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E<br />
inovação<br />
Quando uM<br />
ROBÔ ROBÔFotos: é sEu ViZinho dE MEsa<br />
ntre o desaquecimento econômico mundial e o persistente<br />
desemprego, os anos recentes não foram amenos para<br />
os trabalhadores. Agora, paira uma nova ameaça. Com<br />
apenas 1,5 metro de altura e 39 quilos, o PRH-4 poderá ser o<br />
alvo de lamúrias nos escritórios do futuro. O robô humanoide<br />
desenvolvido pela Kawada Industries, de Tóquio, e pelo Instituto<br />
Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do<br />
Japão, está programado para entregar correspondência, servir<br />
café e reconhecer os rostos de seus colegas de trabalho. No<br />
fi nal de janeiro último, a Kawada começou a vendê-los para<br />
instituições de pesquisa e universidades<br />
Chegam ao escritório<br />
autômatos capazes de<br />
tarefas como abrir<br />
portas e entregar<br />
correspondência<br />
em todo o mundo, por cerca de US$ 350<br />
mil. Embora o preço possa parecer alto, é<br />
preciso levar em conta que o PRH-4 não<br />
fi ca navegando no Facebook, não passa<br />
horas atualizando a escalação ideal de seu<br />
time de futebol, nem exige uma parada<br />
para o almoço. Noriyuki Kanehira, gerente<br />
de sistemas robóticos na Kawada, acredita<br />
que o PRH-4 poderá facilmente assumir<br />
um “papel de secretário, num futuro próximo”. Mais<br />
cedo ou mais tarde, diz ele, “robôs humanoides poderão<br />
começar a atuar nos escritórios”.<br />
Trabalhadores robóticos não são inteiramente novos.<br />
A General Motors, empregou um deles numa linha de<br />
montagem em 1961, e segundo o World Robotics, um<br />
relatório anual produzido pela Federação Internacional<br />
de Robótica, com sede em Frankfurt, existem atualmente<br />
8,6 milhões de robôs em uso em todo o mundo.<br />
Muitos deles vêm fazendo trabalhos que os humanos<br />
não podem fazer, em lugares onde não podem ir, como<br />
obstruir vazamentos de petróleo no Golfo do México.<br />
Como resultado de avanços tecnológicos, porém, uma<br />
nova geração de máquinas poderá em breve arquivar<br />
documentos e empurrar carrinhos de correspondência.<br />
Numa edição da revista “Scientifi c American” de 2007,<br />
Bill Gates previu que o futuro colocaria “um robô em<br />
cada casa”. Em um futuro previsível, porém, poderá haver<br />
um robô em cada área de trabalho - ou, pelo menos,<br />
a cada três delas.<br />
Existem Existem 8,6 8,6 milhões milhões de de robôs robôs em em uso uso<br />
no mundo, muitos deles fazendo trabalhos<br />
perigosos demais para humanos<br />
Empresas industriais e de tecnologia em<br />
todo o mundo já estão trabalhando com afi nco<br />
para tentar tornar isso uma realidade. O QB, um<br />
“robô de presença remota”, criado pela Anybots,<br />
de Mountain View, Califórnia, é basicamente um<br />
sistema de videoconferência sobre rodas. O QB,<br />
que se assemelha um pouco ao (personagem de<br />
animação) Wall-E, é controlado remotamente por<br />
meio de um programa de navegação na web e um<br />
teclado, permitindo que os gerentes visitem em<br />
modo virtual quaisquer escritórios remotos de<br />
uma organização sem deixar o conforto de suas<br />
próprias salas. Ao preço de US$ 15 mil, o QB foi<br />
apresentado em maio passado, e de acordo com o<br />
fundador da Anybots, Trevor Blackwell, as vendas<br />
estão na casa de centenas. “Todo mundo já tem<br />
videoconferência”, diz Blackwell. “No entanto, os<br />
aviões continuam repletos de pessoas que viajam<br />
a negócios. Nós estamos tentando encontrar uma<br />
maneira de resolver esse problema.”<br />
Por aproximadamente o mesmo preço, a Smart<br />
Robots, de Dalton, Massachusetts, oferece um robô<br />
para escritórios mais ambicioso, chamado SR4.<br />
Os modelos variam do SR4 Professional, por US$<br />
7.495, ao SR4 Offi ce, que custa US$ 18.950 mil e se<br />
assemelha ao R2-D2 [o robozinho de “Star Wars”]<br />
com um tampo de vidro transparente. Joe Bosworth,<br />
executivo-chefe da Smart Robots, diz que o SR4 é<br />
tão inteligente como o amiguinho de C-3PO. “Eu<br />
o descreveria como sendo um ‘contínuo’”, diz ele.<br />
“Um robô ponto a ponto deve ser capaz de ir de<br />
uma mesa a outra num prédio de escritórios. Deve<br />
ser capaz de levar correspondência até a sala de<br />
expedição e, depois, atravessar a rua para apanhar<br />
um cappucino”. Bosworth, que está envolvido com<br />
a Smart Robots desde 2002, prevê críticas dos que<br />
Fotos: Divulgação