morro da garça – se.23-za-iv - Biblioteca Vitória Pedersoli - UFMG
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ortogonais entre si e duas famílias de fraturas menos penetrat<strong>iv</strong>as. As duas famílias de<br />
fraturas, mais penetrat<strong>iv</strong>as, em combinação com o acamamento é uma provável explicação<br />
para as disjunções esferoi<strong>da</strong>is presentes nos litotipos <strong>da</strong> região. Os alinhamentos principais, na<br />
parte indeforma<strong>da</strong>, refletem o faturamento <strong>da</strong> região, e os <strong>da</strong> parte deforma<strong>da</strong> parecem<br />
influenciados por uma força <strong>da</strong> bor<strong>da</strong> do cráton para o seu interior, gerando lineamentos<br />
aproxima<strong>da</strong>mente N-S. As prováveis causas do fraturamento <strong>da</strong> região podem ser: Deposição<br />
diferencial em paleorelevo do embasamento, reat<strong>iv</strong>ação de falhas de i<strong>da</strong>des superiores a<br />
deposição do Bambuí, neotectôica e influência de empurrão oriundo <strong>da</strong>s Faixas móveis.<br />
As rochas foram subd<strong>iv</strong>idi<strong>da</strong>s em duas classes, a clástica e a química. A primeira composta<br />
pelos pelitos e psamitos e a outra pelo calcário. As rochas clásticas possuem, de forma<br />
genérica, cristais detríticos de quartzo, feldspato, micas e matriz de argilominerais. Os grãos<br />
de quartzo geralmente são angulosos a subangulosos com esferici<strong>da</strong>de média e granulometria<br />
máxima de areia fina. Eles estão em contatos variados, desde retilíneo a pontual, e podem<br />
apresentar extinção ondulante. Os grãos de feldspatos também possuem contatos d<strong>iv</strong>ersos<br />
entre si, são angulosos a subangulosos, com esferici<strong>da</strong>de média e granulometria máxima de<br />
areia fina. Eles são mais preservados nos psamitos, onde podemos observar processo de<br />
sericiti<strong>za</strong>ção. As micas (muscovita, biotita, sericita) são muitas vezes encurva<strong>da</strong>s devido à<br />
compactação em processo diagenético e são orienta<strong>da</strong>s segundo o S0. Elas estão presentes em<br />
to<strong>da</strong>s as rochas, sendo comuns cristais de biotita parcialmente alterados à clorita. Minerais,<br />
como apatita, titanita, zircão e minerais opacos também foram identificados de forma<br />
subordina<strong>da</strong>. Alguns pelitos próximos ao calcário apresentam-se carbonáticos. Observa-se<br />
alguma seleção gravimétrica, visto pela gra<strong>da</strong>ção granulométrica e acúmulo de minerais de<br />
densi<strong>da</strong>de pareci<strong>da</strong> em mesmo plano. O pouco retrabalhamento e a baixa seleção dos grãos<br />
sugerem episódios turbulentos durante deposição. A área fonte sofreu certa deformação, o que<br />
é evidenciado por quartzo com extinção ondulante. O calcário é químico e puro com<br />
estratificação plano-paralela. Seus cristais estão em contato retilíneo entre si, são geralmente<br />
alongados e possuem estruturas de dissolução por pressão, evidenciando compactação<br />
diagenética. Ele pode ser encontrado com estratificação cru<strong>za</strong><strong>da</strong> tabular, que são indícios de<br />
transporte e de retrabalhamento.<br />
Cobrindo parte do território levantado, temos os colúvios, elúvios e alúvios, que são<br />
representantes de um passado geológico mais recente que as formações do Bambuí. Os<br />
aluviões não tem dimensões mapeáveis de 1:100.000 e foram descritos no relatório.<br />
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