ESCOAMENTO SUPERFICIAL
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C.R.Mello/Marciano<br />
De acordo com as equações apresentadas anteriormente, o comprimento e a<br />
declividade do curso d´água principal da bacia são as características mais<br />
freqüentemente utilizadas para o cálculo do tempo de concentração. É difícil dizer qual<br />
método é mais preciso em determinada bacia, pois todas foram obtidas para<br />
condições particulares. Dentre estas, entretanto, a de uso mais freqüente é a proposta<br />
por Kirpich, apesar da mesma ser conservadora e ter tendência a subestimar o valor<br />
de tc e por conseqüência, superestimar a intensidade de precipitação e a vazão.<br />
Deve-se ressaltar que as características fisiográficas da bacia devem ser<br />
previamente estudadas e determinadas, com auxílio de fotografia aérea, cartas<br />
topográficas ou Sistema de Informações Geográficas e visitas à área do projeto, com o<br />
objetivo de se conhecer a ocupação atual da bacia, as classes de solo predominantes<br />
e características gerais da cobertura vegetal. Tudo isto é de suma importância para<br />
uma boa escolha de coeficientes do escoamento superficial e cálculos adequados<br />
para o tempo de concentração.<br />
2. Determinação da chuva de projeto<br />
2.1 Determinação do tempo de retorno<br />
A chuva crítica para projeto de obras hidráulicas é escolhida com base em<br />
critérios econômicos, sendo o período de retorno de 5 a 10 anos normalmente<br />
utilizado no caso de projeto de sistemas de drenagem agrícola (Pruski, et al., 2003).<br />
Quando se conhece a vida útil da obra a ser projetada e o risco máximo<br />
permissível o tempo de retorno pode ser assim calculado:<br />
Considerando P a probabilidade de ocorrência em qualquer dos anos, J a<br />
probabilidade de não ocorrência em qualquer dos anos:<br />
J = 1 –P (10)<br />
Sendo W a probabilidade de não ocorrência em um ano específico e p a<br />
probabilidade de ocorrência em um ano específico:<br />
W =J n , sendo n o período em anos (11)<br />
p = 1 –W (12)<br />
substituindo (6) e (5) em (7), tem-se:<br />
p )<br />
n<br />
= 1− ( 1−<br />
P sendo<br />
1<br />
P = (13)<br />
TR<br />
1 n<br />
p = 1− ( 1−<br />
)<br />
TR<br />
(14)<br />
=<br />
1<br />
n 1−<br />
( 1−<br />
P)<br />
(15)<br />
TR 1<br />
Em termos práticos, esta equação pode ser aplicada da seguinte forma:<br />
1<br />
TR = 1<br />
n 1−<br />
( 1−<br />
k)<br />
(16)<br />
onde k é o risco assumido para a obra a ser projetada e n a vida útil da obra (anos)<br />
2.2 Fixação do tempo de duração da chuva intensa<br />
Quando se considera o tempo de duração da chuva menor que o tempo de<br />
concentração da bacia, ocorrerá uma vazão de pico menor que a máxima porque não<br />
haverá participação de toda bacia hidrográfica no escoamento, propiciando uma vazão<br />
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