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Edição 75 - Revista Algomais

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Baião de<br />

Tudo<br />

Assuntos<br />

roubados<br />

Roubei esse de Carlos Chagas, publicado<br />

na internet, sobre os presidentes do<br />

Brasil no Regime Militar. A intenção não<br />

é de louvar os militares, mas de mostrar<br />

como a banda tocava naqueles tempos<br />

bicudos. 1/Castelo Branco morreu num<br />

desastre de avião. Verificaram os herdeiros<br />

que seu patrimônio limitava-se a<br />

um apartamento em Ipanema e umas<br />

poucas ações de empresas públicas e<br />

privadas. 2/Costa e Silva, acometido de<br />

derrame cerebral, recebeu de favor o<br />

privilégio de permanecer no Palácio das<br />

Laranjeiras, deixando para a viúva a<br />

pensão de marechal e um apartamento<br />

em construção em Copacabana. 3/<br />

Garrastazu Médici dispunha, como<br />

herança de família, de uma fazenda<br />

de gado em Bagé, mas quando adoeceu<br />

precisou ser tratado no Hospital<br />

da Aeronáutica, no Galeão. 4/Ernesto<br />

Geisel, antes de assumir a presidência,<br />

comprou o sítio dos Cinamonos, em<br />

Teresópolis, que a filha vendeu para<br />

poder manter-se no apartamento de<br />

três quartos e sala, no Rio. 5/João Figueiredo,<br />

depois de deixar o poder,<br />

não aguentou as despesas do Sítio<br />

do Dragão, em Petrópolis, vendendo<br />

primeiro os cavalos e, depois, a propriedade.<br />

Sua viúva, recentemente<br />

falecida, deixou um apartamento em<br />

São Conrado, que os filhos agora colocaram<br />

à venda, em estado lastimável<br />

de conservação.<br />

12 > > junho 2012<br />

Geraldo Freire<br />

geraldofreire@uol.com.br<br />

Esse assunto é meu...<br />

E serve pra mostrar como a banda passou a tocar depois da plena democratização,<br />

de tudo. Inclusive do dinheiro público. Quando Palocci caiu em desgraça perante<br />

a sociedade, porque comprou à vista um apartamento por 3 milhões de reais,<br />

eu fiz um debate com Josué Mussalém, Maurílio Ferreira Lima e Fernando Ferro.<br />

Maurílio achava um absurdo a repercussão do caso porque Palocci tinha passado<br />

por cargos importantes no governo e claro que tinha os 3 milhões para pagar o<br />

apartamento à vista; Ferro tratava o assunto com grande naturalidade e justificava<br />

dizendo que “todos faziam assim”. Mussalém peitou os dois dizendo: não é verdade<br />

que todos fazem assim. Vocês, Maurílio e Ferro, não “fazem assim”. E os dois<br />

ficaram de cara mexendo, como que refletindo pela bobagem que disseram<br />

Outra lembrança<br />

Agora me vem à memória Gentil Mendonça,<br />

que foi o delegado do Trabalho<br />

mais querido que tivemos em Pernambuco.<br />

Quando eu era presidente do Sindicato<br />

dos Radialistas, trabalhei com ele para<br />

estadualizar o Sindicato. Ele recomendava<br />

que eu não esquecesse de carimbar os<br />

papeis que eram enviados para o Ministério do Trabalho e justificava dizendo:<br />

“autoridade brasileira adora carimbo!”. Eu acabo de ler uma informação dizendo<br />

que uma empresa brasileira, para exportar, precisa de até 12 carimbos. Mesmo<br />

tendo morrido há tanto tempo, meu amigo Gentil continua atual.<br />

A revolução dos pentelhos<br />

Quando vigorava a censura do regime militar no<br />

Brasil, a revista Playboy só podia publicar<br />

fotos frontais de mulheres nuas<br />

pentelhudas. Me contou o marido da<br />

cantora Lílian que por ela não ter pentelhos,<br />

a turma da revista fez um desenho<br />

em cima da bacurinha para evitar a exposição<br />

total. Agora estamos vivendo outra ditadura: a<br />

sem pentelho. Verifiquei em mais de 50 mulheres<br />

nas últimas revistas Playboy e não vi pentelhuda.<br />

Todas depiladas por completo!<br />

Pernas<br />

A vedete mais famosa da história do Brasil, Virgínia<br />

Lane, acaba de escrever um livro de memórias contando<br />

tudo sobre seus namoros, inclusive com o ex-presidente<br />

Getúlio Vargas. Uma jovem repórter perguntou a<br />

Virgínia o segredo de manter as pernas bonitas aos 90<br />

anos de idade. Rápida com um raio, ela respondeu: “É<br />

de tanto abrir e fechar e as pernas”.<br />

Poesia<br />

Quando Juscelino estava em<br />

campanha, foi pedir voto em Fortaleza.<br />

Na feira, um violeiro cego<br />

esmolava cantando. O cherimbaba<br />

do candidato falou no ouvido do<br />

repentista e determinou: “Faça um<br />

verso para o presidente Juscelino<br />

Kubitscheck!” O cego, espantado<br />

com o nome, perguntou: “Juscelino<br />

de quê?” ‘Kubitscheck’, repetiu<br />

bem explicado o cherimbaba. O<br />

violeiro cego sacudiu<br />

o verso: “Juscelino Cu<br />

de Cheque, o seu<br />

nome é muito feio;<br />

por favor me dê o<br />

cheque que do<br />

resto eu já<br />

tô cheio”.

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