cadeia produtiva da borracha natural - Iapar

Um exemplo concreto dessa tendência é a paralisação de cerca
de 500 mil hectares de seringais produtivos na Malásia, um dos mais
importantes produtores, cedendo lugar a culturas agro-industriais
como dendê, coco e cacau, que dispensam mão-de-obra permanente e
especializada na produção de borracha natural. Visando compensar a
sua impossibilidade de aumentar a produção de matéria prima básica,
a Malásia vem estimulando a exportação de manufaturados de borracha
natural com valor agregado.
Mantida essa tendência, vislumbra-se o Sudeste Asiático procurando
abdicar-se do papel de principal fornecedor da matéria prima
básica, transferindo-o para regiões tropicais de outros continentes,
onde obviamente se enquadra o Brasil. Desse modo, projeta-se um
futuro promissor para a borracha natural, onde novos mercados terão
de absorver qualquer incremento, na medida em que se espera um déficit
de oferta para os próximos anos, uma vez que, a tão decantada
competitividade entre o produto sintético e o natural, objeto de grandes
controvérsias nas décadas de 60 e 70, está longe de acontecer e,
ambos os tipos podem coexistir complementando-se.
Para Burger & Smit (1996), o consuma mundial total de borracha
natural (i.e., natural e sintética) aumentou dramaticamente nas
últimas duas décadas, apesar da recessão econômica mundial no início
dos anos 80 ter depreciado severamente o mercado da borracha.
Isso teve como resultado um crescimento inferior durante a década de
80: taxa de crescimento anual composto de 1.8%. Um retrato do desenvolvimento
do consumo de borracha é dado na Tabela 6 , para 1970,
1980 e 1990.
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