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Armamento Munição e Tiro - CFAP

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O Método Paille<br />

Finalidade do Método<br />

ARMAMENTO MUNIÇAÕ E TIRO<br />

A finalidade do método Paille é tornar a instrução de armamento a mais prática possível,<br />

padronizando a linguagem, de modo que todos possam falar a mesma língua. Este importante<br />

objetivo será atingido com o ensinamento de todo o conteúdo sobre todas as armas, obedecendo-se<br />

sempre ao mesmo esquema.<br />

Explanação do Método<br />

O método está organizado dentro dos seguintes grupos :<br />

- Apresentação.<br />

- Características.<br />

- Condições de serviço.<br />

- Organização geral.<br />

- Funcionamento.<br />

- Incidentes de tiro.<br />

- APRESENTAÇÃO<br />

Enunciado de dados que possam batizar a arma, distinguindo-as das demais.<br />

Nela vamos encontrar :<br />

Simbologia : Fornecida pelo DMB.<br />

Exemplo : Fz 7M 908 “MAUSER”<br />

Calibre :<br />

Exemplo do calibre do Fuzil “Mauser” : 7 mm<br />

Origem da fabricação :<br />

Exemplo : O fuzil “Mauser” é de fabricação alemã.<br />

- CARACTERÍSTICAS<br />

Característica de emprego : São os dados essenciais da arma, pelos quais podemos avaliar o seu<br />

valor . As características do emprego são exemplificadas pela demonstração e avaliação de seu:<br />

SERVIÇO , TIRO , POTÊNCIA , SISTEMA DE APOIO , JUSTEZA , MOBILIDADE DE TIRO ,<br />

MANEABILIDADE E RUSTICIDADE.<br />

a) Serviço: É a forma como a arma pode ser manejada e utilizada. Poderá ser:<br />

1


1) Individual: Quando manejada por um só homem, sendo que o seu tiro é empregado somente para<br />

protegê-o.<br />

2) Coletiva: Quando manejada por mais de um homem e seu tiro serve para proteger um grupo de<br />

homens.<br />

b)<strong>Tiro</strong>: É a forma com que seu tiro se torna eficaz. Para ser avaliado, devemos conhecer : Tensão da<br />

trajetória , Espécie de tiro , Alcance de tiro, Alcance de utilização e Objetivos Normais da Arma.<br />

1) Tensão da trajetória : É a particularidade de se tornar aproximadamente reta, para uma<br />

determinada distância. Assim será:<br />

Tensa : Quando sua flecha não ultrapassar, na distância de emprego, a altura de um homem .<br />

Curva : Quando na distância de emprego, pudermos bater ângulos mortos ou contra encostas .<br />

2) Espécie de <strong>Tiro</strong> : São as diversas formas pelas quais pode ser realizado o tiro por uma arma :<br />

Direto : Quando o atirador realiza a pontaria diretamente sobre o alvo, isto é, vendo o alvo colocado<br />

à frente da arma.<br />

Indireto: Quando o atirador não realiza a pontaria diretamente sobre o alvo e para evitar o tiro<br />

recorre a um ponto de referência, podendo, portanto, atirar abrigado das vistas e fogos inimigos.<br />

Mascarado: É um tiro executado a mais de 1000 metros ou à pequena distância atrás de uma<br />

máscara de onde o objeto é visível.<br />

3) Alcance de tiro: É o alcance máximo que o tiro de uma arma pode alcançar .<br />

Ex.: O alcance de tiro do fuzil Mauzer é de 2000 metros .<br />

4 ) Alcance de Utilização : É aquele no qual o tiro realizado possui valor pleno. É dado pelo<br />

regulamento de combate . É o alcance máximo que permite atingir o alvo com 100 % de eficácia.<br />

Ex.: no Fz “Mauser” é de 400 metros para um homem isolado e de 600 metros para um grupo de<br />

homens.<br />

5 ) Objetivos Normais : São aqueles nos quais o tiro realizado pela arma se torna eficaz: Homens,<br />

Grupo de Homens , Aviões, Viaturas , etc.<br />

c) Potência : É o valor que tem o tiro, sob o ponto de vista de Alcance e de Efeitos. Para avaliá-lo,<br />

devemos conhecer :<br />

1) Velocidade Inicial : É a velocidade que tem o projétil ou a granada na boca da arma.<br />

2) Alcance de Alça : É o estimado pela fábrica, e dentro do qual a pontaria é referida por um<br />

aparelho ou luneta de pontaria . Deve-se tomar por alcance de alça o máximo previsto no aparelho.<br />

3) Alcance Máximo : É a maior distância que pode alcançar um projétil ou granada lançada pela<br />

arma .<br />

4) Poder de Penetração : É o poder que tem um projétil de atravessar um obstáculo e produzir,<br />

depois disto, algum efeito útil.<br />

2


5) Raio de Ação : É a distância que pode atingir o estilhaço de uma granada, contada a<br />

partir do ponto de arrebatamento, com força viva suficiente para causar os efeitos<br />

desejados .<br />

d) Sistema de Apoio : É o complemento que possui uma arma para permitir a<br />

estabilidade no tiro.<br />

Ex.: Coronha, Pés, Reparos, etc.<br />

e) Justeza : É a propriedade que tem o tiro de uma arma de ser ao mesmo tempo preciso<br />

e regulado. A arma será justa, quando sua precisão e regulação satisfizerem as<br />

condições de emprego.<br />

f) Mobilidade de <strong>Tiro</strong>: É a facilidade que apresenta uma arma de ser rapidamente<br />

mudada de pontaria, fazendo-se o tiro sobre diversos objetivos.<br />

g) Maneabilidade: Característica de uma arma ser facilmente transportada. Está ligada<br />

ao seu peso, dimensões e comodidade.<br />

h) Rusticidade: Características apresentadas pela arma de suportar os choques e<br />

intempéries em campanha.<br />

2. Característica de Funcionamento : Permitem a avaliação de seu princípio geral de<br />

funcionamento e utilização. O operador da arma deve possuir informações de tais<br />

