1068-1078 - Universidade de Coimbra
1068-1078 - Universidade de Coimbra
1068-1078 - Universidade de Coimbra
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
azileiro dr. Antonio Xandó, que éoi<br />
uma sua carta particular escreveu<br />
seguinte trecho, que vem <strong>de</strong>monstrar<br />
o perigo que está correndo aquêle nosso<br />
patrício:<br />
«... a representação qoe o súbdito<br />
português Alexandre Cardoso faz ao Mi<br />
niatro Português relativamente ás vio<br />
lenciaa <strong>de</strong> que foi victima nesta comarca<br />
continuando até esta data sob a pressâi<br />
<strong>de</strong> ameaças e na erainenoia <strong>de</strong> maiores<br />
violências sofrer ainda. Ele manda pe<br />
dir ao meu amigo para iate ce<strong>de</strong>r com a<br />
sua influencia junto ao ex. m0 sr. Ministro<br />
Plenipotenciajio no Rio <strong>de</strong> Janeiro ou<br />
quem suas vezes fizer, no sentido <strong>de</strong> fu<br />
zer cessar o estado afliutivo e sem garax<br />
tias era que se acha e promover por to<br />
dos os meios a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong><br />
polioial <strong>de</strong> Jacaréziuho.<br />
Por minha vôs, asseguro ao meu amigo<br />
que o Alexandre está seriamente<br />
ameaçado até em sua própria vida.»<br />
A colonia portugueza, resi<strong>de</strong>nte<br />
na cida<strong>de</strong> do Espirito Santo do Pi<br />
nhel, Estado <strong>de</strong> S Paulo, pediu ao sr.<br />
Camelo Lampreia a nomeação <strong>de</strong> um<br />
vice-consul para aquela iocahda<strong>de</strong>,<br />
apontando o nome do nosso compatrio<br />
ta sr. Elias Moreira Rola.<br />
Junto a gravura representando<br />
o colar e medalha que a diretoria do<br />
Gabinete Portuguez <strong>de</strong> Leitura mandou<br />
fazer para os socios <strong>de</strong>sta antiga<br />
instituição literaria.<br />
O colar e <strong>de</strong> prata <strong>de</strong> lei, dourada,<br />
medalha do mesmo metal, fundo esmaltado<br />
<strong>de</strong> branco e azul, cruz <strong>de</strong> esmalte<br />
vermelho, tendo gravada no v«rso<br />
a inscrição da categoria do socio, o<br />
seu nome e as datas em que prestou<br />
serviços ao Gabinete.<br />
O pingente está encerrado em estojo<br />
forrado <strong>de</strong> veludo.<br />
Também ha quatro colares e me<br />
dalhas todas <strong>de</strong> ouro, para os socios<br />
que contribuírem com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z contos<br />
<strong>de</strong> réis cada um, em beneficio da<br />
util agremiação.<br />
Foi aqui recebido o seguinte<br />
telegrama:<br />
Buenos Ayrès, 6. — A colo úa portugueza<br />
aqui res»<strong>de</strong>nte festejou esta<br />
noite a promoção do sr. Roque da<br />
Costa ao cargo <strong>de</strong> ministro plenipotenciário<br />
<strong>de</strong> Portugal junto ao governo<br />
argentino.<br />
Constaram as festas <strong>de</strong> lauto banquete<br />
no Café Paris e baile no Centro<br />
Recreativo Luzitano.<br />
O vapor Danube, da Mala Real<br />
Ingleza, cuja chegada a este porto estava<br />
anunciada para o dia 3i do p.<br />
passado, só no dia 5 do corrente chegou,<br />
<strong>de</strong>vido a um <strong>de</strong>sarranjo na hélice<br />
ao sair do porto da Bahia, tendo ali <strong>de</strong><br />
novo <strong>de</strong> fun<strong>de</strong>ar para concerto.<br />
No dia 4 poz termo á existencia,<br />
disparando um tiro <strong>de</strong> revolver no<br />
ouvido direito, um infeliz nosso patn<br />
cio que escolheu o belo Passeio Publi<br />
co para a execução <strong>de</strong> tão tresloucado<br />
ato.<br />
Foi-lhe encontrada uma carta dirigida<br />
ao chefe da policia e que trans<br />
crevo:<br />
Este é o meu corpo, sou Manuel Ro-<br />
(29) Folhetim da "RESISTEHCIA,,<br />
Franásc Enne & Fernand Deliste<br />
A CONDENSA DINAMITE<br />
Primeiro, sabia que em França o<br />
banqueiro tinha-se esquecido, ou não<br />
quizera faze-lo con<strong>de</strong>nar; alem disso,<br />
como tinha feito umas poucas <strong>de</strong> operações<br />
financeiras um pouco duvidosas<br />
num gran<strong>de</strong> numero dos pequenos estados<br />
da confe<strong>de</strong>ração, viajava com a<br />
maxima preocupação das fronteiras.<br />
Mas, para voltar á Europa, era necessário<br />
ainda possuir uma quantia<br />
respeitável, para chegarem com lastro<br />
e com força para opeiar em gran<strong>de</strong>.<br />
Foi assim que Gjntran e Antonio<br />
imaginaram tentar um gran<strong>de</strong> golpe;<br />
<strong>de</strong>pois do qual po<strong>de</strong>riam tornar a atravessar<br />
o atlantico. Haviam <strong>de</strong> ver-se<br />
forçados a isso, e as hesitações <strong>de</strong> Irene<br />
foram <strong>de</strong> curta duração.<br />
No mundo do teatro, em que Irene<br />
e Gontran viviam, era fácil encontrar<br />
ocasiões para roubo e pilhagem; mas<br />
muito menos ainda do que se vivessem<br />
no meio dos gran<strong>de</strong>s negocios.<br />
Era a isso que visavam os dois<br />
amantes <strong>de</strong> Irene; abandonar aquela<br />
existencia vagabunda e fixar-se numa<br />
gran<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> para ahi fazerem real e<br />
<strong>de</strong>finitivamente fortuna.<br />
' 6 Hesistencla„— Qninta-feira, 8 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1006<br />
drigues Pereira, nascido em Arcos <strong>de</strong><br />
Val <strong>de</strong> Vez, on<strong>de</strong> tenho meus paes. Te<br />
nho 22 anm 8 <strong>de</strong> eda<strong>de</strong>.<br />
Cheguei ao Uio <strong>de</strong> Janeiro em 6 <strong>de</strong><br />
fevereiro <strong>de</strong> 1905, empregando-me na<br />
casa Ville <strong>de</strong> Paris, do sr. J M. Corrêa,<br />
á rua do Hospício n.° 87, don<strong>de</strong><br />
saí no mez <strong>de</strong> novembro, e a 5 <strong>de</strong> <strong>de</strong>-<br />
zembro entrei para a ZKotre T)ame <strong>de</strong><br />
Paris.<br />
Como não posso ter uma vingança<br />
mortal contra um meu inimigo, vingo me<br />
em mim mesmo<br />
Não tenho paixão por <strong>de</strong>ixar esta vida,<br />
eó levo odio e raiva <strong>de</strong> não po<strong>de</strong>r<br />
alcançar a minha vingança.<br />
Peço man<strong>de</strong>m o meu cadaver para o<br />
oemiterio e não para o Necroterio.<br />
O meu quarto é á rua do Viscon<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Maranguape, n.° 21, quarto n.° 23,<br />
on<strong>de</strong> tenho r9up»s e .nobilia, que peço<br />
a v. ex. a mandar entregar ao sr. José<br />
Leitão Machado, empregado d» casa Costa<br />
Pereira