Exóticas web.cdr - Rede Pró-Fauna - Estado do Paraná
Exóticas web.cdr - Rede Pró-Fauna - Estado do Paraná
Exóticas web.cdr - Rede Pró-Fauna - Estado do Paraná
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PORTARIA 142 DO IBAMA, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1994:<br />
Proíbe a introdução, a transferência, o cultivo e a comercialização de<br />
formas vivas <strong>do</strong> Bagre-Africano (Clarias gariepinus) e <strong>do</strong> Bagre-<strong>do</strong>-Canal<br />
(Ictalurus punctatus), nas áreas das bacias <strong>do</strong>s Amazonas e Paraguai.<br />
PORTARIA IAP 074, DE 19 DE ABRIL DE 2007:<br />
Reconhece a Lista Oficial de Espécies <strong>Exóticas</strong> Invasoras para o <strong>Esta<strong>do</strong></strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Paraná</strong>, estabelece normas de controle e dá outras providências. Nesta<br />
dentre outras espécies de peixes, o Bagre-Africano Clarias gariepinus, o<br />
Bagre-<strong>do</strong>-Canal Ictalurus punctatus e as Tilápia Oreochromis niloticus e<br />
Tilapia rendalli são consideradas espécies exóticas invasoras.<br />
Parágrafo 1º - Caso haja contaminação de ambientes naturais os<br />
responsáveis serão notifica<strong>do</strong>s e estarão sujeitos às penalidades<br />
previstas na legislação vigente, em especial as <strong>do</strong> Artigo 61 Lei federal nº<br />
9605/98 e <strong>do</strong> Artigo 45 <strong>do</strong> Decreto. Federal nº 3.179/99, sem prejuízo da<br />
aplicação das demais cominações administrativas, civis e penais<br />
cabíveis.<br />
Art. 6º - Os imóveis públicos nos quais for constatada a presença de<br />
espécies exóticas invasoras devem obrigatoriamente proceder à sua<br />
erradicação, ou controle para evitar contaminação biológica.<br />
Parágrafo único – O IAP poderá autorizar a utilização de espécies exóticas<br />
invasoras em trabalhos de pesquisa para o seu controle, desde que sejam<br />
a<strong>do</strong>tadas medidas que evitem a contaminação biológica.<br />
Art. 7º - A Diretoria de Controle de Recursos Ambientais-DIRAM e a<br />
Diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas – DIBAP proporão normas<br />
e procedimentos para licenciamento, monitoramento, fiscalização e<br />
controle de espécies exóticas invasoras.<br />
Art. 8º - Esta Portaria entra em vigência na data de sua publicação,<br />
revogadas as disposições em contrário.<br />
Acima das leis, portarias e decretos menciona<strong>do</strong>s, assim como de<br />
quaisquer outras, está nossa Carta Suprema, a CONSTITUIÇÃO DA<br />
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL que em seu artigo de número 225<br />
diz o seguinte:<br />
“To<strong>do</strong>s têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibra<strong>do</strong>, bem de<br />
uso comum <strong>do</strong> povo e essencial à sadia qualidade de vida, impon<strong>do</strong>-se ao<br />
Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo para as presentes e<br />
futuras gerações.”<br />
§1º - Para assegurar a efetividade <strong>do</strong> cumprimente deste direito incumbe<br />
ao Poder Público: “VII – Proteger a fauna e flora, vedadas, na forma de lei,<br />
as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a<br />
extinção da espécie (...)”.<br />
Além disso, o Brasil é signatário da Convenção Internacional sobre<br />
Diversidade Biológica e como tal tem obrigações que deveriam estar<br />
sen<strong>do</strong> cumpridas entre elas seu Artigo 8º que determina: “controlar e<br />
erradicar espécies exóticas que possam interferir nos ecossistemas<br />
naturais e diminuir a biodiversidade local, além da a<strong>do</strong>ção de medidas<br />
preventivas”.<br />
BLACK BASS (Micropterus salmoides)<br />
Vinícius Abilhoa<br />
Jean Ricar<strong>do</strong> Simões Vitule<br />
As mudanças primárias produzidas por represamentos <strong>do</strong>s rios, como a<br />
modificação de ambiente lótico para lêntico, resultam no<br />
desaparecimento das espécies estritamente fluviais e secundariamente<br />
num rearranjo geral das espécies remanescentes (LOWE-McCONNEL,<br />
1975). O reservatório recém forma<strong>do</strong> é coloniza<strong>do</strong> por espécies<br />
previamente existentes, mas como nem todas as espécies são capazes de<br />
suportar o novo ambiente, a ictiofauna de reservatórios é bem menos<br />
diversificada que a de seu rio forma<strong>do</strong>r (AGOSTINHO et al., 1997;<br />
AGOSTINHO et al., 2007).<br />
Segun<strong>do</strong> LOWE-McCONNEL (1975), as espécies de peixes submetidas a<br />
represamentos podem ser divididas em <strong>do</strong>is grupos. O primeiro é<br />
composto por espécies reofílicas (de água corrente), que aparentemente<br />
apresentam menores condições para permanecer em uma área<br />
represada. As espécies dessa natureza podem apresentar hábitos<br />
migratórios, normalmente relaciona<strong>do</strong>s à reprodução, como já relata<strong>do</strong><br />
em estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s no rio <strong>Paraná</strong> (AGOSTINHO et al., 1992). O<br />
96 97