05.06.2013 Views

Os grupos de plantas e seus ciclos de vida

Os grupos de plantas e seus ciclos de vida

Os grupos de plantas e seus ciclos de vida

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Briófitas<br />

As briófitas (do grego, bryo, “musgo”, e phyto, “planta”, “vegetal”) são<br />

<strong>plantas</strong> <strong>de</strong> tamanho reduzido, frequentemente encontradas em ambientes<br />

úmidos, como o interior <strong>de</strong> matas e áreas próximas a rios. Entretanto,<br />

algumas espécies também são encontradas em ambientes secos, como <strong>de</strong>sertos,<br />

e em regiões frias, muitas vezes ficando abaixo <strong>de</strong> camadas <strong>de</strong> neve<br />

durante o inverno rigoroso. Há algumas espécies <strong>de</strong> água doce. Espécies<br />

marinhas, contudo, não foram encontradas até o momento.<br />

As <strong>plantas</strong> <strong>de</strong>ste grupo foram as primeiras a se <strong>de</strong>senvolverem<br />

completamente em ambiente terrestre, embora ainda <strong>de</strong>pendam da<br />

água para a reprodução. São organismos vegetais muito simples,<br />

<strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> um sistema condutor <strong>de</strong> seiva e, por essa razão, raramente<br />

ultrapassam alguns centímetros <strong>de</strong> comprimento.<br />

As briófitas são frequentemente encontradas sobre folhas, troncos e<br />

outras espécies <strong>de</strong> <strong>plantas</strong>. Mas isso não significa que elas sejam parasitas:<br />

pelo contrário, são <strong>de</strong>nominadas epífitas, ou seja, <strong>plantas</strong> que utilizam<br />

outras <strong>plantas</strong> apenas para suporte e fixação, sem prejudicá-las.<br />

As briófitas formam um grupo com aproximadamente 25 mil espécies<br />

distribuídas em todo o mundo, sendo o grupo dos musgos o maior<br />

em número <strong>de</strong> espécies. <strong>Os</strong> musgos também representam as briófitas<br />

mais conhecidas e mais comuns. Além dos musgos, as hepáticas e os<br />

antóceros também são representantes das briófitas.<br />

Organização geral do corpo<br />

As briófitas são <strong>plantas</strong> avasculares, ou seja, não dispõem <strong>de</strong> um<br />

sistema especializado que conduza seiva. Assim, a água e os sais minerais<br />

absorvidos do ambiente passam <strong>de</strong> célula a célula até atingir toda a<br />

planta. O mesmo ocorre com os produtos da fotossíntese.<br />

Esse processo é relativamente lento e, por esse motivo, as briófitas<br />

são <strong>plantas</strong> <strong>de</strong> pequeno porte: a maioria não ultrapassa poucos centímetros<br />

<strong>de</strong> altura, sendo muito raras as espécies cujos indivíduos alcançam<br />

20 cm ou mais. Em algumas espécies <strong>de</strong> musgos, porém, existe um cordão<br />

central <strong>de</strong> células condutoras que se assemelham àquelas encontradas<br />

em <strong>plantas</strong> vasculares primitivas.<br />

<strong>Os</strong> termos raiz, caule e folha não são aplicados às briófitas, já que<br />

são relacionados às <strong>plantas</strong> vasculares, como as pteridófitas. Nas briófitas,<br />

as estruturas vegetativas que se assemelham à raiz são <strong>de</strong>nominadas<br />

rizoi<strong>de</strong>s: filamentos diminutos que pren<strong>de</strong>m a planta ao substrato<br />

(rocha, solo, tronco <strong>de</strong> árvore, etc.). Nos musgos, uma pequena haste<br />

geralmente vertical é bastante evi<strong>de</strong>nte. Essa estrutura é o cauloi<strong>de</strong>, em<br />

analogia ao caule das <strong>plantas</strong> vasculares. As estruturas em forma <strong>de</strong> folhas<br />

são <strong>de</strong>nominadas filoi<strong>de</strong>s (pequenas lâminas ver<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>lgadas).<br />

><br />

Biologia no cotidiano<br />

Briófitas como bioindicadores<br />

As briófitas, assim como os liquens,<br />

são extremamente sensíveis à poluição<br />

atmosférica. Estudos comprovaram<br />

que musgos e hepáticas toleram<br />

apenas quantida<strong>de</strong>s muito baixas <strong>de</strong><br />

poluentes atmosféricos, principalmente<br />

o dióxido <strong>de</strong> enxofre (SO2), um<br />

poluente comum originado <strong>de</strong> diversas<br />

ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s industriais.<br />

Em áreas sujeitas a esse poluente,<br />

as briófitas são muito raras ou praticamente<br />

inexistentes. Assim, essas <strong>plantas</strong><br />

atuam como bioindicadores, seres<br />

vivos cuja presença ou ausência permite<br />

avaliar a qualida<strong>de</strong> do ar ou da<br />

água em certa região ou ecossistema.<br />

> <strong>Os</strong> três representantes do grupo das briófitas:<br />

musgo (à esquerda), hepática (ao centro) e<br />

antócero (à direita).<br />

filoi<strong>de</strong><br />

cauloi<strong>de</strong><br />

Musgo preso ao solo. A planta pren<strong>de</strong>-se ao<br />

substrato por meio <strong>de</strong> filamentos chamados<br />

rizoi<strong>de</strong>s.<br />

113

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!