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Um dos frascos de uso médico encontrado tinha marcado no vidro a palavra
“OPODELDOCH”, mas foi encontrado aberto, sem qualquer conteúdo.
Bibliograficamente, o Opodeldoch é descrito como uma solução alcoólica de
sabão (ou ácido oleico) e cânfora, com alguns óleos essenciais adicionados;
linimento de sabão; (também) uma preparação feita a partir dele, misturando-o
com láudano. O opodeldoc apareceu na Edinburgh Pharmacopœia de 1722
(Pharmacopœia Coll. Reg. Medicorum Edinburgensis 134) como Unguentum
opodeldoch; na ed. 1744 (Pharmacopoeia Coll. Reg. Medicorum Edinburgensis
121), é chamado ‘Balsamum Saponaceum, vulgò Oppodeltoch’, e, em 1745, a
London Pharmacopoeia (Plan New London Pharmacopœia 113) registou-o com
o nome Linimentum Saponaceum (cf. quot. 1996).
Contudo, aparentemente a maneira de escrever a tal palavra no nosso artefacto
pertence aos franceses, de acordo com o que vem citado na seguinte
passagem: Cf. French opodeldoch (dated 16th cent. in Robert Dict.
Alphabétique et Analogique (1986); also as opodeltoch (1758)).
Apesar dos vários nomes atribuídos a este linimento, parece que o seu uso
típico foi aquele que a sra Beaton recomendou no seu Book of Household
Management of 1861 para tratamento de uma luxação: “A articulação tem de
ser esfregada duas vezes por dia com flanela mergulhada em opodeldoc,
colocando uma ligadura de flanela bem enrolada em torno da articulação,
sendo a pressão maior na parte inferior, e o paciente autorizado a andar com a
ajuda de uma bengala ou de um pau.”
A garrafa de Opodeldoch (Art. 20185).
Outra descoberta de interesse foi uma medida de farmácia que tem inscritas as
palavras “META ONÇA”, tal como se dizem em português quando a maior parte
dos artefactos são de origem inglesa.
Medida de farmácia (Art.
20200).
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