características.<br />

Princípio Motor : É a força que provoca a continuidade no funcionamento. Só é<br />

estudado nas armas automáticas (Aau). São normalmente princípios motores:<br />

1 – Utilização dos Gazes Diretamente: quando os gazes que levam para fora do cano o<br />

projétil , ao mesmo tempo, empurram para trás um mecanismo a fim de provocar a<br />

continuidade de funcionamento.<br />

Utilizam os gases diretamente:<br />

Armas de Culatra Aferrolhada<br />

Longo recuo do cano.<br />

Curto recuo do cano.<br />

Armas de Culatra Desaferrolhada.<br />

2 - Utilização dos Gases Indiretamente: quando os gases são inicialmente empregados<br />

para lançar fora do cano o projétil e, posteriormente, são desviados por dispositivo<br />

particular , para provocar a retratação do mecanismo.<br />

OBS : todas as armas que utilizam indiretamente os gases possuem culatra<br />

desaferrolhada .<br />

3


Carregamento : É a maneira pela qual os cartuchos são colocados na câmara. São os<br />

seguintes os processos de carregamento: Antecarga , Retrocarga e Misto .<br />

Antecarga : Quando o cartucho ou granada são colocados na arma pela boca.<br />

Ex : O Morteiro.<br />

Retrocarga : Quando o cartucho ou granada são colocados na arma pela culatra.<br />

Ex: O Fz 7 M 908 “Mauser”.<br />

Misto : Quando para cada tiro tivermos que realizar um carregamento pela boca e outro<br />

pela culatra .<br />

Ex.: Lançamento de uma granada bocal , no Fal (Fz 7.62 M 964)<br />

Engatilhamento: É a forma pela qual a massa percutente fica presa à retaguarda .<br />

Disparo : É a forma pela qual a massa percutente se livra para ir á frente.<br />

Obs.: Quanto ao engatilhamento e disparo , o tiro poderá ser :<br />

<strong>Tiro</strong> de Repetição: Quando para cada disparo tivermos que repetir as operações de<br />

manejo e engatilhamento .<br />

<strong>Tiro</strong> Contínuo: Quando basta realizarmos um engatilhamento inicial e pressionarmos a<br />

tecla do gatilho constantemente, para efetuar disparos contínuos.<br />

<strong>Tiro</strong> Intermitente : Quando realizado o engatilhamento inicial , assim que soltar e<br />

apertar intermitentemente, a tecla do gatilho para efetuarmos os tiros seguintes.<br />

Velocidade de <strong>Tiro</strong>: É o número de tiros que podemos realizar com uma arma, dentro<br />

de um minuto. Possui as seguintes características:<br />

Velocidade Prática : É o número de tiros que a arma realiza em um minuto sem<br />

levarmos em conta o tempo de pontaria e recarga.<br />

Dispositivo de Segurança: São dispositivos possuídos pelas armas, com o fim de<br />

prevenir acidentes no seu manejo e permitir o cessar fogo.<br />

Ex.: Registro de segurança, no Fz 7M 908 “Mauser”.<br />

Dispositivo de Pontaria: São dispositivos possuídos pela arma , com o fim de dar<br />

precisão e facilitar o tiro ( a pontaria ).<br />

Dispositivos Especiais: São dispositivos que particularizam o funcionamento de uma<br />

arma.<br />

Ex.: O bocal para lançamento de granadas do FAL.<br />

Classificação Geral : Diz respeito à classificação geral do funcionamento, segundo as<br />

operações para o tiro realizado pelo atirador. Assim será:<br />

4


Repetição: Quando o atirador tiver que realizar, manualmente, as operações de<br />

carregamento , fechamento , trancamento , destrancamento , abertura , extração, ejeção<br />

e engatilhamento.<br />

Semi-Automática: Quando o atirador tiver que realizar, manualmente, uma ou mais das<br />

operações acima.<br />

Automática: Quando todas as operações são realizadas pela própria arma.<br />

3. Característica de <strong>Munição</strong>: São dados que nos possibilitam avaliar seus efeitos, sua<br />

separação, identificação, emprego e cuidado no manuseio.<br />

Tipos : São as formas como se apresentam e para que se destinam . Podemos citar os<br />

de: guerra, festim, manejo, perfurante, traçante, explosivas, fumígenas, incendiárias,<br />

etc.<br />

Organização e modo de emprego: É a forma como a munição se acha organizada ou<br />

podemos organizá-la, para efetuarmos um tiro. Assim será.<br />

Cartucho: Quando o projétil se acha num estojo que recebe a carga de projeção e o<br />

dispositivo de escorvagem (haverá gases em que estarão separadas).<br />

Granadas: Quando possuir um dispositivo de escorvagem, uma carga de projeção, um<br />

corpo, uma carga de arrebentamento e uma espoleta.<br />

Identificação: É a forma pela qual podemos distinguir os diversos tipos de munição.<br />

Pode ser feito pelo aspecto, forma, cor, etc.<br />

Projétil: Parte de metal que é lançada para fora da arma, com o fim de causar efeitos<br />

previstos. Quando realiza seus efeitos pelo volume e força viva, denomina-se BALA.<br />

Quando possui uma carga de arrebentamento, de ruptura ou de queima, denomina-se<br />

GRANADA.<br />

Espoleta: É o dispositivo de arrebentamento do corpo da granada.<br />

Carga: É a qualidade e quantidade de explosivo necessário ao lançamento de cada<br />

projétil (carga de projeção), ou ao arrebentamento do corpo da granada (carga de<br />

arrebentamento). Existem, ainda, cargas para produzir efeitos especiais.<br />

Ex.: Granadas químicas.<br />

Estojo: É a parte de metal que recebe o projétil e encerra a carga de projeção e o<br />

dispositivo de escorvagem.<br />

Dispositivo de Escorvagem: É o dispositivo que provoca a queima de carga de<br />

projeção.<br />

5


Dispositivo de Estabilização : Utilizamos num projétil para mantê-lo estável na<br />

trajetória. É também chamado de empenagem.<br />

4 - Característica e Apresentação dos acessórios: É a demonstração e o emprego dos<br />

diversos acessórios que possui uma arma para melhorar seu serviço e seu tiro.<br />

