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2ª feira - Associação de Leitura do Brasil

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Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos<br />

SESSÃO - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 1<br />

DIA: 21/07/2009 - Terça-Feira – das 14:00 as 15:00 horas<br />

LOCAL: Instituto <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s da Linguagem - IEL - SALA: CL 11<br />

TÍTULO: MÓDULOS VIRTUAIS PARA AUXILIAR NA EJA<br />

AUTOR(ES): ADRIANA DO NASCIMENTO ARAÚJO MENDES, ANA LUCIA DO NASCIMENTO<br />

SOUSA, MARIA DOROTHEA CHAGAS CORREA<br />

RESUMO: Este é um relato <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> com um grupo <strong>de</strong> alunos da EJA em parceria entre a educa<strong>do</strong>ra<br />

Ana Lúcia Sousa, a Escola Aletheia e o projeto Conexão <strong>do</strong> Saber <strong>do</strong> Larcom/Unicamp. A parceria foi estabelecida<br />

em 2007, quan<strong>do</strong> os alunos da EJA passaram a frequentar o Laboratório <strong>de</strong> Informática da Escola Aletheia<br />

para reforçarem suas oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem com o auxílio <strong>de</strong> módulos educacionais (aulas virtuais lúdicas)<br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s pelo Larcom. A educa<strong>do</strong>ra <strong>de</strong>senvolve seu trabalho partin<strong>do</strong> da vivência <strong>de</strong> cada aluno, como, por<br />

exemplo: assinar o próprio nome em um benefício, ler a Bíblia, ler o número <strong>do</strong> ônibus, enten<strong>de</strong>r a conta <strong>do</strong> supermerca<strong>do</strong><br />

etc. Quan<strong>do</strong> a educa<strong>do</strong>ra propôs as idas ao Laboratório <strong>de</strong> Informática, inicialmente foi uma <strong>de</strong>cepção para<br />

os alunos. Porém, hoje, constata-se que eles querem aproveitar ao máximo cada minuto que estão lá. Além <strong>de</strong> ser<br />

um momento <strong>de</strong> aprendizagem, seja <strong>de</strong> reforço <strong>do</strong> que já foi visto ou <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>, é também um momento muito<br />

prazeroso, que contribui para resgatar sua auto-estima. Há o cuida<strong>do</strong> na escolha prévia <strong>do</strong>s módulos a serem utiliza<strong>do</strong>s,<br />

feita pela equipe <strong>do</strong> Larcom, coor<strong>de</strong>nada pela professora Dorothea, <strong>de</strong> forma que há muita similarida<strong>de</strong> <strong>do</strong> que<br />

se trabalhou em aula e <strong>do</strong> que é feito no Laboratório. São utiliza<strong>do</strong>s módulos <strong>de</strong> alimentos, trânsito, dias da semana,<br />

entre outros, com utilização <strong>de</strong> animações, exercícios dinâmicos e diverti<strong>do</strong>s, que colaboram para a aprendizagem. A<br />

inclusão digital tem si<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s pontos relevantes nas conquistas <strong>de</strong>les e percebe-se que as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Conexão<br />

contribuem para um salto qualitativo no conhecimento: uma tarefa que antes levava muito tempo para ser realizada,<br />

agora é feita rapidamente. A ida ao Laboratório, além <strong>de</strong> contribuir para a aquisição da leitura e da escrita é a <strong>de</strong>scoberta<br />

<strong>de</strong> um outro mun<strong>do</strong>, que contribui para restaurar sonhos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: AULAS VIRTUAIS, PROJETO CONEXÃO DO SABER, INCLUSÃO DIGITAL<br />

TÍTULO: O QUE SE APRENDE APRENDENDO A LER? UMA EXPERIÊNCIA NA UENF<br />

AUTOR(ES): ALCIMERE MARIA DA MATA SIQUEIRA, GERSON TAVARES DO CARMO, LUIZ<br />

OTAVIO NEVES MATTOS<br />

RESUMO: É a universida<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> celeiro <strong>de</strong> conhecimentos, lugar on<strong>de</strong> se produz e circula saberes. E foi<br />

nesse ambiente que olhares atentos e sensíveis nos revelaram uma gran<strong>de</strong> contradição: o analfabetismo permean<strong>do</strong><br />

o aca<strong>de</strong>micismo. Sensibiliza<strong>do</strong>s para dividir esse espaço <strong>de</strong> trocas <strong>de</strong> conhecimentos com um público, alheio e<br />

“distante” ao <strong>de</strong> uma Universida<strong>de</strong>, o grupo da disciplina <strong>de</strong> Fundamentos da Alfabetização elaborou um “Projeto<br />

