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Confira a revista eletrônica - Vitória Apart Hospital

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INSTITUCIONAl<br />

Acolhimento com Classificação de Risco<br />

Com a crescente demanda e procura pelos<br />

serviços de urgência e emergência<br />

observou-se um enorme fluxo de “procura<br />

desordenada” dos usuários nas portas dos<br />

prontos-socorros, tornando-se, assim, necessária<br />

a reorganização do processo de<br />

trabalho desta unidade de forma que a assistência<br />

prestada fosse de acordo com os<br />

diferentes graus de necessidades ou sofrimento<br />

e não mais impessoal e por ordem<br />

de chegada.<br />

Assim, diante da alta demanda nos atendimentos<br />

dos prontos-socorros e das estatísticas<br />

evidenciando que cerca de 40%<br />

dos atendimentos totais se tratam de consultas<br />

ambulatoriais, surgiu a necessidade<br />

de implantar o “Acolhimento com Classificação<br />

de Risco” hoje nos hospitais.<br />

O “Acolhimento com Classificação de<br />

Risco” é um processo dinâmico de identificação<br />

dos pacientes que necessitam<br />

de tratamento imediato, de acordo com o<br />

seu potencial de risco, agravos à saúde ou<br />

grau de sofrimento, não deixando de ser<br />

uma forma de triagem, onde os pacientes<br />

são avaliados pelo enfermeiro (curso superior)<br />

e são classificados pelo seu risco por<br />

meio das cores vermelho, amarelo, verde e<br />

azul. Sendo:<br />

VerMelhO • Prioridade zero –<br />

emergência. Casos muito graves,<br />

com risco eminente de morte, onde<br />

o atendimento médico deverá ser<br />

imediato.<br />

AMARELO • Prioridade 1 – urgência<br />

maior. Casos com uma urgência<br />

maior, porém, sem risco de morte<br />

eminente e que necessitam de um<br />

atendimento médico prioritário.<br />

Verde • Prioridade 2 – urgência<br />

menor. Casos de menor urgência<br />

e que podem aguardar o atendimento<br />

médico.<br />

Azul • Prioridade 3 – não urgência.<br />

Casos mais simples, queixas<br />

ambulatoriais, sem urgência e que<br />

poderiam ser resolvidas em consultório<br />

médico e NÃO em prontosocorro.<br />

O manejo do “Acolhimento com Classificação<br />

de Risco” num pronto-socorro<br />

requer equipes experientes, treinadas e<br />

capazes de identificar necessidades e<br />

prioridades do paciente, seguindo critérios<br />

estabelecidos por um protocolo de<br />

atendimento. Esse sistema já é utilizado<br />

em vários países e tem como principais<br />

objetivos e finalidades:<br />

• Identificar, logo em sua chegada,<br />

aqueles pacientes que precisam de um<br />

atendimento prioritário;<br />

• Diminuir o tempo de espera na recepção<br />

e os riscos de agravos à saúde, fazendo<br />

com que o paciente seja visto precocemente<br />

de acordo com a sua gravidade;<br />

• Priorizar os atendimentos de acordo<br />

com critérios clínicos (protocolos) e não<br />

mais por ordem de chegada ou de acordo<br />

com a sensibilidade de quem recebe;<br />

• Extinguir a “falsa triagem” que acaba<br />

sendo feita por recepcionistas, seguranças,<br />

dentre outros profissionais não capacitados<br />

para tal;<br />

• Diminuir as chamadas “desesperadas”<br />

pela recepção, alarmando toda a equipe<br />

desnecessariamente;<br />

• Diminuir os conflitos paciente x recepção<br />

x segurança;<br />

• Informar aos pacientes e familiares a<br />

expectativa de atendimento e o tempo de<br />

espera, diminuindo a ansiedade gerada<br />

pelo desconhecido;<br />

• Diminuir a superlotação nas recepções;<br />

• Organizar o atendimento médico, segundo<br />

os protocolos;<br />

• Oferecer um atendimento inicial de qualidade<br />

e eficiência;<br />

• Aumentar a satisfação do usuário, com<br />

um atendimento eficaz;<br />

• Conscientizar os clientes, a longo prazo,<br />

a respeito de quando e como utilizar os<br />

serviços de urgência e emergência.<br />

Assim sendo, nos serviços que já têm o<br />

“Acolhimento com Classificação de Risco”<br />

implantado, as senhas disponíveis nos<br />

prontos-socorros servem apenas para<br />

organizar a ordem de chegada dos pacientes,<br />

já que a ordem do atendimento<br />

médico ao paciente será sinalizada pelo<br />

Enfermeiro Classificador, de acordo com a<br />

gravidade de cada paciente e tendo como<br />

base os seguintes critérios:<br />

• Queixa principal, situação atual e duração<br />

da queixa;<br />

• Breve histórico relatado pelo paciente,<br />

familiar ou testemunhas;<br />

• Uso de medicações;<br />

• Verificação de sinais vitais (pressão arterial;<br />

temperatura; frequência cardíaca;<br />

frequência respiratória);<br />

• Exame físico breve, buscando sinais objetivos.<br />

Concluímos, então, que o “Acolhimento<br />

com Classificação de Risco” é um<br />

modo de operar os processos de<br />

trabalho em saúde de forma a atender<br />

a todos que procuram os serviços de<br />

urgência e emergência, ouvindo seus<br />

pedidos e assumindo no serviço uma<br />

postura capaz de acolher, escutar e dar<br />

respostas mais adequadas aos usuários.<br />

Implica em prestar um atendimento<br />

com resolutividade e responsabilização,<br />

orientando, quando for o caso, o paciente<br />

e a família em relação a outros serviços de<br />

saúde para continuidade da assistência<br />

estabelecendo articulações com estes<br />

serviços para garantir a eficácia desses<br />

encaminhamentos.<br />

Rochele Viana Gomes<br />

Coordenadora de Enfermagem do Pronto<br />

-socorro – <strong>Vitória</strong> <strong>Apart</strong> <strong>Hospital</strong><br />

24 VITÓRIA APART PROGRESS

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