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Dicionário Enciclopédico da Psicologia - Livraria Martins Fontes

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A<br />

GLOSSÁRIO DOS TERMOS<br />

412<br />

ACTO fALhADO<br />

Acto falhado<br />

Acto ou comportamento socialmente ina<strong>da</strong>ptado que realiza um<br />

desejo inconsciente.<br />

Para Freud (Psicopatologia <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> Quotidiana 1 ), tal acto faz parte – com<br />

o sonho e o lapso – dos fracassados do controlo consciente.<br />

Exemplos: perder chaves, esquecer um encontro importante, chumbar<br />

num exame bem preparado, etc. Constitui um sintoma – benigno, na<br />

maioria dos casos – que garante um compromisso entre o ego cons‑<br />

ciente e um desejo inconsciente imperfeitamente recalcado. Para esse<br />

desejo recalcado, é um acto conseguido.<br />

O uso demasiado lato dessa noção pode salientar como patológico<br />

qualquer acto que escape mais ou menos à intenção consciente. Con‑<br />

vém reservar tal expressão para as situações que obstam à satisfação<br />

consciente do objectivo.<br />

Acto psicanalítico<br />

Acção do psicanalista.<br />

A ética <strong>da</strong> Psicanálise impõe que o psicanalista assuma a responsa‑<br />

bili<strong>da</strong>de dos seus actos, <strong>da</strong>s suas interpretações e intervenções no<br />

tratamento, <strong>da</strong>s suas falhas ao participar na produção de acting out do<br />

paciente. O psicanalista deve conduzir o analisando ao fim <strong>da</strong> análise, o<br />

que implica uma formação adequa<strong>da</strong> na sua própria experiência dessa<br />

terminação. Diversos dispositivos interrogam tal resultado (cura didác‑<br />

tica, controlos, passe 2 , processo de habilitação, etc.).<br />

A<strong>da</strong>ptação<br />

BIOL. Conjunto dos ajustamentos realizados num organismo para<br />

sobreviver e perpetuar a sua espécie num determinado ambiente.<br />

PSIC. Conjunto <strong>da</strong>s modificações dos comportamentos que visam<br />

garantir o equilíbrio <strong>da</strong>s relações entre o organismo e os seus meios<br />

de vi<strong>da</strong> e, ao mesmo tempo, mecanismos e processos que subenten‑<br />

dem tal fenómeno.<br />

Para Piaget, a vi<strong>da</strong> psíquica obedece às mesmas leis estruturantes <strong>da</strong> vi<strong>da</strong><br />

biológica. São usados processos de a<strong>da</strong>ptação sempre que uma situação<br />

comporta um ou vários elementos novos, desconhecidos ou simplesmente<br />

não familiares. Segundo Piaget, há assimilação quando o sujeito integra <strong>da</strong>dos<br />

novos em modelos comportamentais anteriormente constituídos, havendo<br />

acomo<strong>da</strong>ção quando esses novos <strong>da</strong>dos transformam a estrutura mental do<br />

sujeito para torná‑la compatível com as exigências <strong>da</strong> nova situação. Entre<br />

os primeiros exercícios de reflexos de sucção do recém‑nascido e as suas<br />

manifestações aplica<strong>da</strong>s a diversos objectos (polegar, roca, chucha, etc.),<br />

há extensão progressiva <strong>da</strong> reacção, mas também mu<strong>da</strong>nça de forma por<br />

ajustamento à forma do novo objecto. Assimilação e acomo<strong>da</strong>ção são con‑<br />

sidera<strong>da</strong>s por Piaget como activi<strong>da</strong>des essenciais para o desenvolvimento<br />

do indivíduo, cujo dinamismo exprimem em conjunto. O desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> inteligência representa a a<strong>da</strong>ptação mais eleva<strong>da</strong> e completa: prolonga<br />

(...)

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