Sétima Edição - Junho / 2009 - MGA
Sétima Edição - Junho / 2009 - MGA
Sétima Edição - Junho / 2009 - MGA
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O secretário de Justiça e Defesa<br />
da Cidadania do Estado de<br />
São Paulo, Luiz Antonio Marrey,<br />
se comprometeu em reunião na<br />
manhã do dia 27 de abril, a assinar<br />
um decreto criando a Coordenadoria<br />
LGBT dentro do órgão.<br />
Na reunião com representantes<br />
do Fórum Paulista LGBT,<br />
Marrey deixou a promessa de dar<br />
sua canetada friendly já nos próximos<br />
dias para que seja formada<br />
a equipe de atuação.<br />
A reunião teve como objetivo<br />
discutir as políticas públicas e<br />
ações em favor da cidadania<br />
LGBT e cobrar da Secretaria a implementação<br />
das dezenas de<br />
propostas aprovadas na Confe-<br />
14<br />
Secretaria de Justiça de SP vai<br />
criar Coordenadoria LGBT<br />
No dia 20 de abril, o Ministério<br />
da Educação deu parecer favorável<br />
ao pedido apresentado<br />
na última semana pelo funcionário<br />
público de Guarulhos, J.G.A,<br />
que brigava para que o órgão<br />
considerasse para cálculo de renda<br />
a relação que vive com seu<br />
companheiro.<br />
A ideia era garantir o direito<br />
a concorrer a uma bolsa do<br />
ProUni. O parecer foi elaborado<br />
por Ricardo Garroux, coordenação-geral<br />
de Relações Acadêmicas<br />
de Graduação do MEC, e<br />
obteve respaldo da Secretária da<br />
Educação Superior, Maria Paula<br />
Dallari Bucci.<br />
Garroux contou que levou em<br />
consideração os demais órgãos<br />
governamentais que já praticam<br />
rência Estadual, realizada em<br />
abril de 2008. Os militantes pretendem<br />
finalmente poder colocar<br />
em prática essas ações afirmativas<br />
por meio de um Plano<br />
Estadual, de uma Coordenadoria<br />
e de um Conselho.<br />
O primeiro passo será publicar<br />
e divulgar mais amplamente as<br />
resoluções da Conferência Estadual<br />
LGBT para que a população<br />
homossexual saiba quais são elas<br />
e quem será beneficiado com<br />
suas efetivações. Essas diretrizes<br />
aprovadas, assim espera a militância,<br />
devem ser usadas pelas várias<br />
secretarias estaduais para elaborarem<br />
um Plano Estadual de<br />
Políticas para a população LGBT.<br />
Considerada um primeiro passo<br />
rumo a esse plano, a criação<br />
da Coordenadoria LGBT da Secretaria<br />
de Justiça e Defesa da Cidadania<br />
de São Paulo já deu seus<br />
primeiros frutos com a promessa<br />
de Marrey de impulsionar as políticas<br />
para o segmento LGBT e sua<br />
disposição para um diálogo permanente<br />
com o movimento.<br />
Além disso, o secretário determinou<br />
ainda que a Secretaria<br />
viabilize um material de orientação<br />
contendo as resoluções<br />
da Conferência LGBT, a Lei<br />
10.948 e outros textos e artigos<br />
e uma relação de contatos dos<br />
órgãos que atendem a população<br />
homossexual.<br />
MEC reconhece relação Gay como entidade<br />
familiar para cálculo de renda no ProUni<br />
Por César Gomes*<br />
políticas que favorecem a população<br />
GLBT.<br />
“O Ministério do Trabalho, por<br />
exemplo, já concede ao estrangeiro<br />
parceiro de um Homossexual<br />
o direito a visto de trabalho<br />
no País”, lembra Garroux.<br />
No entanto, a principal base<br />
para que o caso de J.G.A tivesse<br />
um final feliz foi um parecer da<br />
Advocacia Geral da União, que<br />
em junho de 2008 reconheceu a<br />
União Civil Gay com o intuito de<br />
conceder benefícios previdenciários<br />
a servidores GLBTs do Rio<br />
de Janeiro.<br />
Ricardo Garroux fez questão de<br />
lembrar também que o MEC é um<br />
dos órgãos participantes do programa<br />
“Brasil Sem Homofobia”.<br />
“O MEC é um órgão que prima<br />
pela inclusão, não pela exclusão”,<br />
diz o coordenador-geral.<br />
Quando perguntado sobre a<br />
portaria que o MEC supostamente<br />
publicaria permitindo que<br />
pessoas na situação de J.G.A tivessem<br />
direito ao mesmo benefício,<br />
Garroux assegura que não<br />
há necessidade.<br />
Segundo ele, o artigo 6º da<br />
portaria normativa de número<br />
20, que trata do processo seletivo<br />
para o ProUni, já define o<br />
companheiro ou companheira<br />
do requerente como membro do<br />
grupo familiar, sem especificar o<br />
gênero das pessoas. “O que faltava<br />
era uma interpretação inclusiva<br />
do artigo”, diz Garroux.<br />
Tanto J.G.A quanto as Faculdades<br />
Integradas Torricelli,<br />
instituição escolhida pelo candidato<br />
a universitário para cursar<br />
Letras, já foram notificados<br />
da decisão.