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parte lateral superior do barco. Esta montagem de duas peças termina
precisamente por baixo do trincaniz da segunda coberta.
Ft4-1 vem a seguir a Ft2-1 (não medida porque está incompleta) e termina no
limite oeste da estrutura sobrevivente. Existem madeiras de enchimento com a
forma de cunhas, entre Ft1-1 e Ft2-1; e também, mais a oeste, entre Ft3-1 e o
que pode ser Ft4-1. Os enchimentos entre a madeira, bem como o “braço” de
enchimento da segunda peça Ft2-1, seguem o mesmo princípio, que é o de
aumentar o tamanho da montagem em direcção à parte mais alta. Como
confirmação disto, nós temos que a largura na ligação de V1 com Ft1-1 é de
0.50m, que é a soma da largura das duas tábuas, sendo de 0.85m na ligação
entre Ft3-1 e Ft4-1, incluindo uma peça de enchimento.
Descrição da montagem das ligações na caverna # 2
A primeira ligação (Ft1-2) desta caverna começa entre as cavernas V-2 e V-3. É
composta por duas peças ligadas num plano inclinado de 5.40m de
comprimento total, terminando quase a nível do primeiro trincaniz. Na mesma
direcção, é seguido por Ft3-2, feito de uma madeira mais resistente e atingindo
0.32m de largura e um comprimento de 3.75m, acabando no extremo ocidental
da montagem, onde a terceira coberta terá ficado.
Ft2-2 começa de V-2 (mas não está ligado a ele) e termina debaixo do segundo
trincaniz; é composto por um grupo de três peças: a primeira actuando como
um reforço do lado à proa de Ft1-2, com 2.80m de comprimento e ligada por
um plano inclinado à próxima madeira, esta última com 4.70m de comprimento,
ligada por meio de uma inclinação lateral, e a terceira peça, com 1.80m de
comprimento e uma inclinação lateral como “braço” de enchimento, que
termina debaixo do segundo trincaniz.
Segundas ligações e cavernas de enchimento.
Foi identificado um total de 59 segundas ligações no que restava da estrutura
de IDM-003, e todas seguem o mesmo sistema de montagem acima descrito. A
maioria delas serve para aumentar a altura em direcção à coberta de cima,
juntando tábuas mais espessas (até 0.30m), antes da junção com as terceiras e
quartas ligações.
De qualquer forma, a contagem das ligações ou das madeiras de ligação, que
correspondem às cavernas, torna-se difícil a nível da segunda coberta, uma vez
que este é o nível onde as cavernas de enchimento começam a aparecer. Estas
cavernas de enchimento aparecem geralmente entre as terceiras e quartas
ligações da mesma caverna, mas também entre uma e outra, isto é, entre a
terceira ligação de uma caverna e a quarta ligação da caverna seguinte.
Acima da segunda coberta, o número de cavernas de enchimento começa a
crescer, sendo maior nas secções à ré e à proa do barco, para ser mais preciso,
à proa de V-2 e à ré de V-40. A secção mestra do barco só apresenta cavernas
de enchimento a nível da caverna V-11 e V-21, o que reforça a teoria de que,
pelo menos a nível da terceira coberta, as cavernas de enchimento foram
usadas para conseguir a curvatura do barco à proa e à popa. A largura das
cavernas a nível da terceira coberta varia de 0.15m (uma caverna de
enchimento) a 0.35m (uma caverna reforçada ou bulárcama), sendo 0.22m a
medida encontrada na maior parte das cavernas. A altura foi de 0.22m em
todas as cavernas.
Como exemplo deste aumento gradual de peças, podemos mencionar que o
número de madeiras a nível da primeira coberta é de 119 e a nível da terceira
(extremo da estrutura sobrevivente, a oeste) é de 136.
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