Portuguese - Publications
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Marcas nas primeiras ligações<br />
Braço<br />
Número<br />
romano<br />
Comentários<br />
Ft1-22 XV Muito apagada. Na madeira central da caverna mestra.<br />
Ft1-23 XIV Bem definida.<br />
Ft1-24 XIII Muito bem definida.<br />
Ft1-25 XII Muito bem definida.<br />
Ft1-26 XI Muito bem definida, parecendo dentro de um pentágono<br />
Ft1-27 X Bem definida, com a parte superior muito apagada.<br />
Ft1-28 IX Bem definida, aparentemente dentro de um pentágono.<br />
Ft1-29 - Não foram observadas.<br />
Ft1-30 - Não foram observadas.<br />
Ft1-31 VI Muito apagada.<br />
Ft1-32 V Muito apagada.<br />
Ft1-33 IV Muito apagada.<br />
Ft1-34 III Marcas profundas, mas muito irregulares.<br />
Ft1-35 II Bem definida.<br />
Ft1-36 I Bem definida.<br />
Ft1-37 0 Bem definida.<br />
Várias outras marcas são visíveis na superficie das madeiras, sem sentido<br />
aparente, mas o facto das duas anteriormente mencionadas coincidirem com os<br />
lugares certos levou-nos a pensar que terão sido intencionalmente feitas.<br />
O uso de ambos os sistemas numerais pode corresponder ao nível cultural do<br />
construtor naval responsável por marcar as madeiras pré-designadas que, no<br />
caso do nosso estudo, devia ser uma pessoa com conhecimentos acima da<br />
média de outros construtores desse tempo. A reforçar esta teoria, temos o uso<br />
correcto dos números romanos “IX” (para 9) e “IV” (para 4), em vez dos<br />
arcaicos “VIIII” e “IIII” encontrados nas cavernas C3 e C8 de outro barco<br />
português, presumivelmente construído no mesmo período do nosso caso.<br />
(Castro, F. 2003b. The Pepper Wreck, an early 17th-century <strong>Portuguese</strong><br />
Indiaman at the mouth of the Tagus River, Portugal. The International Journal<br />
of Nautical Archaeology, Vol. 32, 1, pp. 14.)<br />
Outra faceta interessante destas marcas é que elas estão viradas ao avesso e<br />
precisamente debaixo da coberta inferior quando o barco se encontra na sua<br />
posição vertical, por isso pensamos que foram feitas antes da montagem das<br />
peças na estrutura.<br />
Descrição da montagem das ligações da caverna # 1<br />
Entre as cavernas V-1 e V-2 aparece a primeira ligação Ft1-1, com 5.30m de<br />
comprimento; que termina depois de passar por debaixo do primeiro dormente<br />
(D1). A terceira ligação (Ft3-1), segue na mesma direcção com uma madeira<br />
mais espessa que a anterior, com a largura de 0.30m. Esta peça, com o<br />
comprimento de 3.95m, tem na sua extremidade um plano inclinado ligando, a<br />
partir de debaixo, com outra peça que não pudo ser medida. Aparentemente,<br />
ambas constituem a mesma peça e, se não, seria de unir com a quinta ligação<br />
(Ft5-1).<br />
A segunda ligação começa debaixo da primeira escoa, ligando-se lateralmente<br />
no seu lado da proa a Ft1-1 e Ft3-1. Tem um comprimento total de 4.84m e é<br />
constituída por duas peças juntas lateralmente; uma primeira de 4.35m de<br />
comprimento e uma segunda de 2.35m, tendo a última um encaixe lateral de<br />
2m de comprimento, agindo como prolongamento entre o lado à proa de Ft1-1<br />
e o lado à ré de Ft3-1 com o objectivo de alargar a estrutura em direcção à<br />
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