27.04.2013 Views

40 anos de Vacina Sabin no Brasil - História da Poliomielite - Fiocruz

40 anos de Vacina Sabin no Brasil - História da Poliomielite - Fiocruz

40 anos de Vacina Sabin no Brasil - História da Poliomielite - Fiocruz

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Painel 1 – A experiência <strong>da</strong> doença: laboratório, epi<strong>de</strong>miologia e clínica<br />

sequenciamento, primeiro manual <strong>de</strong>pois o sequenciamento automático, um monte<br />

<strong>de</strong> coisas <strong>de</strong>sse tipo. Se não fosse o intercâmbio que a <strong>Fiocruz</strong> tem, e possibilitou a<br />

gente <strong>de</strong> ter viajado muitas vezes para outros centros mais <strong>de</strong>senvolvidos. Por exemplo,<br />

os Estados Unidos é um país que investe muito em pesquisa básica, e a gente<br />

tem um monte, por muitas oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s, tivemos contato com esses laboratórios e<br />

tudo. Então essa transferência <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia e o aprendizado <strong>de</strong> técnicas mais mo<strong>de</strong>rnas<br />

têm influenciado especificamente <strong>no</strong> caso <strong>da</strong> pólio, influenciou muito mesmo<br />

essa parte <strong>da</strong> erradicação, na minha opinião, por quê? O que a Saú<strong>de</strong> Pública<br />

precisa ain<strong>da</strong> é um processo meio lento, porque ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> isolamento <strong>de</strong><br />

vírus e cultura <strong>de</strong> células, isso é coisa que <strong>de</strong>mora. Mas temos a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> não<br />

fazer isso, a gente po<strong>de</strong> <strong>da</strong>r uma resposta presuntiva que, em vinte e quatro horas, a<br />

gente po<strong>de</strong> receber uma amostra <strong>de</strong> fezes ou <strong>de</strong> líquido <strong>no</strong> laboratório, através <strong>de</strong><br />

técnicas moleculares, a gente po<strong>de</strong> trabalhar nesse sentido, é um pouco caro. Então,<br />

eu acho que, eu não sei se é isso que você está perguntando ou se é mais ou me<strong>no</strong>s<br />

isso, que essa interação propiciou ao programa <strong>de</strong> pólio a ter o conhecimento muito<br />

mais rápido <strong>da</strong>queles vírus que estavam circulando e que tipo <strong>de</strong> vírus é? Porque,<br />

por exemplo, a gente sabe que se encontrar um vírus selvagem hoje, se ele for <strong>da</strong><br />

Argentina, se alguém retirar por via terrorismo, um vírus <strong>de</strong> um freezer lá na<br />

Austrália, a gente sabe exatamente, poucos dias <strong>de</strong>pois que <strong>de</strong>tectar o vírus, a gente<br />

sabe <strong>de</strong> on<strong>de</strong> saiu aquilo, <strong>de</strong> qual o freezer. De qual o freezer é difícil, mas a gente<br />

tem todo o mapeamento genético, vamos dizer do ponto <strong>de</strong> vista geograficamente e<br />

temporalmente a gente sabe a evolução do vírus, porque existe uma coisa que a gente<br />

chama <strong>de</strong> relógio molecular, por isso que o Eduardo citou. Estima-se que o vírus<br />

<strong>da</strong> República Dominicana circulou dois <strong>a<strong>no</strong>s</strong> antes, porque em dois <strong>a<strong>no</strong>s</strong> ele mutou<br />

vinte e sete mu<strong>da</strong>nças, em <strong>no</strong>vecentos pares, significam mais ou me<strong>no</strong>s dois <strong>a<strong>no</strong>s</strong> <strong>de</strong><br />

circulação. O vírus <strong>da</strong>qui do <strong>Brasil</strong> circulou um a<strong>no</strong> ou seis meses, <strong>de</strong> seis meses a<br />

um a<strong>no</strong> antes <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>tectado. Isso nunca po<strong>de</strong>ria ser possível <strong>de</strong> dizer há <strong>de</strong>z <strong>a<strong>no</strong>s</strong><br />

atrás. Então se a gente não acompanha essas mu<strong>da</strong>nças, eu acho que a prática per<strong>de</strong>,<br />

o campo per<strong>de</strong>, quer dizer a atuação per<strong>de</strong>.<br />

A: Vamos encerrar e agra<strong>de</strong>cer aos membros <strong>da</strong> mesa. À Dra. Tânia já agra<strong>de</strong>cemos<br />

e agora ao Dr. Edson Elias e Dr. Eduardo Maranhão, e à platéia.<br />

49

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!