boletim outubro finalissimo.qxd - Câmara Municipal de Mafra

ESPECIAL
São 15
horas e 10
minutos de
um escaldante
dia 11 de Setembro
de 2003,
quinta-feira. Nada
fazia prever o inesperado.
As sirenes ecoam
e, corajosamente, os
bombeiros dirigem-se até
ao local assinalado. No caminho
que vai desde a Murgeira
até ao Codeçal, mesmo junto à
estrada, deflagra um incêndio que
começa a ameaçar a localidade e, nas
imediações, um património de inegável
valor: a Tapada Nacional de Mafra.
As piores expectativas confirmam-se. As
chamas propagam-se ao "pulmão" do Concelho
de Mafra, mas são rapidamente combatidas
graças ao esforço dos "Soldados da
Paz", dos Sapadores da Tapada Nacional e
de meios aéreos. Todavia, os danos são visíveis:
cerca de dois hectares de área ardida.
A calma parece regressar até que, subitamente,
as gentes do Município de Mafra
são confrontadas com um novo revés. São
17 horas e 30 minutos e deflagram três
novos focos, desta feita na Quinta da
Barroca. A acção dos bombeiros impede a
progressão das chamas,
controlando-as
junto à Estrada Nacional.
Porém, a cerca
de mil metros
deste local, nova frente
deflagra, por propagação.
As fagulhas são
responsáveis pelo regresso
do fogo à Tapada Nacional, com início
no sítio das Lombas. Consumindo cerca
de 80 hectares, a frente alastra em direcção
à Tapada Militar.
Carvalhos, pinheiros, plátanos, freixos,
sobreiros... A riqueza vegetal daquele que
foi cenário de eleição para as grandes
caçadas da realeza começa a ser destruída.
Arduamente, 338 bombeiros, apoiados por
92 viaturas e três helicópteros, combatem
um inimigo que teima em não ceder.
Durante a noite, no posto de comando
localizado no Codeçal, centro das grandes
decisões, o Executivo da Câmara Municipal
define estratégias com os bombeiros. Perto
das 24 horas, o Ministro da Agricultura,
Sevinate Pinto, dirige-se ao local, a fim de
avaliar a tomada de medidas de acção.
Durante a madrugada, o Secretário de
Estado da Defesa e Antigos Combatentes,
Henrique de Freitas, é recebido na Escola
Prática de Infantaria, onde analisa a situação
verificada na Tapada Militar.
MAFRAnotícias OUTUBRO 2003 - 5