BIODANZA E O OLHAR - Pensamento Biocêntrico
BIODANZA E O OLHAR - Pensamento Biocêntrico
BIODANZA E O OLHAR - Pensamento Biocêntrico
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Na retina, encontramos dois tipos de fotorreceptores: cones – células sensíveis à intensidade e<br />
à cor, responsáveis pela visão fotópica, ou visão de luz intensa; e os bastonetes, localizados<br />
na parte periférica da retina, responsáveis pela visão escotópica, ou visão de pouca luz. Lentz<br />
explica que “a duplicidade de organização da retina originou-se durante a evolução<br />
possivelmente com a conquista da terra firme pelos animais”. Considerando as variações de<br />
luminosidade mais extremas do que na água, a sensibilidade diferente dos cones e bastonetes<br />
favoreceu a adaptação dos animais e sua sobrevivência no novo habitat.<br />
Figura 1 – mostra as principais estruturas que compõem o olho humano<br />
O olho não funciona da mesma forma em todos os animais. Esse órgão fabuloso<br />
passou por um processo evolutivo. Registros fósseis revelam que a partir da explosão<br />
cambriana, evento ocorrido há cerca de 530 milhões de anos atrás, época da eclosão no<br />
planeta da diversidade de seres tal qual existe hoje, surgiram basicamente dois tipos de olhos:<br />
os olhos compostos, comuns nos artrópodes (insetos, crustáceos e aracnídeos), formados por<br />
uma grande quantidade de unidades chamadas de omatídeos. Cada uma dessas partes constitui<br />
uma lente ou um refletor, responsável por uma visão particionada e bastante limitada, mas boa<br />
para perceber movimentos; e os olhos tipo câmera que apresentam uma estrutura onde todos<br />
os fotorreceptores compartilham uma única lente que foca a luz e estão dispostos como uma<br />
lâmina, nesse caso a retina, que reveste a superfície interna da parede ocular. O olho dos<br />
34