Serviço: compreende os de : limpeza, disfarce e transporte, e projeção.<br />

<strong>Tiro</strong> : Compreende os acessórios dos aparelhos de pontaria, sistema de apoio, etc.<br />

Condições de serviço : São as diversas regras de manejo e conservação de uma arma<br />

para realizar um tiro em boas condições.<br />

Condições de Serviço<br />

Manejo (operação essencial para utilização da arma)<br />

Depende da utilização de sua organização mecânica, mas, de um modo geral,<br />

podemos dizer que são as abaixo enumeradas, acrescidas ou subtraídas de outras,<br />

quando se julgar necessário, por ser tratar de uma arma especial .<br />

Reparo da munição: Colocação da munição em um carregador por um processo<br />

mecânico manual.<br />

Alimentação : Colocação de carregador no depósito ou no alimentador.<br />

Depósito : Quando a arma , depois de alimentada , não necessitar mais de carregador.<br />

Ex.: o Fz 7mm, “Mauser”.<br />

Alimentador: Caso Contrário Ex . : MTR M.45 M953 INA .<br />

Carregar : Colocação do cartucho ou granada na câmara.<br />

Engatilhar : Prender a retaguarda a massa percutente.<br />

Desengatilhar : Livrar a massa percutente com violência.<br />

Disparar : Extensão da massa percutente com violência, a fim de provocar a percussão<br />

Travar : Prender à retaguarda com segurança a massa percutente.<br />

Graduar a alça : Marcar na alça a distância de tiro.<br />

Destravar : Operação inversa de travar.<br />

Apontar : Dar inclinação e direção à arma.<br />

- Organização Geral<br />

Visa a distinguir as diversas peças de um mecanismo por sua nomenclatura e forma. De<br />

um modo geral, as armas possuem os seguintes mecanismo e partes:<br />

Mecanismo da Culatra: Conjunto de órgãos destinados a fechar, trancar, extrair e ejetar.<br />

Em algumas armas, abrange também os órgãos destinados ao disparo.<br />

6


Mecanismo de Repetição: Conjunto de peças que, por sua disposição na culatra, permite<br />

a alimentação por grupos de cartuchos e o carregamento, de cartucho por cartucho, com<br />

operação de manejo.<br />

Mecanismo de Disparo: Conjunto de órgãos que permite a extensão ou a impulsão da<br />

massa percutente .<br />

- Funcionamento<br />

Compreende o estudo do seguinte capítulo :<br />

Posição inicial de equilíbrio<br />

Posição final de equilíbrio<br />

Análise de funcionamento<br />

Síntese de funcionamento<br />

Posição inicial de equilíbrio: é a posição em que se encontram as peças ao ter partido o<br />

tiro<br />

Posição final de equilíbrio: é a posição em que estão as principais peças do mecanismo,<br />

quando as molas e freios estiverem totalmente comprimidos e armazenam sua força<br />

total de recuperação do movimento , ou quando os mecanismos estiverem recuperados.<br />

Análise do funcionamento: Visa ao estudo de cada mecanismo separadamente dos<br />

demais. Este estudo deve ser realizado no movimento de recuo e no de avanço.<br />

Sistema de funcionamento: É o estudo de como se parte cada peça do mecanismo desde<br />

o momento de partida do tiro (posição inicial de equilíbrio), até a partida do tiro<br />

seguinte, levando-se em consideração a ordem cronológica de entrada em<br />

funcionamento das diversas peças.<br />

- Incidente de <strong>Tiro</strong><br />

Os incidentes de tiros podem ser devidos:<br />

Ao atirador.<br />

À munição.<br />

À arma.<br />

Ao atirador : Deverá observar se houve incorreção no manejo.<br />

À munição : Verificá-la.<br />

À arma : Procurar as causas (peças quebradas ou gastas).<br />

Normas de Segurança<br />

Todo militar deve observar as seguintes normas sobre armas portáteis:<br />

Considerar carregada toda arma de fogo até examiná-la para verificar se há cartucho na<br />

respectiva câmara de carregamento;<br />

7


Nunca aponte uma arma de fogo para coisa alguma em que não pretenda atirar;<br />

Jamais engatilhe uma arma de fogo antes de estar pronto para atirar;<br />

Não desmonte uma arma de fogo ou brinque com ela, a menos que a mesma tenha de<br />

ser inspecionada ou limpa;<br />

Se for preciso inspecionar uma arma de fogo, retire-a antes do paiol ou aponte o cano<br />

para fora do mesmo;<br />

Ao inspecionar ou examinar uma arma, aponte a boca para o chão ou para o ar, a fim de<br />

que uma descarga acidental não ponha em perigo vidas e propriedades;<br />

Jamais tente usar uma arma, a menos que compreenda todas as suas características de<br />

segurança e saiba manejar a arma de fogo em questão;<br />

Jamais abandone uma arma carregada ou contendo munição no carregador num lugar<br />

onde alguém possa apanhá-la;<br />

Depois de entregar uma arma à outra pessoa, informe-a sempre do estado da arma.<br />

