as tecnologias da informação no contexto educacional - Grupo de ...
as tecnologias da informação no contexto educacional - Grupo de ...
as tecnologias da informação no contexto educacional - Grupo de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A língua portuguesa fala<strong>da</strong> <strong>no</strong> Br<strong>as</strong>il resulta além <strong>da</strong> influência europeia, em<br />
<strong>de</strong>corrência <strong>da</strong> presença dos seus colonizadores, também <strong>da</strong> indígena e do idioma africa<strong>no</strong>,<br />
em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> dos escravos negros vindos <strong>da</strong> África. Com essa mistura surgem os<br />
primeiros p<strong>as</strong>sos para transformar um povo, uma língua <strong>no</strong> que chamamos hoje <strong>de</strong> português<br />
br<strong>as</strong>ileiro.<br />
Ressalta-se, <strong>no</strong> entanto, que o tupi ou língua geral predomi<strong>no</strong>u durante muitos a<strong>no</strong>s <strong>no</strong><br />
período <strong>de</strong> colonização, pois os colo<strong>no</strong>s precisavam dos índios para trabalhar como escravos,<br />
antes <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> dos negros, para a exploração do pau-br<strong>as</strong>il e <strong>de</strong>mais riquez<strong>as</strong> do solo<br />
br<strong>as</strong>ileiro n<strong>as</strong> expedições ban<strong>de</strong>irantes. Para isso havia a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação e<br />
a<strong>da</strong>ptação d<strong>as</strong> língu<strong>as</strong> na convivência entre eles, oc<strong>as</strong>ionando naquela época o começo do<br />
processo <strong>de</strong> variações linguístic<strong>as</strong> conforme Paul Teyssier (2004, p. 94):<br />
Os ‘colo<strong>no</strong>s’ <strong>de</strong> origem portuguesa falam o português europeu, m<strong>as</strong><br />
evi<strong>de</strong>ntemente com traços específicos que se acentuam <strong>no</strong> <strong>de</strong>correr do<br />
tempo. As populações <strong>de</strong> origem indígena, africana ou mestiça apren<strong>de</strong>m o<br />
português, m<strong>as</strong> manejam-<strong>no</strong> <strong>de</strong> forma imperfeita. Ao lado do português<br />
existe a língua geral, que é o tupi, principal língua indígena d<strong>as</strong> regiões<br />
costeir<strong>as</strong>, m<strong>as</strong> um tupi simplificado, gramaticalizado pelos jesuít<strong>as</strong> e,<br />
<strong>de</strong>starte, tornado uma língua comum.<br />
E esta língua torna<strong>da</strong> comum é utiliza<strong>da</strong> pel<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> portugues<strong>as</strong> que se encontravam na<br />
<strong>no</strong>va terra “<strong>de</strong>scoberta”. Contudo o uso do português não foi <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> lado, este p<strong>as</strong>sa a ser<br />
ministrado em sala <strong>de</strong> aula, como po<strong>de</strong> ser verificado na fala <strong>de</strong> Pe. Antônio Vieira (apud<br />
TEYSSIER, 2004, p. 95) “[...] <strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> dos portugueses e índios em São Paulo estão tão<br />
ligad<strong>as</strong> hoje um<strong>as</strong> com <strong>as</strong> outr<strong>as</strong>, que <strong>as</strong> mulheres e os filhos se criam mística e<br />
domesticamente, e a língua que n<strong>as</strong> dit<strong>as</strong> famíli<strong>as</strong> se fala é a dos índios, e a portuguesa a vão<br />
os meni<strong>no</strong>s apren<strong>de</strong>r à escola.”<br />
A língua tupi era forte, pois era usa<strong>da</strong> pela maioria, índios e mestiços, tinha tudo para<br />
permanecer por muito tempo se não fosse o interesse <strong>da</strong> coroa Portuguesa que através do<br />
Marquês <strong>de</strong> Pombal expulsou os jesuít<strong>as</strong> e implantou a Lei Diretório a qual proibia a língua<br />
tupi e formalizava oficialmente a língua portuguesa como língua br<strong>as</strong>ileira, tornando-se <strong>as</strong>sim<br />
a língua <strong>de</strong> ensi<strong>no</strong>.<br />
Como po<strong>de</strong>rá ser visto, através do ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong> língua portuguesa, tem-se o ponto <strong>de</strong><br />
parti<strong>da</strong> para a introdução <strong>de</strong> técnic<strong>as</strong> <strong>no</strong> âmbito <strong>educacional</strong>; a partir <strong>da</strong> preocupação primária<br />
<strong>de</strong> simplesmente catequizar os nativos que aqui se encontravam.<br />
RECURSOS TECNOLÓGICOS EDUCACIONAIS