DE MAXAMBOMBA A NOVA IGUAÇU (1833 – 90' S): - UFRJ
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foram drenados, dessasoreados e desobstruÌdos em torno de 3.800 Km de canais<br />
(LESSA, 2000), possibilitando, assim, maior ocupaÁ„o humana do territÛrio da<br />
baixada.<br />
Como todo ciclo econÙmico, o do cafÈ teve seu perÌodo de decadÍncia.<br />
Isso se deu em decorrÍncia de fatores entre os quais a falta de m„o-de-obra, pois<br />
os produtores fluminenses, diferentemente dos produtores do Oeste paulista, n„o<br />
encontraram uma soluÁ„o de curto prazo para substituir a m„o-de-obra escrava<br />
que rareava e tambÈm tornara-se invi·vel economicamente e o desgaste do solo<br />
que afetou a agricultura de modo geral. Soma-se ainda a esses fatores, o<br />
abandono dos rios e canais, que propiciou o aparecimento do impaludismo 10 .<br />
Com a derrocada do cafÈ a fruticultura, principalmente a da laranja,<br />
assumiu a posiÁ„o de principal produto export·vel da baixada no decorrer de<br />
algumas dÈcadas, como se ver· no subitem seguinte.<br />
1.3 O COMPLEXO DA LARANJA: UM ELDORADO.<br />
A decadÍncia da cafeicultura no estado do Rio de Janeiro fez com as<br />
autoridades incentivassem a busca de culturas alternativas para substituir aquela<br />
que, durante muito tempo, sustentou as exportaÁıes e, de certa maneira, a<br />
economia fluminense. Dessa forma, apoiada pelo governo, surgiu a citricultura em<br />
escala comercial no Rio de Janeiro.<br />
independente de transportes longos e dispendiosos. Antes deste perÌodo, outras comissıes j· haviam sido<br />
organizadas, a exemplo da primeira (1892-1894) que fora organizado pelo governo de JosÈ Thomaz da<br />
Porci˙ncula, a partir de ent„o viu-se a transformaÁ„o do saneamento da Baixada em grande tema e mito polÌtico,<br />
segundo Souza Alves (2003). De acordo com o autor, a exemplo do combate ‡ seca do Nordeste, o saneamento<br />
serviu para justificar a misÈria da regi„o e a obtenÁ„o de recursos que antes de serem empregados para<br />
drenagem dos p‚ntanos eram canalizados para os escoadouros do dinheiro p˙blico.<br />
10 Mais de um sÈculo depois, a volta do cÛlera ‡s terras da Baixada apenas substituir· os escravos pelos<br />
trabalhadores empobrecidos como suas vÌtimas. Entregues ‡ prÛpria sorte, a partir do momento que as<br />
secretarias municipais de sa˙de deixam de registrar os casos, alegando falta de recursos, muitos morrer„o sem<br />
saber do que se tratava, ou sendo tratados como se estivessem com uma simples diarrÈia (SOUZA ALVES, 2003, P.<br />
43).<br />
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