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Exóticas web.cdr - Rede Pró-Fauna - Estado do Paraná

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Além disso, há grandes possibilidades de competição com pecarídeos<br />

nativos, como o cateto (Pecari tajacu) e o queixada (Tayassu pecari)<br />

(DEBERDT, 2005), já que possui uma série de vantagens sobre essas<br />

espécies como: grande plasticidade trófica; tamanho corporal<br />

avantaja<strong>do</strong>, o que dificulta sua captura por preda<strong>do</strong>res naturais; alto<br />

potencial reprodutivo, sen<strong>do</strong> que fêmeas jovens podem gerar de 4 a 6<br />

filhotes, e as adultas de 11 a 12 filhotes, por gestação (que pode ocorrer<br />

até duas vezes no ano). A maturidade sexual é atingida aos 18 meses, e os<br />

indivíduos possuem longevidade entre 15 a 20 anos. Contrapon<strong>do</strong> com as<br />

espécies silvestres que possuem tamanho corporal significativamente<br />

menor, assim como o potencial reprodutivo, sen<strong>do</strong> que o número de<br />

filhotes por gestação varia de um a <strong>do</strong>is, e, portanto são mais suscetíveis<br />

aos impactos de predação, alterações ambientais e pressão humana <strong>do</strong><br />

que o javali (BUNNELL, 1987).<br />

O primeiro relato de introdução da espécie no <strong>Esta<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> data da<br />

década de 1960, no município de Palmeira (MOURA-BRITTO e<br />

PATROCÍNIO, 2006). Houve nesta época uma soltura ou fuga de um grupo<br />

que se estabeleceu em natureza e a partir daí esta população dispersouse<br />

pelos municípios de Ponta Grossa e Campo Largo. Atualmente é<br />

proibida a criação de javalis no <strong>Esta<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> e no restante <strong>do</strong> país em<br />

função da portaria nº 102, de 15 de julho de 1998 (DEBERDT, 2005), em<br />

face da dificuldade de contenção em casos de cria<strong>do</strong>uros mal<br />

construí<strong>do</strong>s ou administra<strong>do</strong>s.<br />

Situação Atual da espécie no <strong>Paraná</strong><br />

O primeiro relato de introdução da espécie no <strong>Esta<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong> data da<br />

década de 1960, no município de Palmeira (MOURA-BRITTO e<br />

PATROCÍNIO, 2006). Houve nesta época uma soltura ou fuga de um grupo<br />

que se estabeleceu em natureza e a partir daí esta população dispersouse<br />

pelos municípios de Ponta Grossa e Campo Largo.<br />

Já, no sul <strong>do</strong> Brasil a invasão <strong>do</strong> javali aconteceu em 1991 no Rio Grande<br />

<strong>do</strong> Sul, vin<strong>do</strong> da Argentina (onde foi introduzi<strong>do</strong> para caça esportiva) e <strong>do</strong><br />

Uruguai (Silveira, 2006). Hoje é encontra<strong>do</strong> em esta<strong>do</strong> selvagem em São<br />

Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso e no <strong>Paraná</strong> (Silveira,<br />

2006), com diferentes fontes e formas de invasão.<br />

Em 2007 foi reconhecida, pela Portaria 095/07, como espécie exótica<br />

invasora no <strong>Esta<strong>do</strong></strong>. Ocorre em ambiente natural nos municípios de<br />

Ventania (Fazenda Roraima), Piraí <strong>do</strong> Sul (Fazenda 4N), Palmeira, Ponta<br />

Grossa, Campo Largo, Imbituva, Lunardelli, Fênix e Quinta <strong>do</strong> Sol. Já foi<br />

constatada a sua ocorrência em duas áreas de unidades de conservação<br />

<strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>: no Parque Estadual de Vila Velha (PEVV), município de Ponta<br />

Grossa (DALA ROSA e UMBRIA, 2008) onde os suídeos são conheci<strong>do</strong>s<br />

popularmente como javaporcos, e Parque Estadual Vila Rica <strong>do</strong> Espírito<br />

Santo (PEVR), município de Fênix. Ainda não foram comprova<strong>do</strong>s os<br />

relatos de competição com pecarídeos nativos como o cateto e o<br />

queixada (DEBERDT, 2005), mas estu<strong>do</strong>s estão sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>do</strong>s no<br />

PEVV, com o objetivo de elucidar questões como estas (DALA ROSA e<br />

UMBRIA, 2008). Relatos comprovam ataques à criação de porcos<strong>do</strong>mésticos<br />

no município de Fênix, ten<strong>do</strong> os animais i<strong>do</strong> à procura das<br />

fêmeas em cativeiro.<br />

Existem informações de que mais grupos estão soltos em ambiente<br />

natural, nos municípios de Cascavel, União da Vitória, Londrina e<br />

Maringá, e estas informações devem ser verificadas in loco para<br />

confirmação. Outros como Palmeira, Ponta Grossa, Campo Largo,<br />

Imbituva, Tamarana, Lunardelli, Fênix e Quinta <strong>do</strong> Sol, já possuem<br />

registros confirma<strong>do</strong>s.<br />

Plano de Controle <strong>do</strong> Javali<br />

Objetivo geral:<br />

Controlar e erradicar o javali no <strong>Esta<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, especialmente nas<br />

Unidades de Conservação, visan<strong>do</strong> assegurar a manutenção das<br />

populações silvestres existentes e preservar os seus habitats. Para atingir<br />

estas metas são propostos diversos objetivos específicos em diferentes<br />

áreas temáticas, conforme descrito abaixo.<br />

Objetivos específicos:<br />

1. Estimar o tamanho das populações <strong>do</strong> javali ocorrentes no<br />

<strong>Esta<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong> <strong>Paraná</strong>, priorizan<strong>do</strong> as Unidades de Conservação onde a<br />

espécie está presente. Estas informações servirão como<br />

indica<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> sucesso de controle da espécie.<br />

Prioridade: Essencial<br />

Importância: Fundamental<br />

Prazo: Médio<br />

Como:<br />

Definir protocolo padroniza<strong>do</strong> para estimativa populacional;<br />

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