Só use munição destinada à arma.<br />

Lembre-se de que um dispositivo de segurança, quando está defeituoso, torna-se<br />

um dispositivo de perigo.<br />

Manutenção<br />

A única manutenção prevista para ser realizada é a de 1º Escalão, que se resume na<br />

conservação e manutenção preventiva do armamento. Os quatro demais escalões só<br />

poderão ser realizados por pessoal especializado, contudo o CB BM será qualificado<br />

para desmontar e montar os armamentos.<br />

- Conservação das reservas de <strong>Armamento</strong><br />

Nos períodos em que o armamento não for utilizado no tiro, deverá ser inspecionado<br />

rigorosamente.<br />

Semanalmente ou quando se julgar necessário, deve-se fazer o seguinte:<br />

Limpar a arma com um pano seco;<br />

Passar no interior do cano um pedaço de pano, auxiliado pela vareta de limpeza ou por<br />

um porta-pano (para as armas que o possuem), até que o pano saia completamente<br />

limpo;<br />

Usar escova de pelo para retirar a poeira das corrediças e escavados;<br />

Lubrificar a arma com O N Armt (Óleo Neutro de <strong>Armamento</strong>), inclusive o interior do<br />

cano;<br />

Nas partes de madeira, passar uma leve camada de óleo de linhaça cru com um pano e,<br />

nas partes de couro, passar líquido para correame;<br />

8<br />

Comentário:


Depois dessa limpeza e lubrificação, colocar as armas em cabides e, sempre que<br />

possível, usar tampa na boca dos canos, quando estes não forem deixados secos.<br />

Conservação do <strong>Armamento</strong> em Uso<br />

Retirar o excesso de óleo, pois favorece o acúmulo de sujeira, que passará a agir como<br />

abrasivo, além de prejudicar o uso da arma.<br />

A câmara e a alma do cano deverão estar perfeitamente limpas e secas.<br />

Não usar escova de aço para limpar ou polir a alma.<br />

Não usar nenhum abrasivo (bombril, sapólio, etc).<br />

Sempre que aparecerem vestígios de ferrugem, esfregar o local com uma bucha de pano<br />

embebida em querosene ou utilizar uma escova.<br />

Nunca usar, na aplicação de lubrificante, panos ou estopas que tenham sido empregados<br />

na limpeza.<br />

Não descuide das bandoleiras de lona, elas esticam e apodrecem quando molham.<br />

O material de lona torna-se frágil, especialmente nas dobras e costuras, seque-o ao sol,<br />

sempre que puder.<br />

Quando você receber o armamento para instrução ou serviço, deve proceder da seguinte<br />

maneira:<br />

Retirar com um pano ou estopa todo o óleo da sua parte externa e do cano;<br />

Manter as partes móveis cobertas por uma leve camada de óleo lubrificante para<br />

assegurar um bom funcionamento;<br />

O lubrificante indicado é o O N Armt, e a melhor maneira de aplicá-lo é por meio de um<br />

pano limpo.<br />

Fuzil Mauser M908<br />

9


Fig. 5.1<br />

- Generalidades<br />

O fuzil calibre 7mm, modelo 1908 Mauser é uma arma de fabricação alemã. Possui um<br />

depósito na culatra com capacidade para cinco cartuchos e utiliza em seu carregamento<br />

o cartucho 7mm. É uma arma portátil e de emprego individual. Quanto ao<br />

engatilhamento e disparo, é uma arma de repetição. Sua espécie de tiro é a do tipo tiro<br />

direto, seu alcance de tiro é de 2000 metros, seu alcance de utilização é de 400 metros,<br />

possuindo como processo de carregamento o de retrocarga.<br />

- Descrição<br />

A arma de repetição possui um depósito na culatra com capacidade para cinco cartuchos<br />

e é alimentada por meio de um carregador tipo lâmina.<br />

A arma está carregada, quando o cartucho é introduzido na câmara. Após o fechamento<br />

e o trancamento da culatra , a arma está pronta para o tiro.<br />

A cada percussão, a culatra deve ser destrancada e aberta para se processar a extração<br />

do estojo.<br />

Estas operações serão repetidas até a ejeção do último estojo introduzido na câmara.<br />

A cadência de tiro com a destreza do atirador em alimentar e carregar a arma.<br />

- Características<br />

Comprimento total da arma, com baioneta 1,550mm<br />

Comprimento da arma, sem baioneta 1,250mm<br />

Comprimento do cano 700mm<br />

Número de raias 4<br />

10


Sentido das raias à direita<br />

- Nomenclatura<br />

O fuzil 7mm está dividido em sete partes principais, a saber:<br />

1 – cano com aparelho de pontaria<br />

2 – caixa da culatra<br />

3 – mecanismo da culatra<br />

4 – mecanismo de repetição<br />

5 – coronha e telha<br />

6 – guarnição<br />

7 – baioneta e bainha<br />

A cada fuzil pertence ainda um certo número de acessórios.<br />

- Cano com aparelho de pontaria<br />

Cano é um tubo inteiriço<br />

1.Seção anterior – boca<br />

2.Seção média anterior<br />

3.Seção média posterior<br />

4.Parte cilíndrica<br />

5.Caixa da culatra<br />

6.Rosca<br />

Internamente<br />

1.Parte raiada – boca e raias<br />

2.Câmara<br />

Aparelho de pontaria<br />

Alça de mira<br />

Massa de mira<br />

Alça de mira<br />

Suporte – soldado junto ao cano<br />

Guia do cursor<br />

Cursor<br />

Lâmina<br />

Engraxadores<br />

Mola de alça<br />

Batente da lâmina<br />

Entalhe da mira<br />

11


Graduação<br />

Detentores<br />

Massa da mira<br />

Ressalto de seção triangular<br />

- Caixa da culatra<br />

Liga o cano e a coronha<br />

Parte anterior<br />

Corpo<br />

Passagem do ferrolho<br />

Cauda<br />

- Mecanismo da culatra<br />

O mecanismo da culatra abrange o conjunto de órgãos destinados a fechar, disparar,<br />

travar a arma e extrair o estojo. O mesmo consta de ferrolho, retém do ferrolho com<br />

ejetor e gatilho.<br />

a)Ferrolho – realiza o fechamento da arma e encerra os dispositivos de percussão,<br />

