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O referido texto diz que: Toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, que<br />
tenha efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das<br />
pessoas portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais deve ser<br />
afastado (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2001).<br />
Nas discussões sobre educação inclusiva, a figura do professor (seu saber e sua formação) é<br />
vista como mediadora das transformações. Por isso, diversas são as fontes que mostram a necessidade<br />
de formação continuada para uma prática pedagógica de qualidade, a exemplo da Lei de Diretrizes e<br />
Bases da Educação Nacional de nº. 9394/96 que ressalta no Capítulo V, Art.59, inciso III, a importância<br />
de “Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento<br />
especializado, bem como professores de ensino regular capacitados para a integração desses<br />
educandos nas classes comuns”.<br />
Segundo Mantoan (2005) inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e,<br />
assim, ter o privilegio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A autora diz ainda que<br />
inclusão é estar com, é interagir com o outro.<br />
Silva e Carmo (2002) afirmam que:<br />
A ideia de inclusão não visa a atender somente às crianças rotuladas de deficientes,<br />
mas representa um avanço nas relações até hoje estabelecidas na escola regular.<br />
Significa avanço na medida em que todos os princípios que até hoje nortearam a escola<br />
regular terão de ser revistos e superados, pois a grande barreira existente contra a<br />
inclusão, entendida, aqui, como possibilidade ampla e universal de acesso e<br />
permanência na escola, é principalmente a pesada e ultrapassada estrutura escolar.<br />
Ainda os autores concluem que essa estrutura precisa ser superada. Caso isso não ocorra, toda<br />
e qualquer tentativa de mudança rumo à inclusão não passará de mais uma tentativa frustrada, que<br />
infelizmente somente a história demonstrará.<br />
Aceitar o desafio da inclusão é ultrapassar barreiras, no entanto, é possível trabalhar dentro<br />
desta perspectiva. Desse modo, a inclusão de alunos com deficiência no sistema regular de ensino<br />
representa um grande desafio para os professores que os recebem e requer um investimento da escola,<br />
na organização e implementação de uma escola para todos os alunos.<br />
A inclusão na fala de Fonseca (apud STOBÄUS; MOSQUERA, 2003): Exige outra escola, bem<br />
diferente da atual. A escola deve ser uma comunidade aberta, onde todos são valorizados exatamente<br />
por suas diferenças, que os fazem únicos e plenos de possibilidades a serem desenvolvidas no convívio<br />
e na interação com o outro.<br />
Destaca, ainda, o autor: Nesta nova escola, não há lugar para o conteudismo, para o fracasso,<br />
para o simples repasse do conhecimento, para a exclusão e para a desistência, para a evasão.<br />
O processo de inclusão tem propiciado uma discussão sobre os limites da escola, exigindo dela,<br />
novos posicionamentos, um ensino de qualidade para todos os alunos e reestruturação das condições<br />
atuais.<br />
A inclusão é considerada por Duboc (2005) como uma única modalidade educativa que envolve<br />
todos os membros da instituição no processo de atendimento a diversidade. Como implicação, requer<br />
que as escolas se modifiquem para os com necessidades educativas especiais em classes regulares<br />
independentemente das condições intelectuais, físicas, sociais e culturais destes, enfim de todos que<br />
estão em busca de desenvolvimento.<br />
Dutra e Griboski (2005) definem inclusão como:<br />
A transformação da escola a partir de um conjunto de princípios, como a valorização da<br />
diversidade como elemento enriquecedor do desenvolvimento pessoal e social, o<br />
desenvolvimento de currículos amplos que possibilitem a aprendizagem e a participação<br />
de todos. O respeito às diferentes formas de aprender, o atendimento às necessidades<br />
educacionais dos alunos, a acessibilidade física e nas comunicações e o trabalho<br />
colaborativo na escola.<br />
No decorrer do tempo, a educação vem adquirindo a valorização necessária ao desenvolvimento<br />
global do indivíduo. Para que isso aconteça e garanta a todos o direito ao crescimento, diversas<br />
Instituições vêm se encontrando e discutindo sobre esta temática.<br />
Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol.11, n.1, 2012 - ISSN: 1981-4313<br />
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