são, efectivamente,<br />

gravadas no nosso Concelho,<br />

mais concretamente na Praia da Foz do<br />

Lizandro. Fique atento!<br />

No capítulo cinematográfico, foram recentemente<br />

filmadas no Palácio Nacional <strong>de</strong><br />

<strong>Mafra</strong> - mais especificamente nas instalações<br />

afectas à <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> - cenas<br />

da produção francesa "Lagar<strong>de</strong>re".<br />

É, pois, razão para reafirmar: <strong>Mafra</strong> está na<br />

moda!<br />

CULTURA<br />

Viver com a esperança...<br />

Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa e faz um balanço muito positivo do trabalho<br />

empreendido no Penedo do Lexim: «é<br />

uma escavação muito bem organizada».<br />

Acrescenta, ainda, a relevância da partilha <strong>de</strong><br />

conhecimentos: «no campo, a experiência é<br />

partilhada não só com os responsáveis,<br />

como com os colegas. Apren<strong>de</strong>-se imenso e<br />

preparamo-nos para uma vida futura, pois<br />

sem a experiência <strong>de</strong> campo é impossível singrar<br />

como arqueólogo. Para mim, o mais<br />

importante, além do material recolhido, é a<br />

experiência que <strong>de</strong>senvolvi e a aprendizagem<br />

no campo. E isto é algo que não posso<br />

apren<strong>de</strong>r na faculda<strong>de</strong>».<br />

Também Carla, estudante do mesmo curso,<br />

<strong>de</strong>dica parte das suas férias para <strong>de</strong>senvolver<br />

trabalho no terreno, tendo pela primeira vez<br />

optado pelo Penedo do Lexim: «tento experimentar<br />

o máximo <strong>de</strong> sítios possíveis, com<br />

todas as diferenças que isso implica, não só<br />

geológicas, como em termos do período<br />

<strong>Mafra</strong> na televisão: o reconhecimento da qualida<strong>de</strong><br />

"Santos da Casa" em <strong>Mafra</strong><br />

cronológico, para conseguir mais tar<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r<br />

às situações que se nos colocam.<br />

Nunca sabemos qual é o período cronológico<br />

que nos vai aparecer, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

dos nossos gostos».<br />

Relatando os acontecimentos sucedidos durante<br />

as escavações, Carla recorda a <strong>de</strong>scoberta<br />

<strong>de</strong> um achado significativo: uma<br />

conta <strong>de</strong> colar com paralelos muito raros.<br />

Nas suas palavras, esta é uma daquelas «coisas<br />

que para as pessoas que estão <strong>de</strong> fora<br />

não têm muita importância, mas que para nós<br />

têm muito valor».<br />

Afinal, a história reconstitui-se <strong>de</strong> pequenos<br />

achados como este e que, para estes jovens<br />

"futuros arqueólogos", alimentam o tal "viver<br />

na esperança" <strong>de</strong> que nos falava o Gonçalo.<br />

E uma coisa é certa: enquanto houver, como<br />

classifica a Carla, «necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecimento,<br />

curiosida<strong>de</strong> e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar no<br />

campo», estes jovens prometem regressar ao<br />

Penedo do Lexim.<br />

No passado dia 9 <strong>de</strong> Outubro, o Auditório <strong>Municipal</strong><br />

Beatriz Costa, em <strong>Mafra</strong>, encheu para<br />

assistir à série "Santos da Casa", transmitida<br />

em directo pela RTP 1. Um misto <strong>de</strong> revista,<br />

teatro e sitcom, que atraiu em massa a população.<br />

A série "Santos da Casa" conta no elenco com<br />

actores bem conhecidos do público, como<br />

Nicolau Breyner ou Rita Blanco, tendo sempre<br />

uma emissão em directo, das mais diversas<br />

localida<strong>de</strong>s do nosso país.<br />

Vindos um pouco <strong>de</strong> todo o Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

este evento contou, entre outros, com a<br />

participação <strong>de</strong> alguns utentes <strong>de</strong> instituições<br />

<strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> social do Município.<br />