extração e segurança.<br />

1) Cilindro com alavanca de manejo<br />

externamente<br />

internamente<br />

2) Extrator<br />

corpo<br />

cauda – talão<br />

3) Percursor e mola correspondente<br />

4) Cão<br />

corpo<br />

noz<br />

5) Receptor-guia do cão e respectivo retém<br />

6) Registro de segurança<br />

b) Retém do ferrolho com ejetor<br />

corpo, ejetor, mola do retém do ejetor<br />

c) Gatilho – é o dispositivo de disparo da arma<br />

corpo<br />

tecla<br />

mola<br />

12


- Mecanismo de repetição<br />

Depósito<br />

Fundo do depósito<br />

Transportador e mola respectiva<br />

- Coronha e Telha<br />

Coronha<br />

Fuste<br />

Delgado<br />

Couce<br />

Telha<br />

- Guarnição<br />

escudete do fuste<br />

braçadeira<br />

mola das braçadeiras<br />

anilho do grampo da bandoleira<br />

chapa da soleira<br />

DEMONTAGEM E MONTAGEM DO ARMAMENTO<br />

As peças que podem ser retiradas ou desmontadas na Unidade são: bandoleira, vareta,<br />

cobre-mira, ferrolho e o fundo do depósito.<br />

Bandoleira – ver item anterior.<br />

Fig. 5.2<br />

Vareta – para desmontar a vareta, basta desatarraxá-la do batente e retirá-la do seu<br />

alojamento. A montagem faz-se na ordem inversa.<br />

13


Fig. 5.3<br />

Cobre-mira – firmada a arma pela soleira, calça-se com a palma da mão direita a parte<br />

superior do dedal, girando, ao mesmo tempo, a peça, da direita para a esquerda, para<br />

desembaraçar a garra do apêndice do embasamento da massa da mira. Na colocação,<br />

ajunta-se o dedal à boca da arma, apêndice à esquerda, calca-se e gira-se a peça, fazendo<br />

a garra envolver o embasamento.<br />

Fig. 5.4<br />

Ferrolho – para que o ferrolho possa ser desmontado, é necessário retirá-lo da arma.<br />

Para isso engatilha-se a arma, executando um duplo movimento de abrir e fechar a<br />

culatra. Coloca-se na vertical a asa do registro de segurança, abre-se novamente a<br />

culatra e, com o polegar esquerdo, afasta-se lateralmente o retém para que o ferrolho da<br />

arma seja retirado com a mão direita.<br />

14


A desmontagem é efetuada na seguinte ordem: desatarraxamento do receptor guia do<br />

cão; desmontagem do dispositivo de percussão; retirada do registro de segurança do<br />

retém do receptor e do extrator.<br />

Fig. 5.5<br />

Desatarraxamento do receptor – com a mão esquerda, firma-se o cilindro e com a<br />

direita – polegar disposto sobre a cabeça do retém, para calcá-lo no início do<br />

movimento e obrigá-lo a deixar o entalho de segurança – gira-se o receptor à esquerda.<br />

O dispositivo de percussão desprende-se com ele do cilindro.<br />

Deve-se ter o cuidado em não alterar a posição da asa do registro de segurança, a<br />

fim de manter comprimida a mola do percussor, sem o que não seria possível desmontar<br />

ou montar o ferrolho.<br />

Desmontagem do dispositivo de percussão – coloca-se o percussor verticalmente, com a<br />

ponta para baixo, apoiada sobre uma prancha de pinha ou outra madeira mole, um calço<br />

de feltro ou papelão. Na falta desses meios, introduzir o percussor na boca da arma,<br />

posta, verticalmente, à frente do homem, até que lhe fique apoiado firmemente pelo<br />

ressalto. A mão esquerda envolve o receptor, dispondo o polegar sobre a asa do registro<br />

de segurança e calca o conjunto para baixo, até que o talão de noz deixe sua corrediça<br />

no receptor. Com a mão direita imprimi-se ao cão um giro de ¼ de volta para qualquer<br />

dos lados e retira-se a peça. O receptor guia do cão, livre na haste do percussor, sobe<br />

com a distensão da mola, que reage energicamente. Deve-se por isso ampará-lo nesse<br />

movimento, a fim de evitar que seja ele projetado a distância, retira-se a mola, tornada<br />

igualmente livre.<br />

15


Fig. 5.6<br />

Retirada do registro de segurança – gira-se a asa para a direita e puxa-se a peça para<br />

trás. Ela deixa facilmente seu alojamento.<br />

Fig. 5.7<br />

Retirada do retém do receptor – calca-se com o polegar a caça da haste, dando-lhe<br />

simultaneamente uma pequena rotação à direita, de modo a pôr o braço de segurança<br />

fora da abertura que lhe dá passagem. A mola encarrega-se de fazer sair a peça do seu<br />

alojamento.<br />

Retirada do extrator – com o polegar direito, firma-se a cauda e apóia-se o polegar<br />

esquerdo à extremidade anterior à direita, até colocá-lo entre os travadores, cobrindo os<br />

orifícios de escapamento. Impele-se a lâmpada para frente, com o polegar direito<br />

firmando o talão.<br />

DESMONTAGEM:<br />

Deve-se proceder de forma inversa, conforme segue:<br />

16


1 2 3<br />

4 5 6<br />

7 8 9<br />

10 11 12<br />

Fig. 5.8<br />

Revólver 45m917 “SW”<br />

17


Fig. 5.9<br />

- GENERALIDADES<br />

O revólver SMITH AND WESSON, calibre 45 modelo 1917 é uma arma de porte<br />

individual, de repetição e carregada pela culatra. Possui tambor com seis câmaras,<br />

dispostas em torno de um eixo central, de modo que se pode disparar seis tiros sem<br />

novo carregamento. Pode ainda utilizar a munição da pistola 45, exigindo, neste caso, o<br />

emprego de um carregador especial, que tem a capacidade para três cartuchos.<br />

- APRESENTAÇÃO E CARACTERÍSTICAS<br />

APRESENTAÇÃO<br />

1 – SIMBOLOGIA Rv.45M917<br />

2 – ALMA DO CANO Raiada (6 raias da esquerda para direita)<br />

3 – CALIBRE 0.45 (11,43mm)<br />

4 – FABRICAÇÃO Americana<br />

CARACTERÍSTICAS<br />

1 – Características de emprego<br />

a) Serviço - Individual<br />

b)<strong>Tiro</strong><br />

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Tensão da trajetória - Tensa<br />

