DE MAXAMBOMBA A NOVA IGUAÇU (1833 – 90' S): - UFRJ

Na an·lise de Soares:
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AtÈ o fim do ciclo da laranja, a cidade de Nova IguaÁu nada mais foi que
duas longas ruas, uma de cada lado da estrada de ferro, e nelas se
alinhavam residÍncias e estabelecimentos comerciais, sendo que estes,
assim como a praÁa, o cinema, a prefeitura e a matriz, se situavam nas
proximidades da estaÁ„o (1960, p. 74.).
Abreu tem uma vis„o semelhante ‡ de Soares quando analisa o processo
de ocupaÁ„o dos sub˙rbios cariocas. Para o autor:
O processo de ocupaÁ„o dos sub˙rbios tomou, a principio, uma forma
tipicamente linear, localizando-se as casas ao longo da ferrovia e, com
maior concentraÁ„o em torno das estaÁıes. Aos poucos, entretanto, ruas
secund·rias, perpendiculares ‡ via fÈrrea, foram sendo abertas pelos
propriet·rios de terras ou por pequenas companhias loteadoras, dando
inÌcio assim a um processo de crescimento radial, que se intensificaria cada
vez mais com o passar dos anos (1996, p. 50).
Em relaÁ„o ‡ diferenciaÁ„o espacial entre os distritos formadores do
municÌpio de Nova IguaÁu, assinala o documento da FundaÁ„o para o
Desenvolvimento da Regi„o Metropolitana do Rio de Janeiro (FUNDREM):
Na Època do apogeu da citricultura, trÍs ·reas de caracterÌsticas diferentes
podiam ser distinguidas nos distritos que ent„o formavam o municÌpio de
Nova IguaÁu. A primeira, compreendendo os distritos de Cava, Queimados,
XerÈm e Estrela, caracterizava-se por uma populaÁ„o rarefeita, pelo relevo
acidentado e pela presenÁa de p‚ntanos, florestas e latif˙ndios. A segunda
correspondia ao distrito sede, intensamente aproveitado pela citricultura,
apresentando uma numerosa populaÁ„o rural e terras j· fragmentadas.
Numa terceira ·rea, mais prÛxima ao ent„o Distrito Federal, e
compreendendo os distritos de NilÛpolis (antigo S„o Mateus), S„o Jo„o de
Meriti e Duque de Caxias, a urbanizaÁ„o fazia not·veis progressos (1977,
p. 18).
Em fins da dÈcada de 30, a forÁa de trabalho da regi„o distribuÌa-se entre
atividades sazonais de plantaÁ„o, colheita e armazenamento de laranjas nos
grandes barracıes; a agricultura de pequenos sÌtios alquilados nos arrabaldes e
voltada para a subsistÍncia e comercializaÁ„o do excedente; e, por fim, nas olarias
de tijolos e telhas. Entretanto, os laranjais, os barracıes de beneficiamento e as
olarias n„o impediram que o eixo da relaÁ„o com a terra se transferisse,
gradualmente, para a Ûrbita da ind˙stria.