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<strong>AERO</strong>ESPAÇO<br />
20<br />
Nossos<br />
castelos<br />
estão<br />
seguros? Por<br />
Na Idade Média, os castelos europeus<br />
serviam, não só de abrigo e controle<br />
de passagem para a população,<br />
como também fonte de segurança<br />
e guarda dos bens mais valiosos do<br />
reino. Nos castelos, as sentinelas empenhavam-se<br />
em detectar presenças<br />
hostis e acionar um alarme para que<br />
as tropas realizassem a defesa da fortaleza.<br />
Estes observadores permaneciam<br />
em pontos estratégicos do castelo. Geralmente,<br />
suas posições eram determinadas<br />
em locais com boa visibilidade<br />
e elevada altura, a fim de favorecer a<br />
percepção dos movimentos externos.<br />
Assim como eram resguardados<br />
os valiosos castelos medievais e suas<br />
torres, hoje somos protegidos pelas<br />
nossas valiosas Torres de Controle do<br />
SISCEAB (Sistema de Controle do<br />
Espaço Aéreo Brasileiro). Suas tarefas<br />
têm a premissa de manter a segurança<br />
TWR YS - Terminal Radar de Imagem Sintética (TARIS)<br />
instalado na Torre de Controle de Pirassununga<br />
nas operações com a certeza de zelar<br />
pelo bem mais valioso de nosso País<br />
– nosso povo.<br />
A fim de favorecer a árdua tarefa<br />
destes profissionais, o Instituto de<br />
Controle do Espaço Aéreo (ICEA),<br />
por meio de sua Divisão de Pesquisa<br />
e Desenvolvimento, desenvolveu produtos<br />
para auxiliar e treinar os controladores<br />
de tráfego aéreo para melhor<br />
desempenharem as suas funções.<br />
Um dos produtos desenvolvidos é o<br />
Terminal Radar de Imagem Sintética<br />
(TARIS) – também conhecido como<br />
Visualizador Radar de Baixo Custo<br />
– que possibilita ao operador a visualização<br />
dos tráfegos, por repetição<br />
da imagem radar, servindo de auxílio<br />
nas transferências dos tráfegos entre<br />
os setores de controle, nos alertas, na<br />
facilitação da busca visual dos tráfegos<br />
aéreos, enfim, no planejamento global<br />
de suas tarefas.<br />
O sinal recebido<br />
do radar necessita<br />
de um tratamento<br />
para tornar-se<br />
imagem. A placa<br />
CASSA (Conversor<br />
Assíncrono/Síncrono<br />
- Síncrono/<br />
Assíncrono) é microprocessada<br />
com<br />
uma porta de entrada<br />
e duas portas de<br />
saída. Ela é essencial<br />
para realizar a inte-<br />
gração entre o equipamento<br />
TARIS e<br />
sinais provenientes<br />
Ten Cel Av Ricardo Barion - Adjunto da Divisão de<br />
Pesquisa e Desenvolvimento (DP) do Instituto de<br />
Controle do Espaço Aéreo (ICEA)<br />
A instalação do<br />
TARIS demonstra<br />
a importância<br />
e o zelo que o<br />
SISCEAB deposita<br />
na segurança<br />
e na busca da<br />
facilitação do<br />
árduo e incessante<br />
trabalho dos<br />
controladores<br />
de tráfego aéreo<br />
de um radar. A placa CASSA permite<br />
também vincular um treinamento<br />
com o ambiente operacional. Esta<br />
placa, desenvolvida pelo ICEA, possibilita<br />
que o Simulador Radar de Área<br />
Terminal (SIRAT) consiga introduzir<br />
sinais gerados por simulação em um<br />
console radar do órgão operacional,<br />
desde que o fluxo de tráfego aéreo<br />
encontre-se reduzido com consoles<br />
disponíveis para treinamento.<br />
De acordo com a Circular de Tráfego<br />
Aéreo que estabelece as regras para<br />
o emprego do bright display e do<br />
TARIS nos órgãos ATS (CIRTRAF<br />
100-16), cabe lembrar que “a despeito<br />
da existência de visualização radar<br />
através de informações do TARIS ou<br />
do bright display no órgão ATC, o<br />
serviço de tráfego aéreo, a ser prestado<br />
para as aeronaves envolvidas, continuará<br />
sendo o serviço de controle de<br />
tráfego aéreo não radar”.