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Igreja Solidária e Transformadora

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4ª<br />

60<br />

OFICINA DE<br />

CAPACITAÇÃO<br />

ANEXO 2 (continuação)<br />

Nesse sentido, é necessário um conhecimento aprofundado acerca da diversidade apresentada<br />

na sexualidade.<br />

De acordo com Fabiano Puhlmann Di Girolamo, estudioso da sexualidade humana, podemos<br />

defini-la como: “componente fundamental de todo ser humano; é uma modalidade global<br />

do ser nos confrontos dos outros e do mundo, vinculando-se à intimidade, à afetividade, à ternura,<br />

a um modo de sentir-se e exprimir-se, vivendo o amor humano e as relações emocionais afetivo-sexuais;<br />

é contato, relação psíquica e sentimental, sempre vinculadas a intensas sensações<br />

corpóreas”.<br />

Alguns estudiosos do tema explicam (para uma melhor compreensão didática) a sexualidade<br />

como sendo sustentada por três pilares:<br />

• Psicológico: diz respeito ao estar adequado consigo mesmo, ou seja, estar satisfeito<br />

com sua própria sexualidade e com sua auto–estima valorizada. Lembrando que, para<br />

exercer a sexualidade de forma prazerosa com outra pessoa, é importante estabelecer<br />

essa relação de prazer consigo mesmo(a).<br />

• Social: Diz respeito à adequação do comportamento sexual apresentado em relação<br />

aos padrões socialmente exigidos. A nossa sociedade estabelece alguns padrões que<br />

são seguidos pela maioria das pessoas que fazem parte dessa sociedade, estando estas<br />

enquadradas dentro de um padrão de norma social.<br />

• Biológico: Diz respeito ao funcionamento orgânico do nosso corpo, envolvendo mecanismos<br />

funcionais do nosso organismo como a ereção, ejaculação, lubrificação da vagina<br />

etc. O funcionamento sexual é algo necessário para o desenvolvimento sadio do ser humano.<br />

Havendo algum comprometimento em uma dessas bases, podemos falar em disfunção<br />

sexual, ou inadequação sexual. Ocorre a disfunção sexual quando o comprometimento se dá<br />

na base orgânica. Caso ocorra dificuldade nas bases psicológica ou social, podemos considerar<br />

como inadequação sexual.<br />

Tanto a disfunção quanto a inadequação sexual podem ser tratadas com eficiência por<br />

profissionais especializados em terapia sexual.<br />

O nosso grande desafio se dá na compreensão da sexualidade vinculada à afetividade,<br />

transcendendo as explicações teóricas e baseadas na vivência pessoal, considerando as bases<br />

biopsicossociais que sustentam esse componente fundamental na vida humana.<br />

Portanto, falar em sexualidade é falar em algo muito mais abrangente do que ter uma<br />

relação sexual, ou em qualquer atividade exclusivamente ligada aos orgãos genitais. É falar,<br />

principalmente, em sentimento, em prazer, em VIDA.<br />

Diante disso, podemos dizer que durante toda a fase da vida humana, a sexualidade<br />

está presente, desde a infância até a terceira idade, tendo, em cada uma dessas fases, manifestações<br />

diferentes.<br />

Cristiana Gomes – Psicóloga e membro da equipe do Programa de<br />

Promoção da Criança e do Adolescente da Diaconia.

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