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4.4.9. Manganês<br />
O Mn é um <strong>do</strong>s metais de maior abundância na litosfera, ocorren<strong>do</strong> comumente em todas<br />
as rochas da crosta terrestre.<br />
As rochas eruptivas básicas são as que apresentam concentrações mais elevadas de Mn,<br />
concentrações estas que podem chegar a 1000-2000 mg kg -1 . Nas Rochas eruptivas básicas a<br />
concentração de Mn situa-se na faixa 200-1200 mg kg -1 , enquanto nas rochas calcárias é de<br />
400-600 mg kg -1 e nas sedimentares, de 20-500 mg kg -1 (Malavolta, 1994).<br />
As formas com que o Mn aparece na composição das rochas incluem os íons Mn 2+ , Mn 3+ e<br />
Mn 4+ , sen<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong> oxidativo +2 o mais freqüente, ocupan<strong>do</strong> o lugar de muitos cátions<br />
divalentes (Fe 2+ , Mg 2+ ) em óxi<strong>do</strong>s e silicatos.<br />
Em solos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, Catani & Gallo (1951) encontraram concentrações de<br />
Mn total de 500 (solos deriva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> arenito de Bauru) a 2000 mg kg -1 (Terra Roxa<br />
Estruturada). Em solos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná esta variação foi de 50 (latossolo oriun<strong>do</strong>s de<br />
arenito) a 440 mg kg -1 (latossolo deriva<strong>do</strong>s de basalto), segun<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s por<br />
Borkert (1991). No Esta<strong>do</strong> de Pernambuco a variação foi de 10 a 90 mg kg -1 (Dantas, 1971) e<br />
no Esta<strong>do</strong> da Bahia, de 60 a 4000 mg kg -1 (Santana & Igue, 1972).<br />
To<strong>do</strong>s os compostos com Mn são importantes na constituição <strong>do</strong> solo por ser o mesmo<br />
elemento essencial na nutrição vegetal e controlar o comportamento de vários outros<br />
micronutrientes. Também exerce papel importante em muitas propriedades <strong>do</strong> solo, em<br />
particular no sistema de equilíbrio <strong>do</strong> pH.<br />
Os compostos que contém Mn são conheci<strong>do</strong>s por sua rápida oxidação e redução em solos<br />
de ambientes variáveis, com reflexos na sua disponibilidade para as plantas e na<br />
movimentação pelo perfil <strong>do</strong> solo. Em condições de oxidação, ocorre redução na<br />
disponibilidade de Mn e de micronutrientes associa<strong>do</strong>s, enquanto em condições de redução o<br />
metal encontra-se prontamente disponível, poden<strong>do</strong>, inclusive, levar as plantas a atingir níveis<br />
de concentração tóxicos.<br />
A redução de óxi<strong>do</strong>s de Mn tem duplo efeito na troca de cátions <strong>do</strong> solo, não apenas<br />
fazen<strong>do</strong> desaparecer a superfície de troca <strong>do</strong> óxi<strong>do</strong>, mas forman<strong>do</strong> novamente o íon Mn 2+ na<br />
competição da troca com outros cátions (Kabata-Pendias & Pendias, 1992).<br />
Além <strong>do</strong> nível de oxi-redução <strong>do</strong> solo, o pH também influi de maneira decisiva na<br />
disponibilidade <strong>do</strong> Mn para as plantas.<br />
Em solos bem drena<strong>do</strong>s, a solubilidade <strong>do</strong> Mn aumenta com o aumento da acidez <strong>do</strong> solo,<br />
ocorren<strong>do</strong> o contrário com o aumento da alcalinidade. Em assim sen<strong>do</strong>, a calagem é uma<br />
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