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Uma Igreja na trilha do Cristo pastor - Arquidiocese de Maringá

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compôs com moças católicas da classe média <strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s aglomera<strong>do</strong>s urbanos; foi a menos expressiva das cinco.<br />

Na fase provisória da a<strong>do</strong>lescência, a JEC mostrou-se vigorosa para meni<strong>na</strong>s e rapazes que, posteriormente,<br />

se <strong>de</strong>finiam pela JUC, no caso <strong>de</strong> ingressarem <strong>na</strong> universida<strong>de</strong>, ou pela JOC, se entravam para o trabalho <strong>na</strong><br />

fábrica. Concentran<strong>do</strong> então o melhor da inconformida<strong>de</strong> e <strong>do</strong> i<strong>de</strong>alismo juvenil, é fácil compreen<strong>de</strong>r que JOC<br />

e JUC tenham forneci<strong>do</strong> os melhores quadros à resistência juvenil nos anos negros da ditadura militar. Monitoradas<br />

pelos órgãos <strong>de</strong> segurança, <strong>de</strong> vez que a mesma <strong>Igreja</strong> Católica vivia sob vigilância e até perseguição,<br />

não lhes restou, em particular à JUC, outro caminho senão a clan<strong>de</strong>stinida<strong>de</strong> para a qual se ban<strong>de</strong>aram jovens<br />

promessas <strong>de</strong> renovação da socieda<strong>de</strong>. Daí para o ingresso em parti<strong>do</strong>s <strong>de</strong> esquerda, <strong>de</strong> orientação marxista,<br />

trotskista ou maoísta, ou até mesmo para a luta armada, não foi preciso mais que um passo.<br />

Através da JOC e da JUC, a ACE firmava-se em capitais e em centros maiores. Cida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> interior,<br />

como a <strong>Maringá</strong> <strong>do</strong> fi<strong>na</strong>l <strong>do</strong>s anos 50, o máximo que podiam almejar era montar um núcleo da JEC. E foi o<br />

que provi<strong>de</strong>nciou o bispo para reunir estudantes não dispostos a engrossarem as fileiras <strong>do</strong>s congrega<strong>do</strong>s marianos<br />

e filhas <strong>de</strong> Maria. Ainda no primeiro semestre <strong>de</strong> 1959, foi realiza<strong>do</strong> um encontro diocesano <strong>de</strong> JEC,<br />

o primeiro da diocese. Os “jecistas” daqui compunham um grupo <strong>do</strong> qual faziam parte, entre muitos outros:<br />

João Wal<strong>de</strong>cir Scramin, Adilson Irineu Schiavoni, Oswal<strong>do</strong> Pereira Ayres, Odival Bettoni, Hugo Hoffmann,<br />

Adroal<strong>do</strong> K<strong>na</strong>bben, José Sversutti, Ben-Hur Maiochi, João Falavig<strong>na</strong>, Massataka Murata, Irineu Muchagata,<br />

Lorete Girardi, Maria Elisa Jarreta, Sandra Valente, Márcia Dutra <strong>de</strong> Oliveira, Djanira K<strong>na</strong>bben, Vanir Cecília<br />

Maiochi e Sulamita K<strong>na</strong>bben. A orientação espiritual assegurava-lhes o próprio bispo e, <strong>na</strong> sua ausência, irmã<br />

Dorilda, 4 religiosa das Missionárias <strong>de</strong> Jesus Crucifica<strong>do</strong> em cuja escola eram feitas as reuniões. Na arquidiocese<br />

<strong>de</strong> <strong>Maringá</strong>, pelo caráter <strong>de</strong> ação evangeliza<strong>do</strong>ra junto aos jovens, a JEC, iniciada em 1958, <strong>de</strong>ve ser<br />

reconhecida como berço da Pastoral da Juventu<strong>de</strong>. Com o advento <strong>do</strong> Concílio Vaticano II e as mudanças<br />

introduzidas, a partir <strong>de</strong> 1964, no panorama político <strong>do</strong> Brasil, não houve mais clima para as ativida<strong>de</strong>s da<br />

JEC. Os jovens se dispersaram, mas a maioria mantém até hoje presença atuante <strong>na</strong> <strong>Igreja</strong>.<br />

JEC <strong>de</strong> <strong>Maringá</strong>, primeiro encontro diocesano,<br />

em 1959.<br />

JEC em encontro que reuniu jovens <strong>de</strong> <strong>Maringá</strong> e <strong>de</strong> Para<strong>na</strong>vaí,<br />

no ano <strong>de</strong> 1960.<br />

Des<strong>de</strong> a posse <strong>do</strong> bispo, foi-se <strong>de</strong>linean<strong>do</strong> a fisionomia da nova diocese <strong>do</strong> Norte <strong>do</strong> Paraná. Em 1960<br />

registraram-se importantes eventos. Com a criação, só <strong>na</strong>quele ano, <strong>de</strong> sete novas paróquias, foi atingi<strong>do</strong> o<br />

número <strong>de</strong> trinta, <strong>na</strong>da <strong>de</strong>sprezível para uma diocese <strong>de</strong> três anos. De 24 a 27 <strong>de</strong> março foi celebra<strong>do</strong> o 1º<br />

4 Irmã Dorilda (Dorilva Farias da Costa) trabalhou em <strong>Maringá</strong> <strong>de</strong> 1960 a 1966. Deixou a congregação em maio <strong>de</strong> 1971, segun<strong>do</strong><br />

informação obtida por e-mail, em 21 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2006, junto à se<strong>de</strong> geral da congregação das Irmãs Missionárias <strong>de</strong> Jesus<br />

Crucifica<strong>do</strong>, situada em Campi<strong>na</strong>s (SP).<br />

235<br />

Os 50 anos da Diocese <strong>de</strong> <strong>Maringá</strong>

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