cadeia produtiva da borracha natural - Iapar

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produto importado variando de 49.363 toneladas em 1984 para 79.081 em 1993 (Tabela 15). Em 1997 a indústria nacional de pneumáticos produziu cerca de 40,0 milhões de unidades e vendeu 39,4 milhões assim distribuídos 12,6 milhões para exportação, 10,8 milhões para montadoras e 16,0 milhões para reposição. Boa parte dos investimentos é direcionada para a constante modernização dos parques industriais e assim manter o padrão de qualidade desejado, a despeito das constantes queixas em relação às políti- 38
cas governamentais que afetam o borracha natural (principal insumo entre as matérias primas utilizadas) e os encargos sociais e tributários que incidem sobre a produção, alterando sensivelmente os custos de fabricação, qualidade do produto e/ou a competitividade nos mercados internacionais (RC Consultores). Os principais componentes de um pneu são borracha natural, derivados de petróleo (borrachas sintéticas, negro de fumo, fios e tecidos de nylon além de produtos químicos) e derivados de aço (arame para frisos e cordonéis de aço). Em relação a borracha natural, a indústria consome matérias primas consideradas de primeira qualidade, onde se incluem: a nacional representada por GCB - 1 (Granulado Claro Brasileiro); FFB ( Folha Fumada Brasileira);GEB (Granulado Escuro Brasileiro) e a matéria prima importada SMR - 10 e 20 (Standard Malaysian Rubber - Tipos 10 e 20); RSS -1 e 3 (Ribbed Smoked Sheet - Tipo i e tipo 3). Os pneus radiais respondem hoje por mais de 80% dos vendidos tanto para a industria automobilística quanto para o mercado de reposição e, na sua fabricação a participação da borracha natural praticamente dobra nos custos finais. Para os pneus de ônibus e caminhões a borracha natural responde por 31% do custo industrial, possuindo íntima relação com o custo final dos mesmos. Diante da globalização da economia e da abertura do mercado, brasileiro, as indústrias de pneumáticos e de artefatos, vêm sua produção seriamente ameaçada pela perda de competitividade em relação à concorrência estrangeira inclusive oriunda do Mercosul, em vista da impossibilidade de ter acesso a compra de matérias primas a preços internacionais, primordialmente da borracha natural na produção de pneus pesados, muito embora venha ocorrendo compra de borracha natural pela própria indústria, no mercado uruguaio, quando é perfeitamente sabido que aquele país não possui um só pé de seringueira plantado. Com a recente desvalorização cambial do Real, as indústrias de pneumáticos obtiveram aumentos dos preços médios dos pneus de automóveis e de caminhão em cerca de 11,5% nos últimos 12 meses, observando-se um comportamento claramente altista dos preços a partir de fevereiro de 1999. Hoje os principais entraves à competitividade, apresentados pelas Industrias referem-se ao alto custo de mão-de-obra para a produção da matéria prima e à grande variação da qualidade e desuniformi- dade do produto recebido das usinas de beneficiamento, muitas vezes 39
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