4ª ANEXO 1 58 OFICINA DE CAPACITAÇÃO Gênesis 1. 1 e 2; 26 e 27 1 No princípio criou Deus os céus e a terra. 2 A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. 26 Também disse Deus: Façamos o homem à Nossa imagem, conforme nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. 27 Criou Deus, pois, o homem a Sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
4ª ANEXO 2 OFICINA DE CAPACITAÇÃO AFINAL, O qUE É SExUALIDADE? “A sexualidade deve ser entendida a partir de um enfoque abrangente, manifestando-se em todas as fases da vida de um ser humano, tendo na genitalidade apenas um de seus aspectos” (Nelson Vitiello, ginecologista e terapeuta sexual). Podemos compreender a sexualidade como um componente fundamental de todo ser humano. É um modo de exprimir-se. É o desejo voltado para as pessoas e objetos. É integração da relação corporal, psíquica e sentimental. É tudo o que envolve prazer na relação consigo e com o outro. É necessário considerá-la num aspecto global, que envolve desde um simples olhar para o outro até um perceber-se na sua diversidade de sensações corpóreas, afetivas, sociais e culturais. Portanto, a sexualidade, entendida aqui no seu contexto mais amplo, tem na genitalidade apenas um de seus aspectos. Às vezes, essa sexualidade pode gerar angústias, ansiedades e conflitos, e isso normalmente acontece quando não sabemos, ou conhecemos pouco sobre ela. Por isso, a busca de informação é importante para que possamos viver a nossa sexualidade de forma prazerosa e tranqüila, sem culpa, medo, receios, angústias. O ser humano herda uma cultura que traz em si alguns ensinamentos que passam de geração em geração. Esses ensinamentos englobam: educação familiar, vivência e prática religiosa, fé, convivência social, educação escolar. Porém, é percebida certa dificuldade em se falar deste tema, mesmo quando entendemos que é algo pertinente e indispensável às espécies. Ao falar em espécie, vale destacar que a nossa é capaz de desenvolver sentimentos que extrapolam o ato sexual e a reprodução. Por exemplo, temos o amor, que se olharmos no dicionário significa: “um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem” (Aurélio Buarque de Holanda). É bem verdade que a sexualidade vem sendo colocada, principalmente pela mídia, como algo “coisificado” ou banalizado. Talvez este seja um dos fatores responsáveis pela desintegração física da nossa sexualidade e do sentir, que acabam gerando uma falta de assertividade consigo mesmo e entre as pessoas. Mas, se a sexualidade envolve o amor, que na sua definição retrata o bem de si e do outro, por que é tão difícil e misteriosa a abordagem desse tema? Poderíamos buscar a resposta a essa pergunta nas nossas famílias, mas elas, quando não se calam, muitas vezes não nos concedem respostas que correspondem às nossas expectativas. Ou, talvez, os jovens poderiam buscar seus educadores, que se esforçam muito, mas ainda se limitam a explicar as questões funcionais do corpo humano ou a bombardear informações sobre anticoncepção e prevenção de doenças (fato que não tem contribuído muito para o comportamento responsável dos jovens, já que pesquisas apontam para o aumento de gestações não planejadas e das doenças sexualmente transmissíveis - DSTs). Mesmo considerando as fontes informativas, ainda é delicada a abordagem do tema. As orientações recebidas nem sempre respondem aos conflitos entre as informações e a vivência da pessoa; e, por vezes, se apresentam desconectadas dos sentimentos – sensações e pensamentos. 59