Análise da demanda e modelos de preços hedônicos - Banco do ...
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estimação simultânea <strong>da</strong>s equações <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> e oferta.<br />
3.3 Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Custo <strong>de</strong> Oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Capital Ajusta<strong>do</strong> ao Risco<br />
A abor<strong>da</strong>gem <strong>do</strong> Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Determinação <strong>de</strong> Preços <strong>do</strong>s Ativos <strong>de</strong> Capital<br />
(CAPM) para carteiras imobiliárias é justificável, em razão <strong>da</strong> representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que os<br />
imóveis tem no merca<strong>do</strong> global <strong>de</strong> ativos, sen<strong>do</strong> também influencia<strong>do</strong>s por níveis <strong>de</strong> risco e<br />
retorno (KULLMANN, 2003). Tal mo<strong>de</strong>lo auxilia o cálculo <strong>do</strong> custo <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
capital <strong>do</strong> investi<strong>do</strong>r para ajudá-lo a consi<strong>de</strong>rar o risco em situações práticas sobre <strong>de</strong>cisões<br />
<strong>de</strong> investimento (BREALEY; MYERS, 1992). Como o risco <strong>de</strong>termina <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong><br />
investimento, <strong>de</strong>ve exercer influência no preço a que está disposto a pagar pela habitação.<br />
Porém, como a função-preço também é uma série <strong>de</strong> <strong>preços</strong> <strong>hedônicos</strong>, há provavelmente<br />
influência <strong>de</strong>ssa variável na formação <strong>do</strong> preço para maximização <strong>da</strong> utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> agente.<br />
Nesse contexto, Varian (2000, p.251) explica que, na escolha ótima <strong>do</strong> risco e<br />
retorno, a inclinação <strong>da</strong> curva <strong>de</strong> indiferença <strong>de</strong>ve ser igual à inclinação <strong>da</strong> reta orçamentária.<br />
(figura 4). Segun<strong>do</strong> o autor, essa inclinação po<strong>de</strong>ria ser chama<strong>da</strong> <strong>de</strong> preço <strong>do</strong> risco, uma vez<br />
que mensura como o consumi<strong>do</strong>r aloca suas preferências a partir <strong>do</strong> momento que monta o<br />
seu portfólio. Formalmente, esse preço <strong>do</strong> risco é <strong>da</strong><strong>do</strong> por: P = ( rm<br />
− rf<br />
) σ m (11)<br />
on<strong>de</strong>: P = preço <strong>do</strong> risco; rm = retorno <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> para uma alocação x; rf = retorno <strong>do</strong> ativo<br />
sem risco; σm = <strong>de</strong>svio-padrão <strong>do</strong> retorno.<br />
Na escolha ótima, a taxa marginal <strong>de</strong> substituição entre risco e retorno tem <strong>de</strong> ser<br />
igual ao preço <strong>do</strong> risco. Conclui ain<strong>da</strong> que risco é um bem como outro qualquer, uma vez<br />
que as pessoas negociam no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> ativos o nível individual <strong>de</strong> exposição ao risco.<br />
Retorno<br />
médio<br />
r m<br />
r x<br />
r f<br />
Curvas <strong>de</strong> Indiferença<br />
σ x<br />
σ m<br />
Reta orçamentária<br />
Inclinação = r m - r f<br />
σ m<br />
Desvio-padrão <strong>do</strong> retorno<br />
Figura 4 - Risco e Retorno <strong>de</strong> Ativos<br />
Fonte: Varian (2000, p. 251)<br />
O valor <strong>de</strong> um ativo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>da</strong> forma como ele se relaciona com os outros<br />
ativos. O risco <strong>de</strong> um ativo com relação ao merca<strong>do</strong> como um to<strong>do</strong> é <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pelo seu<br />
Beta, que é formalmente calcula<strong>do</strong> como: β i = Cov( ri<br />
, rm<br />
) Var( rm<br />
)<br />
(12)<br />
on<strong>de</strong>: βi = risco <strong>do</strong> ativo i; ri = retorno <strong>do</strong> ativo i; rm = retorno <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />
Para medir a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total <strong>de</strong> risco inerente a qualquer ativo, <strong>de</strong>ve-se<br />
multiplicar o β pelo risco <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> (σ), sen<strong>do</strong> o risco <strong>do</strong> ativo <strong>da</strong><strong>do</strong> pela expressão βiσm.<br />
Por sua vez, o custo <strong>de</strong>sse risco é obti<strong>do</strong> pelo produto entre a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total <strong>de</strong> risco (βiσm)<br />
e o preço <strong>do</strong> risco (P), fornecen<strong>do</strong> o chama<strong>do</strong> ajuste <strong>do</strong> risco:<br />
ajuste <strong>do</strong> risco = βiσm P (13)<br />
Substituin<strong>do</strong>-se na equação (13) a notação <strong>de</strong> preço <strong>do</strong> risco (P) <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> na<br />
equação (11), a seguinte relação é obti<strong>da</strong>:<br />
ajuste <strong>do</strong> risco = βi(rm – rf ) (14)<br />
on<strong>de</strong>: βi = risco <strong>do</strong> ativo i; rf = retorno <strong>do</strong> ativo sem risco; rm = retorno <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>.<br />
Na condição <strong>de</strong> equilíbrio <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s <strong>de</strong> ativos <strong>de</strong> risco, to<strong>do</strong>s os ativos<br />
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