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morro da garça – se.23-za-iv - Biblioteca Vitória Pedersoli - UFMG

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5 DISCUSSÃO E CONCLUSÃO<br />

Uma série monótona de pelitos com porções arenosas e subordina<strong>da</strong>mente porções calcárias<br />

caracteri<strong>za</strong>m a Formação Serra <strong>da</strong> Sau<strong>da</strong>de. As rochas desta formação apresentam, em sua<br />

maioria, estratificação e laminação plano-paralela, alternam-se e mesclam-se, de acordo com<br />

a alteração do gradiente de energia durante a deposição. Sedimentos argilosos se alternam<br />

com siltosos e ambos, localmente, recebem contribuições arenosas. Nos pelitos e psamitos<br />

ocorrem estratificação cru<strong>za</strong><strong>da</strong> tabular e acanala<strong>da</strong> de baixo ângulo (centimétrica a métrica) e<br />

ripple indicam a existência de paleocorrentes, locali<strong>za</strong><strong>da</strong>s preferencialmente no topo <strong>da</strong><br />

formação, tal como a estratificação cru<strong>za</strong><strong>da</strong> hummocky (centimétrica a métrica) e estruturas<br />

climbing ripples indicadoras de eventos tempest<strong>iv</strong>os. Cimentação por oxi-hidróxido de ferro e<br />

laminas de óxido de manganês em planos de acamamento e de fratura relacionam-se a<br />

ambiente redutor durante processo diagenético, para as rochas clásticas <strong>da</strong> região. O calcário<br />

cin<strong>za</strong>, de origem química, com estratificações plano-paralelas e cru<strong>za</strong><strong>da</strong>s, cobre uma pequena<br />

área e as condições propícias para sua deposição são encontra<strong>da</strong>s em ambiente marinho raso.<br />

Superposta à Formação Serra <strong>da</strong> Sau<strong>da</strong>de, com rochas com mesmas atitudes de cama<strong>da</strong> e que<br />

gra<strong>da</strong>m sutilmente até se diferenciarem, isto é, em concordância gra<strong>da</strong>cional, locali<strong>za</strong>-se a<br />

Formação Três Marias.<br />

A Formação Três Marias, na região de estudo, aflora em altitudes superiores a 700 metros,<br />

chegando à espessura máxima aproxima<strong>da</strong> de 270 m. Ela é constituí<strong>da</strong> em maior volume por<br />

arenito e arenito arcoseano seguido por siltito e subordina<strong>da</strong>mente argilito. As rochas<br />

encontram-se geralmente em estratos e lâminas plano-paralelas em ciclo regress<strong>iv</strong>o em<br />

relação à formação sotoposta, ou seja, sedimentos litorâneos avançam sobres sedimentos<br />

marinhos devido à desci<strong>da</strong> do nível do mar. Os tempestitos são uma constante e são<br />

identificados pelo grande número de estratificação cru<strong>za</strong><strong>da</strong> do tipo hummoky (centimétrica a<br />

métrica) e estruturas climbing ripples. Como na formação sotoposta, estratificações cru<strong>za</strong><strong>da</strong>s<br />

(centimétrica a métrica) acanala<strong>da</strong>s e tabulares resultam de fluxos direcionais.<br />

Dois domínios estruturais foram identificados, o Domínio I ocupa quase todo o território<br />

mapeado, com cama<strong>da</strong>s subhorizontais a horizontais, bastante representat<strong>iv</strong>o. O Domínio II,<br />

locali<strong>za</strong>do no extremo oriente <strong>da</strong> folha, apresentando cama<strong>da</strong>s mergulhantes e dobra<strong>da</strong>s (eixo<br />

de dobra NNE) que aparentam resposta a esforços edificadores <strong>da</strong> Faixa Araçuaí, de leste para<br />

oeste. Os domínios possuem duas famílias de fraturas principais, verticais a subverticais<br />

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