Espécie do tiro - Direto<br />

Alcance de utilização – 50 m<br />

Objetivos normais - homens isolados<br />

c)Potência<br />

Alcance máximo - 1100m<br />

Velocidade inicial - 253m/s<br />

d)Sistema de apoio - Punho<br />

e)Justeza - Muito boa<br />

f)Mobilidade de tiro - Muito boa<br />

g)Maneabilidade - Muito boa<br />

Peso - 1,020Kg<br />

Comprimento - 27,43cm<br />

h)Rusticidade - Muito boa<br />

2 – Características de funcionamento<br />

a) Tipo de Carregamento - Retrocarga<br />

b) Quanto ao engatilhamento e Disparo – É uma arma de tiro intermitente.<br />

c) Velocidade de tiro<br />

1- Teórica: 20 TPM<br />

2- Prática: depende da destreza do atirador em recarregar o tambor e de sua<br />

habilidade em apontar e acionar o gatilho.<br />

d)Vida da arma 20.000 tiros<br />

e)Dispositivos de segurança Calço de segurança e impulsor do gatilho<br />

f)Dispositivo de pontaria Massa e entalhe de mira<br />

g)Dispositivo especial Carregador especial<br />

h)Classificação geral Intermitente<br />

3 – Características da munição<br />

a)<strong>Tiro</strong>s – Possui apenas o de guerra<br />

b)Identificação – Car.45MI. A bala é de chumbo e protegida com verniz verde.<br />

4 – Características dos acessórios<br />

Limpeza: estojo de material de limpeza, que contém: escovas e varetas de limpeza,<br />

chave de fenda combinada, almotolia e um recipiente para graxa.<br />

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Transporte: porta-revólver e cordel de segurança.<br />

- DESMONTAGEM E MONTAGEM DO ARMAMENTO<br />

VERIFICAÇÃO DO ARMAMENTO:<br />

Fig. 5.10<br />

Para retirar o tambor:<br />

A- DESMONTAGEM<br />

retirar o parafuso do retém do suporte do tambor;<br />

comprimir o dedal serrilhado do ferrolho para frente e rebater o tambor para esquerda;<br />

deslocar o tambor para frente até que o eixo do suporte do tambor saia do seu<br />

alojamento;<br />

Para desmontar o tambor:<br />

desatarraxar a vareta do extrator, retirando-a retirar a haste central com sua mola retirar<br />

o suporte do tambor retirar a mola do extrator com o anel retirar o extrator e restará o<br />

tambor Para retirar as placas do punho:<br />

retirar o parafuso que prende as placas retirar as placas Para retirar a placa da caixa do<br />

mecanismo:<br />

desparafusar os três parafusos que a prendem e levantá-la Para desmontar o mecanismo:<br />

desparafusar parcialmente o parafuso da mola real que se encontra na frente do punho<br />

desengrazar a mola real de sua cadeia e retirá-la levantar e retirar o impulsor do gatilho<br />

e sua mola retirar o gatilho e o impulsor do tambor que sobre ele é montado trazer o<br />

dedal serrilhado do ferrolho totalmente a retaguarda girar em seguida o cão também<br />

para trás e, empunhado-o pela crista serrilhada, levantá-lo e retirá-lo<br />

Para retirar o retém do tambor:<br />

retirar o parafuso que se encontra na frente do guarda mato retirar do fundo do<br />

alojamento desses parafusos, a mola do pino encosto do retém do tambor, com o<br />

respectivo pino levantar em seguida, o retém do tambor e retirá-lo<br />

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Para retirar o ferrolho:<br />

desatarraxar o parafuso-cabeça do dedal serrilhado e retirá-lo com o respectivo dedal<br />

levantar o ferrolho para trás e, ao mesmo tempo, levantar sua parte posterior, tomando o<br />

cuidado para que o pino e a mola do mesmo, que se acham comprimidas no seu interior,<br />

não saltem para fora.<br />

B) MONTAGEM<br />

Basta procedermos de maneira inversa à desmontagem<br />

- ORGANIZAÇAO GERAL E NOMENCLATURA<br />

Para efeito de estudo, podemos dividir o revólver em cinco partes, a saber:<br />

A-ARMAÇÃO<br />

B-CANO<br />

C-TAMBOR<br />

D-MECANISMO<br />

E-GUARNIÇÕES<br />

A- ARMAÇÃO<br />

As diferentes peças do revólver estão reunidas sobre a armação, e nela se notam:<br />

Consolo(a): é a parte do revólver sobre a qual se nota o alojamento do eixo do suporte<br />

do tambor e o entalho do suporte do tambor.<br />

Ponte: é a parte superior que limita a montagem do tambor. Sobre a ponte encontra-se a<br />

ranhura e o entalhe de mira.<br />

Placa de obturação: é a parte circular e plana na qual se apóiam os culotes dos<br />

cartuchos. Nela se notam orifícios do percussor, orifício do ferrolho, fenda do impulsor<br />

do tambor e alojamento dos dentes do extrator.<br />

Montagem do tambor: é o espaço retangular onde se aloja o tambor, quando a arma está<br />

pronta para o tiro.<br />

Caixa do mecanismo: é a parte do revólver, em cujo interior, alojam-se diversas peças<br />

do mecanismo.<br />

Punho: é a parte pela qual se empunha o revólver e onde está alojada a mola real. Nele<br />

se notam caixilho (onde as placas encaixam) e placas.<br />

Guarda-mato: é a peça que tem por finalidade proteger o gatilho contra os choques<br />

acidentais.<br />

B-CANO<br />

É um tubo inteiriço de aço, reforçado na parte posterior, destinado a resistir às pressões<br />

axiais e radiais desenvolvidas pela deflagração da carga, e guiar o projétil no seu duplo<br />

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movimento de rotação e translação. Nele notamos: boca, alma, rainha, cheios, massa de<br />

mira e suporte da presilha do retém.<br />

C-TAMBOR<br />

Dividi-se em três partes:<br />

1 - Tambor propriamente dito: é um cilindro de aço destinado a conter os cartuchos<br />

Internamente notam-se:<br />

Câmaras – que são em número de seis, dispostas simetricamente, em torno do canal<br />

central Canal central – parte do tambor que recebe o eixo do tambor e a mola do<br />

extrator Alojamento do extrator – na parte posterior do tambor e situado entre as<br />

câmaras Externamente notam-se:<br />

Mangote – saliência cilíndrica na parte anterior do tambor<br />

Cavidades – são em números de seis e estão situadas na parte externa do tambor<br />

Alojamento do retém – são os alojamentos que permitem ao tambor ocupar a posição<br />

conveniente, no momento do tiro.<br />

2- Suporte do tambor: serve para ligar o tambor ao consolo e dar-lhe o movimento<br />

lateral. Nele se notam:<br />

Eixo do tambor Alojamento da mola do extrator – espaço existente no interior do eixo<br />

do tambor<br />

Eixo de fixação do console.<br />

3 - Extrator : que compreende as seguintes partes:<br />

Extrator propriamente dito – que é uma peça em forma de estrela, na extremidade de<br />

uma haste. Serve para extrair das câmaras os estojos vazios.<br />

Vareta.<br />

Haste central.<br />

Mola do extrator com anel.<br />

D- MECANISMO<br />

É o conjunto de peças destinadas a imprimir o movimento de rotação ao tambor,<br />

produzir a percussão dos cartuchos e permitir a segurança da arma contra disparos<br />

acidentais. Compõe-se das seguintes peças:<br />

Mola real – Lâmina retilínea destinada a dar movimento ao cão.<br />

Impulsor do gatilho e Mola – peça prismática que tem por finalidade impulsionar o<br />

gatilho a sua posição primitiva e oferecer uma das seguranças da arma.<br />

Gatilho – nele se notam:<br />

Corpo.<br />

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Tecla.<br />

Dente de armar superior.<br />

Dente de armar inferior.<br />

Dente de impulsor do retém do tambor.<br />

Impulsor do tambor – serve para dar o movimento de rotação ao tambor. Sua haste<br />

força-se de encontro ao tambor, quando se comprime o gatilho.<br />

Retém do tambor – serve para fixar o tambor por ocasião do tiro<br />

Cão – é a peça que impelida pela mola real, serve para percutir o cartucho.<br />

Compreende:<br />

Cabeça – onde se notam o percussor e crista serrilhada.<br />

Corpo – onde se notam a cauda e o encaixe para peça de articulação.<br />

Noz – parte inferior do cão, onde se notam : alojamento do pé da cadeia e entalhe de<br />

armar.<br />

Obs.: o percussor é oscilatório, porque o orifício de passagem da ponta do percursor é<br />

longitudinal e o movimento do cão é circular.<br />

Peça de articulação – serve para armar o cão.<br />

Cadeia – peça que transmite ao cão a ação da mola real.<br />

Ferrolho do tambor – serve para permitir o rebatimento do cão para o lado quando se<br />

atua em seu dedal serrilhado.<br />

E- GUARNIÇÕES<br />

São assim chamadas as diferentes peças que servem para reunir as diversas partes do<br />

revólver. São elas:<br />

Presilha retém – tem por finalidade auxiliar a retenção do tambor, através da vareta do<br />

extrator<br />

Parafuso de fixação das placas do punho<br />

Argola – peça situada na parte inferior do punho, e tem por finalidade, prender o<br />

revólver ao cordel<br />

- MANEJO E FUNCIONAMENTO<br />

A- MANEJO<br />

Carregar – comprime-se para frente o dedal serrilhado do ferrolho. Rebate-se em<br />

seguida o tambor para o lado esquerdo da arma. Colocam-se os cartuchos, um a um nas<br />

câmaras e, em seguida, rebate-se o tambor para sua posição normal.<br />

Engatilhar – pode-se engatilhar a arma de dois modos:<br />

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Por ação do dedo polegar sobre a crista serrilhada do cão, trazendo-a para trás, até que<br />

ele fique preso.<br />

Por ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.<br />

Disparar – a cada um dos processos de engatilhamento corresponde um modo de<br />

disparar a arma.<br />

Por ação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.(corresponde ao primeiro processo<br />

de engatilhamento)<br />

Por continuação do dedo indicador sobre a tecla do gatilho.(corresponde ao segundo<br />

processo de engatilhamento)<br />

Extração de ejeção – comprimir o dedal serrilhado do ferrolho do tambor e rebater o<br />

tambor para a esquerda. Trazer a vareta do extrator à retaguarda e soltá-la em seguida.<br />

B- FUNCIONAMENTO<br />

O estudo do funcionamento do revólver se resume em estudar os processos de<br />

engatilhamento da arma.<br />

Processo por ação simples – neste caso, o atirador, empunhando a arma com o dedo<br />

polegar, agirá sobre a crista serrilhada do cão e fará com que o mesmo gire para trás.<br />

Quando o cão recua, força a mola real a curvar-se, pois que a mesma se acha engrazada<br />

na cadeia, que por sua vez está solidária com o cão. Simultaneamente, a noz do cão<br />

levanta o dente de aramar superior e, conseqüentemente, o dente impulsor do retém do<br />

tambor, abaixará o referido retém, liberando, assim, o tambor. O impulsor do tambor<br />

que faz sistema com o gatilho é levantado. Indo impulsionar o tambor, dando-lhe assim<br />

um movimento de rotação. Este movimento é limitado pelo retém do tambor que se<br />

introduz num dos seus alojamentos, quando uma câmara fica em coincidência com o<br />

cano. O retém do tambor age desta maneira para escapar de seu dente impulsor, em<br />

meio ao movimento do gatilho e, escapando, sua mola faz com que ele se eleve. Neste<br />

momento, o dente de armar do cão, mantendo este último a retaguarda. Fica assim, a<br />

arma engatilhada. A partir deste momento, o atirador, fazendo ligeira pressão sobre a<br />

tecla do gatilho, fará com que este gire um pouco mais e isto libertará o cão, que irá à<br />

frente por ação da mola real. O percussor, que é solidário ao cão, aflorando no seu<br />

orifício, irá ferir a cápsula do cartucho.<br />

Processo por dupla ação – neste caso o atirador fará pressão sobre a tecla do gatilho, que<br />

girando, elevará seu dente armar superior, que por sua vez, irá se apoiar na peça de<br />

articulação, obrigando por seu intermédio, o cão a girar. O dente impulsor do retém do<br />

tambor irá girar da mesma forma que no caso anterior. Há um momento em que o dente<br />

24


de armar superior do gatilho, deixa de agir sobre a peça de articulação e então, o dente<br />

de armar inferior, é que agirá diretamente sobre a noz do cão. Continuando a pressão<br />

sobre a tecla do gatilho, haverá um instante em que se desfará o contato entre a noz do<br />

cão e o gatilho, e então, o cão irá à frente por ação da mola real e a percussão se<br />

processará como no caso anterior. Quando o atirador deixar de comprimir à tecla do<br />

gatilho, este voltará à sua posição primitiva por ação da mola do impulsor.<br />

C- SEGURANÇA<br />

Esta arma apresenta duas seguranças: O impulsor do gatilho e o calço de segurança.<br />

Algumas armas de fabricação mais recente somente possuem o impulsor do gatilho.<br />

Impulsor do gatilho – esta peça possui um ressalto na sua parte superior. Este ressalto,<br />

em contato com outro, existe na noz do cão, impede que, estando o gatilho na posição<br />

de repouso o percussor aflore no seu orifício por ação de uma pancada ou queda sobre o<br />

cão.<br />

Calço de segurança – é assim chamada uma peça que fica montada sobre a placa da<br />

caixa do mecanismo. Esta peça, quando o cão está à frente, na sua posição de repouso,<br />

fica com seu dente calcado entre o cão e a parte anterior da caixa do mecanismo.<br />

Quando engatilhamos a arma por qualquer um dos processos, o impulsor do tambor,<br />

agindo sobre o calço de segurança, faz com que este se introduza no seu alojamento na<br />

placa da caixa do mecanismo, deixando, portanto, de atuar com segurança.<br />

- MEDIDAS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL<br />

REGRAS PARA SEGURANÇA – Antes de atirar , o homem deve conhecer as regras<br />

indispensáveis à segurança com o revólver. As normas seguintes devem ser ensinadas<br />

logo que o homem esteja familiarizado com a arma. Elas devem ser incutidas pela<br />

repetição constante na instrução, até que sua observância se torne um ato reflexo no<br />

manuseio do revólver. Antes de cada instrução de tiro ou formatura para serviço, os<br />

revólveres devem ser inspecionados.<br />

Sempre que utilizar a arma, verificar, antes, se está carregada e, neste caso, descarregá-<br />

la. Nunca confiar na memória. Considerar todo revólver como carregado, até que tenha<br />

verificado o contrário.<br />

Descarregar sempre o revólver antes de deixá-lo em lugar onde possa ser manuseado<br />

por outrem.<br />

Apontar sempre para cima, quando acionar o gatilho para verificação. Manter o cão<br />

completamente avançado, quando o revólver estiver descarregado.<br />

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Nunca colocar o dedo no guarda-mato, a menos, que pretenda atirar ou acionar o gatilho<br />

como exercício.<br />

Nunca apontar para alguém, nem em direção onde um disparo acidental possa causar<br />

dano. No estande de tiro, só acionar o gatilho quando estiver na posição de tiro.<br />

Antes de carregar, abrir o tambor e olhar através do cano para verificar se o mesmo está<br />

desobstruído.<br />

No estande, só carregar o revólver no momento de atirar.<br />

Nunca se virar para trás no posto de tiro, estando com o revólver carregado na mão, pois<br />

desse modo, pode apontá-lo para um homem que esteja atirando nas proximidades.<br />

No estande, não engatilhar o revólver, a não ser imediatamente antes do tiro. Se houver<br />

qualquer demora, avançar o cão e, só engatilhar novamente, quando estiver pronto para<br />

atirar.<br />

Se o revólver negar fogo, abrir o tambor e descarregá-lo, caso o cão esteja avançado.<br />

Entretanto, se o cão estiver engatilhado, ou parcialmente engatilhado, deve ter havido<br />

um incidente e, neste caso, deve manter-se o revólver, completamente carregado e com<br />

o cão avançado, comunicando-se o fato ao oficial encarregado da instrução de tiro.<br />

Para retirar o cartucho não disparado, abrir o tambor e ejetá-lo, avançando, antes, o cão,<br />

se estiver engatilhado.<br />

Em campanha, o revólver é conduzido no porta-revólver completamente carregado e<br />

com o cão avançado. O revólver engatilhado nunca deve ser posto no porta-revólver,<br />

estando ou não carregado.<br />

Examinar, freqüentemente, o dispositivo de segurança.<br />

VERIFICAÇÃO<br />

Segurança – engatilhar o cão com o revólver descarregado e o tambor fechado.<br />

Mantendo, com o polegar, o cão para trás, acionar o gatilho e deixar o cão avançar<br />

cerca de ½ cm, segurando-o, ainda, com polegar. Libertar o gatilho. Soltar então o cão<br />

e deixá-lo avançar ao máximo. Se o percursor se projetar através do orifício na armação,<br />

a segurança não está perfeita.<br />

Retém do tambor – estando o cão abaixado, tentar girar o tambor. Quando se consegue<br />

uma rotação, mínima que seja, o retém do tambor está defeituoso. Repetir esta operação<br />

com o cão engatilhado.<br />

Nota – com o cão engatilhado cerca de ¼, o tambor gira livremente.<br />

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