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AERO - DECEA

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utilizado pelos sistemas Convencional e SAFIS.<br />

Em 2005 foram desativados os SAFIS tendo em vista a<br />

inexistência no mercado de peças reposição.<br />

Desta forma, as aeronaves H-800XP ficaram equipadas<br />

com os AFIS (totalmente digitais) e os EC-95B e C com os SIV<br />

Convencionais, que é a configuração atual das aeronaves do<br />

Grupo.<br />

Totalmente analógicos, os SIV Convencionais não permitem<br />

sua capacitação para realização de inspeção em vôo dos<br />

novos procedimentos baseados em sinais do Global Navigation<br />

Sattellite System (GNSS). Além disso, não mais se encontram<br />

peças sobressalentes no mercado, tornando sua manutenção<br />

cara e difícil.<br />

Com este quadro formado, a partir de 2004 iniciou-se um estudo<br />

de delineamento das necessidades sobre um novo Sistema<br />

de Inspeção em Vôo para equipar as aeronaves Bandeirantes<br />

e formou-se um grupo de trabalho do qual participaram GEIV,<br />

<strong>DECEA</strong> e CISCEA.<br />

Foi elaborada uma especificação técnica que contemplava<br />

a aquisição de 04 (quatro) novos AFIS e a preparação de 03<br />

(três) aeronaves EC-95C e 02 (duas) aeronaves EC-95B para<br />

operarem estes novos sistemas.<br />

A partir da especificação técnica, foi lançado o edital de<br />

licitação em 2005 ao qual atenderam três empresas do setor:<br />

Norwegian Special Mission (com sede em Oslo – Noruega), NXT<br />

Inc. (com sede em Nova Iorque – EUA) e <strong>AERO</strong>DATA (com sede<br />

em Braunschweig – Alemanha).<br />

Um grupo de técnicos do GEIV, CISCEA, PAMERJ e IFI foi<br />

enviado à sede das três empresas para verificar a capacidade<br />

técnica das mesmas e avaliar o produto de cada uma delas.<br />

A conclusão do grupo foi que as três empresas possuíam um<br />

produto capaz de atender às necessidades do GEIV.<br />

O novo AFIS tem como conceito a utilização de dois<br />

computadores separados para trabalho: um para coleta e<br />

tratamento de dados com um sistema operacional específico<br />

para trabalhar em tempo-real e outro computador para permitir<br />

a interface com usuário de forma amigável, com ambiente<br />

WINDOWS.<br />

O sistema contará, para maior precisão de informações, com<br />

um sistema híbrido de posicionamento da aeronave, integrando<br />

sinais de Inercial, GPS, D-GPS e DRTT de forma que será mais<br />

imune a falhas.<br />

O processo de licitação ainda está em curso, mas o primeiro<br />

Sistema de Inspeção em Vôo deverá estar operacional até o<br />

final de 2007 devendo a frota de Bandeirantes estar plenamente<br />

equipada até o final de 2008.<br />

INSPEÇÃO EM VÔO DE<br />

PROCEDIMENTOS RNAV<br />

Cap Av Alexander<br />

SANTOPIETRO de Sousa -<br />

Chefe da Subseção de Auxílios<br />

à Navegação Aérea - Seção<br />

de Inspeção em Vôo<br />

• O que são<br />

Procedimentos RNAV<br />

(Navegação de Área) são<br />

procedimentos apoiados<br />

por informações de<br />

posição advindas de um ou mais auxílios à navegação. Esses<br />

auxílios podem ser da própria aeronave como o INS (navegação<br />

inercial) ou externos como VOR, DME ou GNSS (Sistema Global<br />

de Navegação por Satélites). O próprio sistema, através de um<br />

avançado banco de dados a bordo da aeronave, seleciona o auxílio<br />

mais adequado que servirá como base em determinado trecho<br />

do procedimento o que, por si só, já deixa clara a necessidade<br />

de a aeronave estar devidamente equipada e certificada para tal<br />

tipo de vôo, assim como sua tripulação.<br />

• A inspeção<br />

A inspeção em vôo de procedimentos RNAV avalia a cobertura<br />

e a acuracidade provida pelos auxílios a navegação utilizados<br />

durante a realização de todo procedimento por instrumentos.<br />

Também é realizado, em especial durante os vôos de<br />

homologação, o “flyability check”, onde são verificados pela<br />

tripulação os seguintes tópicos:<br />

- manobras a serem realizadas pelas aeronaves, levando-se<br />

em consideração sempre a de perfil mais crítico a operar no<br />

aeródromo em questão, visando a segurança em vôo;<br />

- carga de trabalho na cabine, verificando se o procedimento<br />

é de fácil compreensão (sem ambigüidades) e se sua execução<br />

demanda uma carga de trabalho aceitável na nacele;<br />

- aspecto geral da carta e correção de todos os dados<br />

necessários para a execução do procedimento, como<br />

coordenadas, proas e distâncias que devem ser mostradas de<br />

forma clara e precisa.<br />

Por motivos óbvios, quando da realização de um vôo de<br />

homologação de algum procedimento RNAV, juntamente com o<br />

Piloto Inspetor, um Oficial Especialista em Controle de Tráfego<br />

Aéreo (CTA) do órgão responsável pela área onde será implantado<br />

o novo procedimento é escalado para participar da inspeção.<br />

É preciso lembrar também que, por ser um procedimento não<br />

homologado, o mesmo ainda não constará do banco de dados<br />

da aeronave, sendo necessário que o piloto faça a inserção dos<br />

dados e a configuração do equipamento de bordo. Desse vôo é<br />

produzido um relatório desaprovando, aprovando ou aprovando<br />

com correções o novo procedimento.<br />

Tais procedimentos, quando isolados, são inspecionados de<br />

doze em doze meses.<br />

• O futuro<br />

Cada vez mais, amplia-se de forma vertiginosa, o número de<br />

procedimentos RNAV em utilização ao redor do mundo. Só nos<br />

EUA já são mais de setecentos em vigor.<br />

Além dos procedimentos de não-precisão, estão sendo<br />

homologados, em diversos países, procedimentos RNAV de<br />

aproximação com guia vertical, onde são utilizados principalmente<br />

o GNSS juntamente com equipamentos para aumentação de<br />

sinais dos satélites.<br />

Enfim, o futuro da aviação parece estar seriamente ligado<br />

à chamada Navegação de Área, em especial devido à sua<br />

confiabilidade, por utilizar diversos sistemas para orientação,<br />

ao número crescente de satélites disponíveis e à incansável<br />

modernização dos sistemas de navegação a bordo das<br />

aeronaves. E, sem dúvida alguma, essa será a área que exigirá,<br />

já daqui a alguns anos, a maior dedicação por parte da inspeção<br />

em vôo no que diz respeito ao acompanhamento de perto das<br />

evoluções para que possamos aprimorar procedimentos e<br />

critérios, visando disponibilizar aos usuários procedimentos cada<br />

vez mais precisos, seguros e econômicos.<br />

<strong>AERO</strong>ESPAÇO<br />

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