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Formação de Professores: a parceria escola ... - Unirevista

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<strong>Formação</strong> <strong>de</strong> <strong>Professores</strong>: a <strong>parceria</strong> <strong>escola</strong>-universida<strong>de</strong> e os estágios <strong>de</strong> ensino.<br />

Dimair <strong>de</strong> Souza França<br />

espaço da sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong>sse último, passando por cima <strong>de</strong> sua autorida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> sua autonomia, como<br />

professor responsável por esse espaço. É preciso reconhecer esses limites e atuar conjuntamente, pois, a<br />

situação inversa também não ocorreria.<br />

Reconhecer os espaços <strong>de</strong> atuação e buscar atuar coletivamente na preparação dos futuros professores<br />

parece ser, até esse momento, a postura a<strong>de</strong>quada a ser tomada por ambos nesse processo. É preciso<br />

reconhecer as tarefas específicas, mas, acima <strong>de</strong> tudo, é importante compartilhar as responsabilida<strong>de</strong>s no<br />

limite mesmo <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> cada um, criando assim uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> relações que possa efetivamente dar a<br />

sustentação necessária aos futuros professores nesses primeiros passos rumo a sua preparação profissional.<br />

Algumas consi<strong>de</strong>rações...<br />

É a partir <strong>de</strong>ssas consi<strong>de</strong>rações que o presente trabalho procura enfatizar a importância da tarefa<br />

<strong>de</strong>sempenhada pelos professores em exercício bem como a necessida<strong>de</strong> premente <strong>de</strong> construção <strong>de</strong><br />

<strong>parceria</strong>s <strong>escola</strong>-universida<strong>de</strong> para que possa efetivamente atribuir maiores responsabilida<strong>de</strong>s aos<br />

profissionais da <strong>escola</strong> <strong>de</strong> educação básica num contexto <strong>de</strong> responsabilização coletiva pelo processo<br />

formativo dos futuros professores.<br />

Conforme assinala Guarnieri (2004), ainda que não seja uma prática recente das <strong>escola</strong>s receber estagiários,<br />

quando a universida<strong>de</strong> entra em contato com as mesmas, nota-se que os vínculos entre instituição<br />

formadora e <strong>escola</strong>s ainda se mostram frágeis para viabilizar uma proposta <strong>de</strong> formação prática que<br />

pretenda envolver as instituições <strong>de</strong> ensino fundamental como colaboradoras na formação inicial dos<br />

professores.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> os professores em exercício compreen<strong>de</strong>r a importância <strong>de</strong> sua participação nesse<br />

processo, porque só eles po<strong>de</strong>m favorecer essa aprendizagem, parece ser uma questão que até agora não<br />

tem sido muito evi<strong>de</strong>nte. Por isso, é importante fortalecer esses laços mediante tais <strong>parceria</strong>s no sentido <strong>de</strong><br />

garantir à <strong>escola</strong> e aos professores <strong>de</strong> educação básica um espaço efetivo <strong>de</strong> participação nesse processo,<br />

pois tal formação supõe esse contato <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros anos da formação inicial.<br />

E também, a importância <strong>de</strong> se conquistar espaço na carga horária <strong>de</strong>sses profissionais para que possam, <strong>de</strong><br />

fato, <strong>de</strong>sempenhar essa função reconhecidamente e possam ter garantias <strong>de</strong> que esta não será apenas mais<br />

uma tarefa junto a tantas outras que <strong>de</strong>sempenham sem qualquer remuneração ou reconhecimento. É<br />

preciso criar um mecanismo que garanta a todos os professores dispostos a exercer essa tarefa o tempo e<br />

as condições mínimas para que possam, efetivamente, orientar os futuros professores nesses primeiros<br />

contatos com a docência.<br />

Seria a institucionalização do papel do “professor tutor” nas <strong>escola</strong>s <strong>de</strong> educação básica para aten<strong>de</strong>r aos<br />

alunos estagiários e para prestar-lhes um acompanhamento pormenorizado nesse processo. Isso po<strong>de</strong>ria ser<br />

feito através <strong>de</strong> convênios que viessem garantir uma bolsa <strong>de</strong> estudo para que esses professores pu<strong>de</strong>ssem<br />

ter tempo disponível para se manterem atualizados e integrados à instituição formadora, qualificando-se e<br />

requalificando-se continuamente para exercer a tarefa <strong>de</strong> orientação dos futuros professores no espaço da<br />

<strong>escola</strong> básica. Durante esse contato permanente <strong>de</strong>veria haver um aprofundamento das relações entre os<br />

profissionais envolvidos com a preparação profissional dos futuros professores no sentido da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

propostas conjuntas que pu<strong>de</strong>ssem aten<strong>de</strong>r amplamente suas necessida<strong>de</strong>s formativas nesse contato com a<br />

<strong>escola</strong> básica.<br />

Um fórum <strong>de</strong> discussão permanente em que alunos estagiários, professores tutores e professores<br />

supervisores <strong>de</strong> estágio estivessem continuamente revendo as condições <strong>de</strong> realização do estágio e <strong>de</strong><br />

atuação do futuro professor, além <strong>de</strong> um espaço <strong>de</strong> reflexão coletiva em que os estagiários pu<strong>de</strong>ssem<br />

UNIrevista - Vol. 1, n° 2: (abril 2006)<br />

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