A representação constituiu uma oportunida<strong>de</strong><br />

para os munícipes assistirem ao vivo a um programa<br />

televisivo. É neste sentido que a autarquia<br />

apoia este tipo <strong>de</strong> iniciativas que contribuem<br />

não só para a promoção dos espaços<br />

culturais do Concelho, como para a difusão da<br />

cultura junto da população.<br />

Mais uma vez, po<strong>de</strong>mos verificar que <strong>Mafra</strong><br />

continua a ser alvo <strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

produtoras nacionais e internacionais.<br />

MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 45


MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 46<br />

CULTURA<br />

Promover o acesso ao conhecimento<br />

NOVAS PUBLICAÇÕES<br />

Valorizando o património cultural do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>, a <strong>Câmara</strong> <strong>Municipal</strong> apresenta,<br />

brevemente, mais dois novos títulos da Colecção <strong>Mafra</strong> <strong>de</strong> Bolso.<br />

Paralelamente, o dia 15 <strong>de</strong> Novembro é a data apontada para o lançamento do Boletim<br />

Cultural 2002, um veículo do saber cada vez mais <strong>de</strong>dicado a estimular e apoiar a criação<br />

cultural no Município <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>.<br />

A<br />

s publicações <strong>de</strong> carácter municipal<br />

têm sido um instrumento<br />

privilegiado pela <strong>Câmara</strong><br />

<strong>Municipal</strong>, <strong>de</strong> modo a fomentar<br />

o acesso dos cidadãos<br />

à cultura, que cada vez mais se afirma<br />

como um verda<strong>de</strong>iro laço entre o passado<br />

e o futuro e uma componente <strong>de</strong>terminante<br />

<strong>de</strong> modo a preservar e valorizar a<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> concelhia.<br />

A Colecção <strong>Mafra</strong> <strong>de</strong> Bolso, apresentada no<br />

ano <strong>de</strong> 2002, assume-se como um dos expoentes<br />

<strong>de</strong>sta política cultural, a que a autarquia<br />

preten<strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong>.<br />

Reunindo gran<strong>de</strong> parte dos trabalhos relacionados<br />

com o nosso Concelho, da autoria<br />

PARA BREVE<br />

<strong>de</strong> Armando <strong>de</strong> Lucena, Obra Mafrense é o<br />

título do próximo livro <strong>de</strong>sta colecção que<br />

será proximamente disponibilizado. Numa<br />

compilação <strong>de</strong> Amândio Quinto, esta publicação<br />

é também uma homenagem a um<br />

ilustre artista, apaixonado pela Malveira.<br />

O segundo título a publicar, que preten<strong>de</strong><br />

ser também um útil livro <strong>de</strong> consulta, tem<br />

por mote a Biblioteca <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>,<br />

<strong>de</strong>finida pelo autor, Manuel J. Gandra, como<br />

um autêntico "templo do saber".<br />

No capítulo das publicações, merece uma<br />

referência especial o Boletim Cultural relativo<br />

ao ano <strong>de</strong> 2002. Sem querer antecipar os<br />

conteúdos que o integram, po<strong>de</strong> mencionar-<br />

se que estes se encontram organizados <strong>de</strong><br />

acordo com as seguintes categorias: "Estudos",<br />

"Arqueologia", "Carta do Património<br />

do Concelho <strong>de</strong> <strong>Mafra</strong>", "Memórias e Memorialistas",<br />

"Antropologia e Tradições",<br />

"Instituições", "Vultos e Sombras" e "Arquivo<br />

<strong>de</strong> Fontes e Bibliografia".<br />

Elaborada pelos Serviços <strong>de</strong> Cultura da<br />

edilida<strong>de</strong>, mas igualmente contando com<br />

colaborações exteriores, esta obra é o resultado<br />

do empenho <strong>de</strong> todos na vida cultural<br />

e na protecção do património e, consequentemente,<br />

a prova <strong>de</strong> que cultura<br />

po<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>ve ser, uma responsabilida<strong>de</strong><br />

colectiva.


Praça do Município - 2644-001 <strong>Mafra</strong><br />

Tel.: 261 810 100 - Fax: 261 810 130<br />

geral@cm-mafra.pt<br />

www.cm-mafra.pt

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