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AGROINDÚSTRIA DA MANDIOCA – O CAMINHO PARA A ...

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descontando-se o custo da matéria- prima, gera como renda líquida U$11,60 por semana e por<br />

trabalhador (CARVALHO, 2005). Nessa região a cultura é explorada, principalmente, por<br />

pequenos produtores sem capital, com difícil acesso ao crédito e à assistência técnica, o que<br />

dificulta o aumento dos rendimentos dos produtores (CARDOSO, 2005).<br />

No Quadro 01 são apresentados dados referentes aos produtos fabricados nas casas de<br />

farinha de Campinhos.<br />

Quadro 1 - Produtos fabricados em Campinhos.<br />

Produto Quantidade produzida/semana Preço médio<br />

Farinha Entre 150 e 200 sacos Entre 25 a 30 reais<br />

Goma fresca Até 10 sacos Entre 50 a 55 reais<br />

Goma seca Entre 05 a 10 sacos Entre 45 a 50 reais<br />

Raspa Entre 20 a 25 balaios -<br />

Fonte: Adaptado de OLIVEIRA (2006).<br />

2.1.2 Outros aspectos relevantes da agroindústria da mandioca<br />

2.1.2.1 Qualidade<br />

O processo de globalização da economia impõe grandes desafios ao setor<br />

agroindustrial. A abertura do mercado interno a produtos estrangeiros obriga as empresas<br />

nacionais a aumentarem sua competitividade, tendo agora como parâmetros níveis de<br />

qualidade internacionais. Com a entrada de novos produtos, o mercado torna-se mais<br />

dinâmico e os consumidores ainda mais exigentes. Oferecer produtos de qualidade mantendo,<br />

ou até mesmo diminuindo, o custo de produção é a única alternativa para a sobrevivência das<br />

empresas (SILVA JÚNIOR, 2000).<br />

Qualidade é definida por Crosby como o atendimento de requisitos. Conforme a<br />

norma internacional ISO 8402 - Gestão da qualidade e garantia da qualidade - qualidade é o<br />

“conjunto de características de uma unidade em relação a sua capacidade de atender<br />

exigências pré-definidas”. Nessa acepção, um produto ou serviço, mesmo que incorpore as<br />

mais avançadas tecnologias, pode ser considerado um produto ou serviço sem qualidade ou<br />

defeituoso. Para tanto, basta que as exigências dos clientes não sejam atendidas. Tais<br />

exigências não significam necessariamente excelência em tecnologia (MACEDO & PÓVOA<br />

FILHO, 1993).<br />

No setor de alimentação a qualidade exigida pelo consumidor é influenciada por todas<br />

as etapas produtivas e por todos os elementos da cadeia produtiva. A qualidade do alimento<br />

industrializado depende da qualidade da matéria-prima agrícola. Em certos nichos de<br />

mercado, a qualidade do alimento é, em última instância, definida pelo processo produtivo na<br />

agricultura, como por exemplo, no mercado de produtos “verdes”, os quais devem ser<br />

produzidos conforme normas estritas para proteção do meio ambiente e direitos dos animais<br />

(SILVA JÚNIOR, 2000).<br />

No setor agrícola, além dos aspectos de segurança e higiene, há preocupação com<br />

outras características do produto e também sub-produtos, muitas delas de difícil mensuração e<br />

definição, como características relacionadas à ecologia e aspectos sociais. Para certos nichos<br />

de mercado, tais características são até mesmo mais importantes que o preço do produto na<br />

decisão de compra. Há uma crescente preocupação em relação às características nutricionais<br />

Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009,<br />

Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural<br />

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