DE MAXAMBOMBA A NOVA IGUAÇU (1833 – 90' S): - UFRJ
DE MAXAMBOMBA A NOVA IGUAÇU (1833 – 90' S): - UFRJ
DE MAXAMBOMBA A NOVA IGUAÇU (1833 – 90' S): - UFRJ
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
O escoamento da produÁ„o cafeeira de IguaÁu e do Vale do ParaÌba era<br />
feito atravÈs da estrada do ComÈrcio, da PolÌcia e da Estrela, associado com a<br />
navegaÁ„o fluvial que apresentava relev‚ncia na Època.<br />
Segundo Souza Alves:<br />
32<br />
O impacto do cafÈ se deu principalmente na reativaÁ„o do circuito fluvial da<br />
Baixada, atravÈs da produÁ„o que vinha de S„o Paulo, Minas, EspÌrito<br />
Santo, Bahia e interior do estado e se dirigia ao porto do Rio de Janeiro<br />
para exportaÁ„o (2003,p. 40).<br />
V·rios fatores contribuÌram para a n„o-evoluÁ„o da produÁ„o cafeeira em<br />
IguaÁu, assim como em todo o Rio de Janeiro. Um desses fatores foi a adoÁ„o da<br />
chamada ìsoluÁ„oî escravista (CANO, 2002).<br />
O trabalho escravo adotado nas fazendas iguaÁuanas e fluminenses em<br />
geral acabaram por sufocar e inviabilizar a produÁ„o cafeeira, pois o tÈrmino do<br />
tr·fico negreiro, entre 1850 e 1856, fez com que o preÁo dos escravos se<br />
elevasse, atingindo nÌveis antieconÙmicos e reduzindo, em muito, a margem de<br />
lucro. Resultado: os escravos que restaram nas fazendas sofreram com a<br />
intensificaÁ„o de suas atividades para ìcompensarî a falta de novos braÁos,<br />
impedindo sua reproduÁ„o (op. cit.). Somou-se ao aumento da exploraÁ„o, a<br />
subnutriÁ„o e as doenÁas decorrentes. A deflagraÁ„o da Guerra do Paraguai, que<br />
implicou a concess„o de alforria para os negros que se dispusessem a lutar<br />
nessa guerra, fez com que, pouco a pouco, a populaÁ„o escrava diminuÌsse.<br />
Na vis„o de Lessa (op. cit.), o cafÈ escravagista fluminense gerou lugares<br />
sem dinamismo, cidades dÈbeis, que se esvaziaram com o seu declÌnio. Nesses<br />
locais n„o se constituÌram n˙cleos comerciais e varejistas diversificados, o oposto do<br />
que ocorreu em S„o Paulo em cidades como Ribeir„o Preto e Campinas. Ainda<br />
assim, de acordo com o autor, e contrariamente ‡ opini„o de Cano, gerou-se aqui<br />
um complexo cafeeiro, e prova disso seriam as empresas ferrovi·rias privadas que