DE MAXAMBOMBA A NOVA IGUAÇU (1833 – 90' S): - UFRJ

prestada a Nilo PeÁanha demonstra a import‚ncia que os laranjais tiveram no
desenvolvimento da regi„o.
Como presidente do estado do Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, Nilo
PeÁanha atuou junto ‡s companhias transatl‚nticas para que o preÁo do frete da
laranja fosse reduzido e que seu transporte fosse realizado em melhores
condiÁıes para a conservaÁ„o do fruto. Como presidente da Rep˙blica 12 , ele
atuou junto ‡ Argentina no sentido de firmar um acordo de reciprocidade de
isenÁ„o de direitos aduaneiros sobre o comÈrcio de frutas entre os dois paÌses.
Segundo Pereira:
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A laranja revolucionou a estrutura social de Nova IguaÁu sem mudar suas
caracterÌsticas rurais. O fenÙmeno social nascido dos laranjais conservou,
por muito tempo, sua autonomia, sua independÍncia polÌtica marcada pela
influÍncia econÙmica dos laranjeiros que constituÌam uma classe
suced‚nea ‡ dos barıes da cana e do cafÈ (1977, p. 118).
Na vis„o de Souza Alves (op. cit.), apesar de terem substituÌdo os senhores
de engenho e os barıes do cafÈ como elite econÙmica e social, os laranjeiros n„o
obtiveram a hegemonia polÌtica local, o que pode ser demonstrado pelo fato de que a
c‚mara e a administraÁ„o municipal nunca tiveram um programa polÌtico e econÙmico
de expans„o e consolidaÁ„o da citricultura.
O plantio da laranja em escala comercial exigiu uma infra-estrutura prÛpria
que ia desde a fabricaÁ„o de caixas, o transporte atÈ o tratamento e
acondicionamento, fazendo com se gerassem empregos especializados na
regi„o. Nova IguaÁu tornara-se ent„o o novo ìeldoradoî e atraÌa gente de todo
paÌs.
12 Nilo PeÁanha elegeu-se como vice-presidente na chapa de Afonso Pena, e assumiu a presidÍncia aos 41 anos
de idade, com a morte deste em 14 de junho de 1909.