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Os grupos de plantas e seus ciclos de vida

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Estrutura e germinação das sementes<br />

As sementes das angiospermas são formadas por três partes.<br />

A parte mais externa, geralmente dura e resistente, é <strong>de</strong>nominada<br />

casca ou tegumento. É essa estrutura que protege o embrião contra<br />

possíveis choques mecânicos, evitando também que ele fique <strong>de</strong>sidratado.<br />

Para que o embrião germine, porém, é necessário que a casca se<br />

rompa. Isso po<strong>de</strong> ocorrer em contato com água ou umida<strong>de</strong> no solo, ou<br />

então por algum mecanismo traumático (por exemplo, quebra, raspagem<br />

ou trituração por algum animal), químico (contato com enzimas<br />

digestivas no interior do trato digestório <strong>de</strong> aves, por exemplo) ou mesmo<br />

físico (em diversas <strong>plantas</strong> do Cerrado, o tegumento das sementes<br />

se rompe após incêndios ou temperaturas altas no solo).<br />

No interior da semente está o embrião. É ele que, ao germinar, dará<br />

origem ao esporófito jovem ou plântula. Se encontrar condições favoráveis<br />

<strong>de</strong> temperatura, umida<strong>de</strong>, nutrientes necessários, entre outros, a<br />

plântula cresce e <strong>de</strong>senvolve um novo indivíduo.<br />

A parte entre o tegumento e o embrião é <strong>de</strong>nominada albúmen ou<br />

endosperma. Essa parte é responsável pela nutrição do embrião nos<br />

primeiros estágios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, até que a plântula se <strong>de</strong>senvolva<br />

e passe a realizar fotossíntese. Em geral, o endosperma é rico<br />

em óleos, amido e proteínas. A concentração <strong>de</strong> cada nutriente varia<br />

<strong>de</strong> acordo com a espécie. O endosperma é reduzido em algumas sementes,<br />

como o feijão. Nesse caso, a reserva nutritiva fica armazenada<br />

em folhas especiais, os cotilédones.<br />

<strong>Os</strong> cotilédones são formados durante o <strong>de</strong>senvolvimento do embrião.<br />

Eles são bem visíveis durante a germinação do feijoeiro. Em outras espécies,<br />

os cotilédones ficam enterrados durante a germinação. Algumas<br />

angiospermas possuem apenas um cotilédone, como as monocotiledôneas<br />

(milho, arroz e trigo); outras, como feijão, soja e amendoim, possuem<br />

dois cotilédones. O capítulo 8 apresenta mais <strong>de</strong>talhes sobre a estrutura<br />

das sementes das angiospermas.<br />

Saiba mais<br />

cotilédones<br />

Alguns termos utilizados em Botânica<br />

Diversos termos são utilizados para <strong>de</strong>screver os <strong>grupos</strong> <strong>de</strong> <strong>plantas</strong>. Esses termos, criados em diferentes momentos<br />

históricos, são apresentados a seguir.<br />

Antófitas – <strong>plantas</strong> que produzem flores. O termo é geralmente aplicado somente às angiospermas.<br />

Cormófitas – <strong>plantas</strong> que possuem órgãos vegetativos (raiz, caule e folha) bem <strong>de</strong>senvolvidos. As pteridófitas, gimnospermas<br />

e angiospermas são <strong>plantas</strong> cormófitas.<br />

Criptógamas – <strong>plantas</strong> historicamente <strong>de</strong>finidas como produtoras <strong>de</strong> gametas não contidos em flores ou estruturas<br />

evi<strong>de</strong>ntes, como os estróbilos das gimnospermas. As briófitas e pteridófitas são <strong>plantas</strong> criptógamas.<br />

Espermatófitas – <strong>plantas</strong> que produzem sementes, com ou sem frutos. Somente as gimnospermas e as angiospermas<br />

são <strong>plantas</strong> espermatófitas atualmente.<br />

Fanerógamas – <strong>de</strong>signa as <strong>plantas</strong> com gametas aparentes. Embora esse termo seja criticado por alguns pesquisadores<br />

e ainda seja encontrado com frequência na literatura, ele ten<strong>de</strong> a ser substituído por espermatófitas.<br />

Talófitas – termo geral que tem sido atribuído somente às algas pluricelulares, classificadas entre os protoctistas.<br />

Alguns autores, entretanto, <strong>de</strong>finem certas hepáticas e antóceros como <strong>plantas</strong> talófitas, pois quase não há diferenciação<br />

<strong>de</strong> tecidos vegetais.<br />

Traqueófitas – tradicionalmente, as traqueófitas incluem as pteridófitas, gimnospermas e angiospermas, pois<br />

possuem sistemas vasculares.<br />

Uma mesma planta po<strong>de</strong>, então, ser <strong>de</strong>finida com diversas combinações dos termos acima. Por exemplo, as angiospermas<br />

são <strong>plantas</strong> antófitas, cormófitas, espermatófitas e traqueófitas.<br />

><br />

meristema<br />

apical<br />

restos do<br />

tegumento<br />

primeiras<br />

folhas<br />

radícula<br />

ápice<br />

Representação da germinação <strong>de</strong> uma<br />

semente <strong>de</strong> feijão.<br />

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