<strong>de</strong> Alfabetização para Adultos” que foi leva<strong>do</strong> a efeito entre março e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008. Esta foi uma iniciativa que<br />

esteve associada às leituras e reflexões sobre o tema e que nos fez comprometi<strong>do</strong>s com o analfabetismo absoluto e<br />

funcional com que viviam e, ainda, vivem alguns funcionários da empresa responsável pela limpeza da Universida<strong>de</strong><br />

Estadual <strong>do</strong> Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). A alfabetização e o letramento fazem parte <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong><br />

pedagógica e política que inva<strong>de</strong> a estrutura <strong>de</strong> compreensão <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> das pessoas, amplian<strong>do</strong> essa relação, possibilitan<strong>do</strong><br />

a autonomia e a cidadania. To<strong>do</strong> processo educativo provoca mudanças. Mas a alfabetização é <strong>de</strong>svendamento,<br />

é inserção, é possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> maior interação entre o universo <strong>do</strong> sujeito e o mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s. Essa experiência<br />

fez perceber, daquelas mulheres, (pois que o único homem da turma teve que aban<strong>do</strong>nar, mais uma vez, por motivos<br />

<strong>de</strong> trabalho) que seus direitos à educação lhes haviam si<strong>do</strong> confisca<strong>do</strong>s, para que, com a labuta, pu<strong>de</strong>ssem contribuir<br />

no sustento <strong>de</strong> suas famílias. Assim, marcas negativas, para além da posição que ocupavam no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> trabalho,<br />

abriam lacunas em suas relações consigo e com o mun<strong>do</strong>. Estar no próprio ambiente funcional, em posição diferente,<br />

agora como alunas, como a gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong>s frequenta<strong>do</strong>res daquele ambiente universitário, era motivo <strong>de</strong> orgulho<br />

e <strong>de</strong> elevada auto-estima.<br />

PALAVRAS-CHAVE: EJA, ALFABETIZAÇÃO, AUTOESTIMA<br />

TÍTULO: IDENTIFICANDO OS SUJEITOS DA EJA<br />

AUTOR(ES): ALESSANDRA FONSECA FARIAS<br />

RESUMO: A Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos, neste país, é resposta a uma <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 14 milhões <strong>de</strong> analfabetos,<br />

<strong>de</strong> 31 milhões <strong>de</strong> analfabetos funcionais e <strong>de</strong> jovens e adultos maiores <strong>de</strong> 15 anos sem o ensino fundamental<br />

completo. Cresce entre a população jovem e adulta excluída <strong>do</strong> sistema escolar regular a consciência <strong>do</strong> direito à<br />

educação, porém isso ainda não é garantia <strong>de</strong> que seja cumprida a Lei. É preciso i<strong>de</strong>ntificar quem são os sujeitos que<br />

foram excluí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> sistema regular <strong>de</strong> ensino e excluí<strong>do</strong>s também da socieda<strong>de</strong>, pois o analfabeto é incessantemente<br />

oprimi<strong>do</strong> em tarefas corriqueiras <strong>do</strong> dia-a-dia. Conhecen<strong>do</strong> esses sujeitos ficará mais fácil assegurar a eles políticas<br />

públicas voltadas à educação <strong>de</strong> adultos que atendam a <strong>de</strong>manda e lhes possibilitem o acesso à cultura letrada e,<br />

neste processo, lhes <strong>de</strong>volva a dignida<strong>de</strong> e direito <strong>de</strong> cidadãos. A maioria das pessoas analfabetas não teve acesso à<br />

escola ou foi excluída <strong>de</strong>la, o que faz <strong>de</strong> sua história <strong>de</strong> fracasso um motivo relevante para não retomar seu percurso<br />

educativo. Cabe à EJA repensar o papel para mobilizar esses sujeitos e trazê-los <strong>de</strong> volta à escolarização, ten<strong>do</strong> o<br />

cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong> não repetir mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> educação infantiliza<strong>do</strong>s. A perspectiva <strong>de</strong> formar leitores e escritores autônomos<br />

vai muito além <strong>do</strong> que tem si<strong>do</strong> observa<strong>do</strong> em muitas práticas <strong>de</strong> alfabetização. O mun<strong>do</strong> contemporâneo exige o<br />

leitor <strong>de</strong> diversos códigos, capaz <strong>de</strong> interpretar e lidar com tecnologias, campo em que sujeitos jovens e adultos são<br />

competentes. Por isso a educação popular há <strong>de</strong> assegurar aos jovens e adultos que conhecimentos diversos lhes<br />

sejam transmiti<strong>do</strong>s, não só a <strong>de</strong>codificação <strong>do</strong> código linguístico, mas também saberes da cidadania, da tecnologia e<br />

<strong>de</strong> tu<strong>do</strong> o que se torna indispensável no bom <strong>de</strong>senvolvimento social <strong>do</strong>s indivíduos.<br />

PALAVRAS-CHAVE: SUJEITOS DA EJA, ESCOLARIZAÇÃO, CIDADANIA<br />

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