Baião de Tudo Assuntos roubados Roubei esse de Carlos Chagas, publicado na internet, sobre os presidentes do Brasil no Regime Militar. A intenção não é de louvar os militares, mas de mostrar como a banda tocava naqueles tempos bicudos. 1/Castelo Branco morreu num desastre de avião. Verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas. 2/Costa e Silva, acometido de derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer no Palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção em Copacabana. 3/ Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão. 4/Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência, comprou o sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio. 5/João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e, depois, a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado, que os filhos agora colocaram à venda, em estado lastimável de conservação. 12 > > junho 2012 Geraldo Freire geraldofreire@uol.com.br Esse assunto é meu... E serve pra mostrar como a banda passou a tocar depois da plena democratização, de tudo. Inclusive do dinheiro público. Quando Palocci caiu em desgraça perante a sociedade, porque comprou à vista um apartamento por 3 milhões de reais, eu fiz um debate com Josué Mussalém, Maurílio Ferreira Lima e Fernando Ferro. Maurílio achava um absurdo a repercussão do caso porque Palocci tinha passado por cargos importantes no governo e claro que tinha os 3 milhões para pagar o apartamento à vista; Ferro tratava o assunto com grande naturalidade e justificava dizendo que “todos faziam assim”. Mussalém peitou os dois dizendo: não é verdade que todos fazem assim. Vocês, Maurílio e Ferro, não “fazem assim”. E os dois ficaram de cara mexendo, como que refletindo pela bobagem que disseram Outra lembrança Agora me vem à memória Gentil Mendonça, que foi o delegado do Trabalho mais querido que tivemos em Pernambuco. Quando eu era presidente do Sindicato dos Radialistas, trabalhei com ele para estadualizar o Sindicato. Ele recomendava que eu não esquecesse de carimbar os papeis que eram enviados para o Ministério do Trabalho e justificava dizendo: “autoridade brasileira adora carimbo!”. Eu acabo de ler uma informação dizendo que uma empresa brasileira, para exportar, precisa de até 12 carimbos. Mesmo tendo morrido há tanto tempo, meu amigo Gentil continua atual. A revolução dos pentelhos Quando vigorava a censura do regime militar no Brasil, a revista Playboy só podia publicar fotos frontais de mulheres nuas pentelhudas. Me contou o marido da cantora Lílian que por ela não ter pentelhos, a turma da revista fez um desenho em cima da bacurinha para evitar a exposição total. Agora estamos vivendo outra ditadura: a sem pentelho. Verifiquei em mais de 50 mulheres nas últimas revistas Playboy e não vi pentelhuda. Todas depiladas por completo! Pernas A vedete mais famosa da história do Brasil, Virgínia Lane, acaba de escrever um livro de memórias contando tudo sobre seus namoros, inclusive com o ex-presidente Getúlio Vargas. Uma jovem repórter perguntou a Virgínia o segredo de manter as pernas bonitas aos 90 anos de idade. Rápida com um raio, ela respondeu: “É de tanto abrir e fechar e as pernas”. Poesia Quando Juscelino estava em campanha, foi pedir voto em Fortaleza. Na feira, um violeiro cego esmolava cantando. O cherimbaba do candidato falou no ouvido do repentista e determinou: “Faça um verso para o presidente Juscelino Kubitscheck!” O cego, espantado com o nome, perguntou: “Juscelino de quê?” ‘Kubitscheck’, repetiu bem explicado o cherimbaba. O violeiro cego sacudiu o verso: “Juscelino Cu de Cheque, o seu nome é muito feio; por favor me dê o cheque que do resto eu já tô cheio”.
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