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40 anos de Vacina Sabin no Brasil - História da Poliomielite - Fiocruz

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Painel 2 – O enfrentamento <strong>da</strong> doença: vacina, campanha, erradicação<br />

Carneiro. Crianças com imu<strong>no</strong><strong>de</strong>ficiência congênita ou adquiri<strong>da</strong>, não vacina<strong>da</strong>s ou<br />

que receberam um complexo <strong>de</strong> vacinação contra a pólio. Crianças que estejam em<br />

contato com pessoas <strong>de</strong> imu<strong>no</strong><strong>de</strong>ficiências suscetíveis que tenha recebido a vacina<br />

contra a pólio e transplantados em medula óssea. E nesse caso vacina inativa<strong>da</strong>.<br />

Uma questão que preocupa também, <strong>no</strong>s últimos <strong>a<strong>no</strong>s</strong>, é em relação à vigilância<br />

epi<strong>de</strong>miológica, fazendo parte do programa <strong>da</strong> erradicação <strong>da</strong> pólio. A <strong>no</strong>tificação<br />

negativa com 33% está boa, porque a meta é 80%, está <strong>no</strong> nível. Investigações em 48<br />

horas também está boa, é 80%, estamos com 85%. A coleta <strong>de</strong> fezes é <strong>de</strong> 51%, não é<br />

boa, mas é melhor do que a do Canadá, que é 45%. Além disso, em relação a outros<br />

países, nós ficamos com essa estatística ruim, mas nós consi<strong>de</strong>ramos aí duas amostras<br />

<strong>de</strong> fezes, e a gran<strong>de</strong> maioria dos outros países consi<strong>de</strong>ra uma amostra <strong>de</strong> fezes<br />

como a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, então, não é tão ruim quanto parece, embora a gente queira melhorar<br />

porque isso é um quadro extremamente importante. Nós temos casos lá <strong>no</strong> Mato<br />

Grosso, que são <strong>de</strong> paralisia fláci<strong>da</strong> agu<strong>da</strong>, que não têm coleta a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> fezes, e<br />

realmente <strong>de</strong>pois ficamos sem ter certeza, se não passou um pólio vírus selvagem<br />

por ali, fica como compatível e não foi isolado vírus nenhum.<br />

Eu tentei saber que proporção <strong>de</strong> casos existe <strong>no</strong> momento <strong>de</strong> pólio compatível,<br />

mas eu me preparei muito apressa<strong>da</strong>mente para vir aqui, eu estava fazendo outras<br />

coisas, e não vou ter esses <strong>da</strong>dos para <strong>da</strong>r para vocês, mas ocorre esse tipo <strong>de</strong> caso e<br />

é uma preocupação. A taxa <strong>de</strong> <strong>no</strong>tificação está correta, um para 100 mil <strong>de</strong> paralisia<br />

fláci<strong>da</strong> agu<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>tificação é um <strong>da</strong>do bom. Sempre a Região Norte dá uma taxa <strong>de</strong><br />

<strong>no</strong>tificação maior. Bernardo Dantas me falou que estão <strong>de</strong>sconfiados <strong>de</strong> algo na Região<br />

Nortes, que provoca paralisia fláci<strong>da</strong> agu<strong>da</strong> que não é pólio. Estávamos preocupados<br />

com uma intoxicação, por exemplo, por metais, tipo o mercúrio, mas é uma<br />

hipótese. E isso é um caso um pouco complicado, mas penso que é extremamente<br />

importante, então eu resolvi trazer para vocês, a taxa reprodutiva básica.<br />

A interpretação disso aqui é o seguinte, aqui é o número seis, que significa que<br />

<strong>no</strong>s Estados Unidos, em Orlando, uma pessoa com pólio, infecta<strong>da</strong> com o vírus <strong>da</strong><br />

pólio, infecta em média seis pessoas que sejam susceptíveis e que estejam em contato<br />

com essa pessoa. Então, uma pessoa po<strong>de</strong> infectar seis em Orlando, <strong>no</strong>s Estados<br />

Unidos. Em países como a República Dominicana e Senegal, uma pessoa tem o potencial<br />

<strong>de</strong> infectar <strong>de</strong>zoito, por causa <strong>de</strong> mau saneamento e o vírus vivo vacinal espalha<br />

muito mais, isso tem uma conseqüência importante. Com 80% <strong>de</strong> cobertura<br />

vacinal, <strong>no</strong>s Estados Unidos, <strong>de</strong> doses completas, você interrompe a transmissão <strong>da</strong><br />

pólio. Em países como na República Dominicana e Senegal, e boa parte do <strong>Brasil</strong>,<br />

precisa <strong>de</strong> 97% para interromper a transmissão. Então os Estados Unidos pararam<br />

com a vacina oral, estão com a inativa<strong>da</strong>, mas eles têm um potencial muito me<strong>no</strong>r do<br />

que o <strong>no</strong>sso <strong>de</strong> que um vírus introduzido lá dissemine rapi<strong>da</strong>mente. O <strong>no</strong>sso potencial<br />

<strong>de</strong> disseminação é maior, porque quanto mais pobre o país, pior é o saneamento